domingo, 30 de dezembro de 2012

EXPLICAÇÕES DE ALGUNS TORÉ


JUAZEIRO VERDE


Cadê Juazeiro verde
Tão verde na baixa vertente
Tão verde na baixa verde
A mará (é ruim)
Ai pá (derrubar a árvore)

O juazeiro é a esperança, o descanso. É uma
árvore que tem raízes profundas na terra, mas
se cortar o juazeiro, as fontes das nascentes,
fazem secar o rio. O branco escravizou o índio
levando-o para o engenho de cana-de-açúcar.
O índio foi embora, mas com a esperança de
ver o Juazeiro um dia.

NINHO NU WONHÉ (ÍNDIO QUER CANTAR)


(Índio, índio quer cantar
O baiano quer dançar) Bis
(Me respondeu a Cauã
O passarinho tá chamando) Bis

O índio gosta de cantar Toré, na luta. Encontrou
o negro da Bahia que dançava muito o jogo
de pernas, naquele momento o pássaro Cauã
cantou, eles entenderam que o pássaro mandou
o negro e o índio unirem-se na luta.

O L  L  (Lá lá i rá cabelo da terra pequena)
Para cima pro sertão (Dona Tereza)
Dona Sereia eu vou me embora
Boywyró (vamos embora) Bora girar!


Nhenety  Kariri-Xocó


TORÉ KARIRI-XOCO NA LINGUA PORTUGUESA II

OLÊ CAWÃ ( Toré da Cawãzinha )

Cawã espécie de Gavião
OLÊ CAWÃ
IA CAWÃ DA CAWÃZINHA
OLÊ CAWÃ
E O BIQUINHO DA CAWÃ
OLÊ CAWÃ
E A AZINHA DA CAWÃ
OLÊ CAWÃ
E A PERNINHA DA CAWÃ
OLÊ CAWÃ.



FONTE    http://www.indiosonline.net/ole_cawa_tore_da_cawazinha/   ,      ,

JURUMBÁ ( Toré na Lingua Kariri-Português)

Toré do Jurumbá
CÁ BYKÉ WIDOBAE AÍ BY JURUMBÁ
Chamar irmã bonita o pé dançar
YAHÉ YANÉ BÁ
Voz de homem estar afiada ficar.
Nhenety Kariri-Xocó.

http://www.indiosonline.net/jurumba_quinto_canto_kariri_portugues/

CANTO TRADIÇÃO EDUCATIVA


Cantor de Toré Ensinando na Escola
Alunos(as) dançando o Toré Aula Cultural
   Os velhos e os adultos são espelhos no
desenvolvimento do estilo de cantar e dançar o
Toré. O Toré, pela beleza, fortaleza e proteção que existe
na música indígena, abrange o mundo cultural da tribo. Porque
aquele estilo observado pela criança quando o adulto cantava,
harmonizou o grupo, dando alegria, pela boa colheita do feijão, pela boa
caçada ou pescaria. É o canto do Toré que simboliza a alegria do dever
cumprido, por seguir uma tradição onde todos comemoram que a tribo
está viva enquanto povo. O pescador que empreendeu uma boa pescaria
oferece no Toré o produto do seu trabalho, quando todos os presentes,
comem agradecendo a pessoa abençoada pela tradição da pesca, que
ele aprendeu com dedicação e vocação e a tribo se beneficiou,
pois foi comprovada sua atividade na cultura.

O COCAR É MINHA CASA
O cocar é minha casa
A maracá meu coração
A xanduca um instrumento
Um instrumento de união
Ou lei lá rá
A reiá ráá




Quando o índios
viaja fora da aldeia: o cocal é
o seu abrigo, o maracá, bate com
o seu coração, ele acende o cachimbo
Xanduca, que atrai
índios de sua tribo e de outras tribos
para uma união.

FITA VERDE
Minha gente venham ver.
Os caboco como canta!
Com um lacinho de fita verde,
Amarrado na garganta
Ou lei lá rá
A reiá rá

O índio, o caboco do
Nordeste, não fala mais a língua
materna, mas ainda temos o canto.
Através do Toré, nossos antigos se
comunicavam. Nós fomos obrigados a
falar português e aceitar a língua do
colonizador representa na letra do Toré
o laço de fita verde amarrado na
garganta.

GOSTO DE CANTAR
Estou cantando o meu Toré
Porque, eu gosto de cantar!

TORÉ NO PÉ CRUZEIRO JUREMA
Lá no pé do Cruzeiro Jurema
Eu danço com o meu maracá na mão
Pedindo a Jesus Cristo
Com Cristo no meu coração
Hááá
Eeia rá reiá
A reiá reiá rá

Quando os
jesuítas chegaram na tribo,
colocaram um cruzeiro de jurema
e catequizaram os índios na cultura
cristã, mas o índio já cantava a sua
tradição com o seu maracá e Jesus
Cristo ficou em seu coração.

Nhenety Kariri-Xocó




CANTO E DANÇA DO TORÉ

Homens e Mulheres Dançando em Circulos
DANÇA CIRCULAR
A forma de dançar o canto acompanha os
movimentos dos fenômenos, a estrutura arredondada da
Terra, Sol e Lua. Com as mãos dadas no Toré temos a união grupal
pela tradição, pisando no solo sagrado com pingos de suor, no esforço
coletivo de afirmação étnica Kariri Xocó.
A vida é um círculo naquele momento marcado
pelas pessoas presentes e a tradição educativa será continuada no
futuro por outros índios da tribo. O cenário será outro pelo quadro conjuntural,
mas os princípios indígenas vem de uma tradição milenar.
Cantar e dançar por prazer, lazer e espiritualidade.

O QUE O CANTO TRAZ
Para haver um Toré, é necessário ter um motivo de alegria.
Na agricultura, por exemplo, os agricultores, aprenderam a
atividade com outras pessoas da tribo, mas ele só será
reconhecido pelo grupo, quando plantar, cuidar da lavoura e pedir as
bênçãos do Deus Criador, para ter uma boa colheita e apresentar no Toré,
o milho bonito e saudável. Grande é o agricultor, além de ser um bom chefe de
casa, é também uma pessoa dedicada à sua religião em pedir à chuva, além de
presentear o grupo do Toré para comprovar a tradição perante a tribo. O canto atesta
o sucesso de qualquer atividade cultural, artesanato, cerâmica, caça e pesca,
sendo como a esperança, como diploma aprovativo para aquela vocação exercida.

OBJETOS DO CANTO
Temos o maracá, instrumento de cuité, que inicia o
ritmo do canto, o búzio, uma trombeta de facheiro, que marca a
cadência do som - dois elementos produzidos segundo modelo cultural,
pelo artesão para esta finalidade musical. Cantar Toré começa até mesmo antes
de nascer, porque a gestante com a criança no ventre passa ao filho as
emoções para o futuro componente tribal. Após o nascimento existe um Toré
anunciando o novo membro da Tribo que receberá um nome e será reconhecido
socialmente pelos parentes com uma dança. Portanto, a música está presente em todo
acontecimento, constituindo o mundo cultural indígena,
veículo expressivo e comunicativo.

Nhenety Kariri-Xocó


ALDEIA KARIRI-XOCÓ



A ALDEIA

Escola Indígena Pajé Francisco Suíra


Nossa tribo está localizada no município
de Porto Real do Colégio, sul do estado de Alagoas,
na região do baixo São Francisco. Temos 750 famílias,
de várias etnias, entre elas: Kariri-Xocó, com uma organização
social estruturada com Lideranças, Caciques, Pajés, Conselho
Tribal, Chefes de Famílias, Chefes de Casa e a Comunidade. Além
dessa aldeia temos outra que fica há 6 km, na Mata do Ouricuri, onde o
grupo se desloca para o ritual religioso. Ainda temos um Posto de Saúde, uma
Estação de Tratamento de Água, Sanitários em todas as casas e, em frente à
Aldeia, no porto, tem canoas de pescadores.

A ESCOLA

Temos dois prédios, ambos levam
o nome de Escola Pajé Francisco Queiroz
Suira, em homenagem à uma antiga liderança
que assumiu o posto de pajé com apenas 16 anos
de idadee governou o grupo Kariri Xocó durante
64 anos. Porém, a escola indígena não eqüivale só
aos prédios. O quadro é o cenário natural, onde os
animais, plantas, e o rio são reais, vivos, fazendo
parte da tradição. O que a sociedade nacional
chama de educação, nós chamamos tradição.
O Toré traz o relato desses eventos, no
tempo e no espaço.

Os Cantos e Danças do Toré



Os cantos representam os fenômenos culturais e sociais, em que os pássaros,
Animais e sentimentos são citados como uma vivência ocorrida, num determinado
momento. O termo Toré provém do Tupi, instrumento de sopro usado no
canto. As músicas contemplam temas variados, a chegada da chuva, a despedida,
a resistência, a colheita e a força da fé. As danças são os movimentos desses
fenômenos, num mundo tribal, onde a Terra é a base de tudo, com seu ritmo, forma
circular e ondular, na qual homens e mulheres, de todas as idades, participam
da união entre Povo, Natureza e o Ser Superior.
Cada canto e dança registra um foco da cultura, agradecimento,
esperança e segurança grupal trazidos através dos cantos
do Toré, do mutirão e dos cantos domésticos.

Nhenety Kariri-Xocó


CANTANDO AS CULTURAS INDÍGENAS

Kariri-Xocó na Escola Indígena
Dançando o Toré na sua própria Escola Indígena
Nós, indígenas do Nordeste, temos muito em comum em nossas tradições. As invasões e os
massacres começaram pelo Nordeste e por isso, temos a força e a inteligência da resistência em
nossas culturas. Muitas etnias foram agrupadas pela Igreja em aldeamentos multiétnicos, tanto
para roubar as terras como para facilitar o domínio. Entre as seis etnias que fazem parte deste
trabalho, podemos perceber as expressões musicais: Toré, Porancy e Toante.

Tradicionalmente, os cantos indígenas pulsam nas comunidades mantendo vivas nossas
culturas. Os invasores tentaram nos silenciar . Tentaram exterminar todos os povos indígenas,
mas resistimos também através dos cantos. Na musicalidade de cada povo também vive a
memória de cada identidade.

Nos dias de hoje, para muitas comunidades do Nordeste, o cantar mantém viva a chama das
culturas. Os cantos são canais de afirmação e de revitalização. Os cantos são também canais
pedagógicos para essas comunidades e para as lutas pelos direitos coletivos dos povos
tradicionais.

Os cantos funcionam para comemorar e traduzir fatos históricos, pontos geográficos, animais
das florestas e a vida indígena, em sua essência. Os cantos são praticados por pessoas de todas
as idades: da criança ao ancião. Podemos observar que os cantos falam dos pássaros, da dor,
do sofrimento, dos louvores à espiritualidade e dos ritos, comemorando os momentos mais
importantes dos povos, como festas, aniversários, casamentos, mutirões, colheitas, caçadas...
Nesta cartilha, partilhamos reflexões da dimensão pedagógica dos cantos. Aqui, professoras
e professores indígenas, dividimos conteúdos ricos da sabedoria tradicional através de nossa
criatividade e metodologia de ensino.

Os cantos são excelentes canais do ensino diferenciado, com repertório, muitas vezes bilíngue,
de uma língua não mais falada. Na arte musical do Toré, do Porancy ou do Toante, ao cantarmos
no dialeto nativo, estamos fortalecendo a cultura indígena. Atravessamos os tempos da história
chegando aos dias atuais com uma força de afirmação étnica e de reconhecimento de nossos
direitos sobre as nossas terras educação e saúde diante do Estado Brasileiro.

Neste trabalho, muitos cantos estão no idioma nativo de dois troncos linguísticos: Tupi e Macro-
Jê, mas é comum encontrar as músicas indígenas na língua portuguesa, resultado da presença
da Companhia de Jesus no Nordeste, que proibía as práticas culturais dos povos das Américas.
De primeiro, os cantos eram praticados na Natureza, depois nas aldeias e nas roças; hoje, são


praticados também nas salas ou e nos pátios das escolas indígenas. Os professores e os alunos
estão mudando o ensino indígena, valorizando anciões, adultos e mestres cantadores de Toré,
Toantes e Porancy, uma resistência onde os antepassados indígenas, primeiros habitantes
desta terra, estão presentes.

Encontrar povos indígenas com essas tradições de Toré, Toantes e Porancy merece nossa
especial atenção. Os índios são grandes heróis da resistência, morando em comunidades e
resguardando áreas de Mata Atlântica, Caatinga e outros tipos de florestas.

Muitos povos ainda estão buscando o reconhecimento de suas terras ou parte de seus
territórios roubados; muitos que já foram até transformados em cidades. Fazendo este livro
com CD “Cantando as Culturas Indígenas” estamos colaborando na preservação dos nossos
Patrimônios e do Patrimônio Cultural da Humanidade. Estamos, inclusive, partilhando material
didático necessário às escolas das aldeias de hoje.

Os cantos indígenas demonstram várias fases da presença nativa ao longo da história,
seja anterior à colonização ou a partir dos ciclos da cana de açúcar nos engenhos e da
evangelização feita pelos jesuítas, no período da implantação da criação de gado no Vale do
Rio São Francisco. O Porancy, o Toantes e o Toré também expressam os fenômenos naturais,
da chegada das chuvas, as colheitas, até o agradecimento aos Deuses pela fartura. Isso são
registros históricos socioculturais dos indígenas na vida da Mãe Terra.

Nhenety Kariri-Xocó.


PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INDIGENA

Mestre de Toré ensinando a tradição do Toré na escola
“O professor ou a professora da Educação Escolar Indígena é aquele(a) que
aprende, que mostra e que lembra. Existimos hoje graças aos nossos ancestrais,
logo, devemos cantar para a tradição continuar.

Os jesuítas, o poder do Clero, da Monarquia, das Forças Armadas, dos Governos,
entre outros, tiraram parte da cultura indígena do Nordeste, através da imposição
de leis e da educação. Agora através da Nossa Educação, nós vamos resgatá-la.

Nós somos os construtores e construtoras da educação que queremos para
nossos descendentes. Devemos cantar e gravar para que os jovens ouçam,
cantem e dancem.
É cantando que se aprende a viver!”

Nhenety Kariri-Xocó


sábado, 29 de dezembro de 2012

TORÉ KARIRI-XOCÓ NA LINGUA PORTUGUESA III

É DA CAVALERIA ( Canto do lutador )

O Índio gosta de Cavalo no Rio São Francisco
EU FUI SARGENTO DA CAVALERIA
EU FUI SARGENTO DA CAVALERIA
EU SOU SARGENTO É DA CAVALERIA
EU FUI SOLDADO DA MARGEM DO RIO
EU FUI SOLDADO
É DA CAVALERIA.

DONA TEREZA ( Toré do Sertão)

DONA TEREZA EU VOU EMBORA
DONA TEREZA EU VOU EMBORA
OU LÁ PRA CIMA DO SERTÃO
EU VOU EMBORA .

CABOCA DA CAFURNA


AS CABOCA DA CAFURNA
ELAS DANÇA DE MARACÁ
AS CABOCA DE COLÉGIO
ELAS DANÇA COM PREVELÉGIO
AS CABOCA DA COLONHA
ELAS DANÇA COM CERIMÕNIA
AS CABOCA DE SÃO PEDRO
ELAS DANÇA SÓ COM RESPEITO
AS CABOCA DO TINGUÍ
ELAS NÃO VAI FUGIR.

LAÇO VERDE ( Toré em Português )

MINHA GENTE VENHAM  VER
OS CABOQUINHO COMO CANTA
COM UM LACINHO DE FITA VERDE
AMARRADO NA GARGANTA
OU LÊ DCHÁ
HÁ LÁ LÁ LÁ LÁ
LÁ LÁ RÁ
LÁ RÁ .


Nhenety Kariri-Xocó.


FONTE    ,   http://www.indiosonline.net/e_da_cavaleria_canto_do_lutador/   ,   http://www.indiosonline.net/dona_tereza_tore_do_sertao/   ,   http://www.indiosonline.net/laco_verde_tore_em_portugues/   ,





























































TORÉ KARIRI-XOCO NA LINGUA PORTUGUESA I

MEU AMIGO NA VERDADE


MEU AMIGO NA VERDADE
EU AGORA VOU LHE FALAR
AQUI ESTAR OS CABOUQUINHO
NÃO DEIXA ELES PASSAR MÁ
OU LÊ LÊ
EUÁ Á
Bis
Bis

 

NÃO QUERIA VIM


EU BEM NÃO QUERIA VIM
MAS MANDARAM ME CHAMAR
PRA CANTAR ESSE TORÉ
NA FESTA DO ARRAIÁ
HEI RÊ A REIA RÊ A
Bis
Bis

KARIRI-XOCÓ

Aldeia Kariri-Xocó vista de longe
EI KARIRI-XOCÓ
ONDE NASCI E ME CRIEI
EU TENHO SAUDADE
QUE AINDA VOLTAREI
TENHO MEU ARCO E FLECHA
MEU COCAR E MEU COLAR
FAÇO REPRESENTAÇÃO
DA ORIGEM KARIRI
Bis
Bis

 

 

 

FULOU DA JUREMA

EU VOU VER FULOU DA JUREMA
EU VOU VER FULOU DA JUREMA
MAIS EU VOU BUSCAR
A FULOU DA JUREMA
Bis
Bis

FAZ CHOVER


MEU DEUS EU TE PEÇO
PARA AQUI CHOVER
NESTA TERRA
PARA AQUI CHOVER
NESTA TERRA
Bis
Bis

RAPAZ DESENHISTA

SE SOUBESE QUE TU ERAS
UM RAPAZ TÃO DESENHISTA
DESENHAVA A MINHA ALDEIA
NA ILHA DE MARAJÓ
A REIA REIA RIÃ RÊ
A REIA REIA YÃ Á
Bis
Bis

VALEIME NOSSA SENHORA

Nossa Senhora da Conceição da Aldeia
VALEIME NOSSA SENHORA
VALEIME NOSSA SENHORA
NOSSO PAI NOSSO SENHOR
NOSSO PAI NOSSO SENHOR
OU LÁ LÁ Ê OI LÊ LÊ
Á LÁ LÁ OI LÊ LÊ
Bis
Bis .

CABOCO ÍNDIO

CABOCO ÍNDIO
O QUE ESTAR FAZENDO AQUÍ
EU ANDO PRO TERRA ALHEIA
PROCURANDO MINHA CIÊNCIA
OU CABOCO ÍNDIO
OU LÁ LÁ LÊ LÊ .

MEU PRIQUITINHO DO MARACANÃ
MEU PRIQUITINHO DO MARACANÃ
MEU PRIQUITINHO DO MARACANÃ
OU O PASCA VOA
A VOA PELO AR .

PAPAGAIO AMARELO ( Canto da Serra )

PAPAGAIO AMARELO
QUE COMEU NA CHÃ DA SERRA
BATE PALMA E DIGAM VIVA
QUE OS ÍNDIOS ESTÃO NA TERRA
OLÊ LÊ LÁ RÁ LÁ RÁ
IOU LÊ LÊ LÁ RÁ LÁ RÁ .

O COCAL É MINHA CASA

Cocal é a Casa do Índio quando ele viaja
O COCAL É MINHA CASA
A MARACA MEU CORAÇÃO
A XANDUCA É UM INSTRUMENTO
UM INSTRUMENTO DE UNIÃO
OLÊ LÁ RÁ
Á LÁ RÁ LÁÁ
OLÊ LÊ LÁ LÁ
Á LÁ LÁ Á Á .

Nhenety  Kariri-Xocó 









FONTE     http://www.indiosonline.net/meu_amigo_na_verdade/    ,   http://www.indiosonline.net/nao_queria_vim/   ,   http://www.indiosonline.net/kariri_xoco/   ,   http://www.indiosonline.net/fulou_da_jurema/    ,   http://www.indiosonline.net/faz_chover/   ,   http://www.indiosonline.net/rapaz_desenhista/   ,   http://www.indiosonline.net/valeime_nossa_senhora/  ,   http://www.indiosonline.net/caboco_indio/   ,   http://www.indiosonline.net/meu_priquitinho_do_maracana/   ,   http://www.indiosonline.net/papagaio_amarelo_canto_da_serra/   ,   http://www.indiosonline.net/o_cocal_e_minha_casa/   ,
































































































UBI MARÁ ( Toré na Lingua Kariri )


UBI MARÁ

Toré em São João

UBI Á MARÁ Á
Á MARÁ Á
Á MARÁ Á
REIA Á
Bis
Bis

OU LÊILA

OU LÊILA LÁ LÁ LÊ LÊ
OU LÊILA LÁ LÁ LÁ LÁ
OU LÊILA LÁ LÁ LÊ LÊ
OU LÊ LÊ LÁ LÁ
Bis
Bis

OU LÊ


OU LÊ
OU LÊ LÊ LÁ LÁ
REIA Ê REIA Á
Bis
Bis

OI DCHÁ

OI DCHÁ LÁ LÁ LÊ LÊ
OI LÊ LÁ LÁ LÁ LÁ
OI LÊ LÁ LÁ LÊ LÊ
OI LÊ LÊ LÁ LÁ .


Nhenety Kariri-xocó.


http://www.indiosonline.net/ubi_mara/   ,   http://www.indiosonline.net/ou_leila/   ,   http://www.indiosonline.net/ou_le/   ,   http://www.indiosonline.net/oi_dcha/  ,      

CANTOS DE MUTIRÃO KARIRI-XOCÓ III

TININHA PEGA EU ( Canto de Multirão )

OU LÊ LÊ TINA TINA TINA
OU LÊ LÊ
TINA TÁ TÁ TÁ
Bis
Bis

OU PAPAI ( Canto de Multirão )

OU PAPAI CADÊ MAMÃE
CADÊ MEU FILHO
MEU DEUS
Bis
Bis


FULOU DO MAMELEIRO ( Canto de Multirão )

A FULOU DO MAMELEIRO
TIRIRICA CORTOU CORTOU CORTOU
Bis
Bis



EIDCHÁ Ê ( Canto de Multirão )

EI DCHÁ Ê EIDCHÁ Ê
EIDCHÁ Ê OU DCHÁ OU DCHÁ
Ê OU
Bis
Bis



OU LIRÁ ( Canto de Multirão )

OI LIRÁ PASTA BODCHÊ
MAS OU LIRÁ
PASTA BOIDCHÁ
Ê OI
Bis
Bis


TIRA MORENA ( Canto de Multirão )

TIRA MORENA O CAROSO
VOCÊ TIRA O AMOR DOS OUTROS
MAS DE MIM VOCÊ NÃO TOMA
SE VOCÊ TOMAR
AMANHÃ EU VOU BUSCAR
PISA MORENA NO CAROÇO DO JUAR
SE VOCÊ TOMAR
AMANHÃ EU VOU VER
PISA MORENA NO CAROÇO DO DENDÊ .


PASSARINHO VERDE ( Canto de Multirão )

OI MEU PASSARINHO VERDE
ONDE É QUE VOCÊ MORA
EU VOU BEBER
NA FLOR DA JURUBEBA
Bis
Bis


ALAGOANA ( Cantos Multirão)

Ê Ê OI ALAGOANA Ê
SÓ ME CASO COM VOCÊ LAGOANA
Ê Ê OI
Bis
Bis

MINHA LAVANDEIRA

MINHA LAVANDEIRA
CADÊ SUA NAMORADA
BONINA ROUCHA LAVADA
SERENA DA MADRUGADA
EU VI MEU LOURO



CAPINEIRA DO PAPAI

O Capim é o Cabelo da Terra


FALA CAPINEIRA DO PAPAI
NÃO CORTA TEU CABELO
QUE ASSIM JÁ É DEMAIS
Ê DCHÁ Ê OI
Bis
Bis

CABOUQUINHA DA PALMEIRA

Ê Ô Ô
EU VOU ME EMBORA DESTA TERRA
CABOUQUINHA
DEIXA O MEU PRA TRABALHAR
Ê OU OU DCHÁ
Bis
Bis .

CANTOS DE MULTIRÃO


MEU CARNEIRO ( Canto de Multirão)
CARNEIRO DEU DEU
NÃO DEU NÃO DAR
CARNEIRO DEU DEU
NÃO DEU NÃO DAR
Bis
Bis


Nhenety Kariri-Xocó.






FONTE :  http://www.indiosonline.net/tininha_pega_eu_canto_de_multirao/    ,   http://www.indiosonline.net/ou_papai_canto_de_multirao/    ,   http://www.indiosonline.net/fulou_do_mameleiro_canto_de_multirao/   ,   http://www.indiosonline.net/eidcha_e_canto_de_multirao/   ,   http://www.indiosonline.net/ou_lira_canto_de_multirao/  ,   http://www.indiosonline.net/tira_morena_canto_de_multirao/    ,   http://www.indiosonline.net/passarinho_verde_canto_de_multirao/   ,   http://www.indiosonline.net/alagoana_cantos_multirao/   ,   http://www.indiosonline.net/minha_lavandeira/   ,  http://www.indiosonline.net/capineira_do_papai/   ,   http://www.indiosonline.net/cabouquinha_da_palmeira/   ,   http://www.indiosonline.net/cantos_de_multirao/   ,














sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

CANTOS DE MUTIRÃO KARIRI-XOCO II

PEREIRO PAU PEREIRO ( Canto de Multirão )

PAU PEREIRO PAU PEREIRO
PAU DA MINHA OPINIÃO
TODA FLOR MUCHA E CAI
SÓ DO PAU PEREIRO NÃO
Bis
Bis

MANO EU VIM ( Canto de Multirão )


Mutirão de Limpeza da Rua

MANO EU VIM PRÁ VADIÁ
MANO EU VIM PRÁ VADIÁ
Bis
Bis

PATURI ( Canto de Multirão )

PATURI O QUE ANDAS FAZENDO
AO REDOR DESTA LAGOA
QUEM TEM GALINHA
TEM PATO
QUEM TEM ASA
CAI NO LAÇO
QUANTO MAIS QUEM NÃO AVOA
PATURI DAS ALAGOAS
Bis
Bis

SUBIDA DA LADEIRA ( Canto de Multirão )

MANDEI SOLTAR UM ABOIO
PELO MESTRE ABOIADOR
NA SUBIDA DA LADEIRA
ONDE MORA MEU AMOR
Bis
Bis

DOIS OURO ( Canto de Multirão )



DOIS OURO
DOIS OURO
DOIS OURO
MEU BARALHO
DOIS OURO
Bis
Bis


MEU PALMEIRAR ( Canto de Multirão )

MEU PALMEIRA MEU PALMEIRAR
DA VACA EU QUERO O LEITE
DO LEITE EU QUERO A PAPA
DO COQUEIRO EU QUERO O COCO
DA PALMEIRA EU QUERO A PALMA
MEU PALMEIRA MEU PALMEIRAR
Bis
Bis

MÃE DA LUA FALA (Canto de Multirão )

QUANDO A MÃE DA LUA FALA
Ê OI
OU DCHÁ LÊ LÊ
QUANDO A LUA FALA
Ê DCHÁ Ê OI Ê OI
Bis
Bis

SERRA DA BANDEIRA ( Canto de Multirão )

Ê OI VI A SERRA DA BANDEIRA
Ê OI MINHA TERRA EMBANDEIRAR
Bis
Bis

EU VOU HELENA ( Canto de Multirão )

VOU MIM EMBORA
VOU MIM EMBORA HELENA
EU VOU HELENA
TÃO CEDO EU NÃO VENHO CÁ
HELENA
EU VOU HELENA


Nhenety Kariri-Xocó.


FONTE :  http://www.indiosonline.net/pereiro_pau_pereiro_canto_de_multirao/     ,   http://www.indiosonline.net/mano_eu_vim_canto_de_multirao/   ,   http://www.indiosonline.net/paturi_canto_de_multirao/   ,   http://www.indiosonline.net/subida_da_ladeira_canto_de_multirao/   ,  http://www.indiosonline.net/dois_ouro_canto_de_multirao/   ,   http://www.indiosonline.net/meu_palmeirar_canto_de_multirao/   ,   http://www.indiosonline.net/mae_da_lua_fala_canto_de_multirao/   ,   http://www.indiosonline.net/serra_da_bandeira_canto_de_multirao/   ,   http://www.indiosonline.net/eu_vou_helena_canto_de_multirao/   ,




















CANTOS DE MUTIRÃO KARIRI-XOCÓ I


Canto de Rojão em 23 de Junho 2013
Os indígenas Kariri-Xoco que localizam-se no municípios de Porto Real
do Colégio e São Braz, Alagoas tem nas tradições, o trabalho em Regime
de Multirão, seja na limpa da roça, construção da casa de taipa(agora
alvenaria), colheita da safra agrícola, na caça, pesca, plantio de
arroz. O Mutirão instituição social caracteriza pelo trabalho coletivo
de várias famílias entre-ajudar a outra para concluir uma tarefa
grande em um so dia, vem acompanhado com os "Cantos de Rojão". Para
entender como funciona os Cantos de Rojão, os homens trabalham em 6 a
8 pares cantando com 1ª e 2ª Voz, formando "Duplas de Cantos", nas
roças, quintais e nas lagoas. A Colônia Indígena Área Agrícola doada
pelo ministério da Agricultura aos Kariri-Xocó em 1947, ficou marcada
na cultura do grupo tribal como o local onde houve mais Mutirão com
Cantos de Rojão . Entre os Cantos de Rojão
apresentados :


1. CAPIM DA LAGOA

Capim da Lagoa Oi Zé
Capim da Lagoa
Sereno Molhou
Bis, Bis etc...

2. CUIBÁ DA LAGOA

Cuiabá da Lagoa
Ê Oi
Pajéú não pude entrar
Ê Oi
Minha gente me ajude
Não deixe morrer só
Esse ano vou a festa Êi
Com a roupa de algodão
Ê oi .
Bis, Bis, etc..


3. MÃE DA LUA FALA

Mãe da Lua Fala
Ê Oi
Oi Dchá Lê Lê
Mãe da Lua Fala
Ê Oi Dchá Oi .
Meu Cavalo é tão Forte
So fala em gibão
Mãe da Lua Fala
Antônio Celeiro fez uma cela
O defeito era Cochim
No Pino da Meio Dia
A Lágrima Corria
Fazia Consolação
a Mãe da Lua Fala Ê Oi .
Bis, Bis, etc...


4. Ê OI MEU BEZERRO

Ê Oi Meu Bezerro
Ê Oi Quer Mamar
Va Mamar na Vacaria
É Lá que meu Boi Vai dar
Isso Mesmo que eu queria
Ferro novo de engomar
Bis, Bis, etc ...

5. O MEU PASSARINHO VERDE

O Meu Passarinho Verde
Onde é que voçê Mora
Eu Vou Beber
Na Flor da Jurubeba .
Bis, Bis, etc...

6. OLHA O BALÃO CELINA

Celina Olha o Balão
Olha o Balão Celina
Rojão de Vadiar
Olha o Balão Celina
So Venho de ano em ano
Olha o Balão Celina
Nas Oitavas de Natal
Olha o Balão Celina

Bis, Bis, etc ...

7. SERRA DA BANDEIRA

Ê Oi Minha Serra da Bandeira
Ê Oi Minha Serra Embandeirar

Bis ; Bis ; etc ...


8. OLHA A ONÇA

Aiá Olha a Onça
Na Ponta da Aréia
A Onça le Pega
Arranca as Ourêia

Bis ; Bis ; etc ...


9. OI PENA

Oi Pena
Oi Pena
Oi Pena
Eu Vou Penar
Quando eu cantava
Ele na Barba a Vadiar
Meu Indios na Verdade
Eu agora vou falar
Estou cantando esse Rojão
E agora eu vou falar
Minhas Indias na Verdade
E agora eu vou falar
Oi Pena
Oi Pena
Oi Pena
Eu vou Penar.

Bis ; Bis ; etc ...


10. LAGOANA

Ê Ê
Ê Oi Lagoana Ê
So me caso com voçê Lagoana
Ê Ê Oi
Dona Vandete na Verdade
Eu agora vou falar
Ê Ê Oi
Lagoana Ê
So me caso com voçê Lagona
Ê Ê Oi

Bis ; Bis ; etc ...

11. DEPOIMENTOS HISTÓRICO/CULTURAL DO ROJÃO KARIRI-XOCO
( Seregê , Soyré com complemento de Nhenety )
Culturalmente a palavra Rojão, Batalhão, Multitão, Putyrõn significa
a mesma coisa, tanto para os Kariri-Xoco, como para outros povos
indigenas, quanto para a sociedade. Na tradição nativa do Brasil os
povos indigenas faziam suas roças, caçadas, malocas em regime de
mutirão, Potyrôn = Poder de reunir no canto, para executar certas
tarefas da comunidade. Quando o Chefe da Familia ia plantar a roça,
fazer uma casa nova, avisava a comunidade, preparava a comida, bebida
do cauim para todos ajudar na empleitada, com cantos típicos. Temos o
Rojão de Roças, de Plantio na Lagoa e de Tapamento da Casa. O Rojão
pelo conteúdo do Canto percebemos vários periodos históricos, fala de
dos Tempos Tradicionais com a Onça, Mãe da Lua , Bandeira época dos
Bandeirantes, Meu Bezerro Ciclo da Criação de Gado século XVII, Natal
época do contato, também refere a outras datas da exploração da
mão-de-obra com rojão da Pena Eu vou Penar, Balão das Festas Juninas
do Nordeste Brasileiro .

12. ÊDCHA Ê

Êdcha Ê
Êdcha Ê Oi
Êdcha Ê Ou dcha Ou dcha
Êdcha Ê Ê Oi

Bis ; Bis ; etc ...


13. BOI PRETO

Ê Boi Preto
Meu Gade Má Meu Boi
Êdcha Ê Êdcha Lê Lê
Ê Ê Oi

Bis, Bis ; etc ...


14 . ELENA

Vou embora
Vou embora
Elena
Eu Vou Elena
Tão Cedo eu não venho cá Elena
Eu vou Elena

Bis ; Bis ; etc ...






Eles mi responderam, que rojão pra ele era como um um relógio que eles queria controla o tempo
por que quando o povo mais velho iam trabalha era uma demora eles fica pensando quando ia acaba mais pra tudo passa mais rápido todos si juntava e cantava pra passa o tempo e a chatice de fica trabalhando passa e virava alegria e eles não lembra que esta trabalhando o trabalho parecia mais fácil.

Ai eu perguntei o rojão só e cantado no trabalho:
Eles reponderam que qual que luga e qual que hora pode ser tirado o rojão, o rojão um canto sarada não e igual ao toré mais ja faz parte de nossa vida ja faz tempo isso nos tamos que deixa pra nos nosso filho ,neto pra dota família por que foi nosso pais que deixaram pra gente e nos vamos deixa pra eles isso e um tradição que eles tem que da continuidade a isso.

Nhenety Kariri-Xocó





CRONOLOGIA KARIRI-XOCÓ 1501-2006

CRONOLOGIA HISTÓRICA KARIRI-XOCÓ 1501-1764

-Descoberta do Rio São Francisco, pelo navegador Américo Vespúcio, onde encontrara o Chefe tribal Tarobá do grupo Natú em 04/10/1501, que os índios chamavam rio Opara”rio mar”. -Combate dos Kariri Dzubukuá com portugueses em Penedo 1545. -Construção da Casa da Torre da Família D Ávila, castelo medieval, centro exterminador dos kariri do Nordeste 1551. -Contato dos Kariri do Baixo São Francisco com portugueses em 1556. -Jerônimo de Albuquerque combate os índios caetés no São Francisco em 1557. -Tribos refugiaram-se no rio São Francisco pela guerra dos portugueses no litoral em 1563. -Padre Gaspar Lourenço esteve no Rio Francisco em 1574. -Fundação do Aldeamento Urubu Mirim índios sobrevivente dos massacres reuniram kariri, karapotós,e aconans, antiga denominação da tribo Kariri-Xocó em 08/12/1568. -Pindaíba Chefe da tribo Aramuru(Xocó) é obrigado é obrigado a levar seu povo para a catequese em 1610 para não serem exterminados. -Frei Anastácio de Audierne catequizou os Aramuru de Porto da Folha-Sergipe 1672. -Antônio Souto de Macedo faz doação ao Colégio do Recife a Fazenda Urubu Mirim em 1675. -Frei Boa Ventura de Bequerel estava na missão de São Pedro em 1682. -Os Aramuru de Porto da Folha, luta no Rio Grande do Norte contra os Kariri em 1688, por ordem dos portugueses. -A Entrada de Mathias Cardoso de Almeida chega ao Rio São Francisco 1690. -Os índios Xocós são liderados por Antônio Pessoa Arco-Verde(Niraubi)na conquista do Quilombo dos Palmares 1694, foram obrigados por Domingos Jorge Velho. -Os Aramuru combate o Quilombo da Ilha do Ouro no Rio São Francisco em 1698. -Morre o grande chefe dos Kariris do Nordeste Canidé em 1699. -O Governador de Pernambuco Sebastião de Castro Caldas concede as terras aos índios de Porto Real do Colégio e São Brás em 01/01/1708. -Autonomia Administrativa de Urubu-Mirim em 1719. -Tombamento das Terras do Morgado de Porto da Folha em Sergipe no ano de 1745. -Expulsão dos jesuítas de Urubu-Mirim os padres João Batista e Nicolau Botelho 1759. -Autonomia da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Urubu-Mirim 1763. -Arrematadas as terras da igreja cerca 11 fazendas de gado, compradas por João Carlos Gomes de Antão (Dantas) entre as fazendas Urubu-Mirim em 1764.NOTAS: MATA,1989;ANTUNES,1984;CUNHA,
1989;DANTAS,1973,1976. NHENETY KARIRI-XOCÓ.


AS DIRETORIAS DOS ÍNDIOS DE 1798 a 1873


- Criação do “Diretório dos Índios”, para substituir os jesuítas 1798. A Missão de São Pedro é descrita em Vila Nova como Aldeia dos Aramurus 1802. As missões sergipanas são referidas como civilizadas, pacíficas e obedientes 1803, aos portugueses, sob suas ordens. Dom Marcos Antônio de Souza refere-se a Missão de Pedro como indolentes 1808, uma discriminação. Imigração de portugueses para as terras de São Pedro, com capuchinhos em 1810. O índio Xocó José Serafim de Souza capitão Mor da Ilha de  São Pedro, acusa o Padre Antônio Simões de corrupção 1815. Os índios de São Pedro são acusados de preguiçosos em 1818. A Missão de São Pedro é elevada a categoria de Freguesia em 1821. O diretor da Aldeia de Porto Real do Colégio era José de Santana Reis 1822. O Padre de São Pedro solicita ajuda policial para demitir José Serafim de Souza 1823. O Relatório da Província de Alagoas sugere transferência dos índios para o litoral 1826. A Missão de São Pedro perde a condição de sede da Freguesia em 1829. O Padre José Henrique de Amorim acusa índios alagoanos como vagabundos e provocadores em 28/01/1830. O Diretor da Aldeia de Colégio protesta contra a invasão de portugueses nas terras dos índios em 1832. O Diretor da Aldeia de Colégio Mathias Vieira Dantas, envia 15 índios a Maceió para trabalhos insalubres, obras públicas em 19/01/1840. O Presidente da Província de Alagoas Pereti equipara os índios a órfãos em 1842. O Presidente da Província de alagoas Anselmo Francisco Pereti, solicita juízes órfãos para expulsar invasores das terras indígenas em 1844. O Presidente de Alagoas Henrique Marquês de Oliveira Lisboa afirma que não existe índios selvagens em Alagoas 1845.O Presidente da Província de Sergipe informa ao Governo Central que suas aldeias estão em abandono 1846. Frei Doroteu de Loreto vai catequizar índios de São Pedro em 1849. João Fernandes da Silva Tavares diretor da Aldeia de São Pedro hospeda Frei Doroteu em sua Fazenda Araticum em 1850. As terras indígenas do Brasil são consideradas devolutas para concessão e compra 1850. O Presidente da Província de Sergipe José Antônio de Oliveira e Silva solicita ao Imperador a extinção da Diretoria dos Índios 06/04/1853. O Dr. José Antônio Saraiva se expressa em Alagoas que os índios se intitulam caboclos 08/03/1854.O Pre3sidente de Alagoas Sá Albuquerque chama os índios primitiva raça a “caboclos” em 01/03/1855. Criação dos Delegados das Repartições Especiais de Terras Públicas 1856, no lugar da Diretoria dos Índios. O Pajé Manoel Baltazar recebe o Imperador D. Pedro II que visita Colégio (Urubu-Mirim) em 16/10/1859. O Presidente Pedro Leão Veloso diz que em Alagoas os índios não são de características aborígene 1860. O Bacharel Manoel Lourenço da Silveira manifesta contra a extinção das Aldeias de Alagoas em 1862. Formado o Batalhão Indígena ” Voluntários da Paz ” para participar na Guerra do Paraguai em 1864.O Presidente de Alagoas José Bento da Cunha Figueredo Jr. manda dispensar os diretores dos índios em 1870. O geógrafo alagoano Thomaz Bomfim Espíndola, generaliza os índios de Porto Real do Colégio como Tupinambá em 1871.O Presidente da Província de Alagoas Silvino Carneiro da Cunha descrimina “mestiços” os índios 1872. Extinção dos aldeamentos alagoanos em 17/07/1873.NOTAS : MATA,1989;ANTUNES,1984;CUNHA,
1998; DANTAS,1976;MOTT,1854;FERNANDES,1981;SALVADOR,1975;TRAVASSOS,1875;FREIRE,1977;NETO,1947;HOORNAERT,1977,EDELWEIS,1952;FERNANDES,1989;CASTRO,1985;RODRIGUES in NIEUHOT,1981;BARROS,1919. NHENETY Kariri-Xocó.


EXPROPRIAÇÃO DAS TERRAS


Criação da vila de Porto Real do Colégio em 1876.
Migração de muitas familias indígenas da tribo de Porto Real do Colégio para o litoral por causa da fome e da seca 1877.
Criação da Colônia São Francisco, no antigo território do aldeamento de Colégio 1878, para atender as flagelados da seca.
Delimitação do território da Vila de Porto Real do Colégio em 17/06/1880.
O índio fulni-ô Manoel Caetano de Pernambuco chega a aldeia de Colégio em1881, toma como esposa  Maria Tomaz e teve um filho Manoel Filintro.
Expulsão dos Xocós de Porto da Folha Sergipe imigra da ilha de São Pedro para Aldeia de Porto Real do Colégio 1882.
O índio de Palmeira Gabriel Gonçalves de Oliveira torna-se lider da aldeia de Colégio 1886.
Aforramento das terras da Aldeia de São Pedro de Folha-Sergipe em 1887.
Fernando da Silva Tavares comprou quatro áreas de terras no território da aldeia de São Pedro 1888, o índio chefe Inocêncio Pires vai ao Rio de Janeiro.
João Fernandes de Brito assenhora como foreiro da metade das terras Xocós de São Pedro em 7 de março de 1897.
Expulsão da ilha de São Pedro, de Inocêncio Pires, parte de sua familia Xocó  foi residir em Carrapicho, antiga Vila Nova em Sergipe, em 1899.
Araújo Jorge destaca em Porto Real do Colégio grupos Aconans, Cariri e Carapotis em 1901.
Criação do ministério da Agricultura, indústria e comércio;”catequese e civilização” dos índios, 1906.
Criação do serviço de proteção aos índios o S.P.I, em 1910.
Epidemia de Cólera na aldeia de Colégio, mata muitos índios Xocós em 1911. ldeia de Porto Real do Colégio o índio Francisco Queiroz Suíra em 10 de Março de 1912, anos depois torna-se Pajé .O Engenheiro Roberto Pereira Reis da Secretaria, Indústria Comércio e Obras Públicas, visita Colégio para levantar os limites da antiga aldeia para criação do Centro Agrícola em 1914. Viagem de Inocêncio para a Bahia, reclamar ao Governador contra o esbulho de terras pela Família dos Brito 1917.Criação do Serviço do Algodão, para orientar agricultores da região, para pagar, tomar posse das terras 21//04/1923. Criação do Centro Agrícola são identificadas cerca de 6.000 hectares de terras cultiváveis em Colégio e São Brás em 22/10/1924, antigo território indigena, parte das  " Duas Léguas de Terras ".
Francisco Queiroz Suira torna-se o chefe tribal dos Karíri de colégio 1928.
Índios Xocós de Colégio faz uma tentativa de ocupar a Ilha de São Pedro, mas são expulsos de Caiçara 1930.
Publicadas as ultimas leis regulamentares das terras indígenas para os posseiros no território de Porto Real do Colégio 1931.NOTAS:MATA,1989;ANTUNES,
1984;CUNHA,1998. NHENETY Kariri-Xocó.


ÍNDIOS DE PORTO REAL DO COLÉGIO

Trabalhadores indígenas de Porto Real do Colégio, tornam-se mão-de-obra de fazendeiros do seu território em 1933. O antropólogo Carlos Estevão , visita os índios de Porto Real do Colégio em 06/04/1935. A índia Aninha , ver na estrada do Ouricuri, o primeiro automóvel fica assombrada de medo, em 1936. Construção da Fábrica de Beneficiamento de Arroz na Rua dos Índios, no local da antiga casa de Gabriel Gonçalves 1937. Denominado o Campo Experimental das Sementes, tendo o índio como mão-de-obra 25/08/1941. Início das viagens á Bom Conselho-PE.,empreendida pelos índios de Colégio para fundação do Posto Indígena do S.P.I.,1942. Criação do Posto Indígena Padre Alfredo Dâmaso em 20/03/1944. Início das atividades do Posto Indígena Padre Alfredo Dâmaso em 31/12/1945. Os Cariris habitam uma rua na cidade denominada “Rua São Vicente” conhecida como “Rua dos Caboclos”, na periferia de Porto Real do Colégio, com cerca de 67 choupanas e 166 habitantes em 1946. Doação do Governo Federal de Cinqüenta hectares de terras, da Sementeira para os índios , denominada “Colônia” em 04/08/1947. Demarcadas e plantadas as terras da Colônia Indígena de Porto Real do Colégio para 171 famílias em 1949. A Colônia Indígena é cortada pela Estrada de Ferro do Governo Federal em 1950. Mudança de uma parte dos índios de Colégio da Rua dos Caboclos para a Colônia Indígena , nas terras altas com 72 alunos em 1952. No Bairro dos Índios , tinha dois fornos para cerâmica que comportava 120 objetos cada, para comercializar nas cidades circunvizinhas 1953. Instalado O Centro de Treinamento para Tratoristas, cursos de extensão Rural Doméstica na Fazenda Escola, antiga Sementeira 1955. Epidemia de Varíola na Aldeia de Colégio, morre Maria de Lionida vítima da doença em 1956. Invasão de posseiros em parte das terras da fazenda escola, esta área denominada “Cercado Grande” em 1957. O Índios da Colônia reclama da falta d água, ferramentas e sementes para plantar 1960. Índios de Colégio trabalham na Fazenda Lagoa Grande em Sergipe, do Sr. Pedro Chaves em 1962. Faleceu em Recife , o Padre Alfredo Dâmaso , amigo e benfeitor dos índios do Nordeste em 29/07/1964. Os índios de Porto Real do Colégio tornam-se trabalhadores das Usinas de Açúcar de Alagoas em 1965. Os Índios Xocós de Porto Real do Colégio é liderado pelo cacique Cícero Irêcê, visitam a Ilha de São Pedro em 1966.NHENETY.


KARIRI-XOCÓ NA NOVA ORDEM INDIGENISTA


- Criação da Fundação Nacional do Índio-FUNAI em 06/12/1967, o Governo Federa decreta a Extinção do S.P.I. Serviço de Proteção ao Índio, agora com o novo órgão assume a política indigenista dos índios. Índios de Porto Real do Colégio trabalham como estivadores na cidade pela Estrada de Ferro em 1968. Muda o nome do Posto Padre Alfredo Dâmaso para Posto Indígena de Porto Real do Colégio 1969. Chega em Porto Real do Colégio a COENG.S/A,sua sede fica na Rua dos Índios no prédio da fábrica desativada da arroz , essa empresa  faz as obras de terra planagem da BR 101 em 1970. A população indígena masculina dedicam-se a fabricação de tijolos na olaria de Sr. Santa Rosa e Domingo da Família Tojal na Lagoa Grande em 1972. Índios de Colégio pela expansão de cana-de-açúcar irão trabalhar no Sul de Alagoas nas usinas da Zona da Mata 1974. Desapropriada a Várzea do Itiúba para implantação do Projeto de Irrigação de Arroz em 1975, são incluidos 40 famílias indígenas. O Cacique Cícero Irêcê, começa a negociar com o Ministro do Interior para transferi os índios da Rua dos Caboclos para a Fazenda Sementeira 29/11/1977. Os Kariri-Xocó ocupa a Fazenda Sementeira( Fazenda Modelo) da CODEVASF( Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco) e mudam a aldeia para a Sementeira em 31/10/1978. Enchente do Rio São Francisco deixa os Kariri-Xocós ilhados na Fazenda Modelo em 1979. Os índios faz um piquete no Projeto Itiúba para implantação de famílias no programa de irrigação em 20/12/1980. Construção de 160 casas na Fazenda Modelo para erguer a Nova Aldeia Kariri-Xocó, um projeto da Embaixada do Canadá 1981. Projeto de ampliação da Reserva Indígena Kariri-Xocó para 699 hectares 18/09/1984, coordenado GT. A Antropóloga Lígia T.Lopes Simonian, recomenda a Brasília proposta de Delimitação da Área Indígena Kariri-Xocó, em 03/11/1986. A Gazeta de Alagoas notifica que os índios Kariri-Xocó serão produtores agrícolas independentes em 23/10/1987. O índio José Nunes Nhenety inicia um grupo de cantos e danças do toré na língua nativa dos Kariri-Xocó em 08/02/1989. Encontro dos Povos Indígenas de Alagoas e Sergipe na Aldeia Kariri-Xocó para discutir a questão de saúde do índio de 07 a 08/08/1993. Os Kariri-Xocó ajudaram os Karapotós de São Sebastião, a reconquistar a Fazenda Taboado em 23/02/1993. Reconquista das Terras do Cercado Grande, morre dois posseiros e fica três índios feridos no conflito em 16/02/1994. Grupo Técnico faz Reestudo de Identificação e Delimitação da Terra Indígena Kariri-Xocó nos municípios de Colégio e São Brás, a proposta dos índios será de 699 para 4411 hectares em 1999. Criação do Posto de Saúde Polo Base Kariri-Xocó com uma Equipe Médica na aldeia 2001. Criação da Estação de Água Tratada na Aldeia Kariri-Xocó em 2003. Chega na Aldeia Kariri-Xocó Índios Online com Internet pela Thydewá em 2004. O Ministro da Justiça Publica no Diário Oficial da União comprovando que a terra é indígena dos Kariri-Xocó para 4411 hectares, em 18/12/2006.Nhenety Kariri-Xocó.

FONTES


http://www.indiosonline.net/kariri_xoco_na_nova_ordem_indigenista_4/  ,   http://www.indiosonline.net/indios_de_porto_real_do_colegio_1/    ,  
http://www.indiosonline.net/expropriacao_das_terras/   ,   
http://www.indiosonline.net/as_diretorias_dos_indios_de_1798_a_1873/   ,  
http://www.indiosonline.net/cronologia_historica_kariri_xoco_1501_a1/   .

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

CANANEKIÉ ( Toré na Lingua Kariri-Português)


Toré Junino em 2013
CANANEKIÉ C DÉ
Depressa nossa mãe
CANANEKIÉ PADZÚ
Depressa pai
RIDZÁ WICRÍ
palavras foi
WICRIDÉ
dizem
AÍ NHINHÓ
o índio
HIETÇÃDÉ PÉ YÃ
nós pisar mistério
HIETÇÃDÉ PÉ YE YÃ
nós pisar grande mistério
Este será o primeiro canto agora publicado Kariri-Português numa série de muitos que virão depois. Também voçes poderão escutar os Cantos do Toré Kariri-Xocó na Lingua Kariri e Portugues  no site http://www.iteia.org.br/audios/kariri-xoco-canta  ,  em CD em Audios no Iteia . Nhenety Kariri-Xocó.

http://www.indiosonline.net/cananekie_cantos_kariri_e_portugues/

Nhenety Kariri-Xocó

URUBÚ SIRIRITÉ ( Toré na Lingua Kariri-Xocó )

Urubú voando

URUBÚ SIRIRITÉ
Ave preta Serra
COTÇÓ KENHÉ
preto limpo
KIECHI COHODÍ
Coma não
UCRÍ ERÃ A UBÍ
mangaba verde tu ver
UBÍ KAWÃ
ver pássaro
RADAMY NÚ JUREMA
Debaixo poder árvore espinhosa.


http://www.indiosonline.net/urubu_siririte_segundo_canto/

Nhenety kariri-Xocó.



YAHÉ ( Toré na Lingua Kariri-Português)

Toré Junino em 2013

Y YAHÉ
Voz de homem
YÃ Á
mistério tua
Y YAHÉ
voz de homem
YÃ Á
mistério tua
YAHÉ YÃ Á
vos de homem mistério tua
YÃ Á
mistério tua.

 A Voz dos meninos homens Yahé quando canta o Toré, no toante faz harmonia com o som forte dos adultos, mulheres e dos homens.

http://www.indiosonline.net/yahe_terceiro_canto_kariri_portugues/

Nhenty Kariri-Xocó

ERÕÁ DÉ ( Toré na Lingua Kariri-Portugues )

Toré de Maruandá

IBUÓ IDÉ
Ressrgir mãe dele
IBUÓ IDÉ
ressurgir dele
RÉ UCÁ
agastar-se amar
A MARÃ YARU
tu inimigo flecha
ERÕÁ DÉ
esses encontrar.


http://www.indiosonline.net/eroa_de_quarto_canto/

Nhenety Kariri-Xocó.

SABUCÁ ( Toré na Lingua Kariri-Português)


Sabucá  Galo
SABUCA ( O Galo )
SABUCÁ PIDÉ WONHÉ
Galo estar cantar
MÓ MECÁ CARAYTSÍ
Em sinal amanhã
HÍ WÍ HÍ HOMODÍ
eu ir eu embora
WÍ UCÁ TEUDIOKIÉ
ir amar lutar.


http://www.indiosonline.net/sabuca_sexto_canto_kariri_portugues/

Nhenety Kariri-Xocó.

KAYÃNA ( Toré na Lingua Kariri-Português)

Pendão é a flor do milho como da Cana

KAYÃNA ( Cana )
HIETÇÃ WICRÍ KAYÃNA
Eu foi a cana
HIETÇÃ WICRÍ KAYÃNA
Eu foi a cana
HIETÇÂ WICRÍ KAYÃNA
Eu foi a cana
DEZENÉ DEZENÉ MARÁ
Por medo por medo cantiga de guerra.


http://www.indiosonline.net/kayana_setimo_canto_kariri_portugues/

Nhenety Kariri-Xocó.

JUÁ ERÃ (Toré na Lingua Kariri-Português)

Pé de Juazeiro Verde

Á TOUPPARTI JUÁ ERÃ
Tu Deus juazeiro verde
HOMOTÉ PÍ POHÁ
Não é possível pequeno secar-se
Á MARÁ
tua cantiga de guerra
AÍ PÁ
para ser morto .


http://www.indiosonline.net/jua_era_oitavo_canto_kariri_portugues/

Nhenety Kariri-Xocó.

KANINDÉ ( Toré na Lingua Kariri-Português)

Cacique Seregé com Cocar Azul

NHINHÓ KANINDÉ
Índio Arara azul Chefe de guerra
NHINHÓ KANINDÉ
ìndio Arara azul Chefe de guerra
NHENETÍ KANINDÉ
Tradição Arara azul Chefe de guerra
NHINHÓ KANINDÉ
Índio Arara azul chefe de guerra.


http://www.indiosonline.net/kaninde_nono_canto_kariri_portugues/

Nhenety Kariri-Xocó.

HIAIDÉ ( Toré lingua Kariri-Português)

Por do Sol em Kariri-Xocó

HIAIDÉ
Sol
IDZÁ
Eles
TÇÃMBUSEBÉ
Cobertura da cabeça
HIAIDÉ I-Á
Sol deles.


http://www.indiosonline.net/hiaide_decimo_canto_kariri_portugues/

Nhenety Kariri-Xocó.

BOHOIWIRÓ ( Toré Lingua Kariri-Portugues )


Vamos Embora é o ultimo Toré a ser cantado
BOHOIWIRÓ
Quero ir embora
HIBOHOIWIRÓ
Eu quero ir embora
HIBOHOIWIRÓ
Eu quero ir embora
EICÓ NATIÁ
descansar na aldeia.


http://www.indiosonline.net/bohoiwiro_decimo_primeiro_canto/

Nhenety Kariri-Xocó.

WONHÉ ( Toré Lingua Kariri-Portugues )


Wonhé o Cantar do Toré
PIDÉ WONHÉ
Estar cantar
ERÍ TORÁ
Meu Toré
SODÉ
Porque
DZUCATÉ WONHÉ
gosto cantar
ADJÉ YE XÍ
quem grande até lá
WIRÍ AÍ UNDÉ
retire o lugar
Á YÃ HÍ K HÉ
tua mistério eu você árvore
YÃ Á
mistério tua
YAHÉ HÍ Á
voz de homem eu tua
YÃ Á
mistério tua


http://www.indiosonline.net/wonhe_decimo_segundo_canto_tore/

Nhenety Kariri-Xocó.

PINETÉ ( Toré Lingua Kariri-Portugues )


ERÍ PIPÍ PINETÉ
Meu pequeno pequeno
Á BOMODÉ
tua onde
HÍ SITÉ NHANI TUPÃ
eu venho sal bento
YÃ YÓ Á
mistério muitos tu
YÃ YÓ Á
mistério muitos tua
YÃ Á YÃ YÓ Á
mistério tua mistério muitos tua.


http://www.indiosonline.net/pinete_decimo_terceiro_canto/

Nhenety Kariri-Xocó.

AÍ JUREMA ( Toré na Lingua Kariri-Portugues )

Pé de Jurema

SARAÉ
Meu pés
HÍ K HÉ JUREMA
Eu você árvore árvore espinhosa
DEHÓ BUIBÚ MYSÃ
com cabaça mão
A RÉ AÍ INHURA
tu raiva o filho
INHURA AÍ NHANHIKIÉ
filho o saudades
Á HÍ A HÍ K HÉ
tua eu tu eu você árvore
A A Á Á Á
tu tu tua tua tua
HÍ A RÉ HÍ Á
eu tu raiva eu tua
HÍ A RÉ HÍ Á A
eu tu raiva eu tua tu .


http://www.indiosonline.net/ai_jurema_decimo_quarto_canto_tore/

Nhenety Kariri-Xocó.

CRADZÓ (Toré na Lingua Kariri-Portugues )

Crazó a Dança do Boi

DEHÊTSÍ MÓ SONCÁ
Acolá em ponta
AIBY SIRIRITÍ
De serra
ERÃ YEDZÚ
verde grande água
WONHÉ HOMOTÉ
cantar não é possível
PÉ TECRÍ CRADZÓ
pisar veio boi
YE CRADZÓ
grande boi
CRADZÓ DUPARÍ
boi o matador
YÉ CRADZÓ
grande boi .


http://www.indiosonline.net/cradzo_decimo_quinto_canto_tore/

Nhenety Kariri-Xocó.