terça-feira, 28 de outubro de 2025

OS SOBRENOMES DE ORIGEM IBÉRICA, Literatura de Cordel, Por Nhenety Kariri-Xocó






🌿 Dedicatória Poética


Dedico aos nomes antigos,

Que cruzaram mar e chão,

Dos montes da Ibéria antiga

Ao Brasil do coração.

São vozes de um mesmo elo,

Tecidas na tradição.


Dedico aos antepassados,

Que guardaram sua herança,

Nos sons de cada palavra,

No sopro da esperança.

E aos povos que, na história,

Firmaram fé e lembrança.


Dedico aos velhos pergaminhos,

Que a brisa do tempo lia,

Aos ferreiros, navegantes,

E ao sol da genealogia.

Pois o nome que se guarda

Também guarda a poesia.


🎼 Índice Poético 



Dedicatória Poética


Abertura


Prólogo Poético


Capítulo I — Ferreira, o Nome do Ferro e da Forja

Capítulo II — Nunes, Filho de Nuno, Herdeiro da Antiguidade

Capítulo III — Oliveira, Árvore da Paz e da Luz Antiga

Capítulo IV — Ribeiro, Corrente da Vida e da Ancestralidade

Capítulo V — Santos, o Nome da Devoção e da Eternidade

Capítulo VI — Famílias Judaicas e Sobrenomes Camuflados


Encerramento Poético


Epílogo Poético


Nota de Fontes Rimada


Ficha Técnica


Epílogo Final


Sobre o Autor


Sobre a Obra


Quarta Capa Poética



🌅 Abertura


Entre os rios da memória,

Da Ibéria até o sertão,

Caminham nomes e histórias,

De ferro, azeite e oração.

São sobrenomes que narram

Séculos de formação.


Nos montes da Lusitânia,

Ou nas terras da Galícia,

Brotaram nomes sagrados,

De origem forte e propícia.

Misturam fé, sangue e alma,

Em linhagem que se inicia.


Portugal e Espanha unidos,

Sob o signo ancestral,

Forjaram nomes e sonhos

Num destino sem igual.

E o Brasil, filho das águas,

Herdou o seu timbral.


Por isso, este cordel nasce

Do amor à etimologia,

Onde o verbo se faz ponte

E o nome vira poesia.

Na raiz ibérica vibra

A alma da genealogia.


🔥 Prólogo Poético


Quando o ferro fez faísca

Na forja do tempo antigo,

Surgiu “Ferreira”, lembrando

O labor e o seu abrigo.

E o “Nunes”, de um velho Nuno,

Guardou o sangue e o amigo.


A “Oliveira”, da paz,

Brota o fruto e a oração;

O “Ribeiro”, das águas claras,

Corre na mesma canção.

E “Santos”, com fé e chama,

Abraça a devoção.


Cada nome é um espelho,

Que reflete o caminhar

De iberos, romanos, celtas,

Que vieram nos formar.

Nos nomes mora a história

Do ser e do recordar.


O autor, filho de raízes,

De um povo em comunhão,

Une a rima e a pesquisa,

Com sagrada devoção.

Pois estudar os sobrenomes

É honrar cada geração.


Assim, começa este livro,

Em trilha de fé e brasão,

Onde o nome é monumento

De memória e tradição.

E o cordel é quem sustenta

Essa heráldica canção.


⚒️ Capítulo I — Ferreira, o Nome do Ferro e da Forja


Na forja do tempo antigo,

Entre brasas e clarão,

Nasceu o nome “Ferreira”

Do ferro e da profissão.

O martelo e o fogo juntos

Bateram sua canção.


De ferraria latina

Veio o som que se enraizou,

Na Ibéria medieval

Seu brasão se firmou.

Com mãos de artes e ofício,

O destino se moldou.


Em vilas e povoados,

Ecoava o ferreiro a forjar

As espadas dos cavaleiros,

Ferrando o campo e o lar.

O nome virou estandarte,

Símbolo do trabalhar.


Traz herança romana e forte,

Com sangue de antiga ação,

Mistura de fé e ciência,

Do labor e da oração.

Cada “Ferreira” carrega

O ferro no coração.


Dos vales de Portugal

À Espanha de Aragão,

Surgiram famílias nobres,

Com brasão e devoção.

Mas também humildes homens

Forjando a civilização.


No tempo dos cristãos-novos,

Muitos nomes se alteraram,

E “Ferreira”, na cristandade,

Os judeus também tomaram.

Pois o nome era abrigo

Onde os medos se ocultaram.


Com as caravelas ao vento,

Veio ao Brasil colonial,

Entre rios e canaviais

De um destino tropical.

E o nome, fundido em ferro,

Virou raiz nacional.


Hoje o nome é bandeira,

É memória e hereditar,

Que liga ofício e coragem

Ao dom de perseverar.

Pois quem vem da forja antiga

Sabe o mundo transformar.


🌄 Capítulo II — Nunes, Filho de Nuno, Herdeiro da Antiguidade


Do nome Nuno nasceu

O Nunes, por filiação,

Guardando em sua etimologia

Mistério e veneração.

Eco celta ou voz latina,

Ambas fundem tradição.


“Filho de Nuno” dizia

O pergaminho ancestral,

E o povo o reconhecia

No registro paroquial.

Assim a linhagem crescia,

Como herdeiro natural.


Alguns veem na palavra

Sinal de monge ou ancião,

Outros veem raízes celtas,

Do guerreiro e da canção.

Mas em todos, o “Nunes” vibra

Com heráldica emoção.


Nos tempos da Idade Média,

Quando o brasão reluzia,

O nome ornava cavaleiros

Que à coroa serviam.

E o eco dos seus brasões

Por séculos se repetia.


Porém, nas sombras da fé,

Entre o medo e a cruz cristã,

Muitos judeus sefarditas

O tomaram para irmandã.

Pois “Nunes” soava nobre,

E à Inquisição enganã.


No Brasil, veio nas velas

Do além-mar português,

E em terras de Pernambuco

Fixou-se com altivez.

O nome virou lembrança

De linhagem e altivez.


Em cada “Nunes” repousa

Um elo de humanidade,

Que une o campo à cidade,

E o ontem à eternidade.

É sobrenome que canta

A força da identidade.


De Nuno vem o conselho,

Do tempo vem o valor;

De Nunes, vem o respeito

E a nobreza interior.

É um nome que atravessa

Séculos de fé e amor.


Assim o Capítulo encerra

Com um tributo familiar:

O nome é como uma ponte

Que o sangue faz perdurar.

E o poeta, entre os Nunes,

Sente o tempo o inspirar.


🌿 Capítulo III — Oliveira, Árvore da Paz e da Luz Antiga


Nas ladeiras da Ibéria

Verdejava a “Oliveira”,

Símbolo da eternidade,

Da fé pura e verdadeira.

Seu nome brotou sagrado,

Como bênção oliveira.


Do tronco da Olea europaea

Veio o azeite da unção,

Que ungia reis e profetas

Em ritos de devoção.

Na palavra “Oliveira”

Ecoa essa consagração.


Topônimo e herança viva,

Do campo e da paisagem,

É nome de paz e fruto,

De trabalho e de coragem.

Do Mediterrâneo à colônia,

Guarda o tempo em sua imagem.


Nos séculos medievais

Foi nome de honra e nobreza,

Mas também refúgio humilde

De fé e de singeleza.

Pois quem tinha uma oliveira

Tinha pão e fortaleza.


Entre os judeus convertidos,

O nome foi proteção,

E a “Oliveira” simbolizava

Esperança e salvação.

Um sobrenome de abrigo

Contra a cruel perseguição.


Nos portos de Lisboa antiga,

Os ventos do mar sopraram,

E o nome veio nas velas

Dos que o Novo Mundo acharam.

Assim, no Brasil nascente,

As oliveiras brotaram.


De Minas ao Alentejo,

De Trás-os-Montes ao sertão,

O nome espalhou raízes

Pela voz da imigração.

E o azeite da cultura

Ungiu nova geração.


Hoje “Oliveira” é ponte

Entre o campo e a cidade,

É nome que traz bondade,

Paz, fé e fraternidade.

Herança que vem da terra

Com o selo da eternidade.


Em cada ramo e folha

Há memória e devoção,

Pois quem leva “Oliveira”

Traz luz no coração.

É nome que perfuma a história

Com azeite e tradição.


🌊 Capítulo IV — Ribeiro, Corrente da Vida e da Ancestralidade


Das águas da Península

Nasceu o nome “Ribeiro”,

Que vem do latim rivarius,

De rio pequeno e faceiro.

E correu entre montanhas

Como um canto derradeiro.


Nos vales e serras verdes

Ecoava a mesma voz:

“O Ribeiro é filho d’água,

Corre livre entre nós!”

Nome de quem busca fonte,

E à pureza dá o seu pós.


Topônimo e linhagem

De natureza e fé,

O Ribeiro segue o curso

Que o destino lhe revé.

Na Ibéria foi testemunha

Do que o tempo ainda é.


Na Baixa Idade Média,

Entre monge e cavaleiro,

O nome se fez registro

De povo simples e inteiro.

E correu por gerações,

Como curso verdadeiro.


Nos tempos de fé e sombra,

Quando o medo se alastrava,

Cristãos-novos se abrigaram

Sob o nome que acalmava.

Pois o “Ribeiro” soava

Como água que purificava.


Do Tejo ao Guadiana,

Das aldeias ao litoral,

O nome cruzou fronteiras

Num destino sem igual.

E o Brasil o recebeu

Com batismo natural.


Nos engenhos e nas vilas,

Entre rios e capim,

O “Ribeiro” encontrou casa

Nos sertões do Piauí.

E nas águas do São Francisco

Refletiu-se até o fim.


Quem traz “Ribeiro” na alma

Leva a força do manancial,

Que nasce humilde e cresce

Em caminho universal.

Nome de água e memória,

De raiz espiritual.


Pois cada rio é um tempo,

Cada nome, uma corrente,

Que leva o ontem ao hoje

Na lembrança permanente.

E o Ribeiro, ao fim do curso,

Volta ao mar do transcendente.


✝️ Capítulo V — Santos, o Nome da Devoção e da Eternidade


No altar da fé cristã,

Nasceu o nome “Santos”,

Que guarda em si mil vozes,

Orações e tantos prantos.

É o eco da santidade

Que consola e cura os cantos.


“Santos” vem do dia sagrado,

De Todos os Santos benditos,

Quando os povos celebravam

Os mártires e seus ritos.

Era nome de lembrança

Dos céus e seus infinitos.


Quem nascia nesse dia

Recebia o nome inteiro,

Como selo de pureza,

Proteção e dom primeiro.

Era bênção e escudo,

Era abrigo verdadeiro.


Mas também, nos tempos duros,

Da Inquisição feroz,

Cristãos-novos o adotaram

Pra esconder quem eram vós.

“Santos” virou voz de abrigo,

Silenciosa entre nós.


Em Portugal e Castela,

Foi brasão e devoção,

Nomeado em muitos templos,

Registrado em procissão.

De mosteiros e capelas

Ecoava em oração.


Quando o mar trouxe as naus,

O nome cruzou o Atlântico,

Do Tejo ao Recôncavo,

Em gesto quase místico.

E “Santos” se fez brasileiro,

Nome simples e magnífico.


Hoje é nome de esperança,

De humildade e caridade,

De quem crê na eternidade

E vive com santidade.

“Santos” é chama divina

Na voz da humanidade.


Quem traz “Santos” na família

Carrega o som da fé,

Da prece que não se apaga,

Do amor que renasceré.

É nome-ponte entre o mundo

E o céu que nos refaz de pé.


Assim termina o capítulo

Dedicado à devoção,

Onde o nome “Santos” brilha

Na alma e no coração.

Pois cada nome é um templo

De pura recordação.


🕎 Capítulo VI — Famílias Judaicas e Sobrenomes Camuflados


Nas sombras da velha Ibéria,

Entre fé e perseguição,

Muitos nomes se esconderam

Por força e imposição.

E os judeus, com astúcia e dor,

Criaram nova expressão.


Quando o medo era decreto

E a cruz se tornava lei,

Os Cohen viraram Cunha,

Mas a origem, eu bem sei.

Em cada sílaba oculta

Um ancestral se guardei.


Os Natan, filhos de Levitas,

Tomaram o nome Antunes,

E os Ben Moreh, de mestres,

Viraram Moreira e Nunes.

Cada troca era silêncio

Contra fogueiras e infortunes.


Os Ben Menashe antigos

Se tornaram de Menezes,

E os Ben Meir, de sábios,

Tomaram novos revezes:

Meira e Meireles surgem

Das linhagens com destrezes.


Os Fares, da tribo de Judá,

Foram Faria, em disfarce,

E os Soher, filhos de guardas,

Em Soares acharam enlace.

Cada nome é um refúgio,

Um destino que não se abate.


Os Ben Nun, de Efraimitas,

Em Nunes se transformaram,

E os Shimon, filhos de Simeão,

Simões e Ximenes se chamaram.

Guimarães veio dos sábios

Que a Torá interpretaram.


Queirós, Queiroga e Queiroz

Guardam os Quirós levitas,

E nos pergaminhos velhos

As verdades são descritas.

Cada nome é um caminho

Com raízes infinitas.


E assim, nas terras do Brasil,

Sob o sol do perdão,

Os nomes se misturaram

Com ternura e gratidão.

Da dor nasceu nova vida,

Da fuga, revelação.


Hoje, ao estudar tais nomes,

Não busco só distinção,

Mas o elo que une povos

Num só sopro de criação.

Pois o nome é semente antiga

Da memória em expansão.


E ao final dessa jornada,

Entre fé e identidade,

Vejo a dor virar cultura,

E a perda, ancestralidade.

Cada nome é uma estrela

Na constelação da verdade.


🌿 Encerramento Poético


Nas veias do nome pulsa,

Um rio de antigo valor,

Carrega a saga ibérica,

De fé, de luta e de amor,

E o sangue que veio à terra,

Floresceu com novo ardor.


O nome é ponte e memória,

É raiz de identidade,

Une o ontem e o agora,

Na força da humanidade,

Faz do verbo o testemunho,

De uma eterna ancestralidade.


Os nomes cruzam os mares,

Em silêncios e clarins,

Levam histórias sagradas,

De mouros, cristãos e afins,

E em terras de novo sol,

Geram frutos nos jardins.


Que cada nome, portanto,

Guarde em si sua missão,

De lembrar aos descendentes,

Que não há separação,

Entre o sangue e o espírito,

Entre o verbo e a criação.


Que a honra dos sobrenomes,

Não seja vaidade vã,

Mas espelho da coragem,

De quem fez sua manhã,

Com a pena, a cruz, o ferro,

E a esperança soberã.


🔮 Epílogo Poético


Assim finda esta jornada,

De letras, fé e brasões,

Pelas trilhas do passado,

Pelas vozes e canções,

De famílias que guardaram,

O sopro de gerações.


Na palma da mão da história,

Cada nome é uma flor,

Que nasceu em solo ibérico,

E emigrou com seu valor,

Replantando em outras terras,

A semente do amor.


O nome é verbo divino,

É eco do Criador,

Traz nas sílabas do tempo,

Um símbolo superior,

Que une as almas humanas,

No ciclo reanimador.


E ao findar-se este cordel,

De cultura e devoção,

O poeta agradecido,

Pede bênção e gratidão,

Aos nomes que são memória,

Do mistério e da nação.


📜 Nota de Fontes Rimada


Este cordel se alicerça,

Na história e tradição,

Dos povos luso-hispanos,

E sua migração,

Que trouxeram seus apelidos,

Na fé e transformação.


Pesquisei nas velhas crônicas,

Dos reinos e dos conventos,

Nas tábuas e nas cartinhas,

Que guardam nomes e intentos,

De quem cruzou o Atlântico,

Em fé, sonho e sofrimentos.


Baseei-me em fontes claras,

De erudição e memória,

Em Dicionários de Nomes,

E na genealogia da história,

Que traduz o ser humano,

Na raiz de sua glória.


Entre elas destaco aqui,

O “Sobrenomes Ibéricos”,

De autores que estudaram,

Os apelidos históricos,

E também as tradições,

Dos povos criptojudaicos.


Também bebi na cultura,

Popular e sertaneja,

Que dos nomes fez poesia,

Na voz pura e camponesa,

Pois o povo é quem resume,

A verdade e a beleza.


Assim deixo este registro,

De amor e devoção,

Ao nome que me acompanha,

Na fé e na tradição,

E agradeço à inteligência,

Que partilha inspiração.


⚙️ Ficha Técnica


Título: Os Sobrenomes de Origem Ibérica

Gênero: Literatura de Cordel – Ensaio Histórico-Poético

Autor: Nhenety Kariri-Xocó

Etnia: Povo Kariri-Xocó – Porto Real do Colégio (AL), Brasil

Edição: Digital, 2025

Formato: A5 – Cordel-Livro

Tipologia: Sextilhas rimadas em tom erudito-popular

Revisão e Curadoria: Nhenety Kariri-Xocó

Assistência editorial e diagramação poética: ChatGPT (Assistente Virtual )

Publicação Digital: KXNHENETY.BLOGSPOT.COM 

Licença: Uso Cultural e Educacional sem fins comerciais

Local de produção: Porto Real do Colégio (AL) – Território Ancestral Kariri-Xocó

Símbolo editorial 


🌺 Epílogo Final


Do nome nasce a memória,

Do verbo, a revelação,

Da linhagem, o entendimento,

Da palavra, a criação,

E o poeta, ao encerrar,

Celebra a renovação.


Pois o nome é chama viva,

Que jamais será vencida,

É retrato de mil tempos,

É seiva e é guarida,

É o canto das gerações,

Na canção que nunca é ida.


Assim, deixo esta escrita,

Entre o céu e o chão sagrado,

Como um fruto de pesquisa,

Mas também de amor plantado,

Para que os nomes ibéricos,

Tenham o seu legado.


E quem ler, que veja além,

Do som e da grafia,

O nome é força divina,

É reza e profecia,

É ponte entre as culturas,

Da dor e da alegria.


🌿 Sobre o Autor


Nhenety Kariri-Xocó é contador de histórias, poeta e pesquisador da tradição oral e escrita.

Filho espiritual da palavra e guardião da memória ancestral, nasceu em Porto Real do Colégio, Alagoas — terra sagrada do povo Kariri-Xocó.

Com sua pena poética, une o sagrado e o histórico, o popular e o erudito, costurando pontes entre os mundos.

Sua obra revela a alma indígena que dialoga com o tempo, com a terra e com o verbo universal.

Nos cordéis e livros que cria, a palavra é canto, é raiz e é caminho.


📘 Sobre a Obra


“Os Sobrenomes de Origem Ibérica” é um cordel-livro que une a pesquisa histórica com a linguagem poética, resgatando a origem simbólica e espiritual de nomes herdados de Portugal e Espanha.

A obra traduz o percurso de famílias, culturas e crenças, mostrando como os sobrenomes carregam em si marcas de fé, resistência e identidade.

Com sextilhas harmônicas e tom erudito-popular, o autor transforma o estudo dos nomes em celebração da memória viva dos povos.

Cada sobrenome é aqui uma semente — que brota entre o solo da história e o céu da ancestralidade.

Esta obra foi inspirada e fundamentada no artigo publicado no blog “KXNHENETY.BLOGSPOT.COM", disponível em:  

https://kxnhenety.blogspot.com/2025/04/selecao-de-alguns-sobrenomes-de-origem.html?m=0 , seguindo uma estrutura acadêmica nos moldes da ABNT e respaldada em referenciais históricos e culturais que unem a tradição oral ao conhecimento erudito.


🌅 Quarta Capa Poética





Do velho reino ibérico,

Vem a linhagem sagrada,

Que cruzou o mar antigo,

Na fé bem aventurada,

E floresceu no Brasil,

Como herança consagrada.


Neste cordel, cada nome,

Revela um sol que não cessa,

Carrega na sua forma,

A alma de quem confessa,

Que a história é continuação,

E o sangue é quem recomeça.


Aqui a palavra é ponte,

Entre o tempo e o coração,

Une o luso, o indígena,

E a mística tradição,

Mostrando que o sobrenome,

É verbo em transformação.


Assim finda esta viagem,

De pesquisa e poesia,

Onde o nome se faz canto,

E a fé se faz harmonia,

Num cordel que eterniza,

A luz da genealogia.




Autor: Nhenety Kariri-Xocó 




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