terça-feira, 25 de dezembro de 2012

CHEGADA DOS BRANCOS



No começo da chegada dos  Povos Brancos, foi de amizade com os indígenas, iniciou as trocas com objetos machado, panos, espelhos por pau-brasil juntos aos indígenas do litoral no litoral nordestino.  A Mata Atlântica de nosso território tinha muita abundancia desta árvore apreciada pelos europeus, que utilizavam os indígenas para o corte e transporte de toras até os navios. Mas a maior devastação de nossas florestas foi mesmo a  Cana-De-Açúcar, com a implantação da Capitania de Pernambuco tinha seus limites o Rio São Francisco, foi umas das mais prósperas da Colônia portuguesa.  Nessa época teve a escravidão indígena para arrumar a mão de obra para a plantação de cana nos engenhos, os bandeirantes caçavam os índios, destruíram as aldeias inteiras, mataram muitos guerreiros nas tribos. Houve a Guerra contra os Caetés no Rio Cururipe, os massacres imposto pela Coroa Portuguesa aos indígenas chegou a outras tribos entre eles os Kariri, Karapotós e outros grupos. Na verdade esta estratégia de ocupação era para desocupar a Terra e colocar os engenhos para produzir açúcar, com isso o enriquecimento  a custa do sangue  indígena.  Os Caetés em sua maior parte foram massacrados, outros fugiram para o Norte para outros lugares onde a civilização não havia chegado. As tribos que viviam nesta região do Vale,  não tiveram mais sossego com as Bandeiras, tinha o Rio São Francisco como caminho para chegar ao interior do Brasil, encontravam muitas aldeias  vulneráveis a ambição portuguesa. Aqui fica muito perto do litoral, o Rio Francisco deságua no Mar, ficava muito fácil chegar a nossas aldeias que habitavam nas margens do Velho Chico e seus afluentes, Rio Boa Cica, Rio Itiúba, Rio Tibirí etc..Aos poucos as matas foram sendo derrubadas a aparecendo engenhos em todo lugar, com isso foi chegando muitos brancos com suas doenças que não existia aqui bexiga, peste, gripe dizimavam aldeias inteiras . Cada vez mais a população indígena foi diminuindo, fomos dominados pela força das armas, doenças, morte pelos portugueses destruindo nossas matas, desestruturando as comunidades, praticar as tradições ficou cada mais difícil, porque não tínhamos tempo praticar nossa religião nativa. Foto: Marcelo e Iriane Karapotó , texto Nhenety Kariri-Xocó.

http://www.thydewa.org/livros/memoria/karapoto/


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