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Pindaíba, Desenho : Nhenety |
O Sertão do Rio São Francisco foi ocupado pelos curraleirso , por ser uma região de clima seco, mata de Caatinga de árvores espinhentas, mas que tinha boas pastagens para o gado. Muitos indígenas foram massacrados no litoral, outros fugiram para outras paragens. A Aldeia Caiçara dos índios Aramurus ficava pertinho da Ilha que recebeu o nome de São Pedro em Porto da Folha, em Sergipe. Foram várias tentativas de evangelização dos nativos, o Chefe tribal Pindaíba dos Aramurus para seu povo não ser massacrados pelos bandeirantes, levou sua gente junto aos religiosos pedindo proteção início do século XVII. Pindaíba siginifica anzol pequeno, foi o último cacique selvagem dos Aramurus, depois dele os padres evangelizaram os indígenas para viver em harmonia com os portugueses que chegavam as margens do Rio São Francisco. Os religiosos ridicularizou o nome Pindaíba como sinonimo de pobreza para tirar do indígena sua alta estima, era uma estratégia ant-cultural, política e linguística na integração do índio a uma nova cultura cristã civilizada. Na Missão de São Pedro foi construída uma igreja, um convento e um cemitério, os indígenas levados para a ilha, morando nos arredores da sede, sob vigilancia dos padres. Tudo mudou para os indígenas, pelo menos Pindaíba salvou seu povo do massacre, levando sua nação para a evangelização, sofreram muito, a cultura foi combatida ferozmente pela igreja, mas os Aramuru guardou seu ritual tradicional em segredo. Depois vieram os Xocós de Pão de Açucar, Alagoas do outro lado do rio, após muita desavenças os dois grupos se uniram para existir como povo indígena. Estas fusões étnicas eram feitas pela igreja para facilitar o controle sobre as tribos indígenas, deixando o território livre para o colonizador ocupar com seu gado o Vale do São Francisco. Nhenety Kariri-Xocó
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