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Confraternização da Tribo |
Em época de grande crise na tribo,os índios faziam uma grande reunião ao
redor da fogueira, para solucionar os problemas, principalmente na
falta de alimentos. O pajé chamava o cacique para organizar uma equipe
de caçadores, estes saiam pela floresta ao amanhecer, nestas incursões
durava dias até chegar atingir os objetivos. No grupo escolhido pela
comunidade, tinha homens especializados em várias atividades; chegando
no rio não viam peixes, mas no grupo o guerreiro Pirapotã dizia: ” aqui tem
peixes de água profundas”, logo mergulhava e pescava surubim, niquim e
curimatã. Seguindo a caçada chegaram no meio da floresta encontraram
muitas frutas, outro guerreiro Itawaçú era o homem mais hábil em subir em
árvore, escalou tirando muitos frutos: goiaba, pitanga, aricuri.
Continuando chegaram na beira de um lago, avistaram muitas aves: nambú,
marrecas, patos selvagens, mas elas eram veloses, quando o melhor
arqueiro da tribo Muirátã atira suas flechas certeiras, pegando vários pássaros.
O rastejador Candará observa as pegadas das caças, descobre onde mora as
cutias, preás, tatús, pegaram muitos animais. Pelo cheiro das flores o
farejador Natirã encontrou uma colméia de abelhas, retiraram muito mel. Enfim
no final da caçada tradicional, grande confraternização, voltaram para a aldeia, trazendo muita
fartura, os produtos da floresta saciou a fome dos índios, porque
caçaram em grupo, a vocação de cada um da equipe ajudou a complementar a
necessidade do povo. Nhenety Kariri-Xocó.
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