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Majongome |
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Mata Fome |
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Gangorra |
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Umarí |
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Kanapum |
Em período de crise os Kariri-Xocó, saem a procura do suprimento
alimentar, para atendendo apelos da família. As mulheres saem para as
lagoas, a procura de caramujo, as crianças sobem nas árvores do mari,
tiram os frutos para cozinhar na panela de barro. O prato que vamos fazer é o
“ Bobó de Caramujo “ com mari cozinhado e pisado no pilão. Esse
alimento tem gosto amargo, mas mata a fome de quem não tem nada para
comer. Outra alternativa é coletar inhame brabo do mato, homens sai para
a floresta do ouricuri, encontra a rama tipo cipó, cavam o chão e
retira o bulbo tão apreciado pela necessidade de comer. O inhame do mato
é levado para casa, lavado , tira a casca, coloca no fogo em panela de
barro, com sal, até cozinhar. Pode ser comigo com caças silvestres,
teiú, tatu e preiá. O milho torrado no fogo, em caco de pote, pode ser
pisado no pilão, formando uma paçoca, substituindo a farinha de
mandioca. O mel da abelha substitui o açúcar, quando falta, adoça os
alimentos amargos, dar gosto , além de nutrir as crianças frágeis,
misturando com frutas, como mari, e jenipapo. Temos frutas pequeninas
que encontramos nas margens das lagoas, são a “ mata-fome “, pequenas e
vermelhas, comemos sua fruta de maça branca, temos goití de porco, Kanapum, gangorra
encontrados perto do rio e das lagoas. Os peixes que comemos em tempos de crise é a
bruxí ( pequeninos alevinos ), cuíte ( maior que alevinos), tem gosto
amargo, estes alimentos aparecem em fevereiro. Além destes alimentos
temos o muçu, um tipo de enguia, que encontramos na lagoa, é cozinhada
como peixe, pode ser comida na farinha de mandioca, quando dispomos.
Essa fase de nossa vida de comer estes alimentos, aconteceu até a década
de 1977, mas alguns indígenas utilizam raras vezes, em emergência, foi
aparecendo o trabalho na região, e os índios melhoraram as condições de
vida .
http://www.indiosonline.net/alimento_da_fome/ .
Nhenety Kariri-Xocó. .
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