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Encontro da Velha e Novas Gerações da Seresta na Aldeia |
O conhecimento dos índios na arte dos civilizados vem do tempo da colonização,. iniciando com as músicas sacras, da
igreja católica, rezas, hinos, incluindo as tradições européias. Como
europeu vieram suas manifestações culturais, carnaval, festas populares.
No século XX a Música Popular Brasileira, foi muito aceita pela
população de modo geral, porque foi originada da fusão dos vários povos,
na cultura e arte que formou nosso povo. Aqui na Aldeia Indígena de
Porto Real do Colégio, a música dos civilizados o Chorinho e a Seresta já era cantada
pelo índio Manoel de Queiroz nos anos de 1930, exímio violonista,
tocava e cantava como ninguém.
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Música Sertaneja também muito cantada |
Nos anos de 1940 a 1950 com a nova
geração de seresteiros: Cícero Santiago, Bonival, Zé Brinquinho,
Andrelino e outros indígenas. Os cantores preferidos pelos seresteiros
indígenas que ouviam pelo rádio , eram: Nelson Gonçalves, Luma de
Oliveira, Orlando Dias, Ângela Maria, Altemar Dutra. Na geração de 1960
apareceram os seresteiros Ademir Cruz, juntamente com os rapazes da
cidade Lú de Queiroz, Zezinho de Antônio Domingos, Roque, Zé Costa. A
noite os seresteiros cantavam músicas como: Ronda, O Trem das 11 animava
a madrugada. Nos anos de 1970 chegou nas paradas novos cantores
brasileiros, Roberto Carlos, Baltasar, Fernando Mendes, Agnaldo Timóteo,
todos esses artistas eram imitados pelos indígenas, em serestas e
farras pelas ruas da aldeia. Aqueles indígenas com maior poder
aquisitivo, comprava toca disco, com vários LPs. A Música Brega também
fez parte do repertório local, ouvidos pela rádio e televisão: Bartô
Galeno, Amado Batista, Carlos André, Carlos Alexandre, assistido no
Programa do Chacrinha da Rede Globo. Curti muito nas duas décadas 1970 e 1980, as musicas internaconais romanticas, discotecas da época, mas vou falar em outra matéria Em dias de São João de 1980 a
1990, os indígenas contratavam Trios de Forró Pé de Serra, de Zezinho
Sanfoneiro, Zequinha e Piau. Com os comícios políticos vieram as Bandas de Forró
Eletrônico, Milho Verde, Diamante, Indiamar. Hoje ainda cantam os
jovens indígenas músicas Sertaneja, de Zezé de Camargo e Luciano, nas
farras da aldeia. Compram DVDs e CDs de Leonardo, Banda Calypiso,
Calcinha Preta, Bonde do Forró, Gaviões do Forró, Limão com Mel,
Tropicália, Mastruz com Leite.
http://www.indiosonline.net/musica_e_seresteiros/ .
Nhenety Kariri-Xocó.
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