🌿 Dedicatória Poética
Dedico aos nomes antigos,
Que cruzaram mar e chão,
Dos montes da Ibéria antiga
Ao Brasil do coração.
São vozes de um mesmo elo,
Tecidas na tradição.
Dedico aos antepassados,
Que guardaram sua herança,
Nos sons de cada palavra,
No sopro da esperança.
E aos povos que, na história,
Firmaram fé e lembrança.
Dedico aos velhos pergaminhos,
Que a brisa do tempo lia,
Aos ferreiros, navegantes,
E ao sol da genealogia.
Pois o nome que se guarda
Também guarda a poesia.
🎼 Índice Poético
Dedicatória Poética
Abertura
Prólogo Poético
Capítulo I — Ferreira, o Nome do Ferro e da Forja
Capítulo II — Nunes, Filho de Nuno, Herdeiro da Antiguidade
Capítulo III — Oliveira, Árvore da Paz e da Luz Antiga
Capítulo IV — Ribeiro, Corrente da Vida e da Ancestralidade
Capítulo V — Santos, o Nome da Devoção e da Eternidade
Capítulo VI — Famílias Judaicas e Sobrenomes Camuflados
Encerramento Poético
Epílogo Poético
Nota de Fontes Rimada
Ficha Técnica
Epílogo Final
Sobre o Autor
Sobre a Obra
Quarta Capa Poética
🌅 Abertura
Entre os rios da memória,
Da Ibéria até o sertão,
Caminham nomes e histórias,
De ferro, azeite e oração.
São sobrenomes que narram
Séculos de formação.
Nos montes da Lusitânia,
Ou nas terras da Galícia,
Brotaram nomes sagrados,
De origem forte e propícia.
Misturam fé, sangue e alma,
Em linhagem que se inicia.
Portugal e Espanha unidos,
Sob o signo ancestral,
Forjaram nomes e sonhos
Num destino sem igual.
E o Brasil, filho das águas,
Herdou o seu timbral.
Por isso, este cordel nasce
Do amor à etimologia,
Onde o verbo se faz ponte
E o nome vira poesia.
Na raiz ibérica vibra
A alma da genealogia.
🔥 Prólogo Poético
Quando o ferro fez faísca
Na forja do tempo antigo,
Surgiu “Ferreira”, lembrando
O labor e o seu abrigo.
E o “Nunes”, de um velho Nuno,
Guardou o sangue e o amigo.
A “Oliveira”, da paz,
Brota o fruto e a oração;
O “Ribeiro”, das águas claras,
Corre na mesma canção.
E “Santos”, com fé e chama,
Abraça a devoção.
Cada nome é um espelho,
Que reflete o caminhar
De iberos, romanos, celtas,
Que vieram nos formar.
Nos nomes mora a história
Do ser e do recordar.
O autor, filho de raízes,
De um povo em comunhão,
Une a rima e a pesquisa,
Com sagrada devoção.
Pois estudar os sobrenomes
É honrar cada geração.
Assim, começa este livro,
Em trilha de fé e brasão,
Onde o nome é monumento
De memória e tradição.
E o cordel é quem sustenta
Essa heráldica canção.
⚒️ Capítulo I — Ferreira, o Nome do Ferro e da Forja
Na forja do tempo antigo,
Entre brasas e clarão,
Nasceu o nome “Ferreira”
Do ferro e da profissão.
O martelo e o fogo juntos
Bateram sua canção.
De ferraria latina
Veio o som que se enraizou,
Na Ibéria medieval
Seu brasão se firmou.
Com mãos de artes e ofício,
O destino se moldou.
Em vilas e povoados,
Ecoava o ferreiro a forjar
As espadas dos cavaleiros,
Ferrando o campo e o lar.
O nome virou estandarte,
Símbolo do trabalhar.
Traz herança romana e forte,
Com sangue de antiga ação,
Mistura de fé e ciência,
Do labor e da oração.
Cada “Ferreira” carrega
O ferro no coração.
Dos vales de Portugal
À Espanha de Aragão,
Surgiram famílias nobres,
Com brasão e devoção.
Mas também humildes homens
Forjando a civilização.
No tempo dos cristãos-novos,
Muitos nomes se alteraram,
E “Ferreira”, na cristandade,
Os judeus também tomaram.
Pois o nome era abrigo
Onde os medos se ocultaram.
Com as caravelas ao vento,
Veio ao Brasil colonial,
Entre rios e canaviais
De um destino tropical.
E o nome, fundido em ferro,
Virou raiz nacional.
Hoje o nome é bandeira,
É memória e hereditar,
Que liga ofício e coragem
Ao dom de perseverar.
Pois quem vem da forja antiga
Sabe o mundo transformar.
🌄 Capítulo II — Nunes, Filho de Nuno, Herdeiro da Antiguidade
Do nome Nuno nasceu
O Nunes, por filiação,
Guardando em sua etimologia
Mistério e veneração.
Eco celta ou voz latina,
Ambas fundem tradição.
“Filho de Nuno” dizia
O pergaminho ancestral,
E o povo o reconhecia
No registro paroquial.
Assim a linhagem crescia,
Como herdeiro natural.
Alguns veem na palavra
Sinal de monge ou ancião,
Outros veem raízes celtas,
Do guerreiro e da canção.
Mas em todos, o “Nunes” vibra
Com heráldica emoção.
Nos tempos da Idade Média,
Quando o brasão reluzia,
O nome ornava cavaleiros
Que à coroa serviam.
E o eco dos seus brasões
Por séculos se repetia.
Porém, nas sombras da fé,
Entre o medo e a cruz cristã,
Muitos judeus sefarditas
O tomaram para irmandã.
Pois “Nunes” soava nobre,
E à Inquisição enganã.
No Brasil, veio nas velas
Do além-mar português,
E em terras de Pernambuco
Fixou-se com altivez.
O nome virou lembrança
De linhagem e altivez.
Em cada “Nunes” repousa
Um elo de humanidade,
Que une o campo à cidade,
E o ontem à eternidade.
É sobrenome que canta
A força da identidade.
De Nuno vem o conselho,
Do tempo vem o valor;
De Nunes, vem o respeito
E a nobreza interior.
É um nome que atravessa
Séculos de fé e amor.
Assim o Capítulo encerra
Com um tributo familiar:
O nome é como uma ponte
Que o sangue faz perdurar.
E o poeta, entre os Nunes,
Sente o tempo o inspirar.
🌿 Capítulo III — Oliveira, Árvore da Paz e da Luz Antiga
Nas ladeiras da Ibéria
Verdejava a “Oliveira”,
Símbolo da eternidade,
Da fé pura e verdadeira.
Seu nome brotou sagrado,
Como bênção oliveira.
Do tronco da Olea europaea
Veio o azeite da unção,
Que ungia reis e profetas
Em ritos de devoção.
Na palavra “Oliveira”
Ecoa essa consagração.
Topônimo e herança viva,
Do campo e da paisagem,
É nome de paz e fruto,
De trabalho e de coragem.
Do Mediterrâneo à colônia,
Guarda o tempo em sua imagem.
Nos séculos medievais
Foi nome de honra e nobreza,
Mas também refúgio humilde
De fé e de singeleza.
Pois quem tinha uma oliveira
Tinha pão e fortaleza.
Entre os judeus convertidos,
O nome foi proteção,
E a “Oliveira” simbolizava
Esperança e salvação.
Um sobrenome de abrigo
Contra a cruel perseguição.
Nos portos de Lisboa antiga,
Os ventos do mar sopraram,
E o nome veio nas velas
Dos que o Novo Mundo acharam.
Assim, no Brasil nascente,
As oliveiras brotaram.
De Minas ao Alentejo,
De Trás-os-Montes ao sertão,
O nome espalhou raízes
Pela voz da imigração.
E o azeite da cultura
Ungiu nova geração.
Hoje “Oliveira” é ponte
Entre o campo e a cidade,
É nome que traz bondade,
Paz, fé e fraternidade.
Herança que vem da terra
Com o selo da eternidade.
Em cada ramo e folha
Há memória e devoção,
Pois quem leva “Oliveira”
Traz luz no coração.
É nome que perfuma a história
Com azeite e tradição.
🌊 Capítulo IV — Ribeiro, Corrente da Vida e da Ancestralidade
Das águas da Península
Nasceu o nome “Ribeiro”,
Que vem do latim rivarius,
De rio pequeno e faceiro.
E correu entre montanhas
Como um canto derradeiro.
Nos vales e serras verdes
Ecoava a mesma voz:
“O Ribeiro é filho d’água,
Corre livre entre nós!”
Nome de quem busca fonte,
E à pureza dá o seu pós.
Topônimo e linhagem
De natureza e fé,
O Ribeiro segue o curso
Que o destino lhe revé.
Na Ibéria foi testemunha
Do que o tempo ainda é.
Na Baixa Idade Média,
Entre monge e cavaleiro,
O nome se fez registro
De povo simples e inteiro.
E correu por gerações,
Como curso verdadeiro.
Nos tempos de fé e sombra,
Quando o medo se alastrava,
Cristãos-novos se abrigaram
Sob o nome que acalmava.
Pois o “Ribeiro” soava
Como água que purificava.
Do Tejo ao Guadiana,
Das aldeias ao litoral,
O nome cruzou fronteiras
Num destino sem igual.
E o Brasil o recebeu
Com batismo natural.
Nos engenhos e nas vilas,
Entre rios e capim,
O “Ribeiro” encontrou casa
Nos sertões do Piauí.
E nas águas do São Francisco
Refletiu-se até o fim.
Quem traz “Ribeiro” na alma
Leva a força do manancial,
Que nasce humilde e cresce
Em caminho universal.
Nome de água e memória,
De raiz espiritual.
Pois cada rio é um tempo,
Cada nome, uma corrente,
Que leva o ontem ao hoje
Na lembrança permanente.
E o Ribeiro, ao fim do curso,
Volta ao mar do transcendente.
✝️ Capítulo V — Santos, o Nome da Devoção e da Eternidade
No altar da fé cristã,
Nasceu o nome “Santos”,
Que guarda em si mil vozes,
Orações e tantos prantos.
É o eco da santidade
Que consola e cura os cantos.
“Santos” vem do dia sagrado,
De Todos os Santos benditos,
Quando os povos celebravam
Os mártires e seus ritos.
Era nome de lembrança
Dos céus e seus infinitos.
Quem nascia nesse dia
Recebia o nome inteiro,
Como selo de pureza,
Proteção e dom primeiro.
Era bênção e escudo,
Era abrigo verdadeiro.
Mas também, nos tempos duros,
Da Inquisição feroz,
Cristãos-novos o adotaram
Pra esconder quem eram vós.
“Santos” virou voz de abrigo,
Silenciosa entre nós.
Em Portugal e Castela,
Foi brasão e devoção,
Nomeado em muitos templos,
Registrado em procissão.
De mosteiros e capelas
Ecoava em oração.
Quando o mar trouxe as naus,
O nome cruzou o Atlântico,
Do Tejo ao Recôncavo,
Em gesto quase místico.
E “Santos” se fez brasileiro,
Nome simples e magnífico.
Hoje é nome de esperança,
De humildade e caridade,
De quem crê na eternidade
E vive com santidade.
“Santos” é chama divina
Na voz da humanidade.
Quem traz “Santos” na família
Carrega o som da fé,
Da prece que não se apaga,
Do amor que renasceré.
É nome-ponte entre o mundo
E o céu que nos refaz de pé.
Assim termina o capítulo
Dedicado à devoção,
Onde o nome “Santos” brilha
Na alma e no coração.
Pois cada nome é um templo
De pura recordação.
🕎 Capítulo VI — Famílias Judaicas e Sobrenomes Camuflados
Nas sombras da velha Ibéria,
Entre fé e perseguição,
Muitos nomes se esconderam
Por força e imposição.
E os judeus, com astúcia e dor,
Criaram nova expressão.
Quando o medo era decreto
E a cruz se tornava lei,
Os Cohen viraram Cunha,
Mas a origem, eu bem sei.
Em cada sílaba oculta
Um ancestral se guardei.
Os Natan, filhos de Levitas,
Tomaram o nome Antunes,
E os Ben Moreh, de mestres,
Viraram Moreira e Nunes.
Cada troca era silêncio
Contra fogueiras e infortunes.
Os Ben Menashe antigos
Se tornaram de Menezes,
E os Ben Meir, de sábios,
Tomaram novos revezes:
Meira e Meireles surgem
Das linhagens com destrezes.
Os Fares, da tribo de Judá,
Foram Faria, em disfarce,
E os Soher, filhos de guardas,
Em Soares acharam enlace.
Cada nome é um refúgio,
Um destino que não se abate.
Os Ben Nun, de Efraimitas,
Em Nunes se transformaram,
E os Shimon, filhos de Simeão,
Simões e Ximenes se chamaram.
Guimarães veio dos sábios
Que a Torá interpretaram.
Queirós, Queiroga e Queiroz
Guardam os Quirós levitas,
E nos pergaminhos velhos
As verdades são descritas.
Cada nome é um caminho
Com raízes infinitas.
E assim, nas terras do Brasil,
Sob o sol do perdão,
Os nomes se misturaram
Com ternura e gratidão.
Da dor nasceu nova vida,
Da fuga, revelação.
Hoje, ao estudar tais nomes,
Não busco só distinção,
Mas o elo que une povos
Num só sopro de criação.
Pois o nome é semente antiga
Da memória em expansão.
E ao final dessa jornada,
Entre fé e identidade,
Vejo a dor virar cultura,
E a perda, ancestralidade.
Cada nome é uma estrela
Na constelação da verdade.
🌿 Encerramento Poético
Nas veias do nome pulsa,
Um rio de antigo valor,
Carrega a saga ibérica,
De fé, de luta e de amor,
E o sangue que veio à terra,
Floresceu com novo ardor.
O nome é ponte e memória,
É raiz de identidade,
Une o ontem e o agora,
Na força da humanidade,
Faz do verbo o testemunho,
De uma eterna ancestralidade.
Os nomes cruzam os mares,
Em silêncios e clarins,
Levam histórias sagradas,
De mouros, cristãos e afins,
E em terras de novo sol,
Geram frutos nos jardins.
Que cada nome, portanto,
Guarde em si sua missão,
De lembrar aos descendentes,
Que não há separação,
Entre o sangue e o espírito,
Entre o verbo e a criação.
Que a honra dos sobrenomes,
Não seja vaidade vã,
Mas espelho da coragem,
De quem fez sua manhã,
Com a pena, a cruz, o ferro,
E a esperança soberã.
🔮 Epílogo Poético
Assim finda esta jornada,
De letras, fé e brasões,
Pelas trilhas do passado,
Pelas vozes e canções,
De famílias que guardaram,
O sopro de gerações.
Na palma da mão da história,
Cada nome é uma flor,
Que nasceu em solo ibérico,
E emigrou com seu valor,
Replantando em outras terras,
A semente do amor.
O nome é verbo divino,
É eco do Criador,
Traz nas sílabas do tempo,
Um símbolo superior,
Que une as almas humanas,
No ciclo reanimador.
E ao findar-se este cordel,
De cultura e devoção,
O poeta agradecido,
Pede bênção e gratidão,
Aos nomes que são memória,
Do mistério e da nação.
📜 Nota de Fontes Rimada
Este cordel se alicerça,
Na história e tradição,
Dos povos luso-hispanos,
E sua migração,
Que trouxeram seus apelidos,
Na fé e transformação.
Pesquisei nas velhas crônicas,
Dos reinos e dos conventos,
Nas tábuas e nas cartinhas,
Que guardam nomes e intentos,
De quem cruzou o Atlântico,
Em fé, sonho e sofrimentos.
Baseei-me em fontes claras,
De erudição e memória,
Em Dicionários de Nomes,
E na genealogia da história,
Que traduz o ser humano,
Na raiz de sua glória.
Entre elas destaco aqui,
O “Sobrenomes Ibéricos”,
De autores que estudaram,
Os apelidos históricos,
E também as tradições,
Dos povos criptojudaicos.
Também bebi na cultura,
Popular e sertaneja,
Que dos nomes fez poesia,
Na voz pura e camponesa,
Pois o povo é quem resume,
A verdade e a beleza.
Assim deixo este registro,
De amor e devoção,
Ao nome que me acompanha,
Na fé e na tradição,
E agradeço à inteligência,
Que partilha inspiração.
⚙️ Ficha Técnica
Título: Os Sobrenomes de Origem Ibérica
Gênero: Literatura de Cordel – Ensaio Histórico-Poético
Autor: Nhenety Kariri-Xocó
Etnia: Povo Kariri-Xocó – Porto Real do Colégio (AL), Brasil
Edição: Digital, 2025
Formato: A5 – Cordel-Livro
Tipologia: Sextilhas rimadas em tom erudito-popular
Revisão e Curadoria: Nhenety Kariri-Xocó
Assistência editorial e diagramação poética: ChatGPT (Assistente Virtual )
Publicação Digital: KXNHENETY.BLOGSPOT.COM
Licença: Uso Cultural e Educacional sem fins comerciais
Local de produção: Porto Real do Colégio (AL) – Território Ancestral Kariri-Xocó
Símbolo editorial
🌺 Epílogo Final
Do nome nasce a memória,
Do verbo, a revelação,
Da linhagem, o entendimento,
Da palavra, a criação,
E o poeta, ao encerrar,
Celebra a renovação.
Pois o nome é chama viva,
Que jamais será vencida,
É retrato de mil tempos,
É seiva e é guarida,
É o canto das gerações,
Na canção que nunca é ida.
Assim, deixo esta escrita,
Entre o céu e o chão sagrado,
Como um fruto de pesquisa,
Mas também de amor plantado,
Para que os nomes ibéricos,
Tenham o seu legado.
E quem ler, que veja além,
Do som e da grafia,
O nome é força divina,
É reza e profecia,
É ponte entre as culturas,
Da dor e da alegria.
🌿 Sobre o Autor
Nhenety Kariri-Xocó é contador de histórias, poeta e pesquisador da tradição oral e escrita.
Filho espiritual da palavra e guardião da memória ancestral, nasceu em Porto Real do Colégio, Alagoas — terra sagrada do povo Kariri-Xocó.
Com sua pena poética, une o sagrado e o histórico, o popular e o erudito, costurando pontes entre os mundos.
Sua obra revela a alma indígena que dialoga com o tempo, com a terra e com o verbo universal.
Nos cordéis e livros que cria, a palavra é canto, é raiz e é caminho.
📘 Sobre a Obra
“Os Sobrenomes de Origem Ibérica” é um cordel-livro que une a pesquisa histórica com a linguagem poética, resgatando a origem simbólica e espiritual de nomes herdados de Portugal e Espanha.
A obra traduz o percurso de famílias, culturas e crenças, mostrando como os sobrenomes carregam em si marcas de fé, resistência e identidade.
Com sextilhas harmônicas e tom erudito-popular, o autor transforma o estudo dos nomes em celebração da memória viva dos povos.
Cada sobrenome é aqui uma semente — que brota entre o solo da história e o céu da ancestralidade.
Esta obra foi inspirada e fundamentada no artigo publicado no blog “KXNHENETY.BLOGSPOT.COM", disponível em:
https://kxnhenety.blogspot.com/2025/04/selecao-de-alguns-sobrenomes-de-origem.html?m=0 , seguindo uma estrutura acadêmica nos moldes da ABNT e respaldada em referenciais históricos e culturais que unem a tradição oral ao conhecimento erudito.
🌅 Quarta Capa Poética
Do velho reino ibérico,
Vem a linhagem sagrada,
Que cruzou o mar antigo,
Na fé bem aventurada,
E floresceu no Brasil,
Como herança consagrada.
Neste cordel, cada nome,
Revela um sol que não cessa,
Carrega na sua forma,
A alma de quem confessa,
Que a história é continuação,
E o sangue é quem recomeça.
Aqui a palavra é ponte,
Entre o tempo e o coração,
Une o luso, o indígena,
E a mística tradição,
Mostrando que o sobrenome,
É verbo em transformação.
Assim finda esta viagem,
De pesquisa e poesia,
Onde o nome se faz canto,
E a fé se faz harmonia,
Num cordel que eterniza,
A luz da genealogia.
Autor: Nhenety Kariri-Xocó


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