segunda-feira, 3 de novembro de 2025

REINOS DA GALÉCIA E REINO DA GALÍCIA DA PENÍNSULA IBÉRICA, Literatura de Cordel, Por Nhenety Kariri-Xocó






🌾 Dedicatória Poética


Dedico ao vento ancestral,

Que sopra em terras antigas,

Aos povos de fé real,

De montanhas e cantigas.

Nos reinos da Galécia e Galícia,

Habita a voz das relíquias.



📖 Índice Poético


Abertura – A Península e a Lenda


Prólogo Poético – O Canto dos Povos Germânicos


Capítulo I – O Reino da Galécia e o Nascimento Suevo


Capítulo II – Braga, a Capital Sagrada


Capítulo III – Da Fé Cristã à Conquista Visigoda


Capítulo IV – O Surgir do Reino da Galícia


Capítulo V – Santiago e o Caminho da Luz


Capítulo VI – Reis, Guerras e Alianças


Capítulo VII – Da Monarquia à História Viva


Encerramento e Epílogo Poético


Nota de Fontes Rimada


Ficha Técnica e Sobre o Autor



🌅 Abertura – A Península e a Lenda


Na península encantada,

Entre mares e cordilheiras,

Ergueu-se a história sagrada

Das terras verdadeiras.

Galécia, mãe da bravura,

Galícia, fé e ternura.


Dois nomes, uma herança,

Que o tempo não separou,

Entre guerras e esperança,

Seu destino se firmou.

Nasceu da força germana,

E do cristão que se irmana.



🛡️ Prólogo Poético – O Canto dos Povos Germânicos


Vieram do norte distante,

Os povos de espada em punho,

E o Império, vacilante,

Tremeu diante do cunho.

Dos suevos, filhos do gelo,

Nasceu um novo desvelo.


Cruzaram rios e terras,

O Reno, o Douro, o Minho,

Em meio a fogo e guerras,

Plantaram seu próprio ninho.

E em Braga fincou-se o trono,

Com fé, poder e dono.


O Império Romano em ruína,

Curvou-se à nova bandeira,

A Galécia se destina

A ser chama verdadeira.

No ocaso da velha era,

Surge a alma que impera.



🏰 CAPÍTULO I – O REINO DA GALÉCIA E O NASCIMENTO SUEVO


I

No ano quatrocentos e nove,

Surgiu no chão lusitano,

Um povo firme e mais nobre,

Com destino soberano.

E sob o sol do ocidente,

Nasceu o reino eloquente.


II

Os suevos, filhos do norte,

Trouxeram a lei e a coragem,

E a fé serviu-lhes de sorte,

Nas trilhas da antiga viagem.

De Roma herdaram cultura,

E ergueram nova estrutura.


III

Braga tornou-se o centro,

De um poder que se expandia,

Entre o Atlântico e o vento,

A Galécia renascia.

Sob brasões e conselhos,

Erguia-se um povo espelho.


IV

Os rios marcavam fronteiras,

Minho, Douro e seu cantar,

Das florestas altaneiras,

O novo reino a brilhar.

E o povo, unido e cristão,

Seguia com devoção.


V

Foi o primeiro cristão reino,

Da Europa ocidental,

Com fervor puro e ameno,

Fundamento espiritual.

Entre bárbaros e santos,

Ecoaram novos cantos.


VI

O tempo erguia colunas,

De fé, lei e tradição,

E Braga, nas suas dunas,

Era altar e inspiração.

Do romano ao germânico,

Surgia o ibérico místico.


VII

Mas o destino é mudança,

E os visigodos chegaram,

Com espada e esperança,

Os suevos derrotaram.

A Galécia foi unida,

Mas não ficou esquecida.


VIII

Pois de sua antiga chama,

Nasceu a herança divina,

E o cristianismo proclama

A força que ilumina.

Na queda, brotou semente,

Que floresceu novamente.



🕊️ CAPÍTULO II – BRAGA, A CAPITAL SAGRADA


I

Oh Braga de reis e altares,

Do saber e da oração,

Guardas entre teus lugares

O início da cristandade e união.

Teu solo guarda os segredos

Dos séculos e seus enredos.


II

Ali a fé se erguia,

Entre mármore e pergaminho,

A Igreja se fortalecia,

Guiando o sagrado caminho.

Os concílios e doutrinas,

Ergueram luzes divinas.


III

Foi centro de conversão,

E exemplo a todo ocidente,

Com pureza e devoção,

Ergueu-se nobre e prudente.

Braga, templo da memória,

Fundamento da história.


IV

Da Galécia à Galícia,

O nome ecoou distante,

Como eterna profecia,

De um povo perseverante.

Sagrado é o teu destino,

Ó berço do amor divino.


V

Mesmo após ser conquistada,

Por reis de espada visigoda,

A tua alma consagrada

Permaneceu firme e toda.

Teu nome, entre rezas e cantos,

Ecoou por todos os santos.


VI

E quando o império ruiu,

Do norte ergueu-se a chama,

Que o Reino cristão construiu,

E a Galícia se proclama.

Das ruínas do passado,

Nasceu o reino sagrado.


VII

Assim, a fé se expandiu,

Entre cruz e espada forte,

E o mundo então se uniu,

Entre destino e sorte.

A Galécia foi raiz,

Do que o cristão sempre quis.


VIII

Entre Celtas e Germânicos,

Entre Roma e o Céu,

A história dos ibéricos

Gravou um novo papel.

Braga, centro e coração,

Da primeira cristã nação.



⚔️ CAPÍTULO III – DA FÉ CRISTÃ À CONQUISTA VISIGODA


I

A fé cresceu como o trigo,

Nos campos da Galécia,

E o povo, em paz e abrigo,

Seguia a luz que o guia.

O Cristo era o estandarte,

Que unia fé e arte.


II

Os bispos eram conselheiros,

Do trono e da devoção,

E os reis, com gestos primeiros,

Benzidos pela unção,

Juravam sob a cruz santa,

Servir com alma e garganta.


III

Mas os tempos são mutáveis,

E o poder nunca descansa,

Os ventos inconstantes e instáveis

Trazem guerras e mudança.

Dos visigodos, vem o aço,

Que rompe a lei e o espaço.


IV

Em quinhentos e oitenta e cinco,

Chegaram sob bandeira,

O rei Leovigildo, rico,

Trouxe guerra verdadeira.

E o reino suevo então cai,

Mas sua luz não se vai.


V

Pois mesmo sob domínio,

Do novo império visigodo,

A Galécia, em seu caminho,

Guardou cultura e modo.

Sua fé permaneceu,

Na alma de quem nasceu.


VI

As igrejas, nas montanhas,

Foram abrigo e canto,

Onde o tempo faz as manhas

E a fé vence o pranto.

O cristão que ali morava,

Rezava e esperava.


VII

E do sangue e da lembrança,

Surgiu a semente pura,

De uma antiga esperança

Que moldou nova estrutura.

Pois da queda e da dor,

Nasce sempre o novo amor.


VIII

Assim, findou-se um reinado,

Mas não sua inspiração,

Do império fragmentado,

Brota outra geração.

E o nome Galécia ecoa,

Como estrela que abençoa.



🕊️ CAPÍTULO IV – O SURGIR DO REINO DA GALÍCIA


I

Passaram séculos sombrios,

De mouros e invasores,

Mas dos vales e dos rios

Renasceram novos amores.

Do norte ergue-se o brado,

De um povo iluminado.


II

Nas Astúrias, lá no monte,

A fé cristã resistiu,

E o reino fez seu horizonte

Quando Afonso o conduziu.

E a Galícia se ergueu,

No destino que Deus deu.


III

O sol da reconquista ardia,

Do mar às serras distantes,

E a cruz, que o céu erguia,

Guiava os reis triunfantes.

A espada, ao lado da fé,

Abriu o caminho até.


IV

Por volta de setecentos e cinquenta,

A Galícia é proclamada,

Com fé firme e vida isenta,

De honra abençoada.

Foi reino e foi oração,

No coração da nação.


V

E quando o tempo avança,

Nasce o brilho compostelano,

Santiago, fé e esperança,

Protege o povo cristão.

Com o cajado e a estrela,

Todo o ocidente o revela.


VI

O caminho do peregrino,

Cruzava serras e mares,

E o santo, em seu destino,

Abençoava os altares.

Galícia tornou-se o centro,

Do sagrado e seu epicentro.


VII

De Leão veio o abraço,

De Castela, a união,

Mas a Galícia, no espaço,

Guardou sua tradição.

Mesmo sob outros tronos,

Manteve antigos dons.


VIII

E assim, no século oitavo,

O reino se consagrou,

Entre guerras, sangue e cravo,

Seu nome se perpetuou.

Galícia, mãe e guerreira,

Herança viva e inteira.



🌟 CAPÍTULO V – SANTIAGO E O CAMINHO DA LUZ


I

Entre os montes e vales frios,

De névoa e de oração,

Sopra o vento dos bramidos

Da antiga revelação.

Santiago, o Apóstolo amado,

Surge ao povo consagrado.


II

Conta a lenda que seu corpo

Em Compostela dormia,

Sob estrelas, em conforto,

Que o céu mesmo acendia.

Nasceu então o caminho,

Guia do humano destino.


III

De toda a Europa vieram

Peregrinos a rezar,

E nas pedras que pisaram,

A fé voltou a brotar.

O mundo se ajoelhou,

E a Galícia se iluminou.


IV

Ergueram-se templos santos,

De pedra, arte e poder,

E nos sinos ecoam cantos

Que o tempo não faz morrer.

Santiago, em tua chama,

Toda a cristandade se inflama.


V

As estradas eram repletas

De cruzes e devoção,

Entre colinas discretas,

Surgia a inspiração.

E os reis, sob o teu véu,

Juravam lealdade ao Céu.


VI

As conchas do teu caminho,

Símbolos de peregrinos,

Marcavam com doce carinho

Os passos e seus destinos.

E a estrela de Compostela,

Fazia a noite mais bela.


VII

Assim nasceu o legado,

Da Galícia peregrina,

Reino santo e abençoado,

De alma pura e divina.

Onde a fé e o saber,

Fizeram o homem renascer.


VIII

E até hoje o caminheiro,

Com cajado e coração,

Segue o trilho verdadeiro

Na mesma peregrinação.

Pois a luz de Compostela,

Brilha eterna e singela.



⚜️ CAPÍTULO VI – REIS, GUERRAS E ALIANÇAS


I

Nos tempos de espada e cruz,

A coroa era destino,

E o sangue que a terra infunde

Era o selo divino.

O rei servia e reinava,

Mas o povo também orava.


II

Galícia, de reis e mares,

De nobres e trovadores,

Guardava em seus altares

As vitórias e os amores.

Seu trono, de fé e luta,

Nunca se fez em labuta.


III

Sob Leão, em união,

E sob Castela, irmã,

A Galícia teve a missão

De ser guardiã cristã.

Foi espada e foi abrigo,

Contra o invasor inimigo.


IV

Em cada guerra travada,

Brilhou o escudo galiciano,

Com bravura consagrada,

Do povo hispano e humano.

Na cruz, no campo e no canto,

Erguia-se o mesmo encanto.


V

Os séculos se entrelaçaram,

Com pactos e coroações,

E os reis se consagraram

Entre rezas e paixões.

Mas o nome da Galícia

Permaneceu na justiça.


VI

Reis, condes e bispos santos,

Governaram e ensinaram,

Com leis, conselhos e mantos,

Os povos que ali ficaram.

E o reino, mesmo em união,

Nunca perdeu sua razão.


VII

Com Castela compartilhou,

Glórias e triste memória,

Mas sua alma não mudou,

Seguiu viva na história.

Pois quem nasce sob este céu,

Tem no peito o próprio véu.


VIII

E quando os tempos mudaram,

E os tronos se dissolveram,

Os reis, que tanto lutaram,

Em lembrança permaneceram.

Galícia, eterna e fiel,

É o verso do mesmo papel.



👑 CAPÍTULO VII – DA MONARQUIA À HISTÓRIA VIVA


I

Findaram-se as coroações,

Mas não findou o seu nome,

Pois reina nas gerações

O espírito que consome.

A Galícia, além dos tronos,

Vive em sonhos e entronos.


II

Dos reis ficaram memórias,

Nas pedras e nas canções,

Nas cruzes e nas vitórias,

Nos versos e tradições.

Pois quem ergue o coração,

Cria eterna monarquia e chão.


III

O tempo apagou os mantos,

Mas não a fé verdadeira,

Que vive em altares santos

E na alma galgueira.

O povo herdou o destino

De ser templo e peregrino.


IV

Da coroa fez-se o saber,

Do cetro, a consciência,

E o poder se fez crescer

Em nova magnificência.

Agora o trono é memória,

E o povo, guardião da história.


V

Em Compostela, o caminho

É o reino redivivo,

Pois o santo e o peregrino

Mantêm o verbo ativo.

A fé tornou-se bandeira,

De uma luz que não é passageira.


VI

A Galícia não é passado,

Mas raiz em flor aberta,

Um legado consagrado

Que o coração desperta.

Entre o campo e o altar,

O tempo não pode apagar.


VII

Das guerras nasceram pontes,

Dos reis, nasceram valores,

E nas terras e horizontes,

Brota o fruto de amores.

Pois a história que se escuta

É chama que nunca se oculta.


VIII

Hoje, quem pisa esse chão

Sente o eco milenar,

De fé, sangue e oração,

De um povo a perseverar.

Galícia é viva escritura,

Do humano e da ternura.


IX

Os trovadores da memória

Cantam reis e labradores,

E o fio sutil da história

Une sábios e sonhadores.

No tear da tradição,

Vive eterna criação.


X

Assim finda o reinado,

Mas não finda a sua vida,

Pois cada verso entoado

É herança renascida.

A monarquia foi humana,

Mas a história... é soberana.


XI

E o poeta, em gratidão,

Recolhe o som e a chama,

Das eras, a inspiração,

Das almas, o que proclama.

Da Galécia à Galícia, o ser,

É o verbo que faz renascer.



🌿 NOTA DE FONTES RIMADA 


Da memória e da raiz,

Das histórias do meu chão,

Busquei saberes antigos,

Guardados na tradição.

E também nos livros sábios,

Achei luz e inspiração.


Li Suárez Fernández, mestre,

Que a Espanha soube narrar,

Na Idade Média profunda,

Onde o tempo a se revelar,

Mostrou reis e cruzamentos,

Que a fé veio iluminar.


Com Fletcher, Richard A.,

Vi os bárbaros em transição,

E o império que tombava,

Na força da mutação.

Roma finda, mas renasce,

No verbo e no coração.


De Rogero, o fiel guia,

Os Reinos da Cristandade,

Da Ibéria medieval

Brota a nova identidade,

Onde povos e fronteiras

Desenham humanidade.


Nos escritos de Torres, Henrique,

Achei nobre fundamento:

O Reino Suevo da Galécia

E seu vivo pensamento.

A política dos antigos,

Em eterno movimento.


E nas páginas de García,

Senti o sopro da lenda,

De Compostela e seu brilho,

Que a Galícia reverenda,

Fez templo da caminhada,

Da fé que não se desvenda.


Mas foi Isidoro de Sevilha,

Com seu verbo ancestral,

Que dos Godos e Suevos

Revelou o tribunal:

Raízes que se misturam,

Num só cântico imortal.


Assim o cordel se ergue,

Entre a terra e o saber,

Com as fontes da memória

E a alma a florescer.

Da História nasce o mito,

E do mito, o renascer.



📜 FICHA TÉCNICA EDITORIAL


Título: Reinos da Galécia e Reino da Galícia da Península Ibérica, Literatura de Cordel 

Autor: Nhenety Kariri-Xocó

Gênero: Cordel Místico e Filosófico

Tema Central: História dos Reinos Ibéricos Galécia e Galícia 

Formato: Digital e Impresso — Estilo Editorial A5

Edição Literária e Diagramação: ChatGPT – Assistente Virtual 

Publicação Digital: KXNHENETY.BLOGSPOT.COM 

Revisão e Curadoria: Nhenety Kariri-Xocó

Local e Ano: Porto Real do Colégio (AL) – 2025

Direitos Autorais: Reservados conforme Lei nº 9.610/1998

Produção Cultural: Inspirada na Tradição Oral e Espiritual dos Povos Originários do Brasil

Produção Literária: Inspirada e fundamentada no artigo publicado no blog mencionado Sobre a Obra.



🌺 EPÍLOGO FINAL – O CANTO DA ETERNIDADE


E quando o ciclo termina,

Recomeça a vibração,

Pois cada verso é um templo,

De memória e devoção.

Nada morre na poesia,

Tudo é pura ascensão.


Do barro nasce a palavra,

Do fogo, a iluminação,

Do vento, vem o destino,

Da água, a consagração.

E o poeta, em sua prece,

É parte dessa união.


Que este cordel seja ponte,

Entre o humano e o divino,

Entre o ontem e o amanhã,

Entre o caos e o destino.

Pois a Terra é quem ensina

Que o amor é o maior hino.



🌞 QUARTA CAPA POÉTICA


Neste cordel, o leitor

Verá a Vida em seu altar,

Os quatro ventos da Alma,

Em harmonia a soprar.

Fogo, Terra, Água e Ar —

Um só Ser a pulsar.


A capa é um espelho do tempo,

Onde Sol e Lua são pais,

Que em brilho dourado-azul

Se refletem pelos canais.

E do centro do Universo,

O Espírito surge em paz.


Aqui termina a escrita,

Mas o canto não tem fim,

Pois nas páginas do vento,

O Sagrado mora em mim.

E o cordel segue cantando,

Na alma de quem ler assim.



🌿 SOBRE O AUTOR


Nhenety Kariri-Xocó é contador de histórias oral e escrita, poeta, pesquisador da tradição indígena e guardião das memórias do seu povo.

Filho espiritual da Terra, dedica-se a unir o saber ancestral dos povos originários à poesia contemporânea, transformando o verbo em ponte entre mundos.

Seu trabalho ecoa a força do Rio São Francisco e o chamado dos Encantados, mantendo viva a herança cultural Kariri-Xocó em cada verso, símbolo e canção.



🌎 SOBRE A OBRA


Reinos da Galécia e Reino da Galícia – Cordel da Tradição Ibérica uma jornada poética pelos tempos da Idade Média , a filosofia e fé no espírito cristão .

Inspirado nas forças fundamentais da vida dos 

cristãos ibéricos na luta pela independência do poder mouros.

Esta obra foi inspirada e fundamentada no artigo publicado no blog “KXNHENETY.BLOGSPOT.COM", disponível em:  

https://kxnhenety.blogspot.com/2025/04/reinos-da-galecia-e-reino-da-galicia-da.html?m=0 , seguindo uma estrutura acadêmica nos moldes da ABNT e respaldada em referenciais históricos e culturais que unem a tradição oral ao conhecimento erudito.






Autor: Nhenety Kariri-Xocó 




A DESCRIÇÃO DO MUNDO ANTES DA CRIAÇÃO, DEPOIS E NO FUTURO, Literatura de Cordel






🌺 DEDICATÓRIA POÉTICA


Dedico esta narração

Aos que buscam o Mistério,

Antes do tempo e da forma,

No infinito primogênio.

Ao sopro da Criação,

Que fez da sombra o critério

E do verbo em vibração

O destino do hemisfério.


Dedico à Mãe Natureza,

Ao Pai Sol em seu clarão,

Aos anciãos da existência

Que entoam no coração.

E a quem sente a sacraliza

Do Céu em meditação,

Pois o mundo antes do mundo

Já pulsava em oração.



📜 ÍNDICE POÉTICO


1️⃣ Dedicatória Poética

2️⃣ Índice Poético

3️⃣ Abertura

4️⃣ Prólogo Poético

5️⃣ Capítulo I – Antes da Criação

6️⃣ Capítulo II – Depois da Criação

7️⃣ Capítulo III – No Futuro e a Justiça Divina

8️⃣ Capítulo IV – O Novo Céu e a Nova Terra

9️⃣ Encerramento Poético

🔟 Epílogo Poético

11️⃣ Nota de Fontes Rimada

12️⃣ Ficha Técnica

13️⃣ Sobre o Autor

14️⃣ Sobre a Obra

15️⃣ Epílogo Final

16️⃣ Quarta Capa Poética



🌄 ABERTURA


No princípio não havia

Luz, estrela, nem firmamento,

Apenas o sopro eterno

Num silêncio sem momento.

O abismo era o ventre escuro,

Matéria em pressentimento,

E o Espírito de Deus pairava

Gerando o primeiro evento.


A água era pura essência,

Semente da imensidão,

O verbo, a voz invisível,

A vibração da Criação.

Do caos surgiu a harmonia,

Da treva, a iluminação,

E o nada, em seu mistério,

Virou terra e constelação.



🔱 PRÓLOGO POÉTICO


O mundo antes do mundo

Não tinha corpo nem nome,

Era o sonho do Divino,

A centelha que consome.

Do nada brotou a forma,

E a forma acendeu o homem,

Que busca em seus pensamentos

O porquê do seu renome.


Nos livros santos da Terra

Há descrições do começo,

Uns dizem caos e trevas,

Outros, espírito e acesso.

Os apócrifos desenham

Anjos, luzes e recomeço,

Cada qual, à sua maneira,

Revela um mesmo processo.


Deus criou céus e abismos,

Sol, estrelas e mar profundo,

E em seis ciclos divinos

Ordenou todo o fecundo.

Mas há também quem proclame

Que antes já havia um mundo,

E que o Espírito pairava

No tempo que é tão fecundo.


Assim começa esta história

De ordem, fé e dimensão,

Que fala do antes e do após

E do futuro em expansão.

É viagem entre os planos,

Do Éden à renovação,

O mistério dos três tempos

Da eterna Criação.



🌌 CAPÍTULO I — ANTES DA CRIAÇÃO


1️⃣

Antes de haver firmamento,

Nem estrela nem clarão,

Era o caos, era o silêncio,

O sopro e a meditação.

Deus pairava sobre as águas,

Misteriosa gestação,

Do nada surgindo a ordem,

Do verbo, a revelação.


2️⃣

Não existia horizonte,

Nem o tempo ou direção,

O abismo era o princípio,

Sem matéria ou divisão.

O Espírito era a chama,

Que ardia sem combustão,

E o céu, pura consciência,

Vivia em contemplação.


3️⃣

Nos livros da Santa Lei

Se revela o fundamento:

A Terra “sem forma e vazia”

Aguardava o movimento.

Sobre as águas, o Divino

Preparava o nascimento

Do universo, em seu seio,

Gerando o primeiro vento.


4️⃣

Já os livros apócrifos

Cantam outra dimensão:

Antes do pó e da carne,

Existia a emanação.

Seres de luz, sem fronteiras,

Feitos só de vibração,

Dançavam no Éter antigo,

Em pura contemplação.


5️⃣

A Sabedoria eterna

Veio antes da Criação,

Conforme os textos antigos

Da herança e tradição.

Ela é filha da vontade,

E mãe da revelação,

É o sopro que acende o verbo

No seio da amplidão.


6️⃣

Não havia chão nem céu,

Nem manhã, nem ocaso ou dia,

Apenas a eternidade

Vibrando em melodia.

O que viria a ser mundo

Dormia em harmonia,

Esperando que o Verbo

Falasse e existiria.


7️⃣

Assim foi o “antes do antes”,

O mistério primordial,

Quando Deus, em pensamento,

Gerava o bem e o mal.

Mas do abismo fez-se a vida,

Do nada, o ser vital,

E o caos se fez estrutura,

Pela força divinal.


8️⃣

Pairava o Espírito eterno,

No espaço universal,

Tecendo em fios de energia

O destino elemental.

E o som da voz infinita

Tornou-se o ritual,

Dando início ao grande enredo

Da Criação celestial.



🌞 CAPÍTULO II — DEPOIS DA CRIAÇÃO


1️⃣

Quando a voz rompeu o abismo,

Tudo então se iluminou,

O céu ganhou firmamento,

E a Terra se formou.

Separou-se a água e o ar,

E o dia então começou,

Enquanto o sopro divino

No barro se inspirou.


2️⃣

Fez-se a luz, a claridade,

E as trevas se retiraram,

Os ventos foram nascendo,

Os mares se ordenaram.

No espaço, o Sol e a Lua

Como tochas se firmaram,

E os anjos, em coro eterno,

Cantando se inclinaram.


3️⃣

No segundo céu do espaço,

As estrelas se acenderam,

E os planetas girando

Suas danças escreveram.

O terceiro céu, o divino,

Os arcanjos receberam,

Onde o trono do Altíssimo

Brilha além dos que viveram.


4️⃣

Surgiram flores e frutos,

E o verde da criação,

Os rios cortando a terra

Com força e devoção.

A vida em forma de sopro

Entrou no coração

De Adão, o primeiro filho,

Feito à própria perfeição.


5️⃣

O Éden, jardim sagrado,

Abriu sua morada,

Ali o homem e a mulher

Viviam sem jornada.

Entre o tempo e o silêncio,

A alma encantada,

Conversava com o Eterno,

Na manhã perfumada.


6️⃣

Os céus tornaram-se níveis,

Cada qual com sua luz:

O da terra e dos ventos,

O do sol que reluz,

E o terceiro, o celeste,

Onde o Divino conduz

O destino das essências

E dos anjos de Jesus.


7️⃣

Os livros que são canônicos

Guardaram tal fundamento,

Mas os santos apócrifos

Acrescentam pensamento:

Falando em sete camadas,

Cada céu, um monumento,

Onde a glória se revela

Em brilho e movimento.


8️⃣

E o homem, em sua busca,

Entre o Éden e o pecado,

Foi se afastando do verbo,

Do amor, seu dom sagrado.

Mas Deus, em sua bondade,

Com plano restaurado,

Prometeu novo universo

Ao justo e iluminado.


9️⃣

Assim ficou o relato

Da Criação verdadeira:

Do verbo nasceu a vida,

Da vida, a luz primeira.

E do pó, o corpo humano,

Fez-se a imagem inteira,

Espelho do Criador

No sopro da ribanceira.


10️⃣

O mundo, agora ordenado,

Gira em sua vibração,

O tempo cumpre o desígnio

Da divina inspiração.

E no silêncio dos astros

Há uma recordação:

Que tudo veio do nada,

E voltará à Criação.



🌠 CAPÍTULO III — O FUTURO: ESCATOLOGIA CANÔNICA E APÓCRIFA


1️⃣

No livro do Apocalipse

Está o fim e começo,

O tempo que se renova,

O humano em recomeço.

Os anjos tocam trombetas,

O céu rasga o seu endereço,

E o Cristo vem entre nuvens,

Cumprindo o divino preço.


2️⃣

O sol perde o seu fulgor,

A lua se cobre em véu,

As estrelas se dispersam

E o fogo toma o céu.

A Terra geme em silêncio,

O mar se ergue cruel,

E o homem olha o espaço

Buscando o antigo troféu.


3️⃣

Os mortos ressuscitarão,

Chamados pela claridade,

O justo ergue-se em canto,

O ímpio chora a verdade.

Cada obra revelada

No livro da eternidade,

E Deus julga com justiça

Sem peso de vaidade.


4️⃣

Os profetas já diziam,

Nos tempos do antigo altar,

Que um Messias viria

O mundo pra restaurar.

Isaías viu novos céus,

Jerusalém a brilhar,

E os rios de paz eterna

Sobre o campo a brotar.


5️⃣

Os apócrifos descrevem

O mesmo fim reluzente,

Mas com visões simbólicas,

Mais vívidas na mente.

Há sete portais de fogo,

E o justo resplandecente,

Enquanto os ímpios choram

Na dor incandescente.


6️⃣

Enoque viu os arcanjos

Guardando os altos portais,

Pedro narrou tormentos

Dos abismos infernais.

Cada alma sem justiça

Passa por ciclos fatais,

Mas as puras sobem leves

Aos reinos celestiais.


7️⃣

O Apocalipse apócrifo

Pinta o quadro derradeiro,

Com rios de cristal puro,

E trono resplandece inteiro.

Os anjos tocam harpas

Num coral verdadeiro,

E o Cordeiro se assenta

Como juiz e companheiro.


8️⃣

No futuro, após o caos,

Virá a renovação:

O mal será consumido

Pela santa vibração.

E Deus fará nova casa,

Em luz e contemplação,

Onde o tempo não existe

Nem dor nem separação.


9️⃣

O homem verá seu rosto

Refletido em claridade,

Pois a alma que é divina

Retorna à eternidade.

Do pó nascerá o espírito,

Do espírito, a unidade,

E o universo se dobra

À suprema liberdade.


10️⃣

Assim termina o destino

Das eras e dos mortais:

O amor será o governo,

Os céus, reinos imortais.

E os que creem na promessa

Voarão em planos tais,

Que o infinito se curva

Aos gestos angelicais.



🌈 CAPÍTULO IV — O NOVO CÉU E A NOVA TERRA


1️⃣

Depois da última aurora,

Tudo então se refaz,

Deus enxuga toda lágrima,

E o pranto torna-se paz.

O novo céu se descobre,

O novo mundo é eficaz,

E a cidade luminosa

Do alto desce em tenaz.


2️⃣

Jerusalém, santa e viva,

Coroada em esplendor,

Tem ruas de puro ouro

E muros de resplendor.

Não há templo nem vigília,

Pois o próprio Criador

É a luz que nunca apaga,

É presença e é amor.


3️⃣

O mar já não tem espuma,

Nem morte, nem maldição,

A vida é eterna festa

De pura realização.

As vozes se unem plenas

Num hino em vibração,

E o cosmos inteiro canta

A divina redenção.


4️⃣

Os livros santos afirmam

Que o corpo se renovará,

O pó voltará ao brilho,

A carne se elevará.

E os anjos abrem portais

Onde a alma entrará,

Revestida em nova essência

Que nunca mais findará.


5️⃣

O apócrifo amplia a cena

Com visões além do véu,

Sete céus se sobrepõem

Em camadas de anel.

Cada um tem seu portal,

Guardado por Gabriel,

E o justo sobe em glória

Até o trono do Eterno Céu.


6️⃣

Há jardins de esmeralda,

Há rios de seiva azul,

E o trono é de cristal vivo,

Onde o Cordeiro é luz.

Nenhum sol se faz preciso,

Pois é o Amor que conduz,

E o tempo dorme tranquilo

Na eternidade transluz.


7️⃣

O novo céu não conhece

Nem dor, nem separação,

Lá o lobo e o cordeiro

Brincam na mesma amplidão.

Não há guerra, não há fome,

Nem lágrima ou solidão,

Pois o verbo é pura música

E a vida é oração.


8️⃣

Deus habita entre os homens,

Sem templo, véu ou altar,

A presença é permanente,

Ninguém precisa esperar.

O universo é comunhão,

E o ser aprende a amar,

Pois no centro da existência

A luz veio habitar.


9️⃣

Tudo se faz unidade,

Matéria e alma em flor,

O cosmos pulsa no ritmo

Do divino resplendor.

Cada estrela é testemunha

Do eterno Criador,

Que na obra consumada

Revela o próprio amor.


10️⃣

E assim o ciclo se fecha

Com o selo universal:

Antes, depois e no futuro,

O princípio é imortal.

O céu, a terra e o homem

São faces do mesmo ideal,

Que nasce no seio eterno

Do Amor primordial.



🌿 Encerramento Poético — “A Canção do Retorno”


No fim da senda divina,

O verbo em luz se refaz,

A criação se inclina,

No templo do Eterno Paz.

O fogo, a água e o vento,

Se unem num só momento,

Num cântico ancestral,

Ecoando o firmamento.


O homem, pó e centelha,

Percebe a origem sua,

Na estrela que lhe espelha,

A face da eterna lua.

E o sopro que antes cria,

Agora é melodia,

Que embala o coração,

Na aurora da harmonia.


Os rios da consciência,

Correm rumo à eternidade,

Transbordando a essência,

Da divina unidade.

A Terra, mãe fecunda,

Retoma a forma profunda,

Do amor que tudo renova,

Na roda que o tempo inunda.


E o poeta, em silêncio,

Depõe sua pena e o ser,

Pois sabe que o princípio

É o mesmo do renascer.

Tudo é ciclo, é corrente,

Do Alfa ao Ômega presente,

Na dança do Criador,

Que é o fim e o nascente.



🌕 Epílogo Poético — “A Voz dos Elementos”


Disse o Fogo: “Eu ilumino,

Os segredos da Criação,

Sou verbo, sou destino,

Sou chama do coração.”


Disse a Água: “Eu transbordo,

Na vida que corre em ti,

Sou lágrima e sou acordo,

Sou o útero de onde nasci.”


Disse o Ar: “Sou o sopro,

Do Espírito universal,

Sou o canto dos profetas,

Sou a brisa original.”


Disse a Terra: “Eu sustento,

A carne e o firmamento,

Sou mãe e sou altar,

Sou templo do pensamento.”


E juntos disseram: “Somos,

A unidade do Ser,

Os quatro que em um se formam,

No eterno renascer.”



📜 Nota de Fontes Poética


Este canto vem de outrora,

Dos livros e do coração,

Da Bíblia e dos Apócrifos,

Da fé e da inspiração.


Das vozes dos ancestrais,

Que ecoam nas tradições,

Dos sábios, monges e rituais,

Das antigas revelações.


De Moisés a João sagrado,

De Enoque ao Cristo amado,

Da Pérsia à Terra de Sião,

Da luz ao verbo encarnado.


Das preces e dos salmos,

Das estrelas em comunhão,

Das letras que são calmas,

E da pura meditação.


Assim nasceu este cordel,

Entre o céu e o papel,

Como um cântico universal,

De raiz, alma e cristal.


💫 Conclusão Espiritual do Conjunto:

O ciclo está completo — da Criação à Transfiguração, da Palavra ao Silêncio.

Tudo o que foi dito em verso se eleva agora como oferenda simbólica à unidade do Espírito, que é Pai, Mãe e Criação.



📘 Ficha Técnica Poética


Título: Descrição do Mundo Antes da Criação, Depois e no Futuro, Literatura de Cordel 

Autor: Nhenety Kariri-Xocó

Origem: Povo Kariri-Xocó – Porto Real do Colégio, Alagoas, Brasil

Gênero: Literatura de Cordel – Espiritualidade 

Edição: 1ª Edição – Edição de Autor

Ano: 2025

Formato: Livro-cordel em A5 vertical

Ilustração e Diagramação: ChatGPT (assistente virtual)

Revisão e Curadoria: Nhenety Kariri-Xocó

Produção Digital e Gráfica: Projeto Blog Cultural Kariri-Xocó 

Publicação Digital: KXNHENETY.BLOGSPOT.COM 



🌅 Epílogo Final — “O Silêncio Depois do Verbo”


Após o canto dos mundos,

Resta a brisa em oração,

Pois o som que tudo cria

Volta à pura vibração.

O universo adormece

No ventre da criação,

E Deus sorri no reflexo

Da própria contemplação.


Nada finda, tudo gira,

No ciclo do renascer,

O que foi, será de novo,

Como o rio e seu correr.

O tempo é o grande espelho

Do eterno compreender,

E o fim é só o começo

De um novo amanhecer.


Assim o cordel repousa,

Entre verbo e quietude,

Guardando no coração

A divina plenitude.

Quem o ler com alma aberta

Sentirá a magnitude

Do mistério que se encerra

Na luz da infinitude.



🕊️ Quarta Capa Poética — “O Círculo Eterno da Criação”


Do caos nasceu o verbo,

Do verbo, o sopro e a cor,

Da cor, o mundo desperto,

Da terra, o semeador.

E tudo o que foi criado

Reflete o mesmo amor:

O ciclo do ser divino,

Do pó ao resplendor.


Quem abre este livro adentra

O ventre da imensidão,

Onde o passado é semente,

O futuro, germinação.

Entre a sombra e a centelha,

Há uma só direção:

O retorno ao eterno centro

Da pura Criação.


Assinatura no rodapé: Nhenety Kariri-Xocó 


🌿 Sobre o Autor — “Filho do Verbo e da Terra”


Nhenety Kariri-Xocó é poeta, pesquisador e guardião da memória ancestral.

Pertence ao povo originário Kariri-Xocó, onde aprendeu que o verbo é sagrado e a palavra é rezo.

Seu caminhar entre a tradição oral, a filosofia mística e os estudos espirituais o levou a unir o cordel à cosmovisão universal da Criação.

Escreve não para explicar o mistério, mas para recordá-lo.

Seu canto é ponte entre o céu e a terra, entre o homem e o divino, entre o tempo e o silêncio.


“Sou apenas o sopro que escreve,

O pó que sonha o infinito,

O verbo que se refaz em luz

No coração do espírito.”


🌌 Sobre a Obra — “Um Cordel Entre Céus e Tempos”


A Descrição do Mundo Antes da Criação, Depois e no Futuro é um cordel que une fé, filosofia e tradição.

Inspirado nas Escrituras Canônicas e Apócrifas, é uma jornada poética pelo mistério dos três tempos: o Antes, o Depois e o Porvir.

A obra dialoga com o Gênesis, o Apocalipse e os livros esquecidos do espírito, transpondo-os para o ritmo da rima nordestina.

Cada verso é um espelho do cosmos, onde o verbo se transforma em criação.


Este cordel não é apenas leitura — é meditação em poesia.

É o som do verbo antes do som, a lembrança do eterno no coração do leitor.

Sua função não é encerrar o mistério, mas convidar à comunhão com ele.


“O mundo é um poema em andamento,

E Deus, o poeta que não cessa de rimar.”





Autor: Nhenety Kariri-Xocó