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Poste ainda da Época utilizado |
Temos a responsabilidade de ficar-mos consciente em nosso meio, porque
são essas lembranças que construímos nossa memória. A energia elétrica chegou aqui na Sementeira em 1966 colocada pela Companhia do Vale do São Francisco. Esta Fazenda não estava ainda em nossa posse, quando a energia fora colocada, esta rede elétrica ainda é utilizada pelos índios, logo depois que retomamos esta área em
1978, corremos grande
risco os cabos quebra diaramente. Lembro muito bem
quando era criança chegou a energia elétrica na aldeia, localizada na ”
Rua dos Índios”, em 1968. Os trabalhadores chegou na aldeia começou a cavar os buracos dos postes, dias depois começaram a colocar os fios elétricos, foi uma grande mudança na tribo. A antiga Rua iluminada por fogueiras nos tempos de outrora, agora estava toda iluminada com luzes brilhantes. O funcionário da companhia conhecido por Nem da Luz pelas crianças chegava todo o final de tarde, os meninos chamava " Nem, Nem, Nem, ele respondia " Oi, Oi, Oi ", assim foi passando o tempo. Chega na Aldeia de Colégio a COENG-S/A
Companhia de Engenharia Civil para a construção da BR-101, e da ponte
sobre o Rio São Francisco em 1970, muitos indígenas foram trabalhar nesta firma ao longo de sua cosntrução. Uma revolução cultural foi a
televisão quando chegou na tribo em 1972, conhecemos a cara do Brasil,
notícias, novelas, programas e esportes, modas e muito mais. Pela
primeira vez tomei Coca-Cola com o meu primo César Giri em 1973, neste
mesmo ano fizemos uma apresentação da dança do Toré, pela TV Sergipe. Na
escola indígena foi introduzida a Quadrilha Junina, o jogo de volley
no qual fiz parte como aluno. Os adultos criaram o primeiro time de
futebol da tribo em 1975, o Kariri Esporte Clube. Em 1981 chega o
trator Ford da tribo doado pela Funai, para arar as terras dos índios.
Estes são alguns exemplos de fatos importantes para registrar
acontecimentos, como lembranças do tempo, assim construiremos nossa
memória social. http://www.indiosonline.net/lembrancas_do_tempo/ .
Nhenety Kariri-Xocó.
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