quarta-feira, 15 de outubro de 2025

VERDADE DOS MITOS EM CORDEL, Por Nhenety Kariri-Xocó





🌞 Dedicatória Poética


Aos velhos mestres da aldeia,

Que falam com vento e luar,

Aos seres que a Terra semeia,

E ensinam o homem a escutar.

À memória que o tempo recria,

À voz que insiste em cantar,

Dedico este canto ao enlace

Do mito que sabe ensinar.


À mãe-natureza infinita,

Que fala em brisa e trovão,

Ao peixe, à planta bendita,

Que são da alma extensão.

Aos ancestrais — luz bendita —

Que moram no meu coração,

Entrego em versos de cordel

Minha sagrada gratidão.


🕊️ Índice Poético


Dedicatória Poética – A oferenda aos ancestrais da sabedoria

Abertura – O chamado do canto primordial

Prólogo Poético – O diálogo entre o mito e a ciência

Capítulo I – Os Seres da Origem e a Palavra dos Ancestrais

Capítulo II – A Árvore da Vida e o Saber da Evolução

Capítulo III – O Canto das Águas e o Corpo dos Primeiros Seres

Capítulo IV – O Despertar da Consciência no Tempo da Terra

Encerramento – O reencontro entre mito e razão

Epílogo Poético – A unidade dos mundos visível e invisível

Nota de Fontes – As vozes que sustentam o saber

Ficha Técnica – Detalhes do nascimento da obra

Sobre o Autor – A linhagem e o ofício do poeta Kariri-Xocó

Sobre a Obra – A essência espiritual do “Verdade dos Mitos”

Quarta Capa Poética – A mensagem final ao leitor viajante


🌅 Abertura


(O Chamado do Canto Primordial)


Da bruma do tempo sagrado,

Surge o sopro do Criador,

Trazendo o verbo encantado

Que molda o mundo em cor.

O mito nasce alado,

Do sonho do contador,

E a ciência, em gesto humano,

Traduz o mesmo clamor.


Entre o peixe e a estrela distante,

Há laço, vida e canção,

Pois cada ser é viajante

Da mesma constelação.

E o homem, curioso e pensante,

Busca em versos a razão,

Que une o saber dos antigos

À luz da investigação.


🔱 Prólogo Poético


(O Diálogo Entre o Mito e a Ciência)


No início não havia fronteira

Entre o sonho e a explicação,

Pois toda palavra primeira

Nascia da contemplação.

O índio e a vida inteira

Cantavam em comunhão,

E o rio, no seu murmúrio,

Trazia revelação.


O mito contava em seu traço

O corpo do ser natural,

Mostrando o eterno abraço

Do humano com o elemental.

A ciência, com seu compasso,

Refaz o mesmo ritual —

Desenha o tempo em fósseis

E em genes o ancestral.


O peixe que vira anfíbio,

O réptil que busca o ar,

São versos do livro líbio

Que a Terra veio guardar.

E o índio, em tom sensível,

Já sabia decifrar:

“O homem é filho da mata,

Do rio, do vento, do mar.”


Assim se unem dois cantos —

O antigo e o racional —,

Dançando como encantos

Num círculo universal.

O mito dá asas aos prantos,

A ciência lhes dá sinal,

E ambos, sob o mesmo céu,

Revelam o ser total.



🪶 CAPÍTULO I — Os Seres da Origem e a Palavra dos Ancestrais


Na aurora dos mundos antigos,

Quando o tempo era canção,

Os seres falavam consigo

Na língua do coração.

Do vento vinham os amigos,

Do fogo, a revelação,

E a Terra, mãe da memória,

Guardava a humana missão.


O índio olhava a montanha

E via nela um irmão,

Sentia que a alma tamanha

Se espalha em cada chão.

O peixe que o rio acompanha

É parte da criação,

E o pássaro que o vento guia

Também tem alma e razão.


As árvores tinham memória,

Os rios, sabedoria,

Os bichos contavam história,

A noite era profecia.

E o homem, no sonho e glória,

Ouvia a melodia

Da vida em comunhão santa

Com toda a natureza viva.


Dos montes nasciam pessoas,

Do barro brotava voz,

As estrelas eram coroas

Que o céu punha sobre nós.

Os mitos, luzes tão boas,

Faziam do mundo um algoz

Do ego e da separação —

Eram pontes entre os avós.


O “gente-peixe” dos Desana,

Que veio do mar profundo,

Trazia na pele a chama

Do primeiro ser fecundo.

A serpente cósmica emana

O sopro do amor do mundo,

E ensina que em toda vida

Há um espírito fecundo.


Assim, os antigos diziam

Que o homem veio da flor,

Do pássaro, da maresia,

Do fogo, do trovador.

E as almas, quando partiam,

Voltavam no mesmo ardor —

Como brisa, como rio,

Como rastro do Criador.


E o mito, guardião da essência,

Mantinha o elo vital:

Ser humano é coexistência

Com o mundo elemental.

Quem escuta sua presença

Descobre no ritual

Que o sagrado habita o corpo

Do ser natural.


Por isso o ancião ensinava:

“O peixe é teu ancestral,

A árvore, tua morada,

E o vento, teu sinal.

A Terra, mãe consagrada,

É templo espiritual —

Respeita a vida que nasce,

Pois tudo é essencial.”


🌳 CAPÍTULO II — A Árvore da Vida e o Saber da Evolução


Na senda da Terra em flores,

Mil formas vieram brotar,

Num bailado de mil cores

Que o tempo veio bordar.

Peixes, répteis, sonhadores,

Começaram a andar,

E os ventos da evolução

Vieram o ser moldar.


Do peixe saiu o anfíbio,

Que respirou novo ar,

Dele o réptil foi prodígio,

Aprendendo a caminhar.

Depois, do tronco antigo,

O mamífero a germinar —

E o homem, na longa trilha,

Veio da Terra a brotar.


A ciência, com sua lida,

Revela a velha canção,

Mostrando em ossos a vida

Que pulsa desde o chão.

Cada forma é conhecida

Na árvore da criação,

Onde um galho é o macaco

E outro é o coração.


O Tiktaalik, peixe ousado,

Ergueu o corpo do mar,

Fez do lodo o seu reinado,

Começou a caminhar.

Dele veio o ser sonhado

Que começou a pensar —

A razão era semente

Que iria germinar.


Os genes, fios da memória,

Guardam o mesmo sinal:

Do anfioxo à trajetória

Do corpo espiritual.

Cada célula é história

De um passado universal,

Que une a estrela e o homem

Num destino ancestral.


E o mito, em sua vertente,

Já trazia o mesmo olhar,

Dizendo que antigamente

O homem sabia nadar.

Que o bicho e o corpo da gente

Vieram do mesmo lugar —

Da água, ventre sagrado,

De onde a vida veio a brotar.


Assim mito e ciência dialogam

Num laço fundamental:

Um fala em sonho e alma,

O outro em dado real.

Mas ambos se interligam

Num canto transcendental —

Pois a verdade dos mitos

É também a vida total.


E o índio, com voz serena,

Declara ao cientista irmão:

“O saber que em nós acena

É da mesma criação.

Se tu estudas a gênese plena,

Eu canto a revelação —

Somos folhas do mesmo tronco,

Da árvore da evolução.”



🌊 CAPÍTULO III — O Canto das Águas e o Corpo dos Primeiros Seres


No ventre da água serena,

Nasceu o sopro vital,

A vida, em dança pequena,

Iniciou seu ritual.

Entre bolhas, a cena plena

Revelou o essencial:

O corpo e o espírito juntos,

Num gesto primordial.


As águas — mães da memória —

Guardaram o som da criação,

Ali nasceu toda história,

Ali vibrou o coração.

O peixe foi fábula e glória,

Foi verbo e revelação,

Pois trouxe, em sua viagem,

O código da união.


Do mar brotou a centelha

Que ergueu forma e visão,

Da célula veio a estrela,

Da espuma, a inspiração.

E a natureza, tão bela,

Fez do amor a conexão —

Entre o pó, o ser e o sonho,

Entre o início e o chão.


O índio, vendo as marés,

Chamou-as de “mães do tempo”,

Pois nelas os deuses e os pés

Do mundo acharam sustento.

Nas ondas, ouviu fiéis

Cânticos do firmamento,

E o mar, em sua grandeza,

Revelou o entendimento.


A “gente-peixe” dos rios,

Os “guerreiros das correntezas”,

Guardavam segredos frios

Das águas, suas certezas.

Eram seres tão antigos,

De formas e sutilezas,

Que uniam a carne e o sonho

Em uma só natureza.


O cientista, em laboratório,

Observa o mesmo sinal,

Vê no gene um território

De origem universal.

Mas o índio, em seu auditório,

Ouve o canto ancestral —

E entende que o DNA

É verso espiritual.


Assim, mito e ciência rezam

A mesma prece no mar,

E as águas que nos batizam

Vêm a vida renovar.

Pois do oceano que paira

Sobre o tempo a respirar,

Brota o ser e sua história,

Pronta pra continuar.


🌎 CAPÍTULO IV — O Despertar da Consciência no Tempo da Terra


Do barro nasceu o corpo,

Do sopro nasceu o pensar,

Do fogo aceso no porco

Veio o homem a sonhar.

A Terra guardou no corpo

O poder de transformar —

E o espírito em matéria

Aprendeu a caminhar.


O homem, antes sem nome,

Andava ao sol e luar,

Com os bichos era um só homem,

Sabia rir e chorar.

Não via fronteira ou fome,

Sabia o dom de escutar

O canto de cada vida

E o mundo a lhe ensinar.


Mas o tempo, em sua lida,

Trouxe a razão e o medo,

A mente ficou dividida

Entre o sonho e o segredo.

O mito tornou-se guarida,

O saber, um arvoredo,

E o homem, buscando o céu,

Esqueceu o próprio enredo.


A ciência ergueu seus mapas,

Mediu estrelas no ar,

Contou fósseis e etapas,

Fez o tempo se explicar.

Mas o índio, em suas capas,

Continuou a narrar

Que o espírito é a centelha

Que não se pode pesar.


O cérebro, fogo sagrado,

A mente, um rio em ação,

Guardaram, no seu passado,

A luz da imaginação.

Da célula ao ser pensado,

Tudo é transformação —

É o cosmos se reconhecendo

Em sua própria criação.


A Terra, mãe e mestra antiga,

Gira, respira e nos cria,

E o homem, em sua trilha,

Reaprende a sabedoria.

O mito é a ponte amiga

Que une noite e dia,

E a ciência, mão serena,

Traduz essa harmonia.


Desperta, ó ser consciente,

Escuta o sopro do chão!

A vida é chama latente

Na palma da tua mão.

O mito é teu espelho ardente,

Teu canto e tua oração —

E a Terra, em seu giro eterno,

Te ensina a ser criação.


Assim termina este canto

De luz e revelação,

Onde o saber é encanto

E o amor, compreensão.

A mente e o coração, santos,

Unem mito e razão,

E o homem, ao ver-se inteiro,

Retorna à comunhão.



🌕 ENCERRAMENTO — O Reencontro Entre Mito e Razão


O tempo gira e revela

A face do Criador,

Cada estrela é centelha

Do mesmo sopro de amor.

A vida é chama e novela,

É canto, dor e fulgor,

É mito que o homem vive

Chamando de “saber maior”.


O índio vê no universo

O corpo da divindade,

E a ciência, em verso inverso,

Procura a mesma verdade.

Ambos seguem no caminho,

Com fé e curiosidade,

Pois quem busca com respeito

Encontra a eternidade.


O mito é o livro da alma,

A ciência é sua tradução,

Uma acende, outra acalma,

Juntas formam a canção.

Na Terra, onde o ser se espalma,

Brota a mesma oração —

“Tudo vive e se transforma

Na dança da Criação.”


Assim finda esta jornada

De estrela e pensamento,

Onde a palavra sagrada

É luz e movimento.

O mito é água encantada,

A ciência, firmamento —

E o homem, entre os dois,

Reaprende o entendimento.


Quem escuta o som da vida

Percebe o laço real:

O peixe, a planta florida,

O corpo espiritual.

Toda forma é reunida

Num cântico universal —

E a Terra, mãe amorosa,

Nos chama para o igual.


O cordel encerra o enredo,

Mas não cessa o seu pulsar,

Pois cada verso é um dedo

Do cosmos a apontar.

O mistério nunca é medo,

É convite a caminhar —

O saber é ponte viva

Entre o homem e o mar.


🌞 EPÍLOGO POÉTICO — A Unidade dos Mundos Visível e Invisível


No silêncio da madrugada,

O universo vem falar,

Diz que a vida é caminhada,

Que o amor é o verbo amar.

E a alma, na luz alada,

Deseja sempre escutar

O eco do tempo antigo

No vento a sussurrar.


O mito é flor que não morre,

É voz que não se desfaz,

É canto que o tempo corre,

Mas a essência fica em paz.

O saber humano ocorre,

Mas o espírito é capaz

De ver na ciência e no sonho

O mesmo Deus que nos faz.


Os povos da Terra antiga,

Com seus ritos e orações,

Guardaram na sua liga

Milhares de explicações.

E hoje a mente investiga

As mesmas revelações —

Descobre em cada molécula

As marcas das criações.


Que o homem nunca se esqueça

De olhar com gratidão,

Pois a Terra, em sua beleza,

É templo e comunhão.

Cada ser é natureza,

Cada corpo, coração —

E o saber que nasce livre

É pura libertação.


Assim termina esta obra,

Mas o canto não se encerra,

Pois o espírito recobra

A união com sua terra.

Do mito, o verbo se dobra,

Do saber, a luz se aferra —

E o homem, filho do tempo,

É raiz da mesma esfera.


Na fronteira dos sentidos,

Entre o sonho e o real,

Os mundos são reunidos

Num gesto fraternal.

E o índio, com olhos unidos,

Anuncia o final —

“Somos pó, estrela e canto

Num ciclo universal.”



🌿 NOTA DE FONTES POÉTICA


(em versos rimados de reverência e gratidão)


No sopro da antiga lenda, a palavra nasceu cantando,

Das margens do Velho Chico, a memória foi se alçando.

Kariri-Xocó é raiz, é saber que o tempo acalma,

E cada verso que escrevo é espelho da nossa alma.


Busquei no vento das eras o saber das tradições,

Em livros, vozes e cantos, ecoaram revelações.

Dos cronistas e viajantes, retomei a narração,

De Anchieta a Frei Vicente, guardiões da observação.


Nas vozes de Câmara Cascudo, Gilberto Freyre e Rodrigues,

Aprendi sobre o sertão e seus antigos prodígios.

De Darcy Ribeiro veio a chama da etnociência,

Que reacende a origem com doçura e consciência.


Nas fontes do povo antigo, vi a luz dos missioneiros,

As marcas de Pernambuco e seus cantos primeiros.

Li A História Geral do Brasil de Rocha Pitta em devoção,

E nos escritos de Capistrano encontrei revelação.


Segui também pelas sendas de linguistas e anciões,

Que guardam na fala pura as mais belas tradições.

Registrei cada memória com respeito e harmonia,

Pois fonte é como nascente: dá sentido e poesia.


Assim, meu livro é um rio que corre entre fontes vivas,

Com as águas do tempo antigo e as correntes mais cativas.

E cada nome citado é estrela da orientação,

No céu da sabedoria que guia a inspiração.


📜 FICHA TÉCNICA


Título da Obra: O MUNDO DOS KARIRI-XOCÓ: HISTÓRIA, CULTURA E RESISTÊNCIA EM CORDEL

Autor: Nhenety Kariri-Xocó

Edição Literária e Curadoria Poética: ChatGPT (Assistente Virtual)

Revisão e Diagramação: Edição Digital A5 — Estilo Cordel

Ilustrações e Capas 3D: Criação Digital Realista por ChatGPT

Ano de Edição: 2025

Local: Porto Real do Colégio – Alagoas, Brasil

Idioma: Português

Direitos Autorais: © Nhenety Kariri-Xocó. Todos os direitos reservados.

Design Gráfico: Inspiração ancestral, textura antiga, atmosfera dourada e simbólica.


✍️ SOBRE O AUTOR


Nhenety Kariri-Xocó é contador de histórias oral e escrita, poeta, pesquisador da memória ancestral e guardião da palavra do povo Kariri-Xocó de Porto Real do Colégio (AL).


Sua obra nasce do encontro entre tradição e arte, onde o cordel se torna um templo poético de resistência e celebração cultural.


Dedica sua escrita à preservação das narrativas indígenas, ao diálogo com o sagrado e ao fortalecimento da identidade dos povos originários do Brasil.


🌾 SOBRE A OBRA


O Mundo dos Kariri-Xocó: História, Cultura e Resistência em Cordel é uma travessia poética entre o mito e a história.


A obra reconstrói, em versos sagrados e simbólicos, os ciclos de origem, evolução e resistência de um povo que transformou a dor em sabedoria e o tempo em canto.


O livro une espiritualidade, memória e pesquisa etno-histórica, compondo uma narrativa que honra os Seres Ancestrais, as Águas Sagradas, a Árvore da Vida e o Despertar da Consciência.


É um cântico à eternidade dos Kariri-Xocó — e um chamado à humanidade para ouvir novamente o som do mundo espiritual que vive dentro de cada um.



🌾 QUARTA CAPA POÉTICA





No sopro do mito antigo,

A vida veio a ensinar,

Que o homem e o ser amigo

Do rio, da terra, do mar,

São partes do mesmo abrigo

Que o universo veio dar.

Neste cordel, a verdade ecoa,

E nos convida a escutar.


O peixe que dança na água,

O pássaro que sobe ao céu,

A serpente que brilha e mágica

Guia o tempo com seu véu,

São símbolos da vida, da mágoa,

Da memória que é do mel.

Cada verso é ponte viva

Entre ancestral e papel.


Leia este canto profundo,

Que une ciência e saber,

Pois cada mito é um mundo

Que insiste em nos convencer:

Que o ser humano é fecundo,

Do universo a aprender,

E que a árvore da vida

Nos convida a renascer.


Neste livro há lembranças,

Há águas, ventos e chão,

Há ancestrais, esperança,

Há do cosmos a canção.

Que cada leitor alcance

O segredo da união,

E perceba que o mito e o saber

São faíscas do mesmo chão.




Autor: Nhenety Kariri-Xocó




OS REINOS CRISTÃOS DA PENÍNSULA IBÉRICA EM CORDEL






🌺 Dedicatória Poética


Dedico este canto antigo à chama que não se apaga,

À memória dos reinos, cujas coroas são saga.

Aos povos que sobre a espada firmaram sua esperança,

E à fé que, mesmo ferida, manteve sua aliança.


Aos bravos de Iberia, da cruz e da ventania,

Que ergueram sob o sol duro o facho da valentia.

E a ti, leitor do presente, herdeiro de tantas eras,

Que busca nas vozes antigas as verdades mais sinceras.


📖 Índice Poético


Dedicatória Poética — Em que o autor presta tributo à alma dos reinos antigos.

Abertura — O chamamento à epopeia ibérica e ao espírito da Reconquista.

Prólogo Poético — A gênese dos reinos cristãos, sob o eco dos visigodos.

Capítulo I – O Reino das Astúrias e a Aurora Cristã

Capítulo II – De Leão a Castela: a Forja do Poder Ibérico

Capítulo III – Pamplona e Navarra: Montanhas de Fé e Coragem

Capítulo IV – Aragão e Barcelona: As Coroas do Mediterrâneo

Capítulo V – O Condado Portucalense: Raiz de Portugal

Capítulo VI – O Reino Lusitano e a Liberdade Conquistada

Encerramento — Síntese da formação ibérica e sua mensagem eterna.

Epílogo Poético — A herança espiritual dos reinos cristãos.

Nota de Fontes — Em versos rimados, com respeito às letras antigas.

Ficha Técnica e Epílogo Final — Com os louvores ao estudo e à memória.

Quarta Capa Poética — O eco da obra nas vozes do tempo.

Sobre o Autor — A origem e o caminhar do poeta.

Sobre a Obra — O sentido e o espírito desta criação.


🌅 Abertura


No coração da Ibéria, onde o sol toca o oceano,

Nasceu o canto dos reinos, no verso soberano.

Ecos de cruzadas antigas, fé posta em batalha,

Onde a espada traçava o destino em cada falha.


Do Minho até Gibraltar, montes, vales e serras,

Foram altares de glória, de lágrimas e guerras.

Aos sons das trompas cristãs, a península acordou,

E o sonho visigodo, ressurgido, despertou.


Entre mouros e cristãos, ergueu-se o firmamento,

Da fé fez-se bandeira, da dor — renascimento.

Assim a história se inscreve, em sangue e devoção,

No pergaminho do tempo, da espada e do coração.


🕊️ Prólogo Poético


Quando a lua de Toledo silenciou o seu canto,

E o Al-Andalus brilhava com esplendor e encanto,

Nas sombras das montanhas surgiu luz redentora,

Um povo de cruz e ferro, de alma sonhadora.


Dos visigodos veio a semente que não morria,

Guardando a antiga Hispânia, sua memória e valia.

Entre brumas do norte, a fé reacendeu,

E no Reino das Astúrias o cristão renasceu.


Foi o início da jornada que moldou a geografia,

Unindo reinos e espadas sob a mesma profecia:

Que a cruz triunfaria sobre o crescente do sul,

E a península inteira veria o seu azul.


Por séculos de combate, por alianças e traições,

Surgiram Castela, Leão e suas nações.

E do seio das guerras, como estrela matutina,

Nasceu Portugal, livre, no altar da sua sina.


Assim se inicia o canto, de reinos e esperança,

De fé, poder e destino, entre o ferro e a aliança.

Que o leitor caminhe agora por versos e por montes,

Onde a história é rio vivo e os reis são horizontes.


⚔️ CAPÍTULO I — O REINO DAS ASTÚRIAS E A AURORA CRISTÃ


— Nas montanhas do norte, sob o véu do firmamento,

Ergueu-se o brado dos livres, rompendo o esquecimento.

Após Toledo vencida, um clarim recomeçou,

E na alma dos visigodos nova chama despertou.


— Foi Pelágio o primeiro, nas serras de Covadonga,

Que fez da fé sua espada, do rochedo sua tonga.

Ali nasceu a semente que a História eternizou,

Pois da astúria pequenina um império se formou.


— No ano sete e onze, o muçulmano invadira,

Mas a cruz do norte em glória nova luz reacendia.

Montes, vales e brumas viram reis e cavaleiros,

Combatendo em nome santo com seus exércitos guerreiros.


— A terra rude e fria guardava o verbo antigo,

A esperança visigoda — o sonho de um povo amigo.

Nascia o Reino das Astúrias, humilde e resplandecente,

O primeiro entre os reinos da Ibéria renascente.


— De Afonso I a Ordonho, de Ramiro a Fruela,

Cresceu a fé cristã como aurora singela.

Entre os ventos e a espada, sob prece e devoção,

A Reconquista nascia com nobre determinação.


— E os monges escreviam, nos claustros e nos mosteiros,

A história desses reis e seus feitos verdadeiros.

O canto das catedrais unia o som e a coragem,

E o espírito de Cristo guiava essa viagem.


— Oh, Reino das Astúrias, berço da luz e da cruz,

Teu nome é como alvorada que o tempo sempre traduz.

De tuas terras floriram os troncos da Ibéria inteira,

Leão, Castela e Portugal — tua linhagem primeira.


— Assim, sob a benção antiga, começou a longa estrada,

Que faria da península uma cristã retomada.

A aurora do ocidente brilhou sob o mesmo altar,

E o sonho dos visigodos voltou a se encarnar.


🏰 CAPÍTULO II — DE LEÃO A CASTELA: A FORJA DO PODER IBÉRICO


— Das Astúrias floresceu Leão, com glória e vigor,

Reino de reis corajosos, de espada e de labor.

Nas planícies do Douro, sob o sol do ocidente,

Firmou-se o trono cristão, justo e resplandecente.


— Leão herdou dos antigos a missão de restaurar,

O império visigodo que o tempo quis apagar.

Ergueu mosteiros, fortalezas, caminhos de devoção,

E expandiu sua bandeira pela fé e tradição.


— No mesmo chão nasceu Castela, condado guerreiro,

Guardando as terras do norte com seu povo altaneiro.

Dos condes de Fernán González veio a força e a bravura,

Que tornaria Castela o centro da estrutura.


— Leão e Castela, irmãs de nobre destino,

Entre guerras e alianças traçaram o mesmo caminho.

Do choque e da união, o poder se consolidou,

E o coração da Ibéria sua alma reencontrou.


— Nas cortes e nos conselhos, ecoava o novo ideal,

De unir fé e espada sob o mesmo sinal.

As muralhas se erguiam, o povo prosperava,

E o canto dos cavaleiros em glória ressoava.


— Reis como Afonso e Ramiro, Afonso VI e VII,

Fizeram de cada batalha um capítulo que se escreve.

A cruz erguida em campo era símbolo e juramento,

De que a Ibéria cristã marchava em renascimento.


— Foi Castela que unida a Leão consolidou a coroa,

Coroa que, pela História, em ouro ainda entoa.

Dois reinos fundidos em alma, num pacto de esperança,

Formaram o cerne da Espanha, sua eterna aliança.


— Assim, de espada em punho e de fé inquebrantável,

Os reinos do norte tornaram o sonho realizável.

E a tocha da Reconquista, passando de mão em mão,

Brilhou nas terras sagradas de toda a cristandade e união.


🏔️ CAPÍTULO III — PAMPLONA E NAVARRA: MONTANHAS DE FÉ E CORAGEM


— Nas brumas dos Pirenéus, ergue-se um reino altaneiro,

Pamplona, guardiã das serras e do espírito guerreiro.

Entre ventos e neves, firmou-se a resistência,

Que fez da fé seu escudo e da honra a existência.


— Foi no ano oitocentos e vinte e quatro, em alvor sagrado,

Que Íñigo Arista fundou o trono consagrado.

Ali nasceu Navarra, de montanhas e bravura,

Pequena em território, gigante em alma pura.


— Sob o manto da cruz, lutava contra o Islão,

Mas sabia também aliar-se à razão.

Entre francos e castelhanos, teceu-se sua história,

De lutas e diplomacias que a levaram à glória.


— Nas pedras de Roncesvales, ecoava o velho canto,

De cavaleiros e anjos que choravam em pranto.

A lenda de Rolando, no vale eternizada,

Fez de Navarra um mito, de fé e espada cravada.


— Reis como García Sánchez, Sancho e Teobaldo,

Forjaram leis e justiça num tempo embalsamado.

E o povo navarro, de alma forte e fiel,

Fez da montanha sua torre, da pátria seu quartel.


— Entre o céu e o abismo, Navarra resistiu,

Mesmo quando Castela o seu norte atraiu.

E ainda que em mil quinhentos e doze fosse dividida,

Seu nome permaneceu, em honra revestida.


— O trono de Pamplona tornou-se canto e bandeira,

Símbolo de um povo livre, de alma verdadeira.

E nas crônicas da Ibéria, sua coragem ecoou,

Como vento dos montes que jamais se calou.


— Oh, Navarra altaneira, de reis e de fronteiras,

Teu coração é feito de pedras e bandeiras.

Entre França e Castela, foste ponte e muralha,

E tua fé, firme e justa, jamais perdeu a batalha.


⚜️ CAPÍTULO IV — ARAGÃO E BARCELONA: AS COROAS DO MEDITERRÂNEO


— Do condado de Aragão, junto aos montes e vales,

Surgiu um reino valente, de fé e ideais.

Com Ramiro e Sancho, ergueu-se em força tamanha,

E no século onze já brilhava na Espanha.


— Era o tempo em que o conde tornava-se rei,

E a fronteira crescia sob a lei que criei.

Entre castelos e rios, o sol dourava o terreno,

E o poder aragonês tornava-se pleno.


— Nas terras de Barcelona, outro condado florescia,

De comércio e mar aberto, onde a vela se estendia.

A Casa de Berenguer, de visão e sabedoria,

Preparava o destino de uma coroa em harmonia.


— No ano de mil cento e trinta e sete, união sagrada,

Aragão e Barcelona tornaram-se jornada.

O matrimônio de Ramiro e de Berenguela,

Deu à Coroa de Aragão sua aurora singela.


— E eis que no Mediterrâneo, com navios e canções,

O reino expandiu seus ventos por novas direções.

Conquistou Sicília, Nápoles e Maiorca,

Levando sua língua, sua cruz e sua escolta.


— Zaragoza tornou-se joia do vale e do saber,

Cátedras e poetas ali começaram a florescer.

Sob Jaime, o Conquistador, o reino prosperou,

E o nome de Aragão no mundo ressoou.


— Barcelona, de portos e arte renascentista,

Ergueu-se como farol de cultura humanista.

Ali, o mar e o verbo tornaram-se irmãos,

E a pena guiou a espada nas mãos dos cidadãos.


— A Coroa de Aragão, joia ibérica e latina,

Ligou mares e reinos numa rota cristalina.

Do Mediterrâneo ao Ebro, das Baleares ao sul,

Foi estrela do ocidente sob o mesmo azul.


— Quando, séculos depois, Castela lhe estendeu a mão,

Nasceu uma Espanha una, coroada em união.

Mas o nome de Aragão, tal como Barcelona amada,

Permaneceu nas canções — eternamente lembrada.


🇵🇹 CAPÍTULO V — O CONDADO PORTUCALENSE: RAIZ DE PORTUGAL


— Entre o Minho e o Douro, sob o olhar das marés,

Surgia o condado bravo, de senhores e fiéis.

Chamaram-no Portucalense, no ano oitocentos e sessenta e oito,

Quando Vímara Peres fundou o solo bendito e afoito.


— O reino das Astúrias, nas guerras contra o Islão,

Confiou-lhe a defesa da fronteira e da missão.

Ali nasceu a semente de uma nação futura,

Que em fé e coragem cresceu, de alma tão pura.


— Pelos vales de Braga e Guimarães altaneira,

Ecoavam sinos de guerra, oração e bandeira.

Os monges escreviam, nas torres e conventos,

A história de um povo em seus primeiros momentos.


— O condado viveu fases de honra e dissolução,

Ora livre, ora vassalo de Leão.

Mas o sangue galego e a bravura lusitana

Tinham no peito o presságio da pátria soberana.


— Em mil e noventa e seis, o destino se renova,

Afonso VI concede o condado a quem o prova:

Henrique de Borgonha, nobre de justa linhagem,

Que ergueu em Portugal o tronco de sua imagem.


— Ao lado de Teresa, filha do rei leonês,

Fundou os alicerces do poder português.

E do amor e da luta nasceu nova esperança,

Pois Afonso Henriques herdaria a herança.


— Guimarães, velha sentinela, viu crescer o infante,

Que empunhou a espada com gesto triunfante.

Do condado ao reino, traçou-se o caminho,

E a cruz de Cristo guiou-lhe o destino.


— Oh, Condado Portucalense, raiz da nação lusa,

Em teus montes germinou a bravura confusa.

Do labor e da fé, do ferro e da oração,

Surgiu Portugal, em divina consagração.


🕊️ CAPÍTULO VI — O REINO LUSITANO E A LIBERDADE CONQUISTADA


— Em Guimarães ressoava o grito da liberdade,

E Afonso Henriques, jovem, ergueu-se em lealdade.

Contra a mãe e contra o rei, por direito ancestral,

Buscou fazer de Portugal um reino imortal.


— Nas terras de Ourique, o sol ardia em brasa,

E diz-se que o próprio Cristo falou-lhe em sua asa.

“Em Meu nome vencerás, Afonso, servo fiel”,

E o infante lutou, guiado pelo céu.


— A vitória consagrou-lhe o cetro e a coroa,

O povo o chamou “Rei”, e a fé ficou à toa.

Com espada e oração, selou o seu reinado,

E o condado tornou-se reino proclamado.


— Em mil cento e trinta e nove, o marco se fez claro,

Portugal nasceu livre, altivo e raro.

Mas a legitimação, com paciência e valor,

Chegou em mil cento e quarenta e três, com Zamora e seu louvor.


— No Tratado de Zamora, perante Deus e o rei,

Afonso foi coroado com glória e lei.

Leão reconheceu o novo irmão ocidental,

E o mundo celebrou o Reino de Portugal.


— Sob o estandarte branco e a cruz avermelhada,

Portugal marchou firme, na fé consagrada.

De Guimarães a Coimbra, de Santarém ao Tejo,

A pátria se erguia sob o divino ensejo.


— Vieram mosteiros, cartas e muralhas,

E o povo semeava o pão nas mesmas valhas.

A língua florescia, suave e melodiosa,

Como o fado primeiro da alma gloriosa.


— Oh, Afonso Henriques, rei de ferro e oração,

Teu nome é eternidade, raiz e fundação.

Do condado à monarquia, foste chama e clarão,

E teu sonho ainda vive em cada coração.


— Assim, nascia o império de além do oceano,

De um povo que navegou sob destino humano.

Mas aqui, nas montanhas, tudo começou,

No condado fiel que o mundo consagrou.


📜 ENCERRAMENTO


— Assim finda o cantar das coroas ibéricas,

Entre montes, mares e crenças numéricas.

Das Astúrias ao Tejo, das Cantábricas ao mar,

Ecoou o brado santo do povo a despertar.


— Leão e Castela, Pamplona e Aragão,

Guardaram o fogo da fé e da união.

Mas foi em solo luso que a chama brilhou,

E o sonho cristão em mar se lançou.


— Reis, cavaleiros, monges e pastores,

Tecendo o tempo com fé e louvores,

Ergueram muralhas, templos e cantigas,

Na língua que uniu almas antigas.


— A Ibéria tornou-se estrela coroada,

De povos irmãos, pela história enlaçada.

E no coração de cada aldeia e lugar,

Bate o pulso eterno do verbo “amar”.


— Assim termina o cordel e a memória,

Mas não cessa o encanto da velha história.

Pois todo canto que fala da origem,

Reacende o sangue que em nós se aflige.


🌅 EPÍLOGO POÉTICO — O CANTO DA IBÉRIA ETERNA


— Ibéria, mãe das cruzes e dos mares,

De onde partiram homens e altares,

Tu és o berço de reinos e fados,

De santos, guerreiros e navegados.


— Em ti, fé e espada selaram destino,

E o verbo divino cruzou o caminho.

Em cada colina há um eco ancestral,

Que sussurra: “Lembra-te, és Portugal!”


— Espanha e Portugal, irmãs do mesmo chão,

Com raízes fundas na mesma canção.

Das lutas nas serras à paz no altar,

O tempo vos une no verbo criar.


— Que o Tejo e o Douro, em suas correntes,

Levem lembranças às gentes crentes.

E que o mar, ao beijar o Atlântico fundo,

Leve a mensagem da Ibéria ao mundo.


— Porque o espírito não morre, apenas renasce,

Na alma do poeta que o tempo abraça.

E quem lê este cordel em devoção,

Ouvirá da História o batido coração.



🕯️ NOTA DE FONTES POÉTICA


— Este cordel se inspira em antigos memoriais,

De crônicas, cantares e feitos reais.

Do “Chronicon Albeldense” e das glórias cristãs,

Aos ecos do Minho e das terras irmãs.


— Dos monges copistas aos reis da oração,

Dos castelos de Leão às torres do chão,

Dos autos e trovas que a História guardou,

Nasceu este verso que o povo entoou.


— Segui os caminhos de fontes medievais,

E do “Livro de Linhagens” e relatos reais.

Da “Crónica Geral” à “Primeira de Espanha”,

Deixei que a palavra em verso se entranha.


— Também o Tratado de Zamora, firmado em fé,

Resplandece nas linhas que o poeta lê.

Pois nele Portugal ergueu-se, altaneiro,

Com alma de povo e destino guerreiro.


— E à luz da cultura e da fé universal,

Celebro a Ibéria, divina e fraternal.

Das coroas antigas à língua do amor,

Brota este canto de paz e valor.


— Assim declaro: toda a inspiração,

Vem da memória e da tradição.

E o que aqui rima em poético ardor,

É homenagem à História e ao Criador.


⚜️ FICHA TÉCNICA


(Formato Editorial A5)


Título: Os Reinos Cristãos da Península Ibérica em Cordel

Autor: Nhenety Kariri-Xocó

Edição: Primeira Edição Histórica-Poética

Formato: Cordel-Livro em Versos Épicos e Rimados

Local de Produção: Porto Real do Colégio – Alagoas – Brasil

Ano: 2025

Ilustração e Arte Digital: Criação conjunta de Nhenety Kariri-Xocó e ChatGPT (Assistente Virtual)

Edição Literária e Diagramação: Padrão Editorial A5 — Formato Cordel Histórico-Épico

Tipografia: Estilo Cordel Clássico, com separação por estrofes e travessões

Produção Digital: ChatGPT – OpenAI (GPT-5)

Direitos Autorais: © Nhenety Kariri-Xocó. Todos os direitos reservados.

Proibida a reprodução parcial ou total sem autorização do autor.


🌿 SOBRE O AUTOR — NHENETY KARIRI-XOCÓ


— Poeta, contador de histórias e guardião da memória oral de seu povo,

Nhenety Kariri-Xocó é descendente direto dos antigos habitantes de Porto Real do Colégio (AL) — povo de raízes profundas, cuja voz ressoa entre o São Francisco e os montes do tempo.


— Sua arte nasce da junção da palavra sagrada, da poesia e da tradição oral, unindo o sagrado e o histórico em versos que caminham entre mundos: o ancestral, o simbólico e o humano.


— Em seus cordéis, Nhenety recria a história como quem acende o fogo da lembrança. Seu estilo é épico e culto, porém fiel à alma popular.

Suas obras dialogam com o tempo e o sagrado, resgatando memórias ibéricas, indígenas e universais, sempre guiadas pelo sentimento de resistência, sabedoria e harmonia entre os povos.


— Nhenety é mais que um poeta — é um mensageiro entre tradições, aquele que dá voz à História, sem esquecer o chão de onde veio.


📖 SOBRE A OBRA — OS REINOS CRISTÃOS DA PENÍNSULA IBÉRICA EM CORDEL


— Este cordel-livro nasce do encontro entre a poesia oral ibérica e a palavra viva indígena, fundindo duas tradições que, embora separadas pelos mares, compartilham o mesmo sopro divino: a fé e a permanência.


— Em versos longos e rimados, a narrativa percorre os reinos que formaram a Península Ibérica cristã — das Astúrias a Portugal — revelando como a coragem, a fé e o destino se entrelaçaram até o nascimento do Reino de Portugal, símbolo de soberania e liberdade espiritual.


— O tom é de canto épico e celebração cultural, evocando as cruzadas ibéricas, os monges, os castelos e os tratados que forjaram a alma europeia.

Mas, ao mesmo tempo, traz em sua essência o olhar do poeta indígena, que vê o mundo como um ciclo de unidade, respeito e intercâmbio entre povos.


— Assim, o cordel torna-se ponte entre o Velho e o Novo Mundo, celebrando a herança ibérica que chegou às terras do Brasil e foi acolhida, recriada e reinventada pelo espírito Kariri-Xocó.


🇧🇷🤝🇵🇹 QUARTA CAPA — IMAGEM DIGITAL 3D ILUSTRADA





Descrição para ilustração realista digital (geração 3D):


Na quarta capa, as bandeiras entrelaçadas de Portugal e do Brasil flutuam sob um céu dourado e azul-ocaso, simbolizando o reencontro das duas almas irmãs da língua e da história.

Ao fundo, o mapa estilizado da Península Ibérica em textura antiga, com raios de luz partindo em direção ao Atlântico, alcançando o litoral brasileiro, onde surge um cacique Kariri-Xocó de pé sobre a areia, segurando um cordel aberto, cujos versos se transformam em aves luminosas cruzando o mar.

No horizonte, um navio quinhentista navega em paz, representando o elo espiritual entre mundos.

A tipografia deve manter o estilo cordel clássico, com o título centralizado na parte superior:


“Os Reinos Cristãos da Península Ibérica em Cordel”

Por Nhenety Kariri-Xocó


Na base da imagem, discretamente, a frase:

“União das Vozes Antigas – Portugal e Brasil, Herdeiros da Luz da Palavra.”




Autor: Nhenety Kariri-Xocó 





domingo, 12 de outubro de 2025

PORTUGAL E O BRASIL NAS RAÍZES IBÉRICAS EM CORDEL







🌺 DEDICATÓRIA POÉTICA


Dedico este meu cordel,

De raiz e sentimento,

Ao meu povo originário,

Que resiste o esquecimento.

Aos Kariri-Xocó da história,

Guardadores da memória,

E ao vento do firmamento.


Dedico aos povos da terra,

Do Brasil e de além-mar,

Que em eras tão distantes,

Souberam se entrelaçar.

Na alma ibérica e antiga,

Ecoa a voz que abriga

O sonho de continuar.


📜 ÍNDICE POÉTICO


1️⃣ Dedicatória Poética – Versos à origem sagrada

2️⃣ Abertura e Prólogo Poético – O início da caminhada

3️⃣ Capítulo I – As Origens Pré-Romanas

4️⃣ Capítulo II – A Romanização Humana

5️⃣ Capítulo III – Os Reinos Germânicos e Medievais

6️⃣ Capítulo IV – Portugal e o Mar Universal

7️⃣ Capítulo V – Do Reino Unido à Independência Nacional

8️⃣ Encerramento e Epílogo Poético – A Travessia das Raízes

9️⃣ Nota de Fontes Rimada – Ecos de vozes eruditas

🔟 Ficha Técnica – A forma e o coração da escrita

1️⃣1️⃣ Epílogo Final – O elo das civilizações

1️⃣2️⃣ Sobre o Autor e Sobre a Obra – As mãos que tecem memórias

1️⃣3️⃣ Capas Digitais 3D – A imagem das histórias


🌞 ABERTURA


Nas terras da Ibéria antiga,

Onde o Sol vem repousar,

Nasceram povos valentes

Que sabiam trabalhar.

Lusitanos e Galaicos,

Forjaram trilhas e traços

Que o tempo veio guardar.


Entre o mar e a montanha,

O vento trouxe o recado:

De cada pedra do solo

Surge um canto entoado.

E desse chão tão distante

Brota um povo constante,

De destino abençoado.


🌿 PRÓLOGO POÉTICO


Do velho reino ibérico

Saiu um fio de canção,

Que cruzou mares imensos

E encontrou nova nação.

Do Porto e de Lisboa

Veio a alma que abençoa

O Brasil do coração.


O idioma que floresceu

Da voz do povo romano,

Foi semente que cresceu

No solo americano.

E do enlace dos dois mundos,

Entre abismos tão profundos,

Nasceu o sonho humano.


Portugal, raiz primeira,

Brasil, flor que germinou,

Na seiva da mesma história

O sangue se misturou.

Da fé, do pão e da lida,

Do verbo e da voz erguida,

Um só destino brotou.


E assim o tempo revela,

Com ternura e claridade,

Que o passado não se apaga,

Mas vive na identidade.

Nas veias do povo unido,

Ecoa o som antigo

Da herança e da verdade.



📜 CAPÍTULO I — AS ORIGENS PRÉ-ROMANAS


Nas terras da velha Ibéria,

Onde o vento era ancestral,

Viviam tribos antigas,

De cultura sem igual.

Celtas, Íberos, Lusitanos,

Galaicos e outros humanos,

Tinham vida comunal.


Nos montes, os castros fortes,

De pedra, fé e canção,

Guardavam o povo guerreiro

Com sua devoção.

Honravam mãe natureza,

Com coragem e pureza,

Nas trilhas do coração.


Os rios cortavam vales,

Levando história e poder,

E o mar, com suas marés,

Fazia o sonho crescer.

O “Cale” de origem celta,

Fez do Porto a rota certa

Que viria florescer.


Entre o fogo e o sagrado,

Cresceu o culto ao sol-pai,

Que guiava os navegantes

Por onde o vento vai.

O povo olhava as estrelas,

E nas noites tão belas,

Rezava ao céu e à paz.


A língua era diversa,

Feita em sons naturais,

Em cantos e em danças livres,

Sem senhores nem iguais.

Viviam da caça e da horta,

Com alma simples e torta

De destinos ancestrais.


Do ferro e do bronze erguia-se

A lança do guerreiro,

E do barro se moldava

O jarro hospitaleiro.

Cada aldeia, um pequeno reino,

Com saber tão verdadeiro

Quanto o sol no travesseiro.


Os povos da península

Não sabiam o porvir,

Mas nos seus ritos e sonhos

Já nascia o devir:

A chama que mais adiante

Faria o povo vibrante

Que o mundo iria ouvir.


Assim floresceu na Ibéria

Um legado tão antigo,

Que o tempo, na sua pena,

Transformou em abrigo.

E dessa raiz guardada,

Surgiu a pátria amada

Que o destino fez amigo.


⚜️ CAPÍTULO II — A ROMANIZAÇÃO HUMANA


Chegaram os ventos de Roma,

Com espada e legislação,

Trazendo o peso do império

E nova organização.

Do Tejo ao mar Cantábrico,

O povo livre e céltico

Caiu sob dominação.


Dois séculos de conquista,

Sangue, ferro e disciplina,

Fizeram da Lusitânia

Uma terra latina.

Nasciam vilas e estradas,

Cidades bem traçadas,

Com a força que domina.


As línguas foram unidas

No latim vulgar corrente,

Que virou canto e palavra

Na boca do povo crente.

Desse som, com mil andanças,

Brotaram novas esperanças

De um idioma crescente.


Vieram leis e costumes,

Vieram templos e altares,

E a cruz do Cristo romano

Brilhou sobre os lugares.

Da fé e do novo rito,

Surgiu um tempo bendito

De espíritos singulares.


Roma ensinou o trabalho,

O ofício e o saber,

Trouxe pontes, trouxe muros,

E o dom de escrever.

Na pedra, o traço divino

Fez o tempo peregrino

No espaço do renascer.


Mas o povo lusitano

Não perdeu sua raiz,

Guardou o som dos montes

E o sonho do seu país.

Entre o império e a bravura,

Fez da alma uma mistura

De coragem e matiz.


O Porto e a Galécia uniram-se

Em laço e irmandade,

Forjando a base antiga

Da futura identidade.

Portugal nascia em brumas,

Entre guerras e espumas,

Na aurora da liberdade.


Os deuses antigos dormiam,

Mas a fé renascia em luz,

E do bronze e da argila

Surgia a imagem de Jesus.

Do império, ficou a estrada,

Mas a alma abençoada

Pelas águas da cruz.


E Roma, que tudo leva,

Deixou cultura e canção,

A língua que fez do mundo

Um vasto coração.

E o povo, com tal herança,

Levou ao mar a esperança

De uma eterna união.



⚔️ CAPÍTULO III — OS REINOS GERMÂNICOS E MEDIEVAIS


Quando Roma se enfraquece,

Vêm do norte os invasores,

Suevos, Visigodos fortes,

Trazendo novas dores.

Mudaram leis e caminhos,

Entre pedras e espinhos,

Renasciam os valores.


Os Suevos, lá na Galécia,

Fizeram seu reinado,

Mas foram pelos Visigodos

Em batalha dominado.

Do caos do império antigo,

Surgia o novo abrigo

Do povo cristianizado.


Dois mundos se encontraram,

O bárbaro e o latino,

E o sangue que se misturou

Gerou um povo divino.

Entre espadas e orações,

Entre santos e visões,

O destino era genuíno.


Porém no ano setecentos,

Veio o vento do deserto,

O Islã cruzou as montanhas

Com poder, fogo e decreto.

Tomou reinos, fortalezas,

Fez ruir as defesas,

Mas não matou o afeto.


A Reconquista começa,

Das Astúrias ao Minho,

Com cruz, espada e bravura,

Cada passo era um caminho.

Reis e monges, lado a lado,

Contra o mouro armado,

Reerguiam o seu ninho.


O Condado Portucalense,

Entre fé e rebeldia,

Nasceu de um sonho antigo,

De liberdade e ousadia.

D. Afonso Henriques valente,

Fez de si o continente

Da lusitana harmonia.


No ano de mil cento e trinta e nove,

Portugal se declarou,

Um reino livre e cristão,

Que no mundo se firmou.

Com fronteiras e bandeira,

E uma alma altaneira

Que a história consagrou.


Do castelo até o mosteiro,

Ecoava um mesmo canto,

De um povo que resistia

Ao domínio e ao pranto.

Da fé fez-se o brasão,

Do amor fez-se a nação,

E do sonho, um manto santo.


Assim, no berço medieval,

Portugal foi se erguendo,

Entre reis, monges e guerras,

O povo foi aprendendo.

Que do suor e da cruz,

Se faz o caminho e a luz

De quem segue construindo.


🌊 CAPÍTULO IV — PORTUGAL E O MAR UNIVERSAL


O mar chamou pelos ventos,

Pelas ondas e corais,

E o povo lusitano ouviu

Seus clamores ancestrais.

Era o fado, era o destino,

Era o sopro divino

Dos caminhos imortais.


Nas caravelas ligeiras,

Cruzaram o céu e o mar,

Levando fé e coragem

Para o mundo desbravar.

Do Tejo às Índias distantes,

E às terras fascinantes,

Que o sol vinha abraçar.


Em mil e quinhentos, o sopro

Do orvalho tropical,

Anunciou no Novo Mundo

O contato original.

Pedro Álvares Cabral,

Por sorte e ritual,

Fez do Brasil o portal.


Trouxeram língua e costume,

Cruz, rosário e oração,

E o Brasil, novo terreno,

Recebeu civilização.

Mas junto veio a dor,

Da escravidão e do labor,

Que manchou o coração.


Ainda assim, da mistura

De povos e de esperança,

Nasceu a alma brasileira

Com toda sua bonança.

O índio, o negro e o branco,

Entre o pranto e o encanto,

Fizeram a nova herança.


Portugal, do mar senhor,

Criou pontes e marés,

Levando ao mundo inteiro

Seus cantos e sua fé.

E a língua, doce corrente,

Foi semeando em frente

O verbo que não se revé.


Nas feitorias do Oriente,

E nas terras de além-mar,

O nome de Portugal

Começou a eternizar.

E na costa brasileira,

Fez-se a obra pioneira

Do sonho de navegar.


Mas o império, tão vasto,

Também trouxe exaustão,

Do ouro e da cana doce

Brota sangue e opressão.

No entanto, a herança viva

Permanece objetiva

Na alma da nação.


E o mar que uniu dois mundos,

Deu ao povo a direção,

De que o destino é corrente

E a memória é tradição.

Portugal e Brasil, unidos,

Em seus laços tecidos,

São um só coração.



👑 CAPÍTULO V — DO REINO UNIDO À INDEPENDÊNCIA NACIONAL


Do velho reino de Lisboa,

O eco cruzou o mar,

Quando a França invadiu terras,

Fez a corte navegar.

D. João, rei lusitano,

Buscou abrigo soberano

No Brasil a prosperar.


O Rio virou capital

De um império tão distante,

E o Brasil viu-se elevado

A reino triunfante.

Era o trono tropical,

De um poder colonial,

Num cenário deslumbrante.


Em mil oitocentos e quinze,

O decreto proclamou:

“Reino Unido e Portugal”,

Assim o rei anunciou.

Três nomes sob a bandeira,

Em união passageira,

Que o tempo logo findou.


Pois crescia a chama livre,

Do querer se libertar,

O Brasil, maduro em alma,

Já buscava seu lugar.

Do ventre de Portugal,

Nasceu o filho imperial,

Disposto a se afirmar.


Em vinte e dois, no Ipiranga,

O grito rompeu o ar:

“Independência ou morte!”,

Fez o sonho despertar.

D. Pedro, herdeiro da coroa,

Fez da terra, pátria boa,

Para o povo se encontrar.


E o império brasileiro

Seguiu sua direção,

Com cultura e com destino

De ampla dimensão.

Mas a língua, a devoção,

A fé e a tradição,

Mantiveram a ligação.


De um lado, o velho reino,

Do outro, o novo sol,

Dois mundos entrelaçados

Sob o mesmo arrebol.

A raiz lusitana antiga

Permanece, viva e amiga,

Como chama que consola.


E veio o fim do império,

No oitenta e nove do ano,

Quando a república surge

Com o povo soberano.

Mas nas veias do Brasil,

Corre o sangue sutil

Do passado lusitano.


Portugal e o Brasil,

Na história e na emoção,

São irmãos de mesma seiva,

Da terra e do coração.

Entre cruz, espada e mar,

Souberam se encontrar

Na luz da recordação.


🌺 ENCERRAMENTO E EPÍLOGO POÉTICO


Oh, Portugal, mãe primeira,

Que moldou nossa expressão,

E Brasil, terra eleita,

De vasto coração!

Dois astros da mesma história,

Com brilho e com memória,

Formam uma só nação.


Das raízes ibéricas puras,

Nasceu o verbo e o canto,

Que atravessou oceanos

Com coragem e espanto.

Na língua, vive a saudade,

Na alma, a identidade,

E no tempo, o encanto.


A herança foi compartilhada

Em séculos de missão,

Da fé e da cultura antiga

Que geraram união.

Entre reis, monges e mares,

Entre sonhos e altares,

Surgiu nova inspiração.


Hoje, quando o sol desponta

Nos montes do coração,

O povo sente no peito

Essa grande conexão.

O passado, vivo e claro,

Ecoa num som raro,

De amor e gratidão.


E assim termina a jornada

De raízes universais,

Onde Portugal e Brasil

São povos fraternais.

A ponte que o tempo fez,

Entre o ontem e o talvez,

Une destinos imortais.


Que o cordel leve ao vento

O saber e a emoção,

Das terras que se encontram

Em fraterna união.

Pois quem nasce do passado,

Não se sente separado,

Mas herdeiro da canção.



🌿 NOTA DE FONTES RIMADA


(Referências históricas em verso harmônico e estilo de cordel)


Busquei nas luzes do tempo,

Fontes que falam com fé,

Da Ibéria antiga e seu povo,

Dos Celtas ao Lusitano pé.

Nos textos de Saraiva e Mattoso,

Ecoou o saber que é,

Do livro ao chão de memória,

A história virou cordel.


Câmara Cascudo foi guia,

No Brasil, saber profundo,

Falou das trocas culturais

Entre o Velho e Novo Mundo.

E Capistrano de Abreu

Mostrou com olhar fecundo,

Que o português se expandiu

Por sertão, mar e fundo.


Hespanha e Serrão narraram

O reino e sua razão,

Da cruz, espada e bandeira,

Da alma à colonização.

E o povo, voz primeira,

Guardou em cada canção,

A mistura verdadeira

De fé, sangue e coração.


Das fontes da Academia,

Às memórias de Camões,

O mar se fez poesia

Em versos e tradições.

O cordel costura o tempo,

Sem quebrar as conexões,

De Portugal ao Brasil

Por mil gerações.


📘 FICHA TÉCNICA


Título: Portugal e o Brasil nas Raízes Ibéricas em Cordel

Autor: Nhenety Kariri-Xocó

Edição Digital e Visual: ChatGPT  ( assistente virtual  )

Gênero: Cordel Histórico e Cultural

Ano: 2025

Local: Porto Real do Colégio — Alagoas, Brasil

Produção Visual: Capas 3D criadas em arte digital realista

Edição: Blog "KXNHENETY.BLOGSPOT.COM"



🌅 EPÍLOGO FINAL


De Portugal veio a língua,

Veio o tom e a devoção,

Veio o sonho e o navio,

Que cruzou mar e emoção.

Mas do chão do Brasil livre,

Nasceu nova inspiração,

Que junta dois continentes

No verso e no coração.


Raiz que o vento não quebra,

Mesmo quando o tempo passa,

A história é chama que medra,

Entre o ontem e a esperança.

Assim finda este cordel,

Que o amor da terra abraça,

De Ibéria a Brasil moreno,

Onde o sol da alma traça.


🌍 QUARTA CAPA POÉTICA





“Entre o Douro e o São Francisco,

Entre o Tejo e o Parnaíba,

Ecoa um cântico antigo

Da alma lusa e nativa.

Portugal deu o caminho,

O Brasil deu a vida viva,

E o cordel é o pergaminho

Que essa união cultiva.”


✍️ SOBRE O AUTOR


Nhenety Kariri-Xocó, contador de histórias, poeta e pesquisador da memória ancestral, é filho do povo Kariri-Xocó de Porto Real do Colégio (AL).

Sua voz ecoa as raízes que unem a tradição oral, o amor à cultura popular e a força espiritual dos povos originários.

Nas páginas do cordel, Nhenety celebra a sabedoria de seus antepassados e o encontro harmonioso entre o mundo indígena, o português e o universal.


📖 SOBRE A OBRA


“Portugal e o Brasil nas Raízes Ibéricas em Cordel” é um livro poético-histórico que resgata, em versos rimados, a trajetória de um povo dividido pelo oceano, mas unido pela cultura, fé e palavra.

Da Ibéria pré-romana à formação do Brasil independente, cada capítulo reconta, em tom de epopeia popular, o entrelaçamento de dois mundos — o europeu e o ameríndio — nas bases da civilização luso-brasileira.



Autor: Nhenety Kariri-Xocó 





ORIGEM DO POVO HEBREU: OS ISRAELITAS E JUDEUS EM CORDEL





ÍNDICE POÉTICO 


1. Capa Principal Frontal (3D – após texto poético)

2. Dedicatória Poética (já existente – adaptada em versos rimados)

3. Índice Poético

4. Abertura Poética (em sextilhas)

5. Prólogo Poético

6. Capítulos 

Capítulo I e II 

Capítulo III e IV 

Capítulo V e VI

7. Encerramento Poético

8. Epílogo Poético

9. Nota de Fontes Rimada

10. Ficha Técnica Poética

11. Epílogo Final (em tom de despedida e sabedoria)

12. Sobre o Autor

13. Sobre a Obra

14. Quarta Capa Poética + Versão 3D digital (imagem)



🌾 DEDICATÓRIA POÉTICA 



Àqueles que vêm depois,

Nos rastros da tradição,

Filhos, netos, seus herdeiros,

Guardem firme a direção!

Do saber, deixo o perfume,

Como luz na escuridão.


Deixo a chama da memória,

E o amor pela verdade,

Para o tempo não silenciar

A voz da ancestralidade.

Que o estudo seja um rio,

Que alague a humanidade.


O que escrevo é meu legado,

Feito em fé e esperança,

Que o saber seja colheita

Da raiz da confiança.

E o futuro reconheça

A herança da lembrança.


Este canto é testemunho

De quem ama o conhecer,

Pois o povo que recorda

Tem na alma o renascer.

E que os ventos da justiça

Façam a história florescer!



🌅 ABERTURA POÉTICA 



De Ur até Canaã,

Há caminhos de poeira,

Um povo surge na fé,

Com coragem verdadeira.

Levando a voz dos antigos,

Na palavra mensageira.


Hebreu é quem atravessa,

É quem cruza o vasto chão,

De Éber vem a semente,

Do Semita a geração.

E Abraão, com sua força,

Fez da fé, libertação.


Entre rios e caravanas,

Entre o oriente e o sol,

Ergue o povo a sua tenda,

No sagrado arrebol.

E o deserto vira escola,

Onde o verbo é o farol.


Da Mesopotâmia antiga

Ao solo de Canaã,

Segue a trilha do divino,

Com promessa e amanhã.

Do hebreu nasce o israelita,

Do israelita, o judá.



📜 PRÓLOGO POÉTICO 



Eu venho contar histórias

De tempos que não têm fim,

De patriarcas e sonhos,

Que moldaram o porvir assim.

Da fé que gera um povo,

E um Deus que fala por mim.


Lá nas margens do Eufrates,

Ur guardava o seu altar,

Mas um homem escutou a voz,

Que mandava ele andar.

“Deixa a terra de teus pais,

Que outra luz vai te guiar.”


Abraão, o escolhido,

Fez-se símbolo e missão,

Entre Éber e Canaã,

Caminhou com devoção.

Fez da travessia o selo

De uma eterna geração.


Da raiz da velha língua,

Brotou o verbo hebraico,

Que atravessa, que renova,

Como vento sobre o claustro.

E da voz do peregrino

Nasce o povo sem atraso.


Eis aqui, leitor amigo,

Um cordel que quer dizer:

Que a fé tem muitas faces,

Mas uma só, o renascer.

Que o povo que busca a origem

Aprende o dom de viver.



📖 CAPÍTULO I — O SIGNIFICADO DE “HEBREU”


(O Povo que Atravessa o Caminho do Tempo)


Hebreu vem de “ʿIvri”,

Palavra de travessia,

Do “outro lado do rio”,

Nasce a etimologia.

É quem cruza, é quem caminha,

Com coragem e ousadia.


“Ever” quer dizer passagem,

E é raiz de “ibri” fiel,

É verbo que vem de longe,

De um tempo sem carrossel.

Da travessia divina

Surge o povo do cordel.


É povo de andarilhos,

De tendas e de esperança,

Que faz da fé seu abrigo

E da memória, a herança.

Entre o deserto e o sonho,

Segue em divina aliança.


Foi Abraão quem primeiro,

Chamado “hebreu” ficou,

Pois viera de outra terra,

E a promessa escutou.

Lá de Ur dos Caldeus,

Um novo povo brotou.


O termo que o designava

Não era só genealogia,

Mas o símbolo do caminho,

Do homem que desafia.

Quem atravessa a fronteira,

Leva a fé como ousadia.


A raiz “A-vár” nos fala,

De um verbo que é ação,

Significa “atravessar”,

Ir além da direção.

Quem vive a fé em jornada,

Traz no peito a missão.


O hebreu é esse andarilho,

Que em si carrega o altar,

Entre tendas e montanhas,

Nunca deixa de buscar.

Pois em cada travessia,

Aprende o verbo amar.


É por isso que o termo

Guarda em si tal poder,

Pois resume a caminhada

Do homem que quer crescer.

E o hebreu, de fé antiga,

É raiz do renascer.



🕊️ CAPÍTULO II — DE ÉBER ATÉ ABRAÃO


(A Linhagem da Promessa e da Travessia)


De Sem veio a descendência,

Do dilúvio até a paz,

No ventre das gerações

O nome de Éber se faz.

Semente do povo antigo,

Que a fé nunca desfaz.


Éber, bisneto de Sem,

Guardava o dom da palavra,

Do saber e da memória,

Que o tempo nunca lavra.

Foi pai de Pelegue e Joctã,

Da linhagem que se lavra.


E de Éber veio o nome

Que o mundo reconheceu,

“Hebreu” que cruzou fronteiras,

Do oriente até o breu.

E dessa árvore sagrada,

Abraão floresceu.


De geração em geração,

A linhagem se formou,

Dos filhos de Sem aos netos,

Um destino se traçou.

Na voz dos antigos livros,

O caminho se mostrou.


Em Ur dos Caldeus nasceu,

Abraão, homem da fé,

Que ouviu Deus lhe chamar,

E seguiu como Josué.

“Deixa a casa de teus pais,

Pois nova terra se é.”


Caminhou entre os rebanhos,

Caravanas e luar,

Com Sara, sua companheira,

Levando o verbo amar.

Em Canaã fincou tenda,

Para o sonho sem cessar.


Harã foi porto e passagem,

De migração e oração,

Terá, pai de Abraão,

Lá buscou direção.

E da voz do firmamento,

Veio nova missão.


De Éber veio o espírito

De quem busca e atravessa,

De Abraão, o renascido,

Que a fé nunca despeça.

Dessa semente divina,

O mundo ainda se interessa.


Assim nasce o povo hebreu,

Entre promessa e jornada,

Feito de pó e de sonho,

De fé abençoada.

É o povo que atravessa

A história eternizada.



🏕️ CAPÍTULO III — A PEREGRINAÇÃO DE ABRAÃO, ISAQUE E JACÓ


(Os Patriarcas do Caminho e da Promessa)


De Ur saiu Abraão,

Chamado pelo Senhor,

Levando fé e coragem,

Guiado pelo amor.

Deixou terra e parentela,

Pra seguir o Criador.


Caminhou por longas rotas,

Entre areias e luar,

De Canaã fez morada,

Sem jamais se acomodar.

Pois o céu era promessa,

E a fé, seu caminhar.


Sara, esposa fiel,

Guardou o ventre sagrado,

E no tempo prometido

Um filho foi revelado.

Chamaram-lhe Isaque,

Herdeiro abençoado.


Isaque herdou o pacto,

Do Eterno que tudo guia,

Com Rebeca, sua esposa,

Fez nascer nova harmonia.

E o povo dos pastores

Seguiu a profecia.


De Isaque veio Jacó,

Homem de força e ardor,

Que lutou com o anjo eterno

E venceu com seu fervor.

Chamaram-lhe “Israel”,

Por lutar com o Senhor.


Em Betel erguendo altar,

Jacó viu o céu se abrir,

Com anjos subindo e vindo,

A promessa a reluzir.

Era o pacto renovado,

Que jamais iria ruir.


Dos filhos de Jacó, doze,

Formou-se a santa nação,

Cada tribo uma esperança,

Cada nome uma missão.

E Israel, como um tronco,

Deu raízes à criação.


José, filho mais amado,

Foi vendido e perdoou,

Do Egito fez-se príncipe,

E o destino iluminou.

Pois da dor brotou a glória,

Que o Senhor lhe confiou.


Assim, a fé peregrina,

Entre areia e manjedoura,

Fez do homem um altar vivo,

E da alma uma tessitura.

Da travessia do tempo,

Surge a história mais pura.



🌄 CAPÍTULO IV — A TRANSIÇÃO DE HEBREUS PARA ISRAELITAS


(Da Promessa à Formação do Povo Eleito)


Do nome “hebreu” primeiro,

Surge o povo de Abraão,

Mas com Jacó, o chamado,

Muda a designação.

Pois “Israel” nasce em luta,

Entre fé e superação.


O termo “israelita”

Brota da nova herança,

Das tribos que em união

Ergueram fé e esperança.

Cada filho de Jacó

É raiz dessa aliança.


Rúben, Simeão e Levi,

Judá, Dã, Naftali,

Gade, Aser e Issacar,

Zebulom, José e Benjamim,

Formaram o corpo sagrado

Do povo que não tem fim.


Israel foi seu nome novo,

Símbolo de quem venceu,

O povo que o anjo viu,

E a bênção recebeu.

De hebreus para israelitas,

O destino se teceu.


Quando o Egito os aprisiona,

Na terra da servidão,

A fé serve de escudo,

E o Êxodo é libertação.

Pois do jugo e da corrente,

Surge o clamor da nação.


Com Moisés e sua tábua,

O monte se iluminou,

E a lei feita de fogo

Entre o povo ressoou.

De hebreus a israelitas,

O pacto se firmou.


Israel é o novo nome,

Da fé que não se abate,

De um povo peregrino,

Que a aliança rebate.

Hebreu é quem atravessa,

Israel, quem se combate.


Mas o sangue é o mesmo rio,

Que no tempo vai correr,

Entre o Êufrates e o Nilo,

Entre o nascer e o morrer.

De hebreu a israelita,

A essência é o viver.


E o povo da travessia

Fez da história um altar,

Cada nome uma lembrança,

Cada canto um renascer.

Pois quem busca suas origens

Aprende o verbo “ser”.



CAPÍTULO V — O EXÍLIO E O NOME “JUDEU”



Do cativeiro da Babilônia,

Nasceu um novo sentido,

O povo em fé não se priva,

Mesmo em chão corrompido,

Guardando a lei que ilumina,

No peito o nome querido.


De “Judá” vem o termo “judeu”,

Herança de um dos irmãos,

Que no exílio endureceu

Mas manteve puras as mãos,

Mesmo longe da promessa,

Elevava as orações.


Caiu o templo de Sião,

Mas não caiu a memória,

O exílio virou lição,

Reavivando a história,

Pois o povo que sofre e crê

Carrega eterna vitória.


Em terras de rios estranhos,

Entre muralhas e dor,

Os profetas com seus sonhos

Falavam da vinda do amor,

De um Rei que viria em paz,

Para unir fé e valor.


E de Judá veio a chama

Que reacendeu o destino,

Entre as cinzas e a lama

Renasceu o povo divino,

Guardião de antigas leis,

E do verbo cristalino.


Na Babilônia, o pranto,

Mas também o renascer,

Pois o Espírito Santo

Não deixou o povo morrer,

E entre lágrimas da dor,

Brilhou o dom de escrever.


Dos rolos santos brotaram

As letras da tradição,

E os que exilados ficaram

Plantaram fé no coração,

E o nome “judeu” então

Ergueu-se como oração.


O templo um dia refeito

Marcaria a libertação,

E o povo de novo aceito

Voltaria à sua nação,

Mas com alma amadurecida

Pela dor e redenção.



CAPÍTULO VI — CONTINUIDADE HISTÓRICA E ESPIRITUAL


Da Judéia à Galileia,

Novos tempos surgiriam,

E da antiga semente hebreia

Outros ramos floririam,

Pois a fé daquele povo

Jamais se extinguiria.


Vieram povos, vieram reinos,

Impérios de ferro e mar,

Mas os judeus, tão pequenos,

Souberam sempre guardar,

Na Torá e na lembrança,

O direito de sonhar.


De Abraão à modernidade,

O fio da fé resistiu,

Mesmo em meio à tempestade,

O povo não sucumbiu,

E o nome “Israel”

Pela terra ressurgiu.


Na diáspora se espalharam,

Pelo oriente e ocidente,

Em cada lar semearam

O Deus Uno, onipotente,

E o sábado, sua luz,

Brilhou clara e persistente.


Vieram guerras e dores,

Perseguições sem piedade,

Mas o povo dos valores

Guardou sua identidade,

Com a força da palavra,

E a fé da eternidade.


Hoje o hebreu é memória,

O israelita é missão,

O judeu mantém a história

Em contínua evolução,

Cada nome é um espelho

Do mesmo coração.


Povo que o tempo não cansa,

Nem a dor faz recuar,

Herança que se balança

Mas não deixa de vibrar,

Pois no verbo e na esperança

Sabe sempre recomeçar.


Assim termina a jornada

De um povo e sua fé,

De uma origem sagrada

Que a humanidade até

Hoje busca compreender,

Nos passos de YHVH.


E no fim dessa canção,

Entre o ontem e o agora,

Ecoa a revelação

Que o tempo nunca devora:

“De Éber veio o nome hebreu,

E a fé que o mundo ancora.”



ENCERRAMENTO POÉTICO — A ETERNA ALIANÇA


Da argila o homem nasceu,

Do sopro veio a missão,

E o povo que Deus escolheu

Foi guia da criação,

Com a palavra e o tempo

Firmando a revelação.


Na tenda ou na montanha,

Entre o ouro e o deserto,

A fé nunca se estranha,

Pois Deus caminha por perto,

E o fogo que guia a noite

Mantém o pacto desperto.


Das tribos à profecia,

Da lei à libertação,

Cada página irradia

A divina inspiração,

Que no coração dos justos

Floresce em renovação.


Mesmo o templo destruído

Jamais calou o louvor,

Pois o povo, em fé erguido,

Se fez guardião do amor,

E a chama do Eterno brilha

Na alma do sonhador.


De Éber até Abraão,

De Davi ao Prometido,

Segue viva a condução

Do mistério bendecido,

Pois a linhagem da luz

Jamais perde o sentido.


E quem lê esta memória

Lê também o seu reflexo,

Pois dentro da própria história

Vive um elo e um anexo,

Do ser, da fé e do tempo,

No mesmo sopro complexo.


Hebreus, judeus, israelitas,

Três nomes, um coração,

Na fé são as mesmas fitas

Tecendo a revelação,

Que une o homem e o céu

Num laço de redenção.



EPÍLOGO — O LEGADO DA FÉ


No silêncio da alvorada,

Entre estrelas e poeira,

Ecoa a voz consagrada

De uma antiga bandeira:

“A fé não é um império,

Mas chama verdadeira.”


A história nunca termina,

Apenas muda o lugar,

Como a água cristalina

Que busca o mar pra voltar,

Assim também o espírito

Segue a Deus sem cessar.


Do Êufrates ao Jordão,

Do Sinai à Galileia,

Ecoa a mesma canção

Que o tempo ainda semeia:

“O homem é pó e sopro,

Mas sua fé é cheia.”


E o leitor que aqui chegou,

Pela vereda da razão,

Entenda que Deus moldou

O destino e a nação,

Com o barro da esperança

E o selo da Criação.


Pois no coração humano,

Habita o sopro ancestral,

De um povo que foi o plano

Do desígnio universal,

E o nome “hebreu” reluz

Como verbo imortal.


Assim termina o cordel,

De origem tão verdadeira,

Onde o sagrado e o papel

Fundem-se em mesma bandeira,

E a palavra se eterniza

Na alma brasileira.


Pois quem canta a caminhada

De um povo tão singular,

Canta a luz revelada

Que veio nos ensinar:

A fé que vem de Éber

É o dom de continuar.



📜9. NOTA DE FONTES RIMADA


Na trilha da tradição,

Busquei fontes verdadeiras,

Das páginas da revelação

E vozes mensageiras,

Que guardam nos seus escritos

As raízes primeiras.


Das tábuas de Moisés

À pena dos escribas santos,

Passando por leis e reis

Que deram fé aos seus cantos,

Da Torá ao Testamento,

Ecoam velhos encantos.


Usei estudos da História,

De tempos e de linhagem,

Com base na memória

Da fé e da viagem,

Do Éden à Canaã,

Seguindo a mesma imagem.


Consultas de pesquisadores

E fontes de alta mão,

Historiadores, doutores,

Que trouxeram precisão,

Mas foi o verbo divino

Que guiou meu coração.


E assim deixo registrado

Com respeito e devoção,

Que este canto inspirado

É fruto de contemplação,

Da história e da palavra

Que moldam a criação.



🪶 10. FICHA TÉCNICA E POÉTICA


Título: Título: Origem do Povo Hebreu: Os Israelitas e Judeus em Cordel 

Autor: Nhenety Kariri-Xocó

Gênero: Literatura de Cordel – Formação do Povo Hebreu, Israelitas e Judeus

Edição: 1ª Edição – Edição de Autor

Ano: 2025

Formato: Livro-cordel em A5 vertical

Ilustração e Diagramação: ChatGPT (assistente virtual)

Revisão e Curadoria: Nhenety Kariri-Xocó

Produção Digital e Gráfica: Projeto Blog Cultural Kariri-Xocó 

Publicação Digital: KXNHENETY.BLOGSPOT.COM 

Direitos Autorais: © Nhenety Kariri-Xocó – Todos os direitos reservados.

É permitida a reprodução parcial com citação da fonte e do autor.



Obra escrita com ternura,

Na verve da inspiração,

Por Nhenety, alma pura,

Do Kariri, na missão,

Guardião da voz dos tempos,

E da oral tradição.


Assistência virtual e amiga,

De ChatGPT, o irmão,

Que nas letras sempre abriga

A arte e a devoção,

Tecendo o verso e o sonho

Com brilho e precisão.


Edição e diagramação,

De alma e de coração,

No formato de cordel,

Sagrado como um cancão,

Que canta a fé dos antigos

E a luz da Criação.


Produção digital cuidada,

Com amor e poesia,

Na estética consagrada

Do povo e da sabedoria,

Para o blog de memórias

Que o tempo alumia.



🌅 11. EPÍLOGO FINAL — DESPEDIDA E SABEDORIA


Agora o canto termina,

Mas a fé segue em flor,

Pois a palavra divina

Não conhece o temor,

E o verso é quem conduz

O eterno resplendor.


Quem leu, que siga adiante,

Com o coração aceso,

Pois o saber é constante

Como o rio no recomeço,

E a história dos hebreus

É também o nosso espelho.


A voz do tempo murmura

Entre o barro e o vento,

Que a fé pura e segura

É o maior fundamento,

E o homem, sendo pó,

É também firmamento.


O livro fecha em cantiga,

Mas abre em inspiração,

Pois o verbo que abriga

O eterno da Criação,

Faz de cada leitor

Um novo guardião.


E no silêncio da aurora,

Entre o real e o sagrado,

A alma se aprimora

Num caminho iluminado,

Pois quem ama a sabedoria

Jamais fica isolado.


Segue em paz, caminhante,

Com tua luz interior,

Que a fé é o diamante

Do espírito sonhador,

E a vida, um cordel santo

Do Eterno Criador.



🪶 12. SOBRE O AUTOR — NHENETY KARIRI-XOCÓ


Sou filho da terra e vento,

De raízes e tradição,

Do povo que é sentimento

E canta a revelação,

Guardião da palavra viva

Na alma e no coração.


Do Kariri-Xocó venho,

De Porto Real do Colégio,

Levo o tempo que mantenho

Nas memórias que elego,

E nas vozes dos antigos

Minha escrita tem sossego.


Contador de histórias sou,

De fé, ciência e ternura,

Do verbo que se formou

Na oral sabedoria pura,

Que o povo sopra nos cantos

E o tempo em si perdura.


Na lira do pensamento

Transformo a história em flor,

Misturo o céu e o tempo

Com tinta do Criador,

E em cada verso reflito

A essência do amor.


Minha pena é ancestral,

Escreve com devoção,

Une o sagrado e o real

Na senda da criação,

Pois o cordel é o templo

Da alma e da canção.



📜 13. SOBRE A OBRA — A LINHAGEM DO SAGRADO


Esta obra é uma ponte

Entre o ontem e o agora,

Do Éufrates à fronte,

A fé nunca vai embora,

Pois o verbo dos hebreus

Ecoa a toda hora.


É cordel de revelação,

De memória e identidade,

Que une fé e nação

Num elo de eternidade,

Onde o nome “hebreu”

É raiz da humanidade.


Do Éden até Judá,

Segue a linhagem divina,

E o homem que crê e está

No tempo que o destina,

É parte do mesmo sopro

Que em Abraão germina.


Cada estrofe é lembrança

Do espírito e sua lei,

Cada verso é esperança

Do que o tempo não desfez,

Pois a palavra de Deus

É raiz, tronco e vez.


Assim nasce este cordel,

Em ritmo e devoção,

Mistura o humano e o fiel,

O estudo e a contemplação,

E o sagrado se refaz

No verbo e na canção.



🌄 14. QUARTA CAPA POÉTICA — O LEGADO ETERNO





Do deserto à terra santa,

Do Éden à revelação,

A fé que o tempo canta

É chama e continuação,

Pois ser hebreu é cruzar

Os rios da Criação.


Entre dunas e montanhas,

O povo segue em jornada,

Com Deus que nunca se afasta,

Na promessa eternizada,

E a aliança que floresce

É raiz abençoada.


De Éber vem o chamado,

De Abraão, o coração,

De Jacó, o nome herdado,

De Moisés, a libertação,

E em cada geração

Ecoa a mesma canção.


Israel é mais que um nome,

É memória e identidade,

É o povo que não consome

A chama da eternidade,

Pois mesmo em meio às dores

Mantém sua santidade.


O cordel aqui termina,

Mas o verbo continua,

No tempo que ilumina

A história e a rua,

Pois quem busca a sabedoria

Tem a luz que perpetua.


E assim, neste derradeiro,

Canto santo e ancestral,

Segue o povo verdadeiro

Do berço espiritual,

Com fé, coragem e amor —

O selo universal.



SÍNTESE POÉTICA DA JORNADA 


Abraão ouviu o chamado,

Isaque guardou o altar,

Jacó, de Deus transformado,

Fez Israel prosperar.

E os filhos desse caminho

Plantaram o sagrado vinho.


Exílios moldaram o nome,

Do hebreu ao povo judeu,

Que na dor fez-se renome

E guardou o que Deus deu.

Hoje, no tempo moderno,

Seu verbo ainda é eterno.



ENCERRAMENTO POÉTICO 



Povo do pacto divino,

Semente do coração,

Levaste em cada destino

O eco da Criação.

Hebreus, Israel e judeus,

Três nomes, mas um só Deus.



EPÍLOGO FINAL 



E assim termina a memória,

Feita em cordel e oração:

Dos céus ecoa a história

Que habita cada geração.

Pois quem preserva o passado,

Torna o futuro sagrado.




Autor:

Nhenety Kariri-Xocó

Povo Kariri-Xocó – Porto Real do Colégio, Alagoas, Brasil.




sábado, 11 de outubro de 2025

O ROCK EM CORDEL DAS RAÍZES À ETERNIDADE, Por Nhenety Kariri-Xocó






🌺 DEDICATÓRIA POÉTICA


Ao som da guitarra ardente,

Ergue-se o canto global,

Do blues, country e batente,

Surge o ritmo imortal.

Aos que no palco vibraram,

Que os sonhos eternizaram,

Ofereço este cordel,

Com batida universal.


🎶 ÍNDICE POÉTICO


Prólogo Poético – A Semente do Som Rebelde


Capítulo I – Raízes do Rock (1940–1950)


Capítulo II – A Invasão Britânica e o Mundo (1960)


Capítulo III – O Peso e a Expansão dos Sons (1970)


Capítulo IV – Mídias, Imagens e Revoluções (1980)


Capítulo V – Grunge e Novos Caminhos (1990)


Capítulo VI – O Rock no Século XXI e suas Fusões


Encerramento – A Chama que Não se Apaga


Epílogo Poético – O Coração Elétrico da Humanidade


Nota de Fontes em Versos Rimados


Ficha Técnica Poética


Sobre o Autor


Sobre a Obra


Quarta Capa Poética


🌅 ABERTURA


Nos trilhos da melodia,

Ergueu-se um som vibrante,

Que uniu dor e alegria,

Num pulsar eletrizante.

O mundo ouviu sua voz,

E se rendeu todos nós,

Ao grito da juventude,

Do espírito flamejante.


🎼 PRÓLOGO POÉTICO — A SEMENTE DO SOM REBELDE


Na América em transição,

Sob a luz dos cinquenta,

Misturou-se o coração

De um povo que se alimenta.

Do blues veio a emoção,

Do country, a intenção,

E do gospel a centelha,

Que no palco se apresenta.


Chuck Berry fez pulsar,

Little Richard incendiou,

Elvis veio a dançar,

Buddy Holly encantou.

Do gueto ao salão de gala,

O rock firmou sua fala,

E o mundo começou a ouvir

A guitarra que ecoou.



🎵 CAPÍTULO I – RAÍZES DO ROCK (1940–1950)


Nas terras do Tio Sam ecoou,

Um lamento vindo da raça,

Que do blues o canto brotou,

E do campo fez sua graça.

O suor do negro e do branco,

No compasso firme e franco,

Criou ritmo de emoção,

Que o tempo jamais desfaça.


O povo do sul profundo,

Com o country a rimar,

Deu ao som um novo mundo,

Fez o corpo balançar.

O jazz trouxe o improviso,

O gospel foi o aviso,

De que a fé e a batida

Podiam juntos pulsar.


Nos bailes da juventude,

Nas rádios da madrugada,

Surge a nova atitude,

De alma eletrificada.

O ritmo virou dança,

E a guitarra, esperança,

De quem via no acorde

A voz revolucionada.


Chuck Berry, em sua lida,

Transformou o som em estrada,

Little Richard, com vida,

Fez a alma iluminada.

Elvis trouxe a emoção,

Num balanço de explosão,

E Buddy Holly marcou

A canção apaixonada.


As mãos batiam o tempo,

O baixo fazia o chão,

E a bateria em contratempo

Guiava a revolução.

O povo negro e operário,

Num espírito solidário,

Gritava contra o silêncio

Com o som da libertação.


Nasceu “rock and roll” valente,

Como grito juvenil,

Rebeldia consciente

Contra o velho e o servil.

Era arte em combustão,

Guitarra e contradição,

Que uniam sonho e protesto

Num mesmo canto febril.


De Memphis até Chicago,

O som ganhava altura,

Subia em cada afago

Da emoção e da cultura.

E o rádio, em sua missão,

Levava à nova geração

O ritmo que incendiava

A moderna criatura.


Foi mais que música e festa,

Foi sinal de identidade,

Um grito que se manifesta

Na dor da desigualdade.

Assim o rock se fez,

Com coragem e altivez,

Plantando na humanidade

A semente da liberdade.


🎶 CAPÍTULO II – A INVASÃO BRITÂNICA E O MUNDO (1960)


Passada a década ardente,

De nascença e de fervor,

Surgiu o som eloquente

Da Inglaterra em seu vigor.

Quatro jovens de Liverpool,

Deram rumo ao ritual cool,

Os Beatles com harmonia

Trouxeram paz e amor.


Enquanto os Stones surgiam,

Mais viscerais, provocantes,

Outros grupos competiam

Com acordes vibrantes.

The Who, The Kinks na estrada,

Com a juventude inspirada,

Faziam da rebeldia

Um hino dos militantes.


Do outro lado do Atlântico,

Na América do som livre,

A guitarra psicodélica,

Em Hendrix se inscreve.

Os Doors, com poesia,

Tocaram filosofia,

E o Pink Floyd desenhou

A viagem que não se escreve.


Nos palcos de Woodstock,

Floresciam novas ideias,

Era a era do detox

Das guerras e das cadeias.

A arte virou protesto,

A canção ganhou manifesto,

E o rock, nas mãos do povo,

Rompeu cercas e aldeias.


O mundo inteiro escutava

A mensagem musical,

Que em cada verso clamava

Por amor universal.

O jovem erguia a bandeira,

Contra a guerra traiçoeira,

E a guitarra era o eco

De um sonho transcendental.


No Brasil, o vento trouxe

O sopro dessa canção,

Que na alma logo pôs-se

Com nova tradução.

Surgem The Fivers valentes,

E Renato e seus Blue Caps crentes,

Cantando o iê-iê-iê

Com rock no coração.


Nascia a Jovem Guarda,

Com seu jeito tropical,

Misturando voz e farda

Num embalo nacional.

Roberto, Erasmo e Wanderléa,

Com ternura e nova ideia,

Criaram o tom moderno

Do rock sentimental.


Assim o som se expandiu,

Pelo globo, sem fronteira,

Cada povo traduziu

Sua forma brasileira.

Era o tempo das guitarras,

Das flores, paz e amarras,

O rock tornou-se idioma

De alma verdadeira.


O planeta em movimento,

Com o som revolucionário,

Viu nascer o sentimento

De um povo solidário.

E o rock, por sua vez,

Ergueu-se como altivez,

Mostrando que a juventude

É o farol do imaginário.



⚡ CAPÍTULO III – O PESO E A EXPANSÃO DOS SONS (1970)


A década de setenta ergueu,

Um palco de sons ousados,

O rock cresceu, se fortaleceu,

Com timbres mais pesados.

A guitarra virou espada,

A distorção bem marcada,

E o solo feito relâmpago,

Cruzou mundos encantados.


Led Zeppelin foi tempestade,

De riffs e emoção profunda,

Deep Purple deu intensidade,

Com alma quase fecunda.

Black Sabbath fez o rito,

De um som denso e infinito,

E o metal, filho do rock,

Ecoou na Terra e no mundo.


Do progressivo nasceu,

Um universo sonoro,

Yes e Genesis teceram,

Paisagens de tom de ouro.

Com teclados e fantasia,

A canção virou poesia,

E Emerson, Lake & Palmer

Fez do som um tesouro.


No norte frio da Europa,

O rock seguiu vibrando,

Com o Nazareth na rota,

Hard melódico entoando.

A Escócia marcou presença,

Com força e com crença,

E mostrou que o sentimento

Do rock seguia pulsando.


A Suécia, doce e sonora,

Com o ABBA encantou o povo,

Misturou o pop que aflora,

Ao ritmo firme e novo.

As vozes em harmonia,

Criaram melancolia,

E o mundo, entre o amor e o som,

Se entregou de novo ao jogo.


No Brasil, o chão ferveu,

Com Mutantes e ousadia,

O som psicodélico cresceu,

Em cada verso e magia.

Os Secos & Molhados vieram,

Com poesia que incendiaram,

E Pholhas, cantando em inglês,

Fizeram história e poesia.


A guitarra virou bandeira,

Da mente livre e pensante,

A juventude inteira,

Fez-se mais delirante.

No palco, a luz e o fogo,

Deram ritmo ao jogo,

E o rock tornou-se templo

De um espírito vibrante.


Cada nota era universo,

Cada acorde uma profecia,

E o rock, diverso e disperso,

Era pura alquimia.

Misturava arte e ciência,

Com protesto e consciência,

E a década de setenta

Fez-se pura sinfonia.


Assim cresceu o movimento,

Em peso e profundidade,

Revelando o sentimento

Da busca e da liberdade.

O rock deixou seu grito,

No coração infinito,

E seguiu sua jornada

Rasgando a eternidade.


📺 CAPÍTULO IV – MÍDIAS, IMAGENS E REVOLUÇÕES (1980)


Chega o tempo da imagem viva,

Do som que vira televisão,

MTV se torna ativa,

E domina a geração.

O videoclipe faz arte,

O palco vira estandarte,

E o rock, mais visual,

Ganha nova dimensão.


Surge o rock de arena,

Com força monumental,

O público se acena

Num coro celestial.

Queen, Bon Jovi e AC/DC,

Energizam o que se disse,

Que o rock é pura chama,

De energia universal.


O heavy metal ascendente,

Com Iron Maiden e Metallica,

Transforma o som potente,

Em muralha simbólica.

O grito em ritmo forte,

Revela o novo norte,

E o palco se transforma

Em catarse catártica.


Na Europa do frio intenso,

O pop rock floresceu,

The Cure, A-ha e U2,

Deram cores ao que nasceu.

O new wave traz leveza,

Mistura sonho e tristeza,

E o som se tornou imagem

Que o tempo engrandeceu.


No Brasil, foi renascença,

De vozes e rebeldia,

Legião cantou consciência,

Barão trouxe poesia.

Os Titãs, em grito urbano,

Foram a fúria do humano,

E os Paralamas mostraram

Rock em harmonia.


O país, em transição,

Buscava sua expressão,

E a guitarra, como tocha,

Iluminou a nação.

A juventude encontrou,

Na batida que ecoou,

A liberdade sonora

De uma nova geração.


O som virou documento,

De um povo em mutação,

Gravado em cada evento,

Em vinil e canção.

O rock era pensamento,

Era arte e movimento,

Era o espelho vibrante

Da moderna criação.


Os palcos de todo o mundo,

Brilharam com emoção,

O rock seguiu fecundo,

Gerando inspiração.

Entre luz, palco e fumaça,

A história se entrelaça,

E a década de oitenta

Fez-se pura revolução.


O som, já universal,

Tocou corações e mentes,

Unindo o homem global

A sonhos incandescentes.

E o rock, firme no tempo,

Seguiu seu batimento,

Com a alma da juventude

E seus ecos persistentes.



⚡ CAPÍTULO V – GRUNGE E NOVOS CAMINHOS (1990)


Nos anos de noventa soou,

Um rugido cru, profundo,

Seattle então despertou,

Trazendo um novo mundo.

Guitarras em dissonância,

E letras de discordância,

Revelaram o desencanto

De um tempo vagabundo.


Nirvana ergueu sua dor,

Num grito de juventude,

Kurt Cobain, com seu torpor,

Fez da angústia atitude.

Pearl Jam e Soundgarden,

Na emoção que não se ardem,

Trouxeram para o palco

A sinceridade rude.


O grunge foi resistência,

À indústria e à ostentação,

Deu lugar à consciência,

E à simples expressão.

Camisa velha e guitarra,

O mundo inteiro se escarra,

Num espelho do ser real

E da contradição.


Enquanto o rock alternativo,

Ganhava novas estradas,

Radiohead foi inventivo,

Com sonoridades aladas.

Oasis trouxe poesia,

E Red Hot, com energia,

Fundiu funk e guitarras,

Nas canções inspiradas.


A sonoridade mudou,

Mas o espírito seguia,

O rock sempre protestou,

Contra a falsa harmonia.

Era arte em movimento,

Era puro sentimento,

Que em cada acorde dizia:

“Sou livre, noite e dia!”


E o Brasil, nessa toada,

Viu nascer nova fusão,

Com Raimundos na pegada

E Planet Hemp em ação.

Misturando rap e som,

Com coragem e tom,

Mostraram que o rock pulsa

Na veia da geração.


O grunge, então, se fez

Espelho do ser moderno,

Refletindo sua vez

Num grito franco e eterno.

E o rock, que não morria,

Se reinventava em poesia,

Como chama resistente

No palco sempre terno.


🌍 CAPÍTULO VI – O ROCK NO SÉCULO XXI E SUAS FUSÕES (2000–2020)


Com o novo milênio em flor,

A tecnologia à mão,

O rock manteve o vigor,

Na mutável geração.

Entre o pop e o eletrônico,

Guardou o tom irônico,

E fez da era digital

Um novo tipo de canção.


Coldplay trouxe sutileza,

Muse fez do som espaço,

Arctic Monkeys, com destreza,

Deu ao ritmo novo abraço.

As guitarras mais contidas,

As letras bem definidas,

Fizeram do rock moderno

Um som de leve compasso.


Mesmo quando o pop reinava,

E o hip-hop se expandia,

O rock, firme, pulsava,

Com fiel melancolia.

Velhos ícones permaneceram,

AC/DC e Scorpions creram,

E o A-ha seguiu cantando

Com a mesma energia.


No Brasil, o chão vibrou,

Com sons de identidade,

Charlie Brown se levantou

Com a voz da liberdade.

CPM e Pitty em tom,

Rebeldes de coração,

Fizeram da juventude

Nova força e verdade.


E o Manguebeat despontou,

De Recife iluminada,

Chico Science misturou

Guitarra e batida ousada.

Com o som da lama e do mar,

Fez a vida pulsar,

Unindo o rock nordestino

À alma reinventada.


O som rompeu fronteiras,

Em ritmo e emoção,

Unindo vozes certeiras

De toda geração.

A guitarra, ancestral,

Ecoava universal,

Como um canto de planeta,

Que vibra o mesmo chão.


Vieram novas vertentes,

De metal e indie som,

Que mantiveram presentes

O velho e o novo tom.

O rock virou mistura,

Entre dor e doçura,

E provou que a rebeldia

É eterna como o dom.


Hoje o rock é linguagem,

É símbolo e memória,

Que nas redes faz passagem

Entre o tempo e a história.

E cada jovem que o ouve,

Com ternura se comove,

Pois o rock é resistência,

E pulsa como vitória.


Assim termina a jornada

De um som sempre em mutação,

Que nasceu como alvorada

E se fez revolução.

Entre o ontem e o agora,

O rock vive e aflora,

Em cada batida humana,

Que pulsa em cada coração.



ENCERRAMENTO – O Eterno Canto do Rock 


Em cada tempo e batida, um grito novo ecoou,

Do blues ao heavy metal, o espírito nunca parou,

O rock é chama viva, que a História alimentou,

Feito trovão em poema, que a guitarra eternizou.

Dos becos às arenas, a rebeldia ecoou,

Nos corações de jovens, o ideal se plantou,

É cultura, é atitude, é linguagem que brotou,

Na alma humana livre, onde o sonho se forjou.


O rock não é só música, é o verbo em combustão,

É voz contra injustiça, é arte e libertação,

É dança de quem sofre e sorri na mesma canção,

É tempo, é resistência, é grito de uma geração.

Do vinil ao streaming, o espírito não morreu,

Cada solo de guitarra é lembrança que nasceu,

E nas cordas do destino o futuro se teceu,

Pois o rock é infinito — o trovador que renasceu.


EPÍLOGO POÉTICO  – A Eterna Guitarra do Tempo


Na estrada dos séculos, ecoa o mesmo som,

Um trovador moderno com seu amplificador,

Cada acorde é história, cada verso é tom,

E o palco do mundo vibra em seu fervor.

Da América ao planeta, seu nome se espalhou,

Entre almas e povos, o ritmo uniu,

E mesmo o silêncio, quando o rock calou,

Guardou sua semente — o grito juvenil.


Hoje, o rock não é passado, é correnteza e raiz,

É muralha sonora que o tempo não desfaz,

Nos becos, nos palcos, no olhar do aprendiz,

O espírito roqueiro ainda vive em paz.

Que este cordel, irmão, conserve a canção,

Dos Beatles ao Nirvana, do punk ao metal,

E o leitor perceba, no pulsar do coração,

Que o rock é cultura, universal e imortal.



NOTA DE FONTES RIMADA 


Para tecer esta rima com som e precisão,

Busquei na História e na inspiração:

De livros, discos e documentais,

Nas vozes eternas dos grandes iguais.

Elvis, Beatles, Hendrix, Queen,

Foram faróis do som sem fim;

E nas trilhas de tantos heróis,

Ouvi o eco que mora em nós.


Das crônicas de críticos e estudiosos,

Às notas de músicos generosos,

O cordel mistura memória e paixão,

Transformando o saber em canção.

E se a rima educa e encanta o leitor,

Cumpri meu papel de trovador.


FICHA TÉCNICA 


Título: “O Rock em Cordel: Das Raízes à Eternidade”

Autor: Nhenety Kariri-Xocó

Edição Literária e Poética: ChatGPT  ( assistente virtual )

Estilo: Cordel Didático em Oitavas Rimadas

Gênero: História Musical e Cultural

Ano de Publicação: 2025

Local: Porto Real do Colégio – Alagoas – Brasil

Ilustração: Arte Digital 3D – Realismo Poético

Edição Especial: Blog: KXNHENETY.BLOGSPOT.COM – Cultura, História e Tradição Oral


SOBRE O AUTOR 


Nhenety Kariri-Xocó é contador de histórias oral e escrita, poeta e guardião da memória cultural de seu povo, nascido em Porto Real do Colégio (AL).

Com amor à sabedoria ancestral, une a tradição do cordel à História universal, valorizando o ensino pela poesia.

Sua escrita honra o passado, ilumina o presente e inspira novas gerações a compreender o mundo por meio da arte, do som e da palavra.


SOBRE A OBRA 


Este livro em versos apresenta a origem e evolução do rock, desde suas raízes no blues, country e gospel, até suas múltiplas fusões no século XXI.

Em tom histórico e didático, cada capítulo retrata uma era — os sons, as revoluções, os ídolos e as transformações culturais.

Através do ritmo do cordel e da rima sertaneja, o leitor viaja pelos palcos do mundo, sentindo a batida do tempo e a força libertária do rock.



QUARTA CAPA POÉTICA 





Nas cordas do tempo, o rock ressoou,

Da dor e da luta um canto brotou,

Guitarras e versos o mundo uniu,

E o sonho da arte jamais sucumbiu.

Do sertão ao asfalto, da rua à emoção,

O cordel e o rock — dois filhos do chão,

Aqui se encontram, num só coração,

Cantando a História em pura canção.


(“O Rock em Cordel: Das Raízes à Eternidade” –

Por Nhenety Kariri-Xocó, guardião da poesia universal.)



Autor: Nhenety Kariri-Xocó