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domingo, 1 de janeiro de 2023

AS ORIGENS KARIRI-XOCÓ 1


Descrição Cultural Kariri 



      A colonização do interior do Brasil iniciou a partir do ano de 1600, porque a região mais visada para ocupação seria o litoral nordestino. O caminho para o sertão seria o Rio São Francisco, onde estariam as tribos Kariri, evangelizadas pelos missionários jesuítas e capuchinhos. 

       O trabalho de catequização dos indígenas não seria fácil, primeiro foi feito a pacificação, logo após um estudo para aprender a língua Kariri, fazendo uma gramática e um catecismo. Mas o importante também que encontramos algumas informações sobre a descrição cultural dos antigos Kariri, mesmo já num processo de aculturação, mesmo assim com traços da cultura nativa.



1 ) - CROBECÁ, a cuia, cuieira, no dialeto Cariri, vasilha feita do fruto da cabaça (Lagenaria siceraria), serve como prato partida ao meio ou vasilhame de guardar líquidos, mal, água etc...


2 ) - CRAMEMÚ, o utensílio europeu caixa em Cariri, no Tupi passou a ser designada carameuá, objeto de madeira quadrangular ou retangular para guardar objeto (s).


3 ) - TORORÃ, o livro ou carta, noticias que "afugentava a calma", no conceito onomatopaico segundo a língua do povo Kariri.


4 ) - BUIBÚ, o instrumento musical em Kariri, a maracá feito com cabo de madeira e semente de meru, uma espécie de chocalho indígena.


5 ) - TEMBETÁ, o adorno inflexível utilizado no lábio inferior, de formato alongado, pode ser de madeira, pena ou até mesmo espinho grande.


6 ) - SETU, o nome cesto ou balaio em Kariri, feito artesanalmente entrançado de cipó ou taquara, servindo para transportar utensílios.


7 ) - TINHÉ, o nome cesta em Kariri, feito de entrançado de cipó ou taquara, menor que o cesto, para transportar utensílios, com alça de cipó.


8 ) - DUBÉ, o nome de aió em Kariri, feito artesanalmente entrançado de fibras de caroá ou palha de aricuri, servindo para transportar utensílios pessoais.


9 ) - BARÁ, o nome de balaio grande em Kariri, feito artesanalmente entrançado de cipó ou taquara, servindo para transportar frutas, produção agrícola.


10 ) - WINÁ, o nome de abano em Kariri, feito artesanalmente entrançado de palha de aricuri, servindo para abanar o fogo de lenha ou a carvão.


11 ) - PREBÚ, o nome de cuia de coité em Kariri, vaso feito desse fruto maduro depois de esvaziado do miolo, servindo de prato vegetal natural.


12 ) - BURUHU, o nome de fuso em Kariri, a pequena bobina de madeira que serve para fiar na roca, um torcedor de fios de algodão.


13 ) - WONCURÓ, o nome do tear em Kariri, um aparelho empregado para fins de tecelagem, destinada ao fabrico de tecidos, malhas, tapetes, redes etc...


14 ) - MUHÉ, o nome da rede de pescar em Kariri, feita de fios de algodão ou fibras de tucum, com malhas para capturar peixes e mariscos.


15 ) - PITÉ, o nome da rede de dormir em Kariri, utensílio doméstico feita com cipó, fibras vegetais como de algodão, servia para descansar, dormir e enterrar os mortos.


16 ) - BODZÓ, o nome de machado em Kariri, a ferramenta feito de cabo de madeira e cunha de pedra, utilizado no corte de lenha e desbaste de troncos.


17 ) - BABASITÉ, o nome de espeto em Kariri, a haste fina de pau, aguçada na extremidade, para assar carne, ave ou peixe, sobre uma fogueira ou braseiro.


18 ) - DZITU, o nome de embira de amarrar ou corda em Kariri, pode ser feita do entre casca de árvore ou arbusto ou de fibras vegetais mais flexíveis, como caroá, tucum etc...


19 ) - KINIKI, o nome de peneira em Kariri, utensílio de armação circular e uma tela de taquara entrançados, onde se passam substâncias transformadas em pequenos fragmentos, como farinha e cereais.


20 ) - RUNHÚ, o nome de panela de barro em Kariri, objeto cerâmico utilitário que serve para cozer alimentos, feita pelas mulheres.


21 ) - ARIBÁ, o prato de barro em Kariri,  objeto de barro da cerâmica utilitária  que serve para comer os alimentos, feito pelas mulheres.


22 ) - BEPI, o prato de barro pequeno em Kariri,  objeto de barro da cerâmica utilitária  que serve para comer os alimentos, feito pelas mulheres.


23 ) - PAIÁWI, o cachimbo de pau ou  barro em Kariri, utensílio para fumar feito de madeira ou argila, estes objetos são feitos pelos homens.


24 ) - SAREDU, o bolo de mandioca em Kariri, iguaria feita à base de massa de farinha, na forma tradicional geralmente de sabor doce.


25 ) - WOUDU, o bolo já assado em Kariri, iguaria feita à base de massa de farinha, na forma tradicional geralmente de sabor natural.


26 ) - WARAERÓ, o beiju de farinha de mandioca em Kariri, feito da massa assada no forno, após o fabricação da farinha.


27 ) - PEPÉ, o nome de peteca em Kariri, , o brinquedo de base arredondada, feito de couro e penas, lançado ao ar, brincadeira dos rapazes.


28 ) - TERERÉ, o adorno das mulheres em Kariri, um cordão adornado com penugens coloridas de penas de aves, com palito preso ao cabelo.


29 ) - IARÚ, o nome de flecha em Kariri, uma haste pontiaguda ornada com penas e a seta, utilizada no arco para ser arremessada.


30 ) - SERIDZÉ, o nome do arco em Kariri, arma de madeira semcírcular flexível, utilizada para lançar flechas, utilizada na caça, na pesca e defesa.


31 ) - YARU, a bolsa para carregar iarú (flechas) em Kariri, feita de fibras de caroá ou de palhas de aricuri, utilizada pelo homens.


32 ) - TCONCUPY, o nome de maça ou clava em Kariri, um pedaço de pau grosso, mais volumoso na extremidade, usado para ataque e defesa. 


33 ) - BYBYTÉ, a palheta de jogar em Kariri, uma espátula de madeira, que faz vibrar o ar quando jogado, produzindo um som cavernoso.


34 ) - BUKÉKÉ, o fruto do urucuzeiro (Bixa orellana), utilizado na culinária como condimento e no preparo de tinturas para pintar o corpo, no Dzubukuá.


35 ) - MÉ, o fruto do jenipapo (Genipa americana), utilizado na pintura corporal, a substância extraída do sumo do fruto ralado, no Kipeá e Dzubukuá.


36 ) - IBÚ ou MASICHE, o nome de milho (Zea mays)  cereal utilizado como alimento, tanto assado, em comidas típicas dos povos indígenas, inclusive os Kariri.


37 ) - SEKIKI, o nome de carimã farinha de mandioca seca e fina na língua Kariri, a base da alimentação indígena, desde os tempos imemoriais.


38 ) - GHINHÉ, o nome de feijão ( Phaseolus vulgaris ), faz parte da culinária nativa, na combinação acompanha carnes, verduras e tubérculos, no Kariri.


39 ) - EREMÚ, o nome de abóbora ( Abobra tenuifolia ), fruto da aboboreira utilizado no consumo, tanto cozida como em forma de doce.


40 ) - BACOBÁ, o nome de banana ( Musa × paradisiaca ), usada na culinária, etimologia do tupi pa'kowa, que significa "folha de enrolar".


41 ) - MUICÚ, o nome da mandioca ( Manihot esculenta ), utilizada na alimentação nativa em forma de farinha, cozida ou como bolo, beiju, tapioca etc...


42 ) - ENDI, o nome do algodão ( Gossypium barbadense L. ) a fibras brancas desta planta utilizada na confecção de fios, rede, panos em geral, no Kariri.


43 ) - MURAWÓ ou MURAWÔ, o nome do porco selvagem , Caititu ( Pecari tajacu ), sua carne apreciada assada no moquem.


44 ) - BEHEDZÍ, o nome de melancia (Citrullus lanatus), o fruto nativo da África, mas foi adotada pelos indígenas, entre eles os Kariri.


45 ) - BUCÚ, o nome de cão caçador (Canis lupus familiaris), trazido pelo colonizador, adotado pelos indígenas entre eles os Kariri.


46 ) - BANI, o nome de mocó (Kerodon rupestris), um roedor utilizado na alimentação dos indígenas Kariri da caatinga do Nordeste.


47 ) - AJOUJO, a pequenas embarcação

que consistia na junção de madeira leve em forma de balsa para atravessar o rio, utilizada pelos Kariri.


48 ) - OBÓ, o nome do fruto do umbu 

( Spondias tuberosa ) , utilizado na alimentação de forma natural, na embuzada, povo Kariri.


49 ) - WOICRAE, o nome do brinquedo "cavalo-de-pau", na língua Kariri, uma vergôntea de marmeleiro com cabeça simulada e cabresto.


50 ) - SABUCÁ, o nome de galo (Gallus gallus), ave originária da Índia trazida pelo colonizador, adotado como animal doméstico na culinária.


51 ) - CABARU, o nome de cavalo ( Equus ferus caballus ), trazido pelos colonizadores, que os indígenas adotaram para o transporte.


52 ) - CRUDZÁ, o nome de cruz na língua Kariri, evangelizados pelos missionários capuchinhos, os Dzubukuá adotaram a fé cristã simboliza da na cruz.


53 ) - QUIXÓ, a armadilha para pequenos animais, utilizado pelos indígenas Kariri do Nordeste.


54 ) - CURÉ, o nome do porco doméstico (Sus scrofa domesticus), trazido pelos colonizadores, a carne muito apreciada pelos indígenas Dzubukuá.


55 ) - CUSUCRÓ, a pedra de fogo ou corisco no Kariri, utilizada como machado neolítico ou pedra para juntar fogo por fricção.


56 ) - BUIÚ, a vasilha de encher água cabaça ( Curcubita lagenaria ), a cabaça média de pescoço utilizada pelos nordestinos do sertão.


57 ) - WOICRAEBOHÓ, o canto do vaqueiro que conduz o gado, utilizada primeiramente pelos indígenas Kariri , na época dos currais.


58 ) - TÇUIRU, o instrumento de aviso dos trabalhadores das quebradas, feito de rado de tatu, segundo menciona SIQUEIRA, 1978: 238.


59 ) - BADÁ, o instrumento feito com uma pequena cabaça, utilizada pelos antigos Kariri no sertão nordestino.


60 ) - BUCUNU, a roça que deu milho, sendo bu, espiga, uma área utilizada para o cultivo desta planta pelos indígenas Kariri.


61 ) - DEDÍ, a cerca de pau espécie de paligada, que protegia a aldeia, posteriormente esse costume passou a proteção da casa com quintal.


62 ) - BANAHOYA, a canoa em Kariri, de 

guapuruvu ( Schizolobium parahyba (Vell.) Blake), feita do tronco dessa árvore.


63 ) - CABARA, o nome de cabra ( Capra aegagrus hircus ), animal doméstico trazida pelos colonizadores, fornece a carne e leite na alimentação.


64 ) - CARNEIRÓ, o nome de ovelha ( Ovis aries ), animal doméstico trazido pelos colonizadores, utilizando sua carne e a lã na tecelagem.


65 ) - CRODZÓ, a carne de gado em Kariri, usada na alimentação assada ou cozida, alimento trazido pelo colonizador europeu.


67 ) - CLUDIMU, o covo de peixe, armadilha de pesca cilíndrica feito de taboca, para capturar pequenos peixes e camarões, muito utilizada pelos Dzubukuá.


68 ) - DOYÉ, o nome da capivara ( Hydrochoerus hydrochaeris), maior roedor do mundo, animal comestível entre os Kariri Dzubukuá.


69 ) - POEBA, a ave jacu ( Penelope purpurascens ), sua carne era muito apreciada na alimentação dos indígenas Kariri.


70 ) - PROPWI, o melão-de-são-caetano ( Momordica macrophylla ), alimento utilizado no tempo da crise no sertão pelos Kariri.


72 ) - YACLARO, o nome de anzol em Kariri Dzubukuá, a ferramenta para a captura de peixes, vem acompanhado com a linha, vara e chumbada.


73 ) - YERU, o vinho de uva ( Vitis vinifera ), trazida pelos missionários capuchinhos que catequisaram os índios Kariris do São Francisco.


74 ) - BADZURU, o moquém em Kariri, a grelha de madeira usada para defumar qualquer tipo de carne ou peixe, no calor da fogueira sob fumaça.


75 ) - BECHIÉÁ, a roça em Kariri, uma área agrícola utilizada pela comunidade, cada povo faz o seu cultivo conforme sua cultura de seu jeito.


76 ) - BENHEKIÉ, o brincar em Kariri Kipeá, brinquedo, brincadeira, uma categoria do entretenimento deste povo nativo do sertão nordestino.


77 ) - BUDUDÚ, o nome de jirau em Kariri, do estrado de varas sobre forquilhas cravadas no chão e que serve para guardar utensílios.


78 ) - BUIBÚ, o nome de maracá em Kariri Kipeá, do instrumento musical indígena, espécie de chocalho vegetal, feito de cabaça ou coité.


79 ) - BUKÉ, o nome de veado suçuatinga (Ozotoceros bezoarticus), sua carne muito apreciada pelos indígenas Kariri.


80 ) - BUKENCRÉ, a pintura corporal nativa com o fruto do urucuzeiro ou urucueiro (Bixa orellana), em sua cor vermelha escura.


81 ) - BYDZU, o nome de liquor em Kariri, a bebida alcoólica doce, misturado com frutas, ervas, pode ser sacarose, mel ou glicose. 


82 ) - CRAYOTÉ, o nome de cacimba em Kariri, um buraco que se cava até atingir um lençol de água subterrâneo, para recolher a água presente no solo. 


83) - CRADZÓ, o  Gado-bovino-doméstico ( Bos taurus ), vaca, boí, carne, gado trazido pelos colonizadores no período do Brasil Colônia. 


84 ) - CREYÁ, assado em covas em Kariri, uma técnica de assar carne, tubérculos, sob a terra, utilizada pelos indígenas brasileiros.


85 ) - CREYAHÉ, o nome da foice em Kariri, uma ferramenta agrícola com lâminas curvadas e normalmente usada para cortar o mato.


86 ) - CRONHAHÁ, o milho cozido em Kariri, colocando as espigas em panela de barro, com água temperada com sal no fogo de lenha.


87 ) - CRUTÉ, o nome de pano em Kariri, a transformação de fibras em fios de algodão em tecidos para peças de vestuário, redes e tapetes.


88 ) - CUNUBÓ, o nome do pó de farinha em Kariri, feito pela moagem de grãos crus, raízes, feijões, nozes ou sementes, ressecado ao forno em ponto de consumo.


89 ) - DEHEBÁ, o nome de cavador em Kariri, um instrumento de madeira com ponta laminar, utilizada para cavar buraco na terra.


90 ) - DZÓ, o nome de remédio, mezinha, cura em Kariri, pode ser de raiz, folha, casca de árvore, que leva toda uma preparação ritualística.


91 ) - DZU TUPÃ, o nome de água benta em Kariri, santificada por sacerdote, no batismo, benção de pessoas, lugares e objetos, ou como forma de repelir o mal.


92 ) - IBÁ, o nome de carro em Kariri,  um 

veículo que se locomove sobre rodas, para transporte de passageiros ou de cargas.


93 ) - KITSI (tç), o nome de arca em Kariri, caixa grande, de madeira, com tampa plana, utilizada para guardar roupas, cofre, objetos etc.


94 ) - MEREBÁ, o nome de jirau para moquem em Kariri, consiste num estrado de madeira para assar carne sobre o fogo.


95 ) - MADZÓ, o nome do milho assado em Kariri, na técnica de preparo a espiga de milho verde sobre as brasas no calor da fogueira.


96 ) - NATIÁ, o nome da aldeia original em Kariri, a povoação indígena com erà ( oca, maloca, casa ) de taipa e palhas, no sentido tradicional.


97 ) - NHUPY, o nome do vinho de milho em Kariri, passando por um processo de fermentação natural, com a cauda da maça do milho destilada.


98 ) - NUPYTÉ, o instrumento de tirar fogo em Kariri, pode ser graveto, pedra ou qualquer objeto que der origem ao fogo tradicional.


99 )- PICRIÁ, o nome de casarão em Kariri, no sentido de casa grande do povo civilizado, construído de tijolo e telhas cerâmica .


100 ) - PIWONHÉ, o nome da cerimônia de casamento em Kariri, tanto faz no sentido religioso dos missionários ou no tradicional indígena.


101 ) - RINÉ, o nome da carne salgada em Kariri, inicialmente era so a carne de gado, mas logo depois se estendeu para todo tipo de carne comestível.


103 ) - SADÁ, o nome de espingarda em Kariri, pode ser também qualquer instrumento que provoque o barulho de estalo repentino.


104 ) - SÃMBÁ, o nome de cágado ( Trachemys dorbigni ), a tartaruga de água-doce, sua carne muito apreciada na culinária indígena.


105 ) - SANTOÁ, o nome de santo (a) em Kariri, referente a imagem de escultura ou nos quadro da igreja, encontradas nas casas dos cristãos.


106 ) - SASÁ, o nome da saia de aricuri ou pindoba em Kariri, da vestimenta da parte inferior do corpo, tanto do homem ou mulher.


107 ) - SEBY, o nome de cadeira em Kariri, a peça de mobília com assento individual e de um encosto, com ou sem braços, trazidas pelos colonizadores.


108 ) - SERACHICHIÁ, o nome de folguedos em Kariri, as festas populares do folclore brasileiro, com música, dança e teatro, em datas determinadas.


109 )  - TANÉ, o nome de fumo ( Nicotiana tabacum ), de suas folhas se produz o tabaco, utilizado pela maioria tribos das Américas.


110 ) - TASÍ, o nome de enxada em Kariri, uma ferramenta utilizada na agricultura, com cabo de madeira e lâmina de ferro ou aço, trazida pelos colonizadores.


111 ) - TAYÚ, o nome de dinheiro em Kariri, um meio de pagamento, com moedas ou cédulas, sistema trazido pelos colonizadores.


112 ) - UDJÉ (TUDJEÁ), o nome de legumes da roça em Kariri, as planta comestível de leguminosas ou herbáceas, nativas ou trazidas pelos colonizadores.


113 ) - UANHÍ, o nome de lavoura em Kariri, a preparação da terra para o trabalho agrícola, na plantação de culturas na roçaou no campo.


114 ) - UCRÍ, o fruto da mangaba (Hancornia speciosa), nativa do nordeste, utilizada nos sucos, sorvetes, doces e bebidas atualmente.


115 ) - WANHERCÁ, a fazenda de criação de gado na língua Kariri, com curral, casas de empregados, instalada desde o Brasil Colônia.


116 ) - WARAERÓ, o nome de beiju de farinha na língua Kariri Kipeá, feito logo após a finalização do processo da farinhada, como confraternização.


117 ) - WAREDÚ, o nome do bolo de mandioca amassada no Kipeá, a preparação da massa adocicada, acrescentando mel de abelha uruçú.


118 ) - WARUÁ, o nome de espelho em Kipeá, o objeto de superfície lisa polida, que refleti a luz e as imagens de pessoas, trazido pelos colonizadores.


119 ) - YAENTÁ, a vara de taquara ( Bambusa vulgaris ), utilizada pelos Kariri Kipeá, com o anzol e linha para a pescaria nos rios e lagos. 


120 ) - CRÁÉ, o alfange sabre de folha curta e curva na língua Kariri, utilizada no tempo do Brasil Colônia, trazida pelos colonizadores.


121 ) - BUHEHÓ, o nome de alguidar em Kariri Kipeá, um recipiente redondo, feito de barro ou madeira, o colonizador trouxe o alguidar de metal.


122 ) - PYCÁ, o nome de banco em Kariri, a peça de mobília de assento para uma pessoa, geralmente produzidos em madeira pelos índios.


123 ) - SITÓ, a prática de caçar animais no Kariri, seja na floresta, no campo com os instrumentos tradicionais necessários para alcançar tal fim.


124 ) - MARÃBOHÓ, o nome de cantigas em Kariri, a composição musical dos indígenas, segundo as tradições de geração em geração.


125 ) - BEBATÉ, o colar em Kariri, o ornato que se usa no pescoço, feito de cordão, com sementes, dentes de animais, ossos de peixe, garras ou pedrinhas.


126 ) - WIRAPARARÃ, a engenhoca aparelho rudimentar de moer cana, para a fabricação do açúcar, foi trazido pelos colonizadores.


127 ) - UDZÁ, a faca encabada com lâmina de ferro na língua Kariri, introduzida pelos colonizadores, os indígenas utilizava as de pedras cortantes.


128 ) - WANHERCÁ, a roupa vestimenta de qualquer tipo de tecido, que sirva de vestimenta para o ser humano, trazido pelos colonizadores.


129 ) - BUBEHÓ, o forno construção de tijolo e argila em forma de câmara e com uma abertura ou porta, aquecido com lenha para queimar a cerâmica.


130 ) - IDZÁ, o nome de fruta, uma designação da infrutescência comestíveis, carnosos e suculentos, geralmente doce, na língua Kariri.


131 ) - TSERERÓ, a gaita em Kariri, o instrumento musical feito de embaúba (Cecropia angustifolia), utilizado na dança e cantos do toré. 


132 ) - POPONGHI, a roca de fiar tradicional em Kariri, uma ferramenta utilizada na fiação manual, de fazer o fio de algodão para a tecelagem.


133 ) - ARA ou ERA, a casa de barro Kariri, do tipo pau a pique com tetos recobertos de palha de palmeira ou de outras folhagens. 


134 ) - RUÑO, o pote de barro Kariri, confeccionado pelas mulheres indígenas da Aldeia de Colégio, em Alagoas.


135 ) - ERÚ, o ralador em Kariri, um utensílio que serve para ralar vegetais em fragmentos  alimentícios, como côco, queijo etc....


136 ) - UBADI, os enfeites brincos e botoques em Kariri Kipeá, utilizado tanto os homens, quanto as mulheres, por ser um costume antigo.





BIBLIOGRAFIA:



- SIQUEIRA, Baptista. Os Cariris do Nordeste. Livraria Editora Cátedra, 351 p .Rio de Janeiro 1978.


- FERRARI, Alfonso Trujillo. Os contactos e as mudanças culturais dos Kariri. Sociologia, ago. São Paulo, 1956.


Autor da matéria: Nhenety KX 

Pesquisadora da Língua Kariri-Xocó: Elizabete Suzart



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