Literatura de Cordel
Autor: Nhenety
Parte 8
A original cerâmica utilitária
Durante séculos de contato
Desses indígenas de Colégio
Muito além da panela e prato
Vendem ou trocam produtos
Em larga escala bem barato .
Atrás a casa do velho Gringo
Existindo o forno de queimar
Comporta cerca 120 objetos
Com ele e as índias arrumar
Colocava toda lenha no fogo
Após longa rodada no fumar .
Logo estava tudo pronto
Estava na hora de vender
Colocava potes na canoa
Com os brancos entender
O Sr. Demézio e Marietinha
Junto a elas compreender .
Muitas vezes subiam no rio
Canoas passavam semanas
Vendia tudo nas povoações
Trocavam potes por bananas
Traziam as galinhas e farinha
Até mesmo feixes de canas .
No som "Canoa dos Portos "
Consiste o grito da criança
Que ficavam num barranco
Chegava trazia a esperança
Os indígenas estão voltando
Com alimento da bonança .
Das mulheres ceramistas
Lembramos de Luíza Binga
Júlia Pires , Laudilina , além
Dona Lurdes e Maria Tinga
Com sua produção vendida
Perto no povoado Azaninga .
Numa tradição dos barcos
As mercadorias era levada
Seria de Propriá ao Penedo
Por ser economia aprovada
A canoa Canindé foi a maior
Neste rio ela já comprovada .
Cidade na Estação o Trem
Chegava em Colégio ficava
Havia o Armazém Carnaúba
Que estivador alí trabalhava
A Maria Fumaça buzinando
Onde todo mundo escutava .
Bastante comum no Colégio
Vários grupos de seresteiros
O ano 1966 nas ruas a cantar
Com cavaquinho os violeiros
Junto a André e Lú de Queiroz
Zé Costa seus companheiros .
Desde 1967 as ferry-boats
Transporte de passageiros
Rede RFFSA trem de carga
Trazia minérios e mineiros
Para Porto Real do Colégio
Chegando até estrangeiros .
O Serviço de Auto-falante
Ano 1968 pirulito da praça
Programa Domingo Jovem
Ouvimos músicas de graça
Zé Luiz que animava o povo
Com sua voz o povo abraça .
A antiga Fábrica de Arroz
Agora estava desativada
O Sr. Ilário Veiga seu dono
Essa era Empresa Privada
Logo após a Mário Barreto
Quando ficou abandonada .
Ano 1970 chega COENG.S/A
De Engenharia e Construção
Na sede o prédio da Fábrica
Terra planagem em produção
Para pavimentação a BR 101
Seria aos índios boa solução .
A construção de uma ponte
Rodovia passando a cidade
Balsas atravessando carros
No São Francisco a facilidade
Comércio que cresceu tanto
O povo com tanta felicidade .
Colégio o Porto de Baixo
Os caminhões chegando
Subindo naquelas balsas
Com pessoas negociando
Havendo grande palhoção
Toda hora música tocando .
Empresa Andrade Gutierrez
Índios na profissionalização
Muitos Trabalham na BR 101
Ponte enfim teve finalização
O dia 2 de dezembro de 1972
Foi uma festa a inauguração .
O acontecimento marcante
Abrangendo o nível nacional
Fervilhando carros na ponte
Tocando o nosso emocional
Ponte sobre o São Francisco
Mudou transporte tradicional .
Nas velhas canoas do rio
Transportava passageiros
Substituídas embarcações
Com motor de engenheiros
Tupã, Tupi e Tupigy nestas
Lanchas esses marinheiros .
A Nordeste e Iraci Tononé
Lanchas o índio Zé Gatinho
A canoa do Cacique Cícero
O povo tinha muito carinho
Aqui é para da certo a rima
Ficando no verso direitinho .
O período no mesmo ano
Rua dos Índios reformada
A FUNAI rebocando casas
Antigas de barro arruinada
Chefiando o posto Ademir
Queria habitação rebocada .
O Porto Real do Colégio
Na Era da Comunicação
A TV na década de 1970
Com os jogos da seleção
No Barzinho Sr. Américo
Brasil na comemoração .
Cine Veneza de Propriá
Em Colégio tinha sessão
Na casa Salão Paroquial
Filme Hércules e Sansão
O povo enchendo a sala
Como séries de televisão .
Continua
Nenhum comentário:
Postar um comentário