🌺 Dedicatória Poética
Dedico este canto antigo à chama que não se apaga,
À memória dos reinos, cujas coroas são saga.
Aos povos que sobre a espada firmaram sua esperança,
E à fé que, mesmo ferida, manteve sua aliança.
Aos bravos de Iberia, da cruz e da ventania,
Que ergueram sob o sol duro o facho da valentia.
E a ti, leitor do presente, herdeiro de tantas eras,
Que busca nas vozes antigas as verdades mais sinceras.
📖 Índice Poético
Dedicatória Poética — Em que o autor presta tributo à alma dos reinos antigos.
Abertura — O chamamento à epopeia ibérica e ao espírito da Reconquista.
Prólogo Poético — A gênese dos reinos cristãos, sob o eco dos visigodos.
Capítulo I – O Reino das Astúrias e a Aurora Cristã
Capítulo II – De Leão a Castela: a Forja do Poder Ibérico
Capítulo III – Pamplona e Navarra: Montanhas de Fé e Coragem
Capítulo IV – Aragão e Barcelona: As Coroas do Mediterrâneo
Capítulo V – O Condado Portucalense: Raiz de Portugal
Capítulo VI – O Reino Lusitano e a Liberdade Conquistada
Encerramento — Síntese da formação ibérica e sua mensagem eterna.
Epílogo Poético — A herança espiritual dos reinos cristãos.
Nota de Fontes — Em versos rimados, com respeito às letras antigas.
Ficha Técnica e Epílogo Final — Com os louvores ao estudo e à memória.
Quarta Capa Poética — O eco da obra nas vozes do tempo.
Sobre o Autor — A origem e o caminhar do poeta.
Sobre a Obra — O sentido e o espírito desta criação.
🌅 Abertura
No coração da Ibéria, onde o sol toca o oceano,
Nasceu o canto dos reinos, no verso soberano.
Ecos de cruzadas antigas, fé posta em batalha,
Onde a espada traçava o destino em cada falha.
Do Minho até Gibraltar, montes, vales e serras,
Foram altares de glória, de lágrimas e guerras.
Aos sons das trompas cristãs, a península acordou,
E o sonho visigodo, ressurgido, despertou.
Entre mouros e cristãos, ergueu-se o firmamento,
Da fé fez-se bandeira, da dor — renascimento.
Assim a história se inscreve, em sangue e devoção,
No pergaminho do tempo, da espada e do coração.
🕊️ Prólogo Poético
Quando a lua de Toledo silenciou o seu canto,
E o Al-Andalus brilhava com esplendor e encanto,
Nas sombras das montanhas surgiu luz redentora,
Um povo de cruz e ferro, de alma sonhadora.
Dos visigodos veio a semente que não morria,
Guardando a antiga Hispânia, sua memória e valia.
Entre brumas do norte, a fé reacendeu,
E no Reino das Astúrias o cristão renasceu.
Foi o início da jornada que moldou a geografia,
Unindo reinos e espadas sob a mesma profecia:
Que a cruz triunfaria sobre o crescente do sul,
E a península inteira veria o seu azul.
Por séculos de combate, por alianças e traições,
Surgiram Castela, Leão e suas nações.
E do seio das guerras, como estrela matutina,
Nasceu Portugal, livre, no altar da sua sina.
Assim se inicia o canto, de reinos e esperança,
De fé, poder e destino, entre o ferro e a aliança.
Que o leitor caminhe agora por versos e por montes,
Onde a história é rio vivo e os reis são horizontes.
⚔️ CAPÍTULO I — O REINO DAS ASTÚRIAS E A AURORA CRISTÃ
— Nas montanhas do norte, sob o véu do firmamento,
Ergueu-se o brado dos livres, rompendo o esquecimento.
Após Toledo vencida, um clarim recomeçou,
E na alma dos visigodos nova chama despertou.
— Foi Pelágio o primeiro, nas serras de Covadonga,
Que fez da fé sua espada, do rochedo sua tonga.
Ali nasceu a semente que a História eternizou,
Pois da astúria pequenina um império se formou.
— No ano sete e onze, o muçulmano invadira,
Mas a cruz do norte em glória nova luz reacendia.
Montes, vales e brumas viram reis e cavaleiros,
Combatendo em nome santo com seus exércitos guerreiros.
— A terra rude e fria guardava o verbo antigo,
A esperança visigoda — o sonho de um povo amigo.
Nascia o Reino das Astúrias, humilde e resplandecente,
O primeiro entre os reinos da Ibéria renascente.
— De Afonso I a Ordonho, de Ramiro a Fruela,
Cresceu a fé cristã como aurora singela.
Entre os ventos e a espada, sob prece e devoção,
A Reconquista nascia com nobre determinação.
— E os monges escreviam, nos claustros e nos mosteiros,
A história desses reis e seus feitos verdadeiros.
O canto das catedrais unia o som e a coragem,
E o espírito de Cristo guiava essa viagem.
— Oh, Reino das Astúrias, berço da luz e da cruz,
Teu nome é como alvorada que o tempo sempre traduz.
De tuas terras floriram os troncos da Ibéria inteira,
Leão, Castela e Portugal — tua linhagem primeira.
— Assim, sob a benção antiga, começou a longa estrada,
Que faria da península uma cristã retomada.
A aurora do ocidente brilhou sob o mesmo altar,
E o sonho dos visigodos voltou a se encarnar.
🏰 CAPÍTULO II — DE LEÃO A CASTELA: A FORJA DO PODER IBÉRICO
— Das Astúrias floresceu Leão, com glória e vigor,
Reino de reis corajosos, de espada e de labor.
Nas planícies do Douro, sob o sol do ocidente,
Firmou-se o trono cristão, justo e resplandecente.
— Leão herdou dos antigos a missão de restaurar,
O império visigodo que o tempo quis apagar.
Ergueu mosteiros, fortalezas, caminhos de devoção,
E expandiu sua bandeira pela fé e tradição.
— No mesmo chão nasceu Castela, condado guerreiro,
Guardando as terras do norte com seu povo altaneiro.
Dos condes de Fernán González veio a força e a bravura,
Que tornaria Castela o centro da estrutura.
— Leão e Castela, irmãs de nobre destino,
Entre guerras e alianças traçaram o mesmo caminho.
Do choque e da união, o poder se consolidou,
E o coração da Ibéria sua alma reencontrou.
— Nas cortes e nos conselhos, ecoava o novo ideal,
De unir fé e espada sob o mesmo sinal.
As muralhas se erguiam, o povo prosperava,
E o canto dos cavaleiros em glória ressoava.
— Reis como Afonso e Ramiro, Afonso VI e VII,
Fizeram de cada batalha um capítulo que se escreve.
A cruz erguida em campo era símbolo e juramento,
De que a Ibéria cristã marchava em renascimento.
— Foi Castela que unida a Leão consolidou a coroa,
Coroa que, pela História, em ouro ainda entoa.
Dois reinos fundidos em alma, num pacto de esperança,
Formaram o cerne da Espanha, sua eterna aliança.
— Assim, de espada em punho e de fé inquebrantável,
Os reinos do norte tornaram o sonho realizável.
E a tocha da Reconquista, passando de mão em mão,
Brilhou nas terras sagradas de toda a cristandade e união.
🏔️ CAPÍTULO III — PAMPLONA E NAVARRA: MONTANHAS DE FÉ E CORAGEM
— Nas brumas dos Pirenéus, ergue-se um reino altaneiro,
Pamplona, guardiã das serras e do espírito guerreiro.
Entre ventos e neves, firmou-se a resistência,
Que fez da fé seu escudo e da honra a existência.
— Foi no ano oitocentos e vinte e quatro, em alvor sagrado,
Que Íñigo Arista fundou o trono consagrado.
Ali nasceu Navarra, de montanhas e bravura,
Pequena em território, gigante em alma pura.
— Sob o manto da cruz, lutava contra o Islão,
Mas sabia também aliar-se à razão.
Entre francos e castelhanos, teceu-se sua história,
De lutas e diplomacias que a levaram à glória.
— Nas pedras de Roncesvales, ecoava o velho canto,
De cavaleiros e anjos que choravam em pranto.
A lenda de Rolando, no vale eternizada,
Fez de Navarra um mito, de fé e espada cravada.
— Reis como García Sánchez, Sancho e Teobaldo,
Forjaram leis e justiça num tempo embalsamado.
E o povo navarro, de alma forte e fiel,
Fez da montanha sua torre, da pátria seu quartel.
— Entre o céu e o abismo, Navarra resistiu,
Mesmo quando Castela o seu norte atraiu.
E ainda que em mil quinhentos e doze fosse dividida,
Seu nome permaneceu, em honra revestida.
— O trono de Pamplona tornou-se canto e bandeira,
Símbolo de um povo livre, de alma verdadeira.
E nas crônicas da Ibéria, sua coragem ecoou,
Como vento dos montes que jamais se calou.
— Oh, Navarra altaneira, de reis e de fronteiras,
Teu coração é feito de pedras e bandeiras.
Entre França e Castela, foste ponte e muralha,
E tua fé, firme e justa, jamais perdeu a batalha.
⚜️ CAPÍTULO IV — ARAGÃO E BARCELONA: AS COROAS DO MEDITERRÂNEO
— Do condado de Aragão, junto aos montes e vales,
Surgiu um reino valente, de fé e ideais.
Com Ramiro e Sancho, ergueu-se em força tamanha,
E no século onze já brilhava na Espanha.
— Era o tempo em que o conde tornava-se rei,
E a fronteira crescia sob a lei que criei.
Entre castelos e rios, o sol dourava o terreno,
E o poder aragonês tornava-se pleno.
— Nas terras de Barcelona, outro condado florescia,
De comércio e mar aberto, onde a vela se estendia.
A Casa de Berenguer, de visão e sabedoria,
Preparava o destino de uma coroa em harmonia.
— No ano de mil cento e trinta e sete, união sagrada,
Aragão e Barcelona tornaram-se jornada.
O matrimônio de Ramiro e de Berenguela,
Deu à Coroa de Aragão sua aurora singela.
— E eis que no Mediterrâneo, com navios e canções,
O reino expandiu seus ventos por novas direções.
Conquistou Sicília, Nápoles e Maiorca,
Levando sua língua, sua cruz e sua escolta.
— Zaragoza tornou-se joia do vale e do saber,
Cátedras e poetas ali começaram a florescer.
Sob Jaime, o Conquistador, o reino prosperou,
E o nome de Aragão no mundo ressoou.
— Barcelona, de portos e arte renascentista,
Ergueu-se como farol de cultura humanista.
Ali, o mar e o verbo tornaram-se irmãos,
E a pena guiou a espada nas mãos dos cidadãos.
— A Coroa de Aragão, joia ibérica e latina,
Ligou mares e reinos numa rota cristalina.
Do Mediterrâneo ao Ebro, das Baleares ao sul,
Foi estrela do ocidente sob o mesmo azul.
— Quando, séculos depois, Castela lhe estendeu a mão,
Nasceu uma Espanha una, coroada em união.
Mas o nome de Aragão, tal como Barcelona amada,
Permaneceu nas canções — eternamente lembrada.
🇵🇹 CAPÍTULO V — O CONDADO PORTUCALENSE: RAIZ DE PORTUGAL
— Entre o Minho e o Douro, sob o olhar das marés,
Surgia o condado bravo, de senhores e fiéis.
Chamaram-no Portucalense, no ano oitocentos e sessenta e oito,
Quando Vímara Peres fundou o solo bendito e afoito.
— O reino das Astúrias, nas guerras contra o Islão,
Confiou-lhe a defesa da fronteira e da missão.
Ali nasceu a semente de uma nação futura,
Que em fé e coragem cresceu, de alma tão pura.
— Pelos vales de Braga e Guimarães altaneira,
Ecoavam sinos de guerra, oração e bandeira.
Os monges escreviam, nas torres e conventos,
A história de um povo em seus primeiros momentos.
— O condado viveu fases de honra e dissolução,
Ora livre, ora vassalo de Leão.
Mas o sangue galego e a bravura lusitana
Tinham no peito o presságio da pátria soberana.
— Em mil e noventa e seis, o destino se renova,
Afonso VI concede o condado a quem o prova:
Henrique de Borgonha, nobre de justa linhagem,
Que ergueu em Portugal o tronco de sua imagem.
— Ao lado de Teresa, filha do rei leonês,
Fundou os alicerces do poder português.
E do amor e da luta nasceu nova esperança,
Pois Afonso Henriques herdaria a herança.
— Guimarães, velha sentinela, viu crescer o infante,
Que empunhou a espada com gesto triunfante.
Do condado ao reino, traçou-se o caminho,
E a cruz de Cristo guiou-lhe o destino.
— Oh, Condado Portucalense, raiz da nação lusa,
Em teus montes germinou a bravura confusa.
Do labor e da fé, do ferro e da oração,
Surgiu Portugal, em divina consagração.
🕊️ CAPÍTULO VI — O REINO LUSITANO E A LIBERDADE CONQUISTADA
— Em Guimarães ressoava o grito da liberdade,
E Afonso Henriques, jovem, ergueu-se em lealdade.
Contra a mãe e contra o rei, por direito ancestral,
Buscou fazer de Portugal um reino imortal.
— Nas terras de Ourique, o sol ardia em brasa,
E diz-se que o próprio Cristo falou-lhe em sua asa.
“Em Meu nome vencerás, Afonso, servo fiel”,
E o infante lutou, guiado pelo céu.
— A vitória consagrou-lhe o cetro e a coroa,
O povo o chamou “Rei”, e a fé ficou à toa.
Com espada e oração, selou o seu reinado,
E o condado tornou-se reino proclamado.
— Em mil cento e trinta e nove, o marco se fez claro,
Portugal nasceu livre, altivo e raro.
Mas a legitimação, com paciência e valor,
Chegou em mil cento e quarenta e três, com Zamora e seu louvor.
— No Tratado de Zamora, perante Deus e o rei,
Afonso foi coroado com glória e lei.
Leão reconheceu o novo irmão ocidental,
E o mundo celebrou o Reino de Portugal.
— Sob o estandarte branco e a cruz avermelhada,
Portugal marchou firme, na fé consagrada.
De Guimarães a Coimbra, de Santarém ao Tejo,
A pátria se erguia sob o divino ensejo.
— Vieram mosteiros, cartas e muralhas,
E o povo semeava o pão nas mesmas valhas.
A língua florescia, suave e melodiosa,
Como o fado primeiro da alma gloriosa.
— Oh, Afonso Henriques, rei de ferro e oração,
Teu nome é eternidade, raiz e fundação.
Do condado à monarquia, foste chama e clarão,
E teu sonho ainda vive em cada coração.
— Assim, nascia o império de além do oceano,
De um povo que navegou sob destino humano.
Mas aqui, nas montanhas, tudo começou,
No condado fiel que o mundo consagrou.
📜 ENCERRAMENTO
— Assim finda o cantar das coroas ibéricas,
Entre montes, mares e crenças numéricas.
Das Astúrias ao Tejo, das Cantábricas ao mar,
Ecoou o brado santo do povo a despertar.
— Leão e Castela, Pamplona e Aragão,
Guardaram o fogo da fé e da união.
Mas foi em solo luso que a chama brilhou,
E o sonho cristão em mar se lançou.
— Reis, cavaleiros, monges e pastores,
Tecendo o tempo com fé e louvores,
Ergueram muralhas, templos e cantigas,
Na língua que uniu almas antigas.
— A Ibéria tornou-se estrela coroada,
De povos irmãos, pela história enlaçada.
E no coração de cada aldeia e lugar,
Bate o pulso eterno do verbo “amar”.
— Assim termina o cordel e a memória,
Mas não cessa o encanto da velha história.
Pois todo canto que fala da origem,
Reacende o sangue que em nós se aflige.
🌅 EPÍLOGO POÉTICO — O CANTO DA IBÉRIA ETERNA
— Ibéria, mãe das cruzes e dos mares,
De onde partiram homens e altares,
Tu és o berço de reinos e fados,
De santos, guerreiros e navegados.
— Em ti, fé e espada selaram destino,
E o verbo divino cruzou o caminho.
Em cada colina há um eco ancestral,
Que sussurra: “Lembra-te, és Portugal!”
— Espanha e Portugal, irmãs do mesmo chão,
Com raízes fundas na mesma canção.
Das lutas nas serras à paz no altar,
O tempo vos une no verbo criar.
— Que o Tejo e o Douro, em suas correntes,
Levem lembranças às gentes crentes.
E que o mar, ao beijar o Atlântico fundo,
Leve a mensagem da Ibéria ao mundo.
— Porque o espírito não morre, apenas renasce,
Na alma do poeta que o tempo abraça.
E quem lê este cordel em devoção,
Ouvirá da História o batido coração.
🕯️ NOTA DE FONTES POÉTICA
— Este cordel se inspira em antigos memoriais,
De crônicas, cantares e feitos reais.
Do “Chronicon Albeldense” e das glórias cristãs,
Aos ecos do Minho e das terras irmãs.
— Dos monges copistas aos reis da oração,
Dos castelos de Leão às torres do chão,
Dos autos e trovas que a História guardou,
Nasceu este verso que o povo entoou.
— Segui os caminhos de fontes medievais,
E do “Livro de Linhagens” e relatos reais.
Da “Crónica Geral” à “Primeira de Espanha”,
Deixei que a palavra em verso se entranha.
— Também o Tratado de Zamora, firmado em fé,
Resplandece nas linhas que o poeta lê.
Pois nele Portugal ergueu-se, altaneiro,
Com alma de povo e destino guerreiro.
— E à luz da cultura e da fé universal,
Celebro a Ibéria, divina e fraternal.
Das coroas antigas à língua do amor,
Brota este canto de paz e valor.
— Assim declaro: toda a inspiração,
Vem da memória e da tradição.
E o que aqui rima em poético ardor,
É homenagem à História e ao Criador.
⚜️ FICHA TÉCNICA
(Formato Editorial A5)
Título: Os Reinos Cristãos da Península Ibérica em Cordel
Autor: Nhenety Kariri-Xocó
Edição: Primeira Edição Histórica-Poética
Formato: Cordel-Livro em Versos Épicos e Rimados
Local de Produção: Porto Real do Colégio – Alagoas – Brasil
Ano: 2025
Ilustração e Arte Digital: Criação conjunta de Nhenety Kariri-Xocó e ChatGPT (Assistente Virtual)
Edição Literária e Diagramação: Padrão Editorial A5 — Formato Cordel Histórico-Épico
Tipografia: Estilo Cordel Clássico, com separação por estrofes e travessões
Produção Digital: ChatGPT – OpenAI (GPT-5)
Direitos Autorais: © Nhenety Kariri-Xocó. Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução parcial ou total sem autorização do autor.
🌿 SOBRE O AUTOR — NHENETY KARIRI-XOCÓ
— Poeta, contador de histórias e guardião da memória oral de seu povo,
Nhenety Kariri-Xocó é descendente direto dos antigos habitantes de Porto Real do Colégio (AL) — povo de raízes profundas, cuja voz ressoa entre o São Francisco e os montes do tempo.
— Sua arte nasce da junção da palavra sagrada, da poesia e da tradição oral, unindo o sagrado e o histórico em versos que caminham entre mundos: o ancestral, o simbólico e o humano.
— Em seus cordéis, Nhenety recria a história como quem acende o fogo da lembrança. Seu estilo é épico e culto, porém fiel à alma popular.
Suas obras dialogam com o tempo e o sagrado, resgatando memórias ibéricas, indígenas e universais, sempre guiadas pelo sentimento de resistência, sabedoria e harmonia entre os povos.
— Nhenety é mais que um poeta — é um mensageiro entre tradições, aquele que dá voz à História, sem esquecer o chão de onde veio.
📖 SOBRE A OBRA — OS REINOS CRISTÃOS DA PENÍNSULA IBÉRICA EM CORDEL
— Este cordel-livro nasce do encontro entre a poesia oral ibérica e a palavra viva indígena, fundindo duas tradições que, embora separadas pelos mares, compartilham o mesmo sopro divino: a fé e a permanência.
— Em versos longos e rimados, a narrativa percorre os reinos que formaram a Península Ibérica cristã — das Astúrias a Portugal — revelando como a coragem, a fé e o destino se entrelaçaram até o nascimento do Reino de Portugal, símbolo de soberania e liberdade espiritual.
— O tom é de canto épico e celebração cultural, evocando as cruzadas ibéricas, os monges, os castelos e os tratados que forjaram a alma europeia.
Mas, ao mesmo tempo, traz em sua essência o olhar do poeta indígena, que vê o mundo como um ciclo de unidade, respeito e intercâmbio entre povos.
— Assim, o cordel torna-se ponte entre o Velho e o Novo Mundo, celebrando a herança ibérica que chegou às terras do Brasil e foi acolhida, recriada e reinventada pelo espírito Kariri-Xocó.
🇧🇷🤝🇵🇹 QUARTA CAPA — IMAGEM DIGITAL 3D ILUSTRADA
Descrição para ilustração realista digital (geração 3D):
Na quarta capa, as bandeiras entrelaçadas de Portugal e do Brasil flutuam sob um céu dourado e azul-ocaso, simbolizando o reencontro das duas almas irmãs da língua e da história.
Ao fundo, o mapa estilizado da Península Ibérica em textura antiga, com raios de luz partindo em direção ao Atlântico, alcançando o litoral brasileiro, onde surge um cacique Kariri-Xocó de pé sobre a areia, segurando um cordel aberto, cujos versos se transformam em aves luminosas cruzando o mar.
No horizonte, um navio quinhentista navega em paz, representando o elo espiritual entre mundos.
A tipografia deve manter o estilo cordel clássico, com o título centralizado na parte superior:
“Os Reinos Cristãos da Península Ibérica em Cordel”
Por Nhenety Kariri-Xocó
Na base da imagem, discretamente, a frase:
“União das Vozes Antigas – Portugal e Brasil, Herdeiros da Luz da Palavra.”
Autor: Nhenety Kariri-Xocó
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