terça-feira, 1 de abril de 2025

A TERRA SANTA DESDE O IMPÉRIO BIZANTINO ATÉ A CRIAÇÃO DE ISRAEL






Resumo 



Este trabalho apresenta uma linha do tempo dos diversos domínios políticos, culturais e religiosos sobre a Terra Santa — região correspondente à atual Israel/Palestina — desde o Império Bizantino até a criação do Estado de Israel, em 1948. O estudo destaca o impacto de diferentes impérios e califados na configuração religiosa, social e geopolítica da região, com atenção especial à convivência entre muçulmanos, cristãos e judeus. A análise histórica permite compreender os múltiplos fatores que contribuíram para a complexa formação do moderno Estado de Israel e os conflitos daí decorrentes.



Introdução 



A Terra Santa, região de profunda importância para as três grandes religiões monoteístas — Judaísmo, Cristianismo e Islamismo — foi, ao longo dos séculos, palco de sucessivas conquistas, domínios e transformações culturais. A partir da divisão do Império Romano e a consolidação do Império Bizantino, passando pelos califados islâmicos, Cruzadas, domínios mameluco e otomano, até o Mandato Britânico no século XX, a história da região reflete o entrelaçamento de interesses religiosos, políticos e territoriais. Este trabalho tem como objetivo apresentar, de forma cronológica e descritiva, os principais períodos de dominação sobre a Terra Santa, analisando as consequências de cada regime sobre a estrutura social e religiosa local, culminando na criação do Estado de Israel em 1948.


Aqui está uma cronologia dos reinos e impérios que dominaram a Terra Santa (região de Israel/Palestina) desde o domínio bizantino até a criação do Estado de Israel em 1948:


1. Império Bizantino (324–638)


Após a divisão do Império Romano, a Terra Santa ficou sob controle do Império Bizantino (Império Romano do Oriente).


O cristianismo tornou-se a religião oficial e várias igrejas foram construídas, incluindo a Igreja do Santo Sepulcro.


2. Califado Rashidun (638–661)


Em 638, os exércitos muçulmanos liderados pelo califa Omar conquistaram Jerusalém dos bizantinos.


O Islã se tornou a religião dominante, mas cristãos e judeus foram reconhecidos como "povos do livro" e tiveram liberdade religiosa sob a condição de pagamento do jizya (imposto).


3. Califado Omíada (661–750)


A dinastia Omíada governou a região a partir de Damasco.


Construção do Domo da Rocha (691) em Jerusalém.


4. Califado Abássida (750–969)


Transferência do centro do poder para Bagdá.


A influência da Terra Santa diminuiu dentro do império, mas continuou sendo um centro religioso.


5. Dinastia Fatímida (969–1099)


Os fatímidas, um califado xiita do Egito, tomaram a região dos abássidas.


Em 1009, o califa Al-Hakim ordenou a destruição da Igreja do Santo Sepulcro, causando grande indignação cristã.


6. Reino Cruzado de Jerusalém (1099–1187)


Durante a Primeira Cruzada, os cruzados capturaram Jerusalém e estabeleceram um reino cristão.


A região foi dividida em feudos cristãos, e a Igreja Católica dominou as instituições.


7. Império Aiúbida (1187–1260)


Em 1187, Saladino derrotou os cruzados na Batalha de Hattin e reconquistou Jerusalém.


Os cristãos mantiveram presença em algumas cidades costeiras até 1291.


8. Império Mameluco (1260–1517)


Os mamelucos, originários do Egito, derrotaram os mongóis e consolidaram o controle sobre a região.


Eles mantiveram a Terra Santa sob administração islâmica, restaurando edifícios religiosos.


9. Império Otomano (1517–1917)


Em 1517, os otomanos conquistaram a região e governaram por 400 anos.


Durante esse tempo, a região foi relativamente pacífica e tolerante em relação às diferentes religiões.


No final do século XIX, ocorreu o aumento da imigração judaica com o Movimento Sionista.


10. Mandato Britânico da Palestina (1917–1948)


Após a Primeira Guerra Mundial, os britânicos tomaram a região dos otomanos.


Em 1917, a Declaração Balfour apoiou a criação de um "lar nacional judeu" na Palestina.


Conflitos entre árabes e judeus aumentaram à medida que a imigração judaica crescia.


11. Criação do Estado de Israel (1948)


Em 14 de maio de 1948, após a retirada britânica e a aprovação do Plano de Partilha da ONU, Israel foi declarado um Estado independente.


Isso levou à Guerra Árabe-Israelense de 1948, pois países árabes vizinhos rejeitaram a criação do novo Estado.


Essa linha do tempo mostra como a Terra Santa passou por uma sucessão de impérios e influências até a fundação do moderno Estado de Israel.



Considerações Finais 


Ao percorrer a longa trajetória de domínios sobre a Terra Santa, observa-se que a região foi moldada por uma rica e complexa sucessão de impérios e influências culturais e religiosas. Cada novo poder estabelecido deixou marcas profundas nas instituições, nas práticas religiosas e nas relações entre os diferentes povos que ali viviam. A formação do Estado de Israel, em 1948, não representa apenas o ponto final desta linha do tempo, mas também o início de uma nova fase de disputas, marcada por conflitos geopolíticos e identitários ainda em curso. Compreender esse processo histórico em perspectiva ampla é fundamental para interpretar os desafios contemporâneos que envolvem essa região estratégica do Oriente Médio.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:



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HOURANI, Albert. Uma História dos Povos Árabes. Companhia das Letras, 1994.


LEWIS, Bernard. Os Árabes na História. Zahar, 2003.


GILBERT, Martin. A História de Israel. Imago, 1999.


SCHAMA, Simon. A História dos Judeus: Encontrando as Palavras (1000 a.C. – 1492 d.C.). Companhia das Letras, 2015.


GOLAN, Matti. The Road to Jerusalem: Glubb Pasha, Palestine and the Jews. Praeger, 1973.


LAPIDOTH, Ruth. Jerusalem: Some Legal Aspects. The Hebrew University of Jerusalem, 1994.


Fontes Online:


Biblioteca Virtual Judaica: www.jewishvirtuallibrary.org


Enciclopédia Britânica: www.britannica.com


Arquivo de História da Universidade Hebraica de Jerusalém: www.huji.ac.il




Autor: Nhenety KX



Utilizando a ferramenta Gemini ( Google ), inteligência artificial para análise da temática e Consultado por meio da ferramenta ChatGPT (OpenAI), inteligência artificial como apoio para elaboração do trabalho, em 30 de março de 2025 e a capa dia 27 de abril de 2025.







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