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No
começo da chegada dos Povos Brancos, foi de amizade com os indígenas,
iniciou as trocas com objetos machado, panos, espelhos por pau-brasil
juntos aos indígenas do litoral no litoral nordestino. A Mata Atlântica
de nosso território tinha muita abundancia desta árvore apreciada pelos
europeus, que utilizavam os indígenas para o corte e transporte de
toras até os navios. Mas a maior devastação de nossas florestas foi
mesmo a Cana-De-Açúcar, com a implantação da Capitania de Pernambuco
tinha seus limites o Rio São Francisco, foi umas das mais prósperas da
Colônia portuguesa. Nessa época teve a escravidão indígena para arrumar
a mão de obra para a plantação de cana nos engenhos, os bandeirantes
caçavam os índios, destruíram as aldeias inteiras, mataram muitos
guerreiros nas tribos. Houve a Guerra contra os Caetés no Rio Cururipe,
os massacres imposto pela Coroa Portuguesa aos indígenas chegou a outras
tribos entre eles os Kariri, Karapotós e outros grupos. Na verdade esta
estratégia de ocupação era para desocupar a Terra e colocar os engenhos
para produzir açúcar, com isso o enriquecimento a custa do sangue
indígena. Os Caetés em sua maior parte foram massacrados, outros
fugiram para o Norte para outros lugares onde a civilização não havia
chegado. As tribos que viviam nesta região do Vale, não tiveram mais
sossego com as Bandeiras, tinha o Rio São Francisco como caminho para
chegar ao interior do Brasil, encontravam muitas aldeias vulneráveis a
ambição portuguesa. Aqui fica muito perto do litoral, o Rio Francisco
deságua no Mar, ficava muito fácil chegar a nossas aldeias que habitavam
nas margens do Velho Chico e seus afluentes, Rio Boa Cica, Rio Itiúba,
Rio Tibirí etc..Aos poucos as matas foram sendo derrubadas a aparecendo
engenhos em todo lugar, com isso foi chegando muitos brancos com suas
doenças que não existia aqui bexiga, peste, gripe dizimavam aldeias
inteiras . Cada vez mais a população indígena foi diminuindo, fomos
dominados pela força das armas, doenças, morte pelos portugueses
destruindo nossas matas, desestruturando as comunidades, praticar as
tradições ficou cada mais difícil, porque não tínhamos tempo praticar
nossa religião nativa. Foto: Marcelo e Iriane Karapotó , texto Nhenety Kariri-Xocó.
http://www.thydewa.org/livros/memoria/karapoto/
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