Tem uma ordem cronológica dos registros do nome das serras de Maranguape. Notem que o último nome de origem não-tupi é Gemame, cujo vem logo depois de Dequeamamene. Eu sugiro que Gemame seja o último resultado do nome, que demonstra dois processos de grande interesse:
1º) Conclusão da fortição de /w/ > /k/ e sua palatalização de /k/ > /kʲ/, tornando-se /tʃ/ (tch de tchau do português), depois vozeando para /dʒ/ (dj de django), assim:
awa-ma-mu-ne > agwa-ma-mu-ne > akwa-ma-mu-ne > aka-ma-mu-ne > ka-ma-mu-ne > te-ka-ma-mu-ne > de-kya-ma-mə-ne > de-tʃa-ma-mẽ-n > tʃə-ma-mẽ > dʒə-ma-me (Gemame, sendo que g aqui é uma aproximação dos portugueses, o som provavelmente sendo a africada dj ao invés da fricativa j de janela ou jato).
A transcrição desse seria:
Awamamune > Agwamamune (Aguamamune) > Akwamamune > Akamamune > Kamamune (Camamune) > Tekamamâne > Dekyamamâne (Dequeamamene) > Detxamamẽn > Txâmamẽ > Djâmame (Gemame)
Obs.: Ortografia temporária para eu trabalhar melhor depois.
Autor da matéria: Ari Llusan
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