segunda-feira, 21 de junho de 2021

MAIS NOVAS PALAVRAS KARIRI

 

Português Kariri


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-Implementação -Niódere

- Legislação - Idzãkua 

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- Área   - Radaendó

- Dentro - Radamü 

- Básica  - Bendó

- Busca  - Bü

- Refletir  - Chènè

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- Reflexão - Chèneá

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- Aplicação  - Subateá 

- Importante - Hechye

- Contribuir  - Ubádi 

-Pertencimento-Damütsó

- Interior  - Mütsóho

- Apresenta  - Bihéte

- Pelo  - Catciby

- Resultado  - Rèigüta

- Deduz-se   -  Woroné

- Desafio  - Mèmarã

- Desde  - Cri

- Trama   - Pitéwo




quarta-feira, 16 de junho de 2021

O Reino do Forró 4


Literatura de Cordel



Autor : Nhenety



Parte 4



O Luiz Gonzaga no ano 1964

Comprou terrenos de criação

Fica nesse município de Exu

Com um sonho na realização

Chamado Parque Asa Branca

Este lugar de sua habitação .


No terreno o "Rei do Baião"

Construiu casas e pousada

Para ele e seu pai Januário

Recebendo toda forrozada

Morando até o final da vida

O forró tem nova rapaziada .


A sua casa do Rei do Baião

Dos locais o mais visitados

Haveria Museu e Mausoléu

Velhos tempos recordados

Percebemos como tudo era

Seus bens alí organizados .


Já no final da década 1970

Novos símbolos utilizados

Artistas do Trio Nordestino

Com o toque mais refinado

Bateria, e guitarra a elétrica

Num forró mais incorporado .


O destaque o Trio Nordestino

Estourando todas as paradas

Do autêntico Forró pé de serra

Pelo público sendo adoradas

Com Lindú, Cobrinha e Coroné

Suas músicas referenciadas .


Nos meados década 1980

Forró eletrônico originado

Agregando num axé music

O estudo teria solucionado

Do eletrônico ao tradicional

Por onde estar aproximado .


Ano 1984 Gonzaga introduz

Os padrões do forró original

Bateria , guitarra com o baixo 

Sem sair do estilo tradicional

Pelo menos nas gravadoras

Era uma questão o opcional .


Outro foi Jorge de Altinho

Havia realizado mudança

Introduziu mais os metais

Modernizando toda dança

Sendo no forró urbanizado

São João aquela festança .


No forró eletrônico iniciando

Ano 1990 subgênero originou

Mesclou estilos e tradicionais

Também chamado estilizado

Misturando gêneros musicais

Tudo mais bem sistematizado .


As influências do rock, pop

Discernindo o ritmo original

Saindo sertanejo, axé music 

Numa mudança sensacional

Sem esquecer as lambadas

Nesse contexto do funcional .


Com nova vertente do forró

Sem a zabumba tradicional

No lugar chegou o saxofone

Em destaque muito especial

O som real ou nota de efeito

Fazendo todo seu referencial .


Seria a cidade de Fortaleza

Onde todo gênero originou

Bandas fazendo nos bailes

A lambada que revolucionou

Vários estilos eram tocados

Desta maneira caracterizou .


Com Eliane fez a tal ruptura

Entre o moderno tradicional

"A Rainha do Forró Eletrônico"

Considerada no preferencial

Romantismo da música pop

Sensualizou gênero original .


Ficando como forró eletrônico

A critica pelos conservadores

Incita a apologia ou tecnologia

Arte também dos sonhadores

Retornando passado ao futuro

A cultura muda consumidores .


Entre os anos 1990 a 1994

Com as bandas precursoras

Mastruz com Leite, Aquárius

Saindo as músicas difusoras

Foi o Mel com Terra e Styllus 

No nordeste as promissoras .


O grupo Mastruz com Leite

Entretanto a banda pioneira 

A "Mãe do Forró Eletrônico"

Com este gênero a primeira 

Regravando outras músicas

De amor na festa brasileira .


Banda Magníficos ano 1995

Sucesso do forró romântico

Calcinha Preta o mesmo ano

Vocal Daniel Diau um titânico

Já o Limão com Mel e Caviar 

com Rapadura mais sinfônico .


A partir dessa geração 2000

Chegando estilo Forronerão 

Com Banda Brasas do Forró

Vem ganhando um dinheirão

Desejo de Menina e o Aviões 

do Forró que acompanharão .


Esse foi mesmo o período

Surge o Forró Universitário

Como o Grupo Falamansa

Nesse subgênero musicário

Revive no estilo pé de serra

Coloca sudeste no cenário .


Entre os anos 2005 a 2009

Música muda radicalmente

Saia Rodada no Forró Miúdo

Crescendo gradativamente

Canções num duplo sentido

Dispara consumo realmente .


O Wesley Safadão ano 2015

Aviões do Forró referências

Um modelo contemporâneo

Músicas e outras aparências

Os novos artistas aparecendo

Culturas suas sobrevivências .


Forró expandindo no mundo

Permanece para posteridade

Cada gênero com rei e rainha

Existe a sua pura majestade

De evoluir novas roupagens

Foi deixando toda a saudade .









terça-feira, 15 de junho de 2021

O Reino do Forró 3


Literatura de Cordel



Autor : Nhenety



Parte 3



Como neste baú de valores

O nordeste ficou sintetizado

Que o Luiz Gonzaga cantou

Num centro bem urbanizado

Serão as narrativas verídicas

Neste sertão mais divulgado .


Na época que Gonzaga  vivia

Esse forró seria desconhecido

Foi assim baião, xote, xaxado

Não haveria nada tão parecido

Após caminhar todo o sudeste

Tudo ficando mais esclarecido .


Personificando o sertanejo

Das ambiguidades políticas

Na sua devoção aos santos

Com pessoas pobres e ricas

Numa cultura de nosso povo

Sempre aquelas autocríticas .


No modo nordestino de ser

Afirmando com a dignidade

Da história por ele contada

Naquela grande humildade

Sertanejo tem voz na música

Agora canta nossa Majestade .


As romarias nas  procissões 

Que sua música documentou

Uma trajetória de fé e oração

O Luiz Gonzaga incrementou

No repertório as celebrações

Litúrgicas que ele apresentou .


Padre Cícero e o Frei Damião

Compondo contos e benditos

Os reais santos do nordestino

Todas bênçãos nos vereditos

Edificando as almas sofridas

Pobres na fome sempre aflitos .


Com o Luiz Gonzaga seu Lula

Fazendo a maior festa junina

Nessa dimensão onde chegou

Esplendor a cultura nordestina

Arrais de grande porte e fama

Ser Rei do Baião era sua sina .


Retratou paisagens da seca

Da poesia trágicas do sertão

Migrações com os retirantes

Saudades no Pajeú e riachão 

Na terra natal muito querida

De Exu do Araripe sua região .


Forró popularizou-se no Brasil

Com nordestinos na migração

Foram a outras regiões do país

A cultura estava em integração

Para outro eixo Rio e São Paulo

Chega Brasília capital da nação .


No forró teve reis e rainhas

Nesse mundo maravilhoso

Vou citando os nomes deles

Porque parece mais famoso

Sem esquecer das mulheres

Com o seu som harmonioso .


Destacando vários artistas

Discografia principalmente

Jackson do Pandeiro 1960

Sua obra o título não mente

Considerado "O Rei do Ritmo"

No forró dançou muita gente .


Entre as mulheres Marinês

Uma artista pernambucana

Convidada por Luiz Gonzaga

Para o Rio pela Copacabana

Coroada "Rainha do Xaxado"

Agora o forró ficou bacana .


Clemilda cantora alagoana

A música fez longa carreira

Considera "Rainha do Forró"

Gerson Filho a companheira

Estourou o sucesso na rádio

Com sanfoneiro de primeira .


No termo 'forró pé de serra'

Chegando na origem serrana

Vem das festas lá do Araripe

Dessa região pernambucana

Por muito tempo de Januário 

O lugar montanhoso bacana .


Expressão de Luiz Gonzaga

Falemos o local relacionado

Desse Pé da Serra do Araripe

Que inspirou o som cantado

Na letra "No meu pé de Serra"

Assim nesse do jeito gravado .


Desses gêneros musicais

Citamos outra celebridade

Animado Alcymar Monteiro

Reinando outra Majestade

Afirmando no "Rei do Forró"

Já conhecido na sociedade .


Considerando o Flávio José

No compositor e sanfoneiro

Reconhecido o "Rei do Xote"

Tocando neste Brasil inteiro

Com as músicas tradicionais

Assume parada em primeiro .


Complementando os ícones

Categoria forró instrumental

Apresentando "O Rei do Pife"

A nossa cultura fundamental

Como o músico João do Pife 

O grande artista monumental .


Tocou com Coroné Ludugero

Onde João do Pife fez carreira

A galeria do Forró Pé de Serra

Tocando o pífano na forrozeira

Mais Gonzagão "Rei do Baião"

Dominguinhos na sua derradeira .



Continua





segunda-feira, 14 de junho de 2021

O Reino do Forró 2


Literatura de Cordel


Autor : Nhenety


Parte 2



O Reino Monástico passou

Agora a República Brasileira

Nascem outras magestades

No mundo cultura forrozeira

Por todo o sertão nordestino

Do som xaxado da cabroeira .


Nesse nordeste brasileiro

Forró gêneros e categorias

Com xote , baião e xaxado

Compondo suas alegorias

Trajes típicos do sertanejo

Apresenta várias cantorias .


Tantos os que apareceram

Luiz Gonzaga o seu reinado

Conquistando Brasil inteiro

Com seu bom baião afinado

Tocava a sanfona e cantava

Desse forró melhor arretado .


Na Fazenda Caiçara em Exu

Nesse sertão Pernambucano

Onde nasceu o Luiz Gonzaga

Foi dezembro de 1912 o ano

Nesse dia 13 de Santa Luzia

Portanto era um sagitariano .


Igreja de São João Batista

Menino portanto batizado

Nesta bela Fazenda Araripe 

Onde tudo seria oficializado

Nas terras do Barão de Exu

Com fato mais concretizado .


Nesse São João do Araripe

O único com a sua tradição

A festa do padroeiro junino

Mobiliza toda a vasta região

Na Igrejinha desta fazenda

Em noite da comemoração .


Este Luiz Gonzaga cresceu

Arredores das propriedades

Pertencentes ao antigo Barão

Trabalhando com dificuldades

Seus pais Januário e Santana

Bem distantes outras cidades.


O Luiz Gonzaga toca sanfona

Substitui Januário sanfoneiro

Seu pai não pode comparecer

Nascendo o grande forrozeiro

Ano 1920 conhecido na região

Cantando e ganhando dinheiro .


Luiz Gonzagão no ano 1926

Primeira sanfona comprada

Atuou na cidade de Ouricuri

A sua arte profissionalizada

Com seu instrumento na mão

Enfrentando qualquer parada.


O Gonzaga como sanfoneiro

Cantou religiosidade popular

Alegrando as festas juninas

Fazendo todo o mundo pular

Sempre os forrós pé-de-serra 

Música deste artista circular.


Luiz Gonzaga foge de casa

Correndo chegando o Crato

Isso ocorreu o ano de 1929

Parece está saindo do mato

Conhecendo o mundo todo

Jamais temer este puro ato .


Cantou tristezas e injustiças

Das terras áridas o nordeste

Mostrando ao resto do país

O sertão do cabra da peste

Seus costumes e tradições

No Brasil vai lá ao sudeste .


Na Rádio Tupi o ano 1940

Programa de Ary Barroso

Gonzagão toca e compõe

Na música todo fervoroso

Canta o sertão nordestino

Porque ele foi tão teimoso .


A certa gravação da Victor

Chamado maior sanfoneiro

Do nordeste o ano de 1941

No Brasil sendo o primeiro

Fama começando espalhar

Vestia roupa de cangaceiro .


Dança Mariquinha em 1945

Grava o 25º disco da carreira

Ele era cantor e o sanfoneiro

Alguns artistas teve ciumeira

Luiz Gonzaga seria predileto

Tocando muito na gemedeira .


O Lula visita sua terra Natal

Após uns 16 anos ausente

Chegando na casa dos pais

Agora que estava presente

Foi tocado um forró danado

Acordou toda aquela gente .


Luiz Gonzaga o ano 1947

Adotou o chapéu de couro

assemelha ao de Lampião

Alegorias brilha como ouro

Gibão o vaqueiro do sertão

Promessa do ano vindouro .


Na origem de seu reinado

O ano 1951 a consagração

Por todo mundo aclamado

Luiz Gonzaga Rei do Baião

Humberto Teixeira o Doutor

Por sua arte e composição .



Continua


domingo, 13 de junho de 2021

O REINO DO FORRÓ 1


Literatura de Cordel


Autor : Nhenety


Parte 1



Nossa música junina chegou

Desde este período colonial

Os festejos do mês de junho

Celebradas com o cerimonial

Santo Antônio, São João e o

São Pedro fogueira no arraial.


A Galiza e norte de Portugal

Num elo semântico forbodó

Na dança o golpe de bumbo

Para o nordestino forrobodó

Origem da Península Ibérica

Que nesse Brasil virou xodó.


Surgiram desde século XVI

Com jesuítas na celebração

Essas escolas os indígenas

Para seguir a comemoração

Música espalhou pelo Brasil

Houve uma grande aceitação.


Na sanfona, triângulo como

Reco-reco base portuguesa

Foram trazidos para o Brasil

Mas seria a classe burguesa

As roupas caipira ou saloias 

No foguetório com luz acesa.


O ano de 1603 como falou

Segundo Frei São Salvador

Índio amigo das novidades

Que amavam no esplendor

Com foguetes estrondosos

Trazidos pelo conquistador.


Elevação Brasil a Vice-Reino

Em 1763 mudando da capital

De Salvador ao Rio de Janeiro

A nomeação Capitão-General

Conde Antônio Alves da Cunha

Término do Governador-Geral .


Portugueses trazem da Ásia

Papéis coloridos a decoração

Dos enfeites com bandeirolas

Para animar a comemoração

Belos balões subindo ao céu

Por aqui tiveram a adequação .


Um Brasil agora era um reino

Está chegando Família Real

Da Europa veio com requinte

Por no costume internacional

Passado o momento novidade

Modificando todo tradicional .


Temos a quadrilha brasileira 

Originada no salão de dança

Chegando da França o voga

Quatro os pares a confiança

De seu nome seria quadrille

Tornando-se essa festança.


A quadrilha se popularizou

Contudo danças brasileiras

Aumentou número de pares

Expostas entre duas fileiras

Nesses ritmos os franceses

Iluminadas pelas fogueiras.


Pernambuco com forrobodó

Conhecidos bailes populares

Forrobodão ou forrobodança

Chegando por todos os lares

Foi nesse final do século XIX

Dançando agarrado aos pares.


Já iniciando todo século XX

Britânicos com engenheiros

Na ferrovia do Great Western 

Promovendo bailes primeiros

Nordestinos chamam " forró "

Com zabumba e sanfoneiros.


Esta a língua inglesa for all 

Para todos num significado

Originado o seu nome forró

Esse jeitinho tão modificado

Por todo o sertão nordestino

Recebendo assim certificado .


Quando falamos em forró

Animação que lembramos

Período das festas juninas 

São João que celebramos

São Pedro reino da alegria

Apaixonados nós ficamos .


Acontece todo mês de junho

Recebendo o nome de junina

De Portugal chega ao Brasil

Inicialmente entedia joanina

Na causa festejava São João

Dançando mulher e menina .


Cultura do forró nordestino

No "pé de serra" conhecido

Das belas festas do Interior

São João fica adormecido

Assim diz a lenda do santo

Que não sabe do acontecido.


Na época propícia do milho

Da comida típica da tradição

Canjica, pamonha e munguzá

Quem tem a maior condição

Com pipoca, bolo na culinária

Até pode comer sem restrição .


Fogos artifício na celebração

Acendendo tição na fogueira

Começando na boca da noite

Traques, bombas e roqueira

Fumaça no cheiro da pólvora

Vem da mulher bacamarteira .



Continua




sexta-feira, 11 de junho de 2021

DESENVOLVIMENTO HUMANO KARIRI-XOCÓ


       Povo Kariri-Xocó localizado no município de Porto Real do Colégio, Alagoas, vivem segundo seus costumes e tradições nativas. Apesar de longo tempo de contato com colonizadores, desde o século XVII , iniciado pelos jesuítas.

      Nos ritos das tradições , apresentam o Toré conjunto de cantos e danças indígenas, com fortes evidências culturais marcantes dessa comunidade do Baixo São Francisco. O Toré tem regras iniciando por assobio forte , feito por o participante. Na composição do grupo da dança é formado três círculos, no centro as crianças, no meio os homens e fechando o círculo das mulheres.

      Na cerâmica utilitária é uma atividade tipicamente feminina, na confecção de objetos de barro, como potes , panelas e frigideiras. Os homens somente podem queimar a cerâmica em forno, mas o processo de produção é das mulheres, isso é uma regra tradicional.

       Na agricultura os homens fazem a preparação do solo, coivara, as mulheres fazem o plantio. Na limpa as pessas do sexo masculino trabalha nos tratos culturais da retirada do mato. A colheita também é feita pelas mulheres, seguindo esse costume de geração em geração.

       A tradição principal deste povo indígena, tem o Ouricuri, uma floresta de aproximadamente 100 hectares do bioma caatinga. Tem a aldeia tradicional, que fica distante da aglomeração urbana cerca de 6 Km. No passado as tradições do Ouricuri foi muito perseguida pelos jesuítas, para implementar a evangelização dos povos nativos no rio Opará ( nome como era conhecido o rio São Francisco ) pelos indígenas. Por essa razão o ritual do Ouricuri é guardado em segredo pelos Kariri-Xocó.

       No estado de Alagoas os Kariri-Xocó, foram os primeiros povos indígenas reconhecidos pelo S.P.I. ( Serviço de Proteção aos Índios ) em 1944. Atualmente tem uma população de aproximadamente 3.500 indígenas, vivendo o seu modo seguindo seus costumes e tradições, de forma livre , sob o proteção da Constituição de 1988, previstas nos artigos 231 e 232, que dispõe dos direitos indígenas, referentes as suas terras, costumes, tradições , sua organização social e suas crenças.