A palavra é uma das várias do Kipéa que passou pelo processo nativo dessa língua de rotacismo, que é um efeito onde uma consoante passa a se tornar um som parecido com R, nesse caso, o som que sofre tal mudança é o /n/, isso explicaria a estrutura semelhante de CURAEM com o KUÑAVÓ 'abóbora' do Katembri e KLUNHIEWO 'abóbora' do Dzubukuá, implicando que sua forma antiga seria KUNAE, um versão despalatalizada do que é visto nas duas línguas citadas antes.
A forma que essa palavra teria no Natú, língua substrata do Kipeá, provavelmente seria *kunà, havendo a possibilidade de que variasse de aldeia em aldeia entre *kunà, *kurà e *kuñà.
Portanto temos:
Kariri *k(r)uña 'vestir, roupa'
Dzubukuá: kluñe
Kipeá: kurae
Sapuyá: krunnyái
Kamurú: kurài
Katembri: kuña
Kariri-Xocó: klunhé, kurae
Terejê *kuña 'vestir, roupa'
Xocó: kuná, kunhá
Natú: kurà, kunà, kuñà
Wakonã: krunhé, kruré
Autor da matéria: Suã Ari Llusan
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