terça-feira, 26 de maio de 2020

TRANSIÇÃO DIALETAL KARIRI

    Nas observações e colaboração de meu amigo Valdivino Kariú Kariri do Ceará, estamos empenhados para ajudar nossos povos nesta parte do Nordeste brasileiro.
Dar para criar uma tabela de transição e de um dialeto para outro.
Sem deformar as palavras.Dzubukuá- Cradzo;  Kipeá e Kamuru - Cradzó; Sabuja Gratzo.
No Sabuja Dz é Tz, E C ou K é G .
     Sobre esses dois povos: De língua Dzubukuá os Cariri Obacatiara . Possívelmente de Língua Kipeá os Cariri Aramuru (Bultrins). Na língua Percebi uma coisa .Temos o Y que é um J brando ou Dj é do Sapuya ou Sabuja .
       O Y quê é o Yo do Casteliano é Dj .Tá presente no Dzubukuá e Kipeá . E o Y com acento circunflexo é a vogal IU quê é o I grosso do Tupi que os Jesuítas transformam U ou em I .
Dar para escrever várias das letras kariri .
Veja Œ œ , Ć é o Tch ou Tx, Boedo fica Bœdo . Sobre a língua Tanto no Kipeá como no Dzubukuá .
Buyé   ou Buye tudo indica que a pronúncia é Budjé . Grande Ye pronuncia Dje . Caya  é Cadja . Porque no Kipeá esse y não vem com acento circunflexo .
Tem dois W no Dzubukuá . Um É V e outro é U . Meu gargalo é como decifra . Qual é qual .
wj é ui . No Kipeá w é v .E V é U . No Dzubukuá temos W - U . E W sendo V . E o J no Dzubukuá é i , ele nunca aparece só .  Sempre vem assim wj . É a vogal ui .
Bwj é bui . Para nossa povo reaprender,  precisamos fazer assim : Português - Dzubukuá - Pronuncia ou Dzubukuá - Pronuncia - Português .
     Uma observação é na formação das frases. O português é Sugeito - Verbo - Objetivo .
No Dzubukuá percebi quê é Verbo - Objetivo- Sujeito. Lendo o catecismo Dzubukuá,  dar para perceber foi por isso que dei uma pausa na apostila retorno ao Catecismo Dzubukuá e Kipeá . E a gramática Kipeá , foi base do catecismo Dzubukuá . Ainda sobre o Tx , Ć é o Tch ou Tx que no Kipeá tá Ch mas se pronuncia Tch igual no italiano o C antes do I , exemplo: Capuccino e se pronuncia Kaputchino e  Vinci se pronunciar Vintchi . Ć é encontrada no alfabeto latino para os Eslavo mas preciso Croata .

sexta-feira, 22 de maio de 2020

TRAJETÓRIA DOS XOCÓ

    A Missão da Ilha de São Pedro, Porto da Folha - Sergipe foi uma Aldeamento de índios Aramurú, catequizados pelo Frei Capuchinho Frei Bruerne em 1682 . Os Xocó foram aldeados primeiro na Aldeia Panema em Águas Belas - Pernambuco em 1682, vizinho foram aldeados os Karapotó na Lagoa da Serra do Comunatí também em Águas Belas no mesmo período. No início do século XVIII , parte dos Xocó migraram, uma pequena família ficou em Águas Belas, outros Xocó foram morar juntos aos índios Romaris em Pão-de-açúcar em Alagoas e outra parte dos Xocó vieram para a Aldeia de Colégio-AL. No início do século XIX os Xocó que foram para Pão-de-Açúcar migraram para a Missão dos Aramurú na Ilha de São Pedro. No final do século XIX os Xocó da Ilha de São Pedro em 1882, mas a família do cacique Inocêncio Muirá saiu da ilha somente em 1899 também migraram para a Missão dos Kariri de Colégio, aí se juntaram aos Xocós da 1ª migração do Panema. Esta é a trajetória dos Xocó que compõe a etnia Kariri-Xocó. Segundo contam os mais velhos Inocêncio Muirá era filho do Índio Pankararu José Ribeiro que casou com a índia Xocó Jetrudes da Ilha de São Pedro . Inocêncio Muirá nasceu em 1855 na Missão de São Pedro. O cacique Inocêncio Pires era meu tetravô , pai de minha bisavó Ormina Muirá que era a mãe de minha avó Júlia Suiré Muirá  a mãe de meu pai Alírio Nunes Suiré pai de Nhenety.
Os Xocó que saíram de Porto da Folha se espalharam pelas povoações circunvizinhas, Ilha do Ouro, Serra Negra, Colégio, Propriá, Itabaiana, Carrapicho, Vila Nova e umas poucas familias ficaram. Acreditamos que de 80 a 90 % dos Xocós que moravam na Ilha de São Pedro vieram morar na Aldeia de Colégio-AL., junto aos Kariri por ter uma floresta segura para continuar as práticas do ritual do Ouricuri. Em outro local não oferecia essa condição na época para manter as tradições nativas a não ser Porto Real do Colégio.

BIBLIOGRAFIA:
DANTAS, Mariana Albuquerque. Dinâmica social e Estratégias Indígenas: Disputas e
Alianças no Aldeamento do Ipanema, em Águas Belas, Pernambuco. Dissertação de
Mestrado – Programa de Pós – Graduação da Universidade Federal Fluminense – UFF,
Niterói, 2010, p.59.
DANTAS , Mariana Albuquerque. Populações Indígenas e Movimentos Rebeldes:
Pernambuco na primeira metade do Oitocentos. Trabalho Apresentado no Simpósio
Temático “Os Índios e o Atlântico”, XXVI Simpósio Nacional de História da ANPUH, São
Paulo, 17 a 22 de julho de 2011.
DANTAS, Beatriz Góis & DALLARI, Dalmo de Abreu. 1980. Terra dos índios Xocó —
Estudos e documentos. São Paulo: Comissão Pró-Índio.
DANTAS , B. G. 1980a A Antiga Missão de São Pedro do Porto da Folha e a Recente
Questão dos Xocó de Sergipe (Sinopse).In Terra dos Índios Xocó, 13-20. São Paulo:
Comissão Pró-Índio.
DANTAS, B. G. 1980b A Antiga Missão de São Pedro do Porto da Folha e a Recente
Questão dos Xocó de Sergipe. In Terra dos Índios Xocó, 143-83. São Paulo: Comissão Pró-
Índio.
LIMA, Ronaldo Pereira de. Às margens do rio rei. Editora e Gráfica J. Andrade, Aracaju,
2007.
MATA, Vera Lúcia Calheiros. A semente da terra. Identidade e conquista territorial por
um grupo indígena integrado. Rio de Janeiro, Tese de Doutorado, Museu Nacional/UFRJ.
1989.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

LÍNGUA DZUBUKUÁ

O amigo Valdivino indígena Kariri do Ceará  fez uma série de observações sobre a Língua Dzubukuá:

A LÍNGUA DZUBUKUÁ

O alfabeto: a – b – d – dz – e – g – h – i – k – l – m – n –nj – o – oe – p – r – t –
ts – tx – s– u - ui sendo as consoantes: b - d - dz - g - h - k - l - m - n -nj - p - r - t
- ts – tx – s e as vogais: a-e-i-o-oe-u-ui.
FONEMAS
Fonema Representação Como em (Pt/Br)
/b/ b Bêbado
/d/ d dedo
/dz/ dz Dzubukuá / Dzô
/g/ g Gato
/h/ h Hoje
/k/ k casa / coelho
/l/ l lesma / lagartixa
/m/ m mão / mosquito
/n/ n noite / nuvem
/ɲ/ nj nh (ñ) gafanhoto / manhã
/p/ p pássaro / povo / pera
/r/ r touro / muro
/t/ t tatu / torta
/ts/ ts Tsunami
/ć/ tch (tx) Tchau
/s/ s Sapato
Fonema Representaçã
o
Exemplo (Pt/Br)
/a/ a avião / pato
/e/ e peixe / pera
/i/ i Ilha
/o/ o ovo / osso
/œ/ oe boedo /Amoedo
/u/ u Suco
/ɨ/ ui Banabuiú
Observações:
- Utilizamos como Base o Dzubukuá e a lacuna preencheremos com os dialetos Kipeá
e Sapuyá;
- O S e Tx (Ch ou Tch) trouxemos do Kipeá e Sapuya;
- Estamos analisando: Reinserir as letras: Ds, Tj (Th), Dj (Dh) e Ls. Essas letras
aparecem, mas os pesquisadores excluíram por afirmarem que são variação de outras
sons.

É um pouco da apostila didática que estamos organizando.
     Ainda vamos por uma coluna nas tabelas com exemplo Kariri.
      O Ds foi considerado como Variante do Dz ou Ts simultaneamente. O Ls variação do Ts.
     DJ (Dh) variação do D. Tj (Th) variação do T .  Tj (Th) variação do T .
      As letras Ds, Dj,Tj e Lá foram excluídas da Gramática.
       A Solução do Esperanto para esse som é ĝ . E a soluçäo do Tj é ĉ.
        No Dzubukuá o W tem som de U .
    Se for seguir a gramática  C e Qu é K sendo assim se formos segui a gramática: A escrita Quede fica Kede e a pronúncia Kede sendo o som de E  (Ê).
       Uma vez que temos o mesmo som para (Que) e (Ke) .
O autor fala da pronúncia do Y quê o chamado I grosso que foi representado por Y .
E se pronuncia como IU.
Um som do I tendendo para o U .
É o mesmo nosso Y quê é diferente do y com acento circunflexo .
Verificado o I na língua Kipeá .
Sendo assim podemos ter mais uma vogal no Dzubukuá que foi ignorando .
O IU que tá escrito como Y .
No exemplo em  Ynatekié temos Y e I .
      A escrita dos dialeto Kariri sofreram também interferência das línguas europeias.
É por isso que tem palavras que tem Y e I .
O CH é Tx igual no Tchau .

No Kipeá o I tem quatro som .
O I (vogal); O Y (Consuante)-Dj sendo um J Brando;O Y com a assento Circunflexo (Vogal) o I grosso do Tupi e se pronuncia um I entrando no U a vogal IU; e Y quê se pronuncia como no Casteliano Tô quê é Dj também .
Analisando o W no Dzubukuá ele é um U diferente do U tradicional e quase sempre vem acompanhado do Y . Ou wj.Ou seja .
     Podemos ter duas Letras que sofreu interferência do francês e não foi mencionado.
Ou o Siqueira Literalmente ignorou.
      Podemos ter um Y  sendo Dj e wj ou wy sendo IU sendo semelhante ao I grosso do Tupi.
    Um exemplo o Buye pode ser Budje . Bwj(Bvuy)_ ascenção página 272.
   Veja Buyé - Grande            Buié (Bilhete) - Mau , Ruim . Se o Y forse I Buy seria Buié .
      Assim Buyé pode ser Budjé ou Buiué.
      Porém tá escrito no Catecismo e na gramática Kiriri Buyé com o Y sem acento Circunflexo ou seja Y é Consuante Dj.
   Para sanar as dúvidas viu reler os dois catecismo. O do Kipeá e o do Dzubukuá . E ver a escrita .


domingo, 10 de maio de 2020

MENSAGENS DA MÃE TERRA

    Nós seres humanos como podemos reconhecer Mensagens da Mãe Terra? Para os arqueólogos eles vão estudar nos sítios arqueológicos, os geólogos conhecem as eras geológicas observando as camadas do solo. Outros estudiosos verificam o gelo, tronco de árvore, pedras, fundo do mar, tudo estar guardado na Mãe Terra.
          O planeta onde habitamos apresenta condições propícias para a vida em equilíbrio na natureza. Quando o homem foi destruindo os ecossistemas, derrubando florestas, poluindo rios, mares com suas indústrias, explorando minérios, toda a ordem natural foi abalada.
        Os sinais das Mensagens da Terra vem nos descongelamento das geleiras, enchentes, furacões, epidemias, aquecimento global, um recado para a humanidade pelos danos causados pelas destruição das espécies e exploração exagerada do solo e subsolo. Viver de forma consciente é a melhor maneira de escutar as Mensagens da Mãe Terra.
        Mensagens da Terra na ordem natural é a conexão de nosso planeta com os seres vivos que nele habitam. A vida foi gerada na Mãe Terra numa combinação de fatores químicos, físicos e biológicos. Estamos numa teia de relações entre os seres vivos e o meio ambiente, desde o princípio dos tempos, estar conectado com o todo é ser consciente que dependemos um do outro plantas, animais e seres humanos , que são formados por elementos químicos e minerais da Mãe Terra.
       Cada ecossistema estar organizado segundo as condições geológicas, atmosférica, climáticas, pluviométricas, oceânica, fluviais etc... A Mãe Terra entre os planetas conhecidos em nossa galáxia é único que tem vida, no que sabemos.
      Os animais aves , mamíferos e insetos segue orientações de suas migrações pela Mãe Terra, os peixes viajam nas correntes marítimas até seu destino, em períodos sincronizados retornando os lugares de origem.
       Povos originários aprenderam com a Mãe Terra a usufruir do alimento para viver, na adaptação um lugar para habitação, a cultura apareceu com as relações dos seres humanos com a natureza. Mensagens da Terra portanto é uma consciência planetária de valores universais.

       Nhenety Kariri-Xocó