Kariri-Xocó arenditu tuatshana ny, siba naky kifayó amare vêndi sevê anutullundi ni, sibaba sire tuyondina sevêsiresõ sirendina. Ahikónefa Juarez Itapó sibatu vêlla sinakó Kirino matika abendi ba, siba naky sire vî satsha siballu ashuvê atshauare, sibatu ashuva shutó amakapo sollu, siba tareyó yondi. Sibatushu tare akallasendi bréna sibatu va kallana, sibatu sire satsha nayo, yondi ni sibatu amanu intuka irosõ amalla, eyyy, eyy..., asollu shundi siballu naminytare, siballu amalla asollu shundi kanumana, siba naky ranâma satshana gallu. Siba tua sitare naky savêllu satshana tiaky, tisirendina siba naky lobeamare lobeasana sirendi nasi ni, taretu amatu'indi, siballu setare akoma sirendi satsha, sisire naky a tullusô kâ llupiandi ny, beinnõ kampa kyny, a t'osire kyny, kamanu mare naky kamanu saboersõ tua ako, mabeitu kabeitsana sire naky sibashu naky amalla, tuamallu tuserellu. Inakó siretu lobekamara, ba kantuka natúna situ ni, sirendi nasi karandi ni "Kampa Tuâseh". Kavêlla tsallana llu Kampa Tuâseh arabeilluyo buekrô ky tsibuekrô ky, sallótuna mallu seretu tuatsha ny, êyollu seh sementiana namirõ. Kampa Tuâseh tullusô naky a nifi ni olo nifi ky, puallu andi manusi ny, llutarellu yondi, amanutu amalla ky, manuretu amallallu tuatsha llu mentia, lobeallu ballana sollu tuatsha ni. Kirino atsha ni sibatu zi kamara kamanu ni, taretu gandilla ny yondi kyny, vêllatu sollu tuaseh ni siretundi, olo ahikónefana vêllatu: "ãjikêô, sama milompâna, lobeamare Kampa Tuâseh ti", Kirino llullanâ : ilobeamare sire naky kruiri tia tiba, siretu kanayone kynyê amana. Naminy ziarandi ama tuatsha, Kampa Tuâseh manuretu olo âhi tuatshana mentia.
Nas matas de Kariri-Xocó que existiam no passado, cobria uma vasta área além do horizonte, também tinha muitos mistérios com seres sobrenaturais. O índio Juarez Itapó falou, que seu pai Kirino esperiente caçador, estava em cima da árvore esperando porco do mato, demorou quase o dia inteiro nada chegou. Quando chegou a tarde os pássaros parou de cantar, ficou um silencio na floresta, de repente começou ouvir uns gritos bem longe, eiii, eiii..., cada vez mais foi se aproximando, gritando cada vez mais alto, que estrondava as árvores ao redor. Parece que vinha quebrando árvores pela frente, os bichos fugiam daquele terrivel ser assustador, bateu um calafrio, foi aparecendo um grande ser da a mata, tinha um olho só natesta, com um corpo encoraçado, possuía uma perna somente, mas caminhava rápido como um veado veloz, o umbico era vervelho quando gritava abrindo e fechando. Meu pai ficou com medo, pelos que ele ouvia dos mais velhos antes dele, aquele ser pelas características era o " Caboclo de Casco " . Pelas histórias contadas o Caboclo de Casco era invulnerável a flecha e a bala, muitos caçadores do passado perderam a vida na mata, deixando mulher e filhos. O Caboclo de Casco olhava de um lado para o outro, farejando algo no ar, não encontrando nada começou a gritar, foi embora gritando pela mata novamente, assustando todos os bichos da floresta. Kirino desceu da árvore embalado na maior rapidez, chegou em casa sem nada, contou a todo mundo da aldeia o acontecido, os outros indígenas dizeram : " home voçe teve a maior sorte do mundo, escapar do Caboclo de Casco ", Kirino respondeu : escapei porque estava em cima de um pé kruirí, fiquei quietinho sem fazer barulho nenhum . Agora com a derrubada da grande mata, o Caboclo de Casco foi embora para outra região de florestas virgens.
Autores da matéria: Tradução em Katuandi Ari Llusan, História em Português Nhenety KX.
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