Na Península Ibérica
Começa nossa lição,
Entre Celtas e Lusitanos
Se forjava uma nação,
Que depois seria o berço
Da lusa colonização.
Vieram tempos de Roma,
Com poder e disciplina,
Deixaram língua e estrada,
Religião que ilumina,
Costumes que foram base
Da raiz que se destina.
Depois vieram os godos,
Reinos de poder germano,
E também mouros do sul,
Com seu legado urbano,
Na fé, na língua e nos usos
De um passado tão humano.
Portugal se estruturava
Com cultura e tradição,
Do cristianismo medieval
Tomou força e direção,
Levando ao Novo Mundo
Essa mesma inspiração.
O Brasil foi descoberto
Pelo impulso português,
Na colônia floresceram
Costumes da antiga vez,
E a língua de tantos povos
Aqui firmou sua vez.
Em 1808 a corte
Ao Brasil veio fugir,
Napoleão na Europa
Fez Dom João se exilir,
No Rio fez-se a coroa
Com poder a reluzir.
Em 1815 o Brasil
Foi Reino Unido, exaltado,
Em 1822
D. Pedro foi proclamado,
Nasceu o Império do povo,
Um Brasil já coroado.
Em 1889
Findou-se a monarquia,
Veio a República nova
Mudando a soberania,
Mas da lusa tradição
Restou viva a heresia.
Das raízes lusitanas
Veio fé e devoção,
O catolicismo firme
Marcou nossa formação,
Igreja, festa e costume
São parte da herança, então.
Da Península Ibérica
Vieram língua e valores,
Mouriscos, romanos, celtas,
Se tornaram transmissores,
E no Brasil floresceram
Nos gestos e nas cores.
Assim se vê Portugal
E Brasil no mesmo chão,
Não só na história da colônia,
Mas na raiz da tradição,
Um elo de séculos longos
Na cultura e na nação.
Autor: Nhenety Kariri-Xocó

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