Cada agricultor escolhe onde plantar, acha um pé de juazeiro verde, para
abrigar-se na sua sombra, no Sol escaldante do meio dia. Ao sair de
casa, leva sua cabaça dágua, fumo, fósforo, e um cachorro de lado, chega
no juazeiro grande arredondado, coloca seus apretechos, faz um foguinho
para fumar, senta na raíz da árvore, bate a enxada no ferro, pronto já
estar amolada, para começar a limpa. Lambicando por fileira, sobe e dece
carreira, sem levantar o espinhaço, quando o Sol fica a pino, vai beber
água fria na cabaça, faz um cigarrode fumo, ou acende o cachimbo
angico, quando dar fome vai comer em casa. Quando a roça é muito longe,
faz um rancho de taipa, levando comida para lá, a mulher acompanha o
marido, com os filhos, para ajudar. No terreiro um juazeiro, é tradição
antiga, alí bate o feijão de corda, ajunta o milho seco, faz as
atividades agrícolas, lugar de trabalhar e conversar. O terreiro da roça
acontece os fatos mais importantes, da vida do agricultor, tem toré,
multirão, colheitas fartas, alegrias e tristezas, pelas chuvas, secas,
pragas de ratos, lagartas da lavoura. Os meninos brincam no mato
observando os passarinhos, catam os insetos, que atacam a plantação.
Assim é nossa vida na roça, tem muita coisa a mais, agora vamos para
casa, o Sol estar se pondo no horizonte. Na vida comunitária a Terra Indígena é de todos, cada pai de família escolhe seu lugar de plantar sua roça. A colheita geralmente o chefe da casa leva seus familiares para juntar o milho, feijão de corda ou de arranca, coloca para secar no Sol durante tres dias. Quando as sementes estão secas, chegou a hora de bater o feijão no terreiro. http://www.indiosonline.net/vida_na_roca/ .
Nhenety Kariri-Xocó.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário