Ari Loussant primeiro começa dizendo que a palavra para fruta é uma que já conhecemos nestas línguas: *utthu* no Dzubukuá e *sutù* no Kipeá, que ele ainda não encontrou um cognato para essa raíz ou reconstruí-la, pois não sabendo se o s de sutu é uma parte da palavra ou o prefixo da terceira pessoa s- atrelado à palavra por acidente.
Com isso dito, existe uma raiz comum entre as línguas do Brasil que é facilmente detectada, que é a palavra monossilábica para "semente", cujo vemos nessa lista de cognatos:
Proto-Macro-Jê: *cəm° ‘semente’
Proto-Chiquitano: *ijo-
Proto-Boróro: *a ‘semente’
Proto-Caribe: *a-ry
Proto-Mataco: *-oʔ
Proto-Guaicuru: *-a ‘fruta’
Proto-Tupi: *j-əm
A palavra para semente não foi registrada separadamente em nenhum dos dialetos da família Kariri, no entanto é possível que essa raíz tenha sobrevivido em compostos do Dzubukuá como aya (a 'semente, fruta' + ya 'espinho' = mandacaru, uma espécie de cacto) e obbo (o 'semente, fruta' + bo '?' = umbu) sendo portanto reconstruído como *ə "semente, fruta".
Autor da matéria: Ari Loussant
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