segunda-feira, 14 de abril de 2025

O BRASIL FOLCLÓRICO SEGUNDO CÂMARA CASCUDO






Uma Visão Descritiva, Cronológica e Hierárquica de Suas Matrizes Culturais 



Resumo



O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma visão descritiva, cronológica e hierárquica do Brasil folclórico, a partir dos estudos de Luís da Câmara Cascudo. O folclore brasileiro é resultado da confluência de três grandes matrizes culturais: a indígena, a europeia e a africana. A construção do mundo folclórico nacional percorre uma trajetória histórica que se inicia com os saberes dos povos originários, passa pela colonização europeia e incorpora a contribuição africana trazida com a diáspora negra. Este estudo busca evidenciar como essas matrizes se estruturam ao longo do tempo e configuram a riqueza cultural brasileira.


Palavras-chave: Folclore brasileiro; Câmara Cascudo; Matrizes culturais; Identidade popular.


1. Introdução


O folclore brasileiro, segundo Câmara Cascudo, é a expressão mais autêntica da cultura popular. Ele nasce da sabedoria acumulada por gerações, transmitida oralmente e vivenciada nas práticas do cotidiano. O Brasil, por sua formação histórica, apresenta um universo folclórico resultante da fusão de três grandes tradições: a indígena, a europeia (especialmente a portuguesa) e a africana. Este trabalho propõe uma abordagem descritiva, cronológica e hierárquica do mundo folclórico brasileiro, demonstrando suas origens, permanências e transformações ao longo da história.


2. Descrição Cronológica e Hierárquica do Brasil Folclórico


2.1 As raízes indígenas — o tempo primordial


O primeiro estrato do folclore brasileiro é constituído pelos povos indígenas, habitantes originais do território. Sua cultura é marcada pela oralidade, pelos mitos ligados à natureza, pela visão animista do mundo, pelas práticas de cura e pelas lendas que explicam fenômenos naturais. Este é o Brasil das florestas, das águas, dos espíritos e dos encantamentos. A sabedoria indígena moldou a base espiritual e imaginária do folclore nacional.


2.2 A contribuição europeia — o tempo colonial


Com a chegada dos portugueses no século XVI, o Brasil passou a incorporar elementos da cultura europeia, sobretudo do catolicismo popular, das festas religiosas, dos contos medievais, das superstições e das práticas agrícolas. Os portugueses trouxeram também lendas, músicas, danças e tradições que se adaptaram ao novo território, formando um segundo nível cultural no folclore brasileiro. Essa fusão resultou na criação de práticas híbridas, que persistem até os dias atuais.


2.3 A influência africana — o tempo da resistência e da criação


A presença dos povos africanos, trazidos como escravizados, contribuiu de maneira decisiva para o folclore nacional. Seus mitos, cultos, ritmos musicais, danças, culinária e práticas religiosas enriqueceram o repertório cultural do Brasil. A resistência e a criatividade das culturas africanas permitiram a formação de novos símbolos, como os orixás, os tambores, as festas populares e as lendas afro-brasileiras. Essa matriz representa um movimento de resistência cultural, memória ancestral e reinvenção permanente.


3. Considerações Finais


A partir da abordagem descritiva, cronológica e hierárquica proposta por este estudo, torna-se evidente que o folclore brasileiro constitui-se como expressão autêntica da identidade nacional, sendo resultado da inter-relação entre as matrizes culturais indígena, europeia e africana. Conforme os ensinamentos de Câmara Cascudo, o folclore não se restringe a manifestações do passado, mas revela-se como um fenômeno dinâmico, vivo e em constante reelaboração, refletindo a criatividade, a resistência e a capacidade de reinvenção do povo brasileiro.


Ao compreender o folclore como patrimônio imaterial e como expressão coletiva da sabedoria popular, reconhece-se também a importância da valorização e preservação dessas manifestações culturais. O estudo do Brasil folclórico permite, assim, um mergulho profundo na formação simbólica e na memória cultural do país, reforçando a necessidade de políticas públicas e ações educativas que promovam o reconhecimento e o respeito à diversidade cultural brasileira.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 



CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. 12. ed. Rio de Janeiro: Global Editora, 2012.


CASCUDO, Luís da Câmara. Made in Brazil: Louvação das coisas nossas. 2. ed. São Paulo: Global, 2001.


CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. 6. ed. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp, 1984.


CASCUDO, Luís da Câmara. História da Alimentação no Brasil. 4. ed. São Paulo: Global, 2004.


CASCUDO, Luís da Câmara. História da Alimentação no Brasil. 4. ed. São Paulo: Global Editora, 2011.


CASCUDO, Luís da Câmara. Geografia dos Mitos Brasileiros. 2. ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 1983.


CASCUDO, Luís da Câmara. Superstições e Costumes. São Paulo: Global, 2000.


SILVA, Raul Lody. O Folclore no Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: Mauad X, 2013.


SILVA, Roberto. Folclore e Identidade Cultural no Brasil. São Paulo: Contexto, 2000.




Autor: Nhenety KX



Utilizando a ferramenta Gemini ( Google ), inteligência artificial para análise da temática e Consultado por meio da ferramenta ChatGPT (OpenAI), inteligência artificial como apoio para elaboração do trabalho, em 8 de abril de 2025 e a capa do artigo dia 2 de maio de 2025.






Nenhum comentário: