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Roupa da Comunidade. Desenho : Nhenety |
Minha mãe Maria de Lourdes Ferreira, contou que ainda alcançou, índios
muitos pobres, morando na Rua São Vicente em condições muito precárias década de 1920 . Não tinha nem uma roupa digna para ir ao centro da cidade de
Porto Real do Colégio, moravam na periferia, descriminados.
Quando algum índio ia comprar mercadorias : farinha, açúcar e café,
serviam de chacota pelos brancos ousados, alguns assobiavam, diziam
palavrões “ lá vem os caboclos carniceiros “. As condições dos índios
era bastante precárias, muitos não nem uma roupa para vestir, bermuda
rasgada, encardida, remendada, camisa velha rasgada, calçados não se via
um no pé. Entre os índios de Kariri-Xocó, tinha um que era rico,
chamado Gabriel Gonçalves de Oliveira, fazendeiro conhecido, que as .
dava assistência, aqueles pobres abandonados. O Sr., Gabriel logo
disse : “ Vou Fazer a Roupa da Comunidade “, comprou pano cutim azul,
uma bolsa de palha, e um par de tamanco de pau. A roupa foi costurada na
mão por dona Maria Matilde sua mulher. A
roupa ficava na sala, pendurada no torno, chegava um índio e pedia, seu
Gravié, vim pegar a roupa para eu ir no centro da cidade compra farinha
e fumo. Gabriel respondia ao pedinte, espere aí na fila, que já tem
quatro pessoas em sua frente, Sineta já foi na rua, na bodega de seu
Barbino, e ainda não voltou. Esse fato aconteceu, era uma época muito
sofrida, esta roupa durou muito tempo, mas ficou a história, a Roupa da
Comunidade, se tornou-se a Roupa da Caridade, ussada por todos os
índios que iam na cidade. Somente a partir da criação do Posto Padre Alfredo Damaso, melhorou um pouco na questão de respeito. http://www.indiosonline.net/a_roupa_da_comunidade/
Nhenety Kariri-Xocó.
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