domingo, 26 de outubro de 2025

CORDEL OS FENÍCIOS E O ALFABETOS GREGO E LATINO






📜 DEDICATÓRIA POÉTICA


Ao verbo, raiz primeira,

Da voz que o tempo guardou,

Ao traço sobre a madeira

Que o homem cedo gravou,

Dedico este som antigo

Que em letra o mundo formou.


Aos mestres da travessia,

Fenícios de coração,

Que em mares da sabedoria

Levaram a inspiração,

Ofereço esta homenagem

Feita em rima e devoção.


À Grécia e Roma bendigo,

Por darem forma ao sinal,

Transformando o som antigo

Em idioma universal;

E ao povo que ama as letras,

Meu respeito imortal.



📚 ÍNDICE POÉTICO


Abertura – O Canto das Letras Antigas


Prólogo Poético – Os Navegantes da Palavra


Capítulo I – O Povo do Mar e o Sinal Divino


Capítulo II – Da Fenícia ao Mundo Grego


Capítulo III – Dos Etruscos ao Alfabeto Romano


Capítulo IV – A Herança das Palavras Ocidentais


Encerramento – A Luz que Nunca se Apaga


Epílogo Poético – O Espírito da Escrita


Nota de Fontes em Verso Rimado


Ficha Técnica do Cordel-Livro


Sobre o Autor – Nhenety Kariri-Xocó


Sobre a Obra – A Jornada das Letras Humanas


Epílogo Final – A Mensagem da Eternidade


Capa Principal e Quarta Capa 3D Digital



🌅 ABERTURA – O CANTO DAS LETRAS ANTIGAS


No silêncio do passado,

A voz do tempo ecoou,

Num traço simples gravado

O verbo se revelou;

Do barro e da pedra fria,

A escrita então se formou.


Do Egito aos rios da Síria,

Dos templos à cerâmica,

A mente humana queria

Transformar fé em gramática,

E dos sons fez harmonia,

Tornando a fala semática.


Mas foi o povo do vento,

Do mar, da vela, da areia,

Que deu ao mundo o fermento

Da escrita clara e sereia;

Com vinte e duas sementes,

Nasceu a língua da ideia.


E assim o mundo se fez

Em letras, luz e razão,

Do Fenício à nova vez,

Do Grego à Roma, a nação;

E o verbo virou destino,

Da mente ao coração.



🌊 PRÓLOGO POÉTICO – OS NAVEGANTES DA PALAVRA


Antes da pena e do livro,

Do verbo em papel gravado,

O homem buscou o motivo

Do som no tempo guardado;

Do gesto fez um caminho,

Do traço, um ser encantado.


Nas ondas do mar sagrado,

Entre mirra e caravanas,

Nasceu um povo ousado

De mãos e vozes humanas;

Que em conchas, cedros e ventos

Ergueram rotas insanas.


Chamavam-se os Fenícios,

Senhores do sal e da luz,

Carregando em seus ofícios

O verbo que o mundo conduz;

Em cada letra uma estrela,

Em cada som uma cruz.


Navegavam, ensinando,

A força do seu sinal,

De Biblos iam levando

O código universal;

E em cada porto deixavam

Um eco transcendental.


Assim nasceu a semente

Do saber comunicante,

Que ao coração da gente

Chega viva e pulsante;

Da Fenícia ao pensamento,

Da pedra à mente vibrante.


E o tempo, em sua lousa,

Registrou com devoção:

Foi a escrita, tão formosa,

A ponte da criação;

Unindo povos e eras

Num só verbo e inspiração.



🕊️ CAPÍTULO I – O POVO DO MAR E O SINAL DIVINO


Na costa do Mediterrâneo,

Entre o cedro e o sal do mar,

Ergueu-se o reino anônimo

Do povo a navegar;

Chamavam-no de Fenícia,

Terra pronta a comerciar.


Não tinham vastos impérios,

Nem tronos de dominação,

Mas tinham nas mãos mistérios

Feitos de observação;

Sabiam ler os ventos,

E o mapa da imensidão.


Com barcos leves e finos,

De vela e madeira pura,

Cortavam mares divinos

Na mais ousada aventura;

Levando vidro e tecidos,

E o saber da escritura.


Pois o comércio exigia

Uma fala que fosse igual,

Um traço que traduzia

O trato comercial;

E assim criaram o código,

Sagrado e essencial.


Vinte e duas foram as letras

Que marcaram o seu chão,

Cada uma em forma discreta,

Símbolo e vibração;

Que o verbo tornou concreto,

Na alma e na expressão.


Chamaram-no “alfabeto”,

Por ser alfa e começo,

E “beta” como o projeto

De um novo humano endereço;

Onde o som se faz memória,

E a ideia ganha acesso.


Dos templos à embarcação,

O sinal se fez divino,

Era mais que tradução,

Era o verbo do destino;

Pois escrever era um rito,

Entre o humano e o peregrino.


O mar guardava segredo,

De vozes e de clarins,

E o vento, levando o enredo,

Cruzava terras sem fins;

Do Líbano às ilhas gregas,

Levava traços sutis.


Assim a Fenícia uniu,

No gesto e no pensamento,

A fala que traduziu

O espírito e o intento;

E o homem viu nas palavras

Um novo renascimento.



🔱 CAPÍTULO II – DA FENÍCIA AO MUNDO GREGO


Os gregos viram nas ondas

Um povo de voz e luz,

Que trazia em letras redondas

O verbo que os seduz;

E tomaram dos Fenícios

O alfabeto que conduz.


No século oitavo em diante,

Em terras do mar Egeu,

A escrita foi fascinante,

E o som, filho de Orfeu;

Cada letra um novo canto,

Que o tempo abençoou e leu.


Os gregos deram às consoantes

As vogais do coração,

Fizeram sons mais vibrantes

Na pura enunciação;

E o alfabeto se fez vida,

Fez-se alma e emoção.


De Atenas às ilhas do sol,

A palavra se expandia,

Guiando o humano farol

Do saber e da poesia;

E a escrita foi tornada

Ritual de sabedoria.


Do “alfa” até o “ômega”,

Nasceu a escala do som,

Que traduz o que se entrega

Do silêncio até o tom;

E o verbo se fez herança,

Deuses, homens e dom.


Foi pela pena dos sábios

E o eco da tradição,

Que o grego em letras hábeis

Fez do verbo a razão;

E o traço fenício antigo

Renovou-se em invenção.


Nasceram escolas, tratados,

Mestres, mitos e canções,

Os versos foram guardados

Em tábuas e orações;

E o alfabeto do mundo

Fez pontes entre nações.


Assim da Fenícia antiga

Ao espírito helênico ardente,

A escrita tornou-se amiga

Da mente e do continente;

O verbo virou semente

Do saber transcendente.


E ao findar esta travessia,

Das letras em mares gregos,

Nasceu da sabedoria

O lume que vence os cegos;

Pois o alfabeto é o rio

Que leva os povos aos egos.



⚜️ CAPÍTULO III – DOS ETRUSCOS AO ALFABETO ROMANO


Do grego veio a centelha

Que os etruscos receberam,

E em cada tábua e fivela

Novos sons perceberam;

Do verbo antigo da Hélade

Nova forma conceberam.


Na península itálica

Entre templos e colinas,

A fala se fez pragmática

E a escrita, disciplina;

O traço virou comando,

A palavra, lei divina.


Os etruscos foram ponte

De letra, voz e razão,

Fizeram do verbo a fonte

De poder e tradição;

E Roma, o sol nascente,

Tomou deles a invenção.


O romano fez do signo

Símbolo da autoridade,

E gravou em mármore digno

Os feitos da sua cidade;

Nascia o alfabeto latino,

De pura eternidade.


Nas colunas do Senado

E nas pedras do caminho,

O verbo foi entoado

Como código e destino;

A lei se fez pela escrita,

Selo humano e divino.


Nas tábuas do Imperador,

O decreto era gravado,

E o som do legislador

Ao povo era anunciado;

Em letras o poder ecoa,

E o mundo é transformado.


Com o tempo a língua cresceu,

Tomou corpo e direção,

Do latim se conheceu

A força da enunciação;

E o verbo se fez cultura,

Doutrina e expansão.


Em Roma o saber se uniu

À fé e ao pensamento,

E o alfabeto traduziu

O espírito e o intento;

Na pena dos escribas santos,

Eternizou-se o momento.


Pois das letras etruscas veio

O código universal,

E Roma, no seu anseio,

Levou-o a cada local;

Assim nasceu o idioma

Que em nós ainda é vital.


E quando o Império ruía,

Nas cinzas da devoção,

A escrita ainda ardia,

Guardando a revelação;

O verbo tornou-se templo

Na alma da criação.



🕊️ CAPÍTULO IV – A HERANÇA DAS PALAVRAS OCIDENTAIS


Do antigo ao novo mundo

A escrita cruzou fronteiras,

Levando o saber profundo

Em letras verdadeiras;

Da Roma que foi o centro

Às terras brasileiras.


Das tábuas às catedrais,

Do códice ao pergaminho,

Seguiram rotas iguais

O verbo e seu caminho;

E o homem, em cada era,

Buscou ser seu vizinho.


Vieram monges e mestres

Com pena e devoção,

Copiando livros silvestres

Na luz da contemplação;

A escrita virou oração,

E o saber, comunhão.


Depois, com prensa e tinta,

O mundo se libertou,

A palavra, antes restrita,

A todos se revelou;

E o alfabeto latino

Nas bocas floresceu.


Das línguas que se geraram

— o francês, o português, —

Mil povos se misturaram

Na cultura de uma vez;

E o som que veio da Fenícia

Hoje canta outra altivez.


A letra tornou-se ponte,

Entre tempos e nações,

Erguendo em cada horizonte

Mil novas expressões;

O verbo que veio dos mares

Gerou civilizações.


E o Ocidente se ergueu

Na base desse tesouro,

Que em papiro floresceu

E no livro virou ouro;

O alfabeto foi o fio

Que uniu passado e louro.


Da Fenícia à Academia,

Do mármore à impressão,

A letra virou magia

E a fala, libertação;

Em cada traço uma história,

Em cada som, uma nação.


E quem lê com alma aberta

Sente o verbo respirar,

Pois a escrita é luz desperta

Que ensina o homem a amar;

E as letras são navios

Que nos levam a pensar.


Assim termina esta rota,

De mar e eternidade,

Do verbo que o tempo anota

Na pedra da humanidade;

A escrita é o nosso espelho,

Eterna divindade.



🌅 ENCERRAMENTO – A LUZ QUE NUNCA SE APAGA


No alfabeto repousa

A chama do coração,

De onde a voz se repousa

E nasce a enunciação;

Pois o verbo é a centelha

Que ilumina a criação.


Do traço fenício antigo

Ao eco da Era Moderna,

O homem se faz amigo

Da palavra eterna;

E a letra é ponte sagrada

Entre a mente e a caverna.


O tempo moldou os sons,

O mundo mudou de face,

Mas o verbo, entre os tons,

Jamais perde sua classe;

Ele é o sopro divino

Que da alma nunca se afaste.


A escrita é mãe da memória,

Guardiã do existir,

É caminho, é trajetória,

É raiz a refletir;

Quem escreve, eterniza,

Quem lê, volta a florir.


Assim finda esta viagem

Entre povos e sinais,

Com letras em peregrinagem

De mares e ancestrais;

O verbo é nossa herança,

Eterna entre os mortais.



🌕 EPÍLOGO POÉTICO – O ESPÍRITO DA ESCRITA


Quando o homem risca o chão,

Ou grava pedra ou madeira,

Ele acende a inspiração

Da linguagem verdadeira;

É o sopro do Criador

Que a mente humana clareia.


Nas letras dormem segredos,

Nos sons repousa o mistério,

E a alma, em seus próprios medos,

Vê o verbo como império;

Pois escrever é dar forma

Ao infinito etéreo.


A pena é uma canoa,

O papel, mar de emoção,

E o poeta é quem entoa

A rota da criação;

Navegando entre palavras,

Como em pura oração.


O alfabeto é templo vivo,

Onde mora a divindade,

Que faz o simples motivo

Ser ponte de eternidade;

E quem lê com fé e alma

Renova a humanidade.


Assim, irmão peregrino,

Ao findar esta leitura,

Saibas que o verbo é destino,

É canto e é doçura;

E que o som das antigas letras

Ainda pulsa na escritura.



📖 NOTA DE FONTES EM VERSO RIMADO


Busquei nas vozes antigas

Os rastros da tradição,

Nas letras que são amigas

Do saber e da razão;

E nas fontes dos estudiosos

Achei firme inspiração.


Ferreira e sua memória,

Aurélio do verbo e flor,

Guardou a língua e a história

Do idioma e seu valor;

E Heath, no livro sagrado,

Mostrou o alfabeto em cor.


Menezes trouxe o caminho

Das letras ao seu lugar,

E Santos, com tom divino,

Fez a escrita iluminar;

Silva e Rogers completaram

O saber do verbo e do mar.


Dos portais da “História do Mundo”

E da “Toda Matéria” em união,

Bebi o saber fecundo

Da pesquisa e tradição;

E Oliveira, com sua pena,

Trouxe luz à conclusão.


Por isso aqui registro

Com respeito e gratidão,

Que cada fonte foi um Cristo

Do verbo e da criação;

Pois toda escrita verdadeira

É semente e revelação.


🪶 FICHA TÉCNICA DO CORDEL-LIVRO


Título: Os Fenícios e a Origem dos Alfabetos Grego e Latino

Autor: Nhenety Kariri-Xocó

Gênero: Cordel Histórico e Poético

Formato: Livro-Cordel A5 – Edição Digital e Impressa

Linguagem: Poética Rimada em Sextilhas

Estilo: Narrativo Histórico-Simbólico

Publicação Digital e Diagramação: KXNHENETY.BLOGSPOT.COM e ChatGPT (Assistente Virtual Literário)

Ano: 2025

Local: Porto Real do Colégio – AL, Brasil


🌿 SOBRE O AUTOR – NHENETY KARIRI-XOCÓ


Nhenety Kariri-Xocó é contador de histórias, poeta e guardião da tradição oral de seu povo — os Kariri-Xocó, de Porto Real do Colégio, Alagoas.

Sua escrita une o sagrado e o histórico, transformando a memória dos povos em canto e sabedoria.

Entre seus cordéis e livros, vibra o espírito da terra, das águas e das antigas palavras que sustentam a vida.

Com sensibilidade e devoção, Nhenety transforma o conhecimento em poesia e faz do verbo uma ponte entre o ancestral e o universal.



📜 SOBRE A OBRA – A JORNADA DAS LETRAS HUMANAS


“Os Fenícios e a Origem dos Alfabetos Grego e Latino” é mais que um livro: é uma travessia pelas águas do tempo.

Cada estrofe revive o poder da escrita como herança divina, mostrando como os antigos Fenícios lançaram, nas ondas do Mediterrâneo, as sementes do conhecimento que floresceram em Grécia, Roma e no mundo moderno.

Nesta obra, o cordel se torna ponte entre o espírito indígena e a memória universal — uma canção às letras, à sabedoria e à alma da humanidade.

Esta obra foi inspirada e fundamentada no artigo publicado no blog “KXNHENETY.BLOGSPOT.COM", disponível em:  

https://kxnhenety.blogspot.com/2025/04/os-fenicios-e-origem-dos-alfabetos.html?m=0 , seguindo uma estrutura acadêmica nos moldes da ABNT e respaldada em referenciais históricos e culturais que unem a tradição oral ao conhecimento erudito.



🌺 EPÍLOGO FINAL – A MENSAGEM DA ETERNIDADE


Se o verbo fez o princípio,

Fará também o porvir,

Pois escrever é um ofício

De semear e florir;

E quem lê com alma aberta

Aprende a não desistir.


A escrita é como o vento,

Que fala ao coração,

Traz saber, traz sentimento,

E une toda a criação;

Ela é o idioma dos deuses

Traduzido em emoção.


Que esta obra, irmão leitor,

Te inspire à comunhão,

Com o verbo redentor

Que pulsa em cada canção;

Pois quem guarda a voz das letras

Guarda em si a criação.





Autor: Nhenety Kariri-Xocó 




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