🌺 DEDICATÓRIA POÉTICA
Dedico este canto ao vento,
Que sopra em verbo ancestral,
À terra, ventre sagrado,
Da essência espiritual.
Ao povo que guarda o sonho,
Do bem viver universal.
Aos anciãos Guarani,
Que ensinam com o coração,
O teko, o nhe’ẽ divino,
E o porã na condução.
Aos que veem o invisível,
No som da inspiração.
À raiz que se renova,
No tempo e na tradição,
À alma que ouve o mundo,
E fala com devoção.
Pois ser pessoa é caminho,
De luz e transformação.
📜 ÍNDICE POÉTICO
Abertura – Canto da Raiz Sagrada
Prólogo Poético – Vozes do Arandu Rapyta
Capítulo I – A Terra Primeira e o Sonho Divino
Capítulo II – O Caminho do Ava: Tornar-se Pessoa
Capítulo III – Nhe’ẽ: A Alma-palavra
Capítulo IV – Mborayu e o Tecer da Harmonia
Capítulo V – Oguereko Teko: Possuir Um Modo de Ser
Capítulo VI – Yvy Pyaú: A Nova Terra e o Aprendizado Humano
Capítulo VII – Ava Ñe’ẽ Palavra da Pessoa
Capítulo VIII – Nhande Reko Rã: O Modo de Ser Futuro
Encerramento – O Caminho do Espírito
Epílogo Poético – A Semente do Amanhã
Nota de Fontes Poética
🌞 ABERTURA — CANTO DA RAIZ SAGRADA
Na aurora do pensamento,
Desce a luz do ancestral,
Que fala entre o corpo e a alma,
No idioma universal.
Arandu Rapyta é o centro,
Do saber espiritual.
É raiz de onde germina,
O verbo, o som, o viver,
Que o povo Guarani sente,
No vento, no amanhecer.
É o início da jornada,
Do ser que busca aprender.
Na floresta o tempo ensina,
A ouvir, sentir e calar,
Pois quem fala sem escuta,
Não pode se elevar.
A palavra tem origem,
No dom de quem sabe amar.
Que esta obra seja ponte,
Entre o sagrado e o chão,
Entre o mito e a vivência,
Entre o corpo e o coração.
Que o leitor sinta o chamado,
Da antiga revelação.
🌿 PRÓLOGO POÉTICO — VOZES DO ARANDU RAPYTA
Dos montes nasce o conselho,
Que o vento veio contar,
“Ser pessoa é ser caminho,
É aprender a escutar.”
A raiz do saber profundo,
Não cansa de germinar.
Arandu Rapyta é chama,
Que ilumina sem doer,
É ciência de quem planta,
E colhe sem se perder.
Pois o saber verdadeiro,
É dom de quem quer viver.
Nhe’ẽ é alma-palavra,
É o sopro de Tupã,
Quando dita com bondade,
Faz brotar o amanhã.
Quem fala com leveza,
Mantém viva a alma sã.
No teko, mora o destino,
Modo sagrado de ser,
Cada passo é um ensino,
Que o espírito faz nascer.
Ser ava é ser harmonia,
Com o todo e com o viver.
Assim começa o cordel,
Que o tempo há de guardar,
Um canto de luz antiga,
Pra quem deseja escutar.
Pois a sabedoria é rio,
Que nunca deixa de andar.
🌎 CAPÍTULO I — A TERRA PRIMEIRA E O SONHO DIVINO
Na Yvy Tenonde sagrada,
O mundo era só clarão,
Tudo em forma e harmonia,
Pulsava em comunhão.
Era a morada dos deuses,
Fonte da inspiração.
Ñamandu olhava o tempo,
E o verbo fez despertar,
Com Tupã, soprou o canto,
Que o mundo veio escutar.
Nasceu o céu e a beleza,
Pra o ser humano habitar.
A luz formou a floresta,
O vento trouxe o rumor,
Da vida em doce promessa,
De ordem, fé e amor.
E o teko foi o caminho,
Do espírito criador.
Mas o homem, ao nascer,
Teve um destino a cumprir,
Sair do plano perfeito,
E na terra evoluir.
Para lembrar sua origem,
Precisou redescobrir.
O saber que vem da mata,
É memória e coração,
É canto de Yvy Tenonde,
Que ensina a contemplação.
E o Arandu Rapyta vive,
Em cada revelação.
🌕 CAPÍTULO II — O CAMINHO DO AVA: TORNAR-SE PESSOA
Ser ava é ser caminho,
Que o tempo vem lapidar,
Não basta nascer na terra,
É preciso se escutar.
Pois o ser se faz na escuta,
Do vento e do verbo lunar.
O nhe’ẽ mora no peito,
E fala quando é porã,
Quem vive em harmonia,
Com o teko e com Tupã,
Tem o coração tranquilo,
E a alma como manhã.
Oguereko teko ensina,
Que há modos de existir,
Cada ser tem seu destino,
E um dom pra repartir.
Quem vive sem seu caminho,
Não pode evoluir.
Mborayu é o amor pleno,
Que une o ser e o divino,
É laço, é fogo sereno,
É o rumo do peregrino.
Sem amor não há pessoa,
Nem vida, nem destino.
Ava Ñe’ẽ é palavra,
Que tem poder ancestral,
É verbo que nasce puro,
Do sopro universal.
Falar com alma é sagrado,
E o silêncio é ritual.
O Guarani que escuta,
A voz do tempo e do chão,
Constrói sua humanidade,
Com fé e contemplação.
Pois ser pessoa é tornar-se,
Parte da criação.
🔥 CAPÍTULO III — NHE’Ẽ: A ALMA-PALAVRA
Nhe’ẽ vem do sopro antigo,
Que Tupã deixou brilhar,
É voz que mora no peito,
E ensina a dialogar.
Quem fala com alma pura,
Aprende a se transformar.
Cada palavra é caminho,
Que pode curar ou ferir,
Depende do coração,
Que a decide proferir.
A fala é dom de quem busca,
O mundo reconstruir.
Na aldeia o canto ecoa,
Como reza e direção,
Pois o verbo bem falado,
Conduz à elevação.
E o silêncio é o abrigo,
Do sagrado em meditação.
Nhe’ẽ porã é beleza,
É ternura e compaixão,
É o sopro que dá sentido,
Ao gesto e à intenção.
Quem fala com alma limpa,
Planta paz no coração.
Os velhos guardam segredos,
Que o tempo quis ocultar,
Mas no verbo se revelam,
Pra quem sabe escutar.
A sabedoria é rio,
Que nunca deixa de andar.
A alma é verbo divino,
Que vibra em cada olhar,
É presença que ilumina,
Mesmo ao se calar.
Pois o nhe’ẽ é ponte viva,
Entre o homem e o lugar.
E quando a fala é usada,
Com respeito e devoção,
O mundo se reencanta,
E a vida ganha razão.
Nhe’ẽ é o espelho do ser,
Reflexo da criação.
Assim o povo Guarani,
Segue o verbo a celebrar,
Entre a terra e o infinito,
Segue a luz a irradiar.
Na palavra mora o tempo,
E o dom de eternizar.
🌺 CAPÍTULO IV — MBORAYU E O TECER DA HARMONIA
Mborayu é chama eterna,
É o amor primordial,
Que une o ser e o espírito,
Num gesto essencial.
É ternura que sustenta,
O caminho universal.
Nasceu antes da palavra,
Antes mesmo do pensar,
Pois o amor é a semente,
Que fez o mundo brotar.
E sem ele, a existência,
Não poderia pulsar.
Entre os Guarani sagrados,
Amar é se reconhecer,
No outro, no vento, na água,
No sonho, no amanhecer.
Quem ama segue o caminho,
Do teko de bem viver.
Mborayu não é paixão,
Nem desejo passageiro,
É respeito e comunhão,
É o vínculo verdadeiro.
É o laço entre os mundos,
Do divino e do terreiro.
No amor mora o equilíbrio,
Entre o dar e o receber,
Entre o silêncio e o canto,
Entre o ver e o renascer.
Pois amar é ser caminho,
Que nunca deixa de ser.
As mães ensinam os filhos,
Que o amor vem do plantar,
De cuidar da terra viva,
E o espírito alimentar.
Pois o amor é colheita,
Do que se sabe semear.
Na roda da convivência,
O mborayu é união,
Aldeia é corpo sagrado,
Que pulsa em cada mão.
Quem ama serve ao coletivo,
E amplia o coração.
Assim se faz a pessoa,
Que aprende e sabe escutar,
Com alma, verbo e bondade,
Seguindo o teko do ar.
O amor é luz que conduz,
O ser ao seu despertar.
🌾 CAPÍTULO V — OGUEREKO TEKO: POSSUIR UM MODO DE SER
Cada ser tem seu caminho,
Um modo certo de estar,
É o teko que o define,
E ensina a caminhar.
Quem segue o seu destino,
Aprende a se equilibrar.
Oguereko teko é dom,
Que o divino fez florir,
Na essência de cada vida,
Que deseja evoluir.
É viver o que se é,
E o que veio construir.
Os anciãos dizem na mata:
“O teko é como o chão,
Se tu perdes tua raiz,
Te afastas da criação.”
Pois sem teko não há vida,
Nem voz, nem direção.
O teko é força do grupo,
É costume, é tradição,
É a forma de sentir,
De agir com o coração.
É o ser em comunhão,
Com a aldeia e o irmão.
Quem nega o seu próprio teko,
Se afasta da luz do bem,
Perde o rumo da jornada,
E o elo que o mantém.
Pois viver é ser inteiro,
Com o que o espírito tem.
O teko é também memória,
Do tempo que não se vai,
É a ponte entre os avós,
E o futuro que virá.
É o mapa da existência,
Que o sagrado guiará.
Por isso, o povo Guarani,
Ensina a se conhecer,
A honrar o dom que é dado,
E o teko compreender.
Ser pessoa é descobrir-se,
E o próprio ser reconhecer.
Quem vive o teko sagrado,
Mantém o espírito em flor,
É terra, é vento e é rio,
É canto que traz valor.
Pois o modo de ser puro,
É o reflexo do amor.
🌎 CAPÍTULO VI — YVY PYAÚ: A NOVA TERRA E O APRENDIZADO HUMANO
A terra onde agora estamos,
É Yvy Pyaú, chão real,
Morada das imperfeições,
Do aprendizado vital.
Aqui o ser se lapida,
Na lida espiritual.
Yvy Pyaú é passagem,
Entre o erro e a superação,
É escola que ensina o ser,
Na dor e na devoção.
Cada passo, uma lição,
Do mistério e da razão.
Nesta terra imperfeita,
O humano aprende a sentir,
Que a vida é breve centelha,
Que precisa evoluir.
Pois só cai quem está vivo,
E quer de novo sorrir.
Aqui se aprende o respeito,
Por tudo que o sol tocar,
A escutar o que é silêncio,
E o invisível enxergar.
A nova terra é caminho,
Pra quem quer se purificar.
As águas trazem o tempo,
E o vento sopra a canção,
Dos espíritos que ensinam,
Pela voz da intuição.
Quem escuta com humildade,
Recebe a revelação.
A Yvy Pyaú convida,
A cultivar compaixão,
A cuidar da natureza,
Com ternura e gratidão.
Pois a vida é semeada,
Na palma da criação.
O homem que nela habita,
Carrega o dom de pensar,
Mas precisa equilibrar-se,
Pra o bem poder gerar.
Pois o saber sem bondade,
Não pode frutificar.
Yvy Pyaú é caminho,
De quem busca se elevar,
Lugar de dor e beleza,
De cair e levantar.
É a ponte entre o terreno,
E o céu a se reencontrar.
Assim, entre o céu e a terra,
O Guarani há de seguir,
Com o teko como guia,
E o amor a conduzir.
Pois o fim é o começo,
De quem aprende a existir.
🌤️ CAPÍTULO VII — AVA ÑE’Ẽ: A PALAVRA DA PESSOA
Ava Ñe’ẽ é palavra,
Que nasce do coração,
É verbo que cria o mundo,
E guia a direção.
Na boca do ser consciente,
Mora a revelação.
A palavra é ponte viva,
Entre o homem e o divino,
É rio que corre e ensina,
O caminho do destino.
Falar é gesto sagrado,
De um tempo cristalino.
Quem fala com alma pura,
Não fere, cura e refaz,
Traz o eco dos antigos,
Que pregam o verbo da paz.
Pois quem fala com respeito,
Na terra espalha a paz.
Os Guarani sabem disso,
E tratam o verbo com amor,
Não falam por vaidade,
Mas com sentido e valor.
Pois o verbo é chama eterna,
Do próprio criador.
Na palavra mora o espírito,
Do teko, da tradição,
É memória e é caminho,
É voz da comunhão.
Ava Ñe’ẽ é semente,
Plantada em cada canção.
A criança que aprende cedo,
A escutar antes de falar,
Recebe a luz dos avós,
E o dom de se orientar.
Pois a voz que vem do silêncio,
É a que sabe ensinar.
Ava Ñe’ẽ é o reflexo,
Do que habita o interior,
Se o peito guarda beleza,
A fala tem esplendor.
Mas se a alma é desatenta,
A voz perde seu vigor.
Por isso o povo ensina,
Que o falar é ritual,
Que toda palavra dita,
Tem poder ancestral.
E o verbo, quando é puro,
Revela o ser total.
Assim o homem verdadeiro,
Aprende a se pronunciar,
Com bondade e com firmeza,
Com respeito ao seu lugar.
Pois quem fala com verdade,
Faz o mundo melhorar.
🌈 CAPÍTULO VIII — NHANDE REKO RÃ: O MODO DE SER FUTURO
Nhande Reko Rã é sonho,
É visão de um porvir,
É o modo de ser futuro,
Que os deuses vão redimir.
É o bem viver coletivo,
Que a todos há de unir.
No tempo do equilíbrio,
Não haverá divisão,
Homem, planta e criatura,
Serão pura conexão.
E o canto dos Guarani,
Será reza e oração.
O futuro já germina,
Na raiz do Arandu,
Cada ato é semente,
Que brota sob o céu azul.
Quem vive em harmonia,
Cumpre o destino comum.
Nhande Reko Rã é espelho,
Do que o espírito quer ser,
Um mundo de paz e escuta,
De saber e de viver.
Onde o teko é partilha,
E o amor, o florescer.
Os pajés já anunciaram,
Que o tempo novo virá,
Quando o homem compreender,
O que o divino ensinará.
E a terra será novamente,
Um lar de paz e Tupã.
Nesse tempo, as palavras,
Serão pontes de união,
Não haverá o engano,
Nem sombra na intenção.
O verbo será caminho,
De pura iluminação.
Os rios cantarão juntos,
Com o vento e o luar,
A floresta, com sua alma,
Voltará a sussurrar:
“Quem vive em amor profundo,
Jamais deixará de amar.”
Nhande Reko Rã é meta,
De um mundo regenerado,
Onde o teko seja a lei,
E o respeito, o sagrado.
Onde o homem seja espelho,
Do divino revelado.
Assim termina o caminho,
Do ciclo da formação,
O ser encontra a si mesmo,
Na eterna transformação.
Pois viver é semear luz,
No chão da criação.
🌺 ENCERRAMENTO – O CAMINHO DO ESPÍRITO
(1)
O Arandu fecha o caminho,
Mas deixa o eco do som,
Pois quem busca o seu destino
Não é sombra, é criação.
No sopro antigo do mito,
Reacende a tradição.
(2)
Do barro o corpo se ergueu,
Da fala nasceu o ser,
Do canto o mundo cresceu,
Do amor brotou o saber.
E no ventre da memória,
Floresceu o bem-viver.
(3)
Oguereko Teko ensina,
A viver com coração,
Yvy Pyaú nos ilumina,
Com a nova direção.
Pois viver é ter caminho,
Entre o sonho e o chão.
(4)
O Ava carrega em si
A palavra e o trovão,
É guardião do Arandu,
Do sagrado e da canção.
E no vento que respira,
Sente a força da nação.
(5)
Encerramos o cordel,
Com respeito e emoção,
Que as vozes ancestrais
Ecoem na amplidão.
Pois quem planta sabedoria,
Colhe a eterna evolução.
🌿 EPÍLOGO POÉTICO – A SEMENTE DO AMANHÃ
(1)
Não há fim na caminhada,
Só recomeço e amor,
Pois o tempo é uma estrada
Feita de sonho e de flor.
E cada ser que desperta
É semente do Criador.
(2)
Arandu Rapyta é raiz,
De um mundo que floresceu,
É o guia que sempre diz
Que o humano se concebeu
No abraço entre o invisível
E o chão que lhe acolheu.
(3)
Que este canto se renove,
Nos terreiros e aldeias,
Que o sagrado nunca prove
As feridas e as cadeias.
Pois só livre o espírito canta
As verdades que semeia.
(4)
A palavra é flecha viva,
É estrela a conduzir,
É voz que sempre cativa
O poder de redimir.
E quem nela se encontra
Aprende o verbo existir.
📚 NOTA DE FONTES POÉTICA E BIBLIOGRÁFICA
(1)
Cada verso aqui traçado,
Brota da voz e da escuta,
De saberes consagrados
Que a alma antiga reluta.
Pois quem lê com coração,
Revela a verdade oculta.
(2)
Do xamã Davi Kopenawa,
E de Bruce Albert, irmão,
Veio “A Queda do Céu”, palavra
Que é trovão e direção.
Do Yanomami ressoa
O espírito em comunhão.
(3)
Bartomeu Melià nos mostra
O Guarani e seu querer,
Povo que nunca se aparta
Do chão que o faz renascer.
Pois quem guarda sua terra,
Aprende o verbo viver.
(4)
De Eremites de Oliveira,
Vem a força e a claridão,
Com os povos reunidos
Na luta e afirmação.
Diversidade é bandeira,
É raiz e é união.
(5)
Armando Peres estudou
O ser Guarani profundo,
Sua alma que se formou
Entre o sagrado e o mundo.
Na Revista Tellus guardou
O sentido fecundo.
(6)
Carlo Severi nos ensina
O “Saber-Imagem” sutil,
Que no gesto se ilumina,
No olhar, no fio febril.
Antropologia e estética
Num só canto infantil.
(7)
De Diogo Oliveira vem
Um estudo de fé e chão,
Sobre o Arandu Nhembo’e
E sua revelação.
Xamanismo e agricultura
Tecendo a compreensão.
(8)
Por fim, Moisés Vergara
Trouxe em verbo e emoção,
O Arandu Rapyta em chama,
Sabedoria e visão.
No Encontro dos Saberes,
Floresceu a inspiração.
(9)
Estas fontes são sementes,
Do saber que não se cansa,
São vozes resplandecentes
Do espírito e da herança.
São caminhos de Arandu,
Ecos da eterna lembrança.
(10)
Nhenety, o contador,
Fez da alma seu papel,
E gravou no seu labor
O canto que vem do céu.
Transformou-se em mensageiro
Deste livro em cordel.
🪶 FICHA TÉCNICA
Título: ARANDU RAPYTA — A Construção da Pessoa no Mundo Guarani Chiripá
Autor: Nhenety Kariri-Xocó
Edição: Literária e Espiritual
Gênero: Cordel Filosófico Indígena
Forma: Sextilhas Rimadas (6 versos por estrofe)
Edição Visual: Estilo Editorial A5
Revisão e Diagramação: ChatGPT — Assistente Virtual
Curadoria: Nhenety Kariri-Xocó
Publicação Digital: KXNHENETY.BLOGSPOT.COM
Ano: 2025
Local: Porto Real do Colégio — AL
Símbolo: 🪶 Palavra é Raiz, Raiz é Espírito
✍️SOBRE O AUTOR
Nhenety Kariri-Xocó, escritor, poeta e contador de histórias, pertence ao povo Kariri-Xocó de Porto Real do Colégio (AL).
É guardião da tradição oral e defensor da memória sagrada indígena.
Por meio da palavra, transforma o mito em canto, o rito em poesia, e o cordel em ponte espiritual entre o humano e o divino.
Sua obra é marcada pela fusão entre o saber ancestral e a sabedoria contemporânea, tornando-se um testemunho vivo da resistência cultural e espiritual dos povos nativos do Brasil.
Nhenety é também autor de obras que unem o sagrado, o poético e o histórico, revelando o poder do verbo como instrumento de cura, identidade e eternidade.
Em cada página, pulsa o som do maracá, o sopro do vento e o eco da floresta.
🌎SOBRE A OBRA
“ARANDU RAPYTA E A CONSTRUÇÃO DA PESSOA NO MUNDO GUARANI CHIRIPÁ,
Literatura de Cordel" é uma jornada poética inspirada nos cantos e mitos do povo Guarani, onde a palavra é semente e o canto é reza.
Este cordel traduz em versos o caminho espiritual do povo Guarani, revelando a harmonia entre a construção da pessoa no mundo Guarani Chiripá.
A literatura de cordel torna-se aqui livro sagrado, iluminado pela sabedoria que atravessa séculos e pelos ecos que ainda vivem nos corações dos povos originários.
Esta obra foi inspirada e fundamentada no artigo publicado no blog “KXNHENETY.BLOGSPOT.COM", disponível em:
https://kxnhenety.blogspot.com/2025/05/arandu-rapyta-e-construcao-da-pessoa-no.html?m=0 , seguindo uma estrutura acadêmica nos moldes da ABNT e respaldada em referenciais históricos e culturais que unem a tradição oral ao conhecimento erudito.
Autor: Nhenety Kariri-Xocó


Nenhum comentário:
Postar um comentário