🌹 DEDICATÓRIA POÉTICA
Ofereço este cordel,
Com amor e devoção,
Aos mestres da mitologia,
Da Grécia e sua nação.
À memória dos poetas,
Rendo aqui minha oração.
Às vozes que eternizaram
Em versos, lendas, canções,
Que do Olimpo trouxeram
Sabedoria e tradições.
Que seus ecos permaneçam
Em todas gerações.
📖 ÍNDICE POÉTICO
Abertura – A Força da Tradição
Prólogo Poético – Entre o Mito e a História
Capítulo I – O Caos e a Criação
Capítulo II – Os Deuses e a Titanomaquia
Capítulo III – Prometeu e a Humanidade
Capítulo IV – As Cinco Idades do Homem
Capítulo V – A Era dos Heróis
Capítulo VI – A Guerra de Troia
Capítulo VII – As Civilizações Minoica e Micênica
Capítulo VIII – O Período Arcaico e os Jogos Olímpicos
Capítulo IX – O Esplendor Clássico da Grécia
Capítulo X – Alexandre e o Período Helenístico
Capítulo XI – O Domínio Romano
Encerramento – O Legado da Grécia
Epílogo Poético – Vozes Eternas da Cultura
Nota de Fontes – Bibliografia em Cordel
🌿 ABERTURA
Na Grécia vive o saber,
Herança da humanidade,
Mito e história se unem
Na busca da eternidade.
Este cordel é caminho,
Cultura em fraternidade.
📜 PRÓLOGO POÉTICO
No princípio era o mito,
Do caos brotou a canção,
Da noite nasceram forças,
Do amor, a criação.
E a história, com seus marcos,
Firmou nova tradição.
🌟 ENCERRAMENTO
O mito virou história,
E a história virou lição,
Da Grécia ficou o brilho
Em todo coração.
Um legado imortal
Na cultura e tradição.
✨ EPÍLOGO POÉTICO
Quem lê este cordel sente
O sopro da antiguidade,
Os deuses, heróis e povos
Com sua imortalidade.
A Grécia vive nos sonhos,
Eterna na humanidade.
📚 NOTA DE FONTES (REFERÊNCIAS EM CORDEL)
De Hesíodo tirei versos,
Na Teogonia cantada,
Torrano deu sua forma,
Na língua bem trabalhada.
Iluminuras lançou,
E a Grécia foi revelada.
De Homero vieram rimas,
Na Ilíada e Odisseia,
Com Carlos Nunes na lida,
A tradução sem peleja.
EDUFPA publicou,
Para o saber que festeja.
Walter Burkert descreveu
A religião grega inteira,
Na Companhia das Letras,
Obra clara e verdadeira.
Com sua pena brilhante,
Deu à história uma bandeira.
Pierre Grimal nos legou
Dicionário singular,
Deuses, mitos e heróis,
Nele podemos buscar.
Bertrand Brasil publicou,
Para o povo estudar.
Snodgrass trouxe à memória
A arqueologia fiel,
Da Grécia mostrou caminhos,
Em Portugal fez papel.
Na Edições Setenta,
Guardou saber tão cruel.
Boardman com outros mestres
Falou do mundo clássico,
Breve, mas bem profundo,
Um retrato fantástico.
Jorge Zahar o editou,
Num trabalho emblemático.
🏛️ FICHA TÉCNICA
Título: Cronologia Mitológica e Histórica da Grécia em Cordel
Autor: Nhenety Kariri-Xocó
Povo: Kariri-Xocó de Porto Real do Colégio – Alagoas, Brasil
Gênero: Cordel histórico-poético
Formato: Livro-cordel em estilo A5 – Diagramação poética
Ano: 2025
Edição Digital e Diagramação: Assistente Virtual GPT-5 (OpenAI)
Arte e Capa Digital 3D: Nhenety Kariri-Xocó & GPT-5
Revisão Poética e Editorial: Nhenety Kariri-Xocó
Publicação: Edição Independente – Blog “KXNHENETY.BLOGSPOT.COM" Voz dos Kariri-Xocó
Local de Publicação: Porto Real do Colégio – AL / Brasil
Todos os direitos poéticos reservados ao autor. É permitida a divulgação para fins educativos e culturais, mantendo a autoria e integridade da obra.
📚 CAPÍTULO I – O CAOS E A CRIAÇÃO
No princípio havia o caos,
Um vazio sem caminho,
Era abismo e era nada,
Silêncio sem o carinho,
Mas do nada a vida surge,
Como broto pequenino.
Do caos nasceu a Noite,
A deusa Nyx tão sombria,
Também Érebo escuro,
Na treva que se estendia.
Eros brilhou como chama,
Trazendo calor e alegria.
Gaia nasceu, Mãe-Terra,
Com seu ventre fecundado,
Deu corpo ao chão e às águas,
Ao monte e ao campo arado.
Do seu seio generoso,
Urano foi revelado.
Gaia se uniu ao Céu,
E Urano foi seu par,
Com ele trouxe ao mundo
Titãs, monstros a brotar,
E também os Ciclopes,
Que o raio iam forjar.
Urano, porém, temia
A força da criação,
Prendia seus próprios filhos
No abismo da perdição.
Gaia, sofrendo, pediu
Um ato de libertação.
Cronos, o mais jovem filho,
Aceitou a dura missão,
Tomou foice afiada,
Cumprindo a determinação.
Castra o pai e toma o trono,
Com poder e ambição.
Do sangue que caiu à terra,
Gigantes logo nasceram,
As Erínias vingadoras
Também dali floresceram.
E do mar, com espuma branca,
Afrodite apareceram.
Cronos reinou sobre o mundo,
Mas temia profecia,
De que um filho o destronasse
Com poder e ousadia.
Engolia seus rebentos,
Com medo do novo dia.
Rhea, sua fiel esposa,
Guardou Zeus em proteção,
Escondeu o filho amado
Para cumprir a missão.
No monte Ide cresceu forte,
Pronto para a rebelião.
Zeus cresceu e enfrentou,
Com coragem e destemor,
Libertou seus irmãos presos,
Destronando o usurpador.
Assim nasceu o Olimpo,
Com os deuses e seu vigor.
📚 CAPÍTULO II – OS DEUSES E A TITANOMAQUIA
Do Olimpo ergue-se a força,
Zeus governa o seu reinado,
Mas Cronos e os seus titãs
Não aceitam ser derrotado.
E a guerra entre os deuses
Logo foi então travado.
A Titanomaquia ecoa,
Por dez anos em batalha,
Titãs contra novos deuses,
No trovão, na lança, na malha.
O mundo treme e oscila,
Na mais terrível canalha.
Do lado de Zeus lutaram
Ciclopes de grande ardor,
Forjaram raios potentes,
Armas do novo senhor.
E os Hecatônquiros também,
Com cem braços de terror.
Os Titãs lançavam pedras,
Urros contra o firmamento,
Mas Zeus, com raio em punho,
Firmava seu movimento.
Cada golpe estremecia
O tempo e o momento.
Enfim venceu o Olimpo,
Cronos foi aprisionado,
E os titãs derrotados
Foram logo sepultados
No Tártaro mais profundo,
Para sempre acorrentados.
Zeus dividiu o mundo
Com seus irmãos de valor,
A Poseidon coube o mar,
Hades, o mundo inferior.
Ele, no trono celeste,
Reinou como vencedor.
No Olimpo ergueu-se o lar
Dos deuses em harmonia,
Lá viviam soberanos
Entre festa e alegria.
Mas também tramavam guerras,
Sobre o destino, a ousadia.
Hera, esposa de Zeus,
Deusa do matrimônio,
Atena, filha da guerra,
Deusa do saber e engenho,
E Apolo, com sua lira,
Trazendo luz como prêmio.
Assim o panteão grego
Ganhou sua moradia,
Deuses com rosto humano,
Com paixão e fantasia.
E no coração do povo,
Transformou-se em poesia.
📚 CAPÍTULO III – PROMETEU E A HUMANIDADE
Prometeu, titã ousado,
Do barro moldou o homem,
Deu-lhe a forma e o sopro,
Deu-lhe vida e também nome.
Com suas mãos criadoras,
Fez nascer quem hoje somos.
Mas Zeus negava ao homem
O fogo, fonte da vida,
Prometeu, em desafio,
Fez a chama concebida.
Do Olimpo roubou a brasa,
Com coragem destemida.
O homem, tendo o fogo,
Cozinhou, forjou metal,
Criou armas e ferramentas,
Superou seu próprio mal.
Mas Zeus, ao ver o feito,
Preparou castigo igual.
Prometeu foi acorrentado
Na montanha solitária,
Um abutre lhe devorava
O fígado, a cada diária.
Imortal, sofria sempre
Pela ousadia lendária.
Mas o titã resistiu,
Mesmo preso ao seu suplício,
Pois sabia que o homem
Herdaria o seu ofício.
Do barro e do fogo juntos,
Nascia o eterno indício.
Para punir a humanidade,
Zeus então criou Pandora,
Com sua caixa misteriosa,
Revelando a mágoa e a hora.
Trouxe males infinitos
Que o destino ainda chora.
Mas na caixa restou algo,
Um alento a iluminar:
Foi a esperança sagrada
Que ficou a repousar.
Assim, mesmo entre dores,
O homem podia lutar.
Prometeu tornou-se símbolo
Da coragem e rebeldia,
De quem enfrenta o poder
Em nome da ousadia.
Guardião da humanidade,
É lembrado até hoje em dia.
Assim começa a história
Do homem em sua estrada,
Entre o fardo e a esperança,
Na luta sempre marcada.
Do barro ao fogo ardente,
Foi sua alma forjada.
📚 CAPÍTULO IV – AS CINCO IDADES DO HOMEM
Hesíodo nos contou,
No cantar da tradição,
Que a vida teve idades,
Cada qual sua lição.
Do ouro até o ferro,
Se fez a criação.
Na Idade de Ouro havia
Paz, fartura e harmonia,
Homens viviam felizes,
Sem trabalho ou agonia.
Não conheciam a morte,
Só dormiam um dia.
Na Idade de Prata veio
A arrogância do poder,
Os homens já desrespeitam
O que Zeus quis escrever.
Longa infância carregavam,
Sem saber amadurecer.
Na Idade de Bronze a guerra
Fez morada no viver,
Forjaram armas potentes,
Aprenderam a combater.
E o sangue manchou a terra,
Com a sede de vencer.
Depois veio a dos Heróis,
Idade cheia de glória,
Onde feitos memoráveis
Entraram para a memória.
Troia e suas batalhas
Perdurarão na história.
E por fim, a do Ferro,
Que Hesíodo já vivia,
Marcada por corrupção,
Trabalho e covardia.
O homem perdeu a fé
E a justiça se esvaía.
Na idade de ferro amarga,
A mentira governava,
A amizade era rara,
A traição imperava.
O homem contra o homem
No mundo se enfrentava.
Assim se vê o destino
Que o poeta descreveu,
O ciclo das gerações
Que na Grécia floresceu.
Do ouro até o ferro,
O mundo então se perdeu.
Mas também resta esperança,
Pois cada idade ensina,
Que do erro nasce a luta,
E da luta, a disciplina.
A história é o caminho
Que o espírito ilumina.
Assim cantou Hesíodo
Com seu dom e sabedoria,
E nós seguimos lembrando
O que o mito anuncia:
Que o tempo é professor
De esperança e poesia.
📚 CAPÍTULO V – A ERA DOS HERÓIS
Depois das idades todas,
Surgiu a dos grandes bravos,
Heróis que marcaram tempo
Com seus feitos tão notáveis.
A memória grega guarda
Esses nomes imortais.
Perseu foi o destemido,
Que venceu a Medusa,
Com olhar petrificante
Que tornava a vida confusa.
Do sangue do monstro morto,
Nasceu Pégaso, a musa.
Hércules, o mais famoso,
Com doze trabalhos fez,
Do leão até a hidra,
Mostrou força de altivez.
Na lenda de sua luta,
O povo o tem por vez.
Jasão, com os Argonautas,
Buscou o velo dourado,
No mar enfrentou perigos,
Com coragem e cuidado.
Comandava sua frota,
Do destino desafiado.
Teseu foi outro herói,
De Atenas, de coração,
No labirinto venceu
O terrível Minotauro então.
Com o fio de Ariadne
Voltou à libertação.
Atalanta, caçadora,
Com seu arco sem temor,
Mostrou que também mulheres
Tinham força e vigor.
Nas corridas e nas lutas,
Era vista com valor.
Os heróis eram exemplos
De coragem e ousadia,
Mas também tinham falhas,
Mostrando a humanidade.
Eram mitos e espelhos,
De força e fragilidade.
O tempo dos grandes feitos
Foi cantado em poesia,
Na boca de rapsodos
Que guardavam a memória.
E assim, a era heróica
Permanece até hoje em dia.
Do século vinte ao doze
Antes do Cristo chegar,
A lenda se misturava
Com registros a contar.
E os heróis foram pontes
Entre o mito e o real lugar.
Assim nasceu o legado
Da Grécia, com sua voz,
Que dos heróis fez exemplo
De coragem entre nós.
E o tempo os eternizou
Na cultura e no após.
📚 CAPÍTULO VI – A GUERRA DE TROIA
Entre tantas narrativas,
Troia é a mais conhecida,
Cantada por Homero antigo,
Na epopeia tão querida.
Uma guerra de dez anos,
Na memória retida.
Tudo começou com deuses
Na disputa da beleza,
Afrodite, Hera e Atena
Buscavam tal realeza.
Páris, príncipe troiano,
Decidiu com destreza.
Afrodite lhe concedeu
A mais bela entre as mortais,
Helena, de Esparta, esposa
De Menelau, sem iguais.
O rapto da bela dama
Deu início a tantos ais.
Gregos juntaram seus barcos,
Sob comando de Agamenon,
Ulisses, Ájax, Aquiles,
Foram todos para a ação.
Troianos firmes lutavam
Na sua determinação.
Aquiles, com sua fúria,
Fez o campo estremecer,
Mas seu calcanhar sagrado
Foi seu ponto a perecer.
O destino o marcou
No auge de seu poder.
Heitor, príncipe de Troia,
Era bravo e destemido,
Mas tombou pelas mãos
De Aquiles enfurecido.
Seu corpo foi arrastado,
E o povo ficou ferido.
Depois de longos combates,
Veio a famosa invenção:
Um cavalo feito em madeira
Foi levado à fortaleza então.
Dentro dele estavam guerreiros,
Prontos para a invasão.
À noite saíram do casco,
Abriram os portões,
E os gregos entraram fortes
Com suas armas e canções.
Troia ardia em chamas,
Cercada por maldições.
Assim Troia foi vencida,
Mas não caiu seu valor,
Pois sua memória eterna
Se espalhou com o cantor.
Na voz de Homero antigo,
Ganhou vida e resplendor.
📚 CAPÍTULO VII – AS CIVILIZAÇÕES MINOICA E MICÊNICA
Muito antes de Atenas
E do brilho espartano,
Houve povos poderosos
No passado mais arcano.
Minoanos e Micenas
Fizeram o mundo urbano.
Na ilha de Creta surgiu
A civilização minoica,
Com o palácio de Cnossos,
Riqueza que se destacou.
Lendas do rei Minos,
Que a memória eternizou.
Era o tempo do labirinto,
Com o temível Minotauro,
História que misturava
O real com o lendário.
Arte, escrita e comércio
Se uniam no cenário.
Mas um dia a natureza
Mostrou toda sua fúria,
Com vulcão e terremoto
Trouxe perdas e penúria.
A cultura minoica caiu,
Sem poder contra a injúria.
Depois vieram Micenas,
Fortes muros a erguer,
Com guerreiros destemidos
Prontos sempre a combater.
Doze séculos antes de Cristo,
Se firmaram em poder.
Os micênicos ficaram
Na memória da canção,
Com heróis de Troia antiga,
Com espada e coração.
Homero deles falou,
Na sua narração.
Armas de bronze forjavam,
Com cavalos e bigas,
Suas tumbas monumentais
Guardavam riquezas antigas.
O passado nos revela
Essas memórias amigas.
Mas por volta de mil e cem
Antes do Cristo chegar,
A Grécia entrou nas Trevas,
Com ruína em seu lugar.
Micenas se apagava,
Sem poder se levantar.
Assim as civilizações
Foram bases da memória,
Minoanos e micênicos
Fundaram parte da história.
Entre mito e arqueologia,
Segue viva essa glória.
Foram povos de transição,
Da lenda até o real,
Raízes do pensamento
Que o grego fez imortal.
Na memória da cultura,
Sua força é sem igual.
📚 CAPÍTULO VIII – O PERÍODO ARCAICO E OS JOGOS OLÍMPICOS
Passado o tempo das trevas,
Surge a Grécia arcaica,
Das cinzas renasce o povo
Com cultura rica e laica.
Do século oito em diante,
A história se destaca.
Nasciam as grandes pólis,
Cidades independentes,
Atenas, Esparta, Corinto,
Se tornavam influentes.
Com governo, leis e forças,
Sistemas bem diferentes.
Em Atenas crescia o saber,
A palavra e a democracia,
Já Esparta era guerreira,
Se formava em ousadia.
Cada pólis com sua marca
Na história que se guia.
Foi nesse mesmo período
Que os gregos organizaram,
Os famosos Jogos Olímpicos
Que o mundo eternizaram.
Em setecentos e setenta e seis,
No calendário se firmaram.
Corridas, lutas e provas,
Força e velocidade,
Atletas buscavam glória,
E também divindade.
Aos deuses eram ofertados
O suor da humanidade.
Zeus recebia no Olimpo
As vitórias celebradas,
Os vencedores ganhavam
Coroas sempre douradas.
A honra era maior
Que riquezas acumuladas.
Do comércio às artes florescem,
Nessa fase arcaica bela,
O alfabeto se espalhava
E a poesia singela.
Com Homero e seus poemas,
A cultura foi-se à estrela.
O período arcaico abriu
Porta ao tempo glorioso,
Preparou terreno firme
Ao legado vitorioso.
Da simplicidade primeira
Nasceu o ser grandioso.
Assim o grego plantava
As bases de sua lição,
Com a pólis, com os jogos,
Com a arte e tradição.
Era o começo do brilho
Do seu grande coração.
📚 CAPÍTULO IX – O ESPLENDOR CLÁSSICO DA GRÉCIA
Na Grécia do século quinto,
Um esplendor se anuncia,
Com Atenas em destaque,
No auge da democracia.
Arte, ciência e filosofia,
Se erguiam com ousadia.
Péricles, grande estadista,
Guiava com firme mão,
Construiu o Partenon,
Marco da civilização.
Fez de Atenas o centro
Da cultura e da razão.
Na filosofia brilhava
Sócrates com seu pensar,
Platão em sua Academia,
Fez a ideia eternizar.
Aristóteles seguiu firme,
Com saber a ensinar.
O teatro se expandia,
Com tragédia e com humor,
Ésquilo e Sófocles davam
A cena o mais puro ardor.
Eurípides completava
Com palavras de esplendor.
Na medicina surgia
Hipócrates, o doutor,
Que buscava no humano
A ciência e seu valor.
Na lógica do cuidado
Transformava o curador.
A escultura mostrava
O corpo em perfeição,
Fídias deixou na pedra
Beleza e inspiração.
Deuses e homens moldados
Com traço de criação.
A pólis se rivalizava
Em poder e em poderio,
Esparta guerreira forte,
Atenas com desafio.
Na Guerra do Peloponeso
Houve sangue em seu pavio.
Mesmo com tantas lutas,
O legado permaneceu,
Da arte, da ciência,
Um tesouro se cresceu.
O esplendor clássico grego
O mundo inteiro bebeu.
Na retórica surgia
A palavra verdadeira,
Demóstenes defendia
A cidade altaneira.
A voz tornava-se arma,
Tão potente e certeira.
Entre templos e estátuas,
O homem buscava o ideal,
A beleza equilibrada,
No sentido universal.
Era a harmonia perfeita,
Na visão sem igual.
Assim brilhou Atenas,
No ápice de sua história,
Deixando ao mundo inteiro
Uma herança de memória.
O esplendor clássico grego
É raiz de toda glória.
📚 CAPÍTULO X – ALEXANDRE E O PERÍODO HELENÍSTICO
Da Macedônia surgiu
Um guerreiro destemido,
Alexandre, o Grande,
Com poder reconhecido.
No século quatro a.C.,
Seu nome foi erguido.
Filho de Filipe, o rei,
E discípulo de Aristóteles,
Unia a mente e a espada,
Com valores notáveis.
Conquistou com ousadia
Terras inigualáveis.
A Grécia foi sua base,
Mas logo se expandiu,
Marchou contra os persas,
Que o poder sucumbiu.
Em Gaugamela venceu,
E o império se abriu.
Do Egito fez Alexandria,
Cidade de luz e saber,
Com farol e biblioteca,
Para o mundo engrandecer.
Era a ciência guardada,
Que buscava florescer.
Avançou pela Ásia,
Chegou até a Índia,
Sonhando unir culturas
Numa síntese infinda.
Levava o grego consigo,
Onde a vitória se brinda.
Mas a morte o alcançou,
Em Babilônia distante,
Deixando vasto império
Sem governo constante.
Os generais dividiram
O domínio fulminante.
Nascia o helenismo,
Mistura de tradição,
O grego com o oriente
Geravam civilização.
Filosofia e ciência
Tomavam nova direção.
Epicuro ensinava
A busca pela alegria,
Estoicos pregavam força
Na razão que desafia.
O saber helenístico
Fundava sabedoria.
Na matemática brilhava
Euclides e Arquimedes,
No cosmos Eratóstenes,
Com cálculos e suas redes.
O mundo antigo avançava
Com ciência em suas sedes.
Arte e cultura se espalham,
Escultura e arquitetura,
Com colunas e palácios,
Na beleza mais pura.
O helenismo deixava
Um legado de ventura.
Alexandre foi centelha
De um mundo universal,
Que misturou o ocidente
Com o oriente sem igual.
Do encontro das culturas
Surgiu o marco imortal.
Assim o helenismo vive,
Como ponte verdadeira,
Entre o grego e o oriente,
Civilização inteira.
Foi o prelúdio da Roma,
Que surgia altaneira.
📚 CAPÍTULO XI – O NASCIMENTO DE ROMA
Conta a lenda que em Roma
Dois irmãos a fundaram,
Rômulo e Remo valentes
Nas margens do Tibre andaram.
Criados por uma loba,
Na memória eternizaram.
Rômulo venceu seu irmão,
O primeiro rei se fez,
Fundou a cidade eterna
Com coragem e altivez.
No ano setecentos e cinquenta
Antes de Cristo, talvez.
Roma começou pequena,
Entre tribos do Latim,
Misturando etruscos fortes
E sabinos pelo fim.
Com alianças e batalhas
Se ampliava o seu jardim.
Primeiro foi monarquia,
Com reis em sucessão,
Depois veio a república,
Com poder em divisão.
Senado e magistrados
Guiavam a nação.
As legiões se formavam,
Com disciplina e bravura,
Aprendendo de outros povos
A ciência da armadura.
Na guerra ganhavam força,
Na paz, também estrutura.
Roma então conquistava
Os povos vizinhos ao lado,
Com leis, estradas e pontes,
Seu domínio foi firmado.
A aldeia do Lácio antigo
Já crescia acelerado.
A plebe contra os patrícios
Reivindicava poder,
Criaram os tribunos livres,
Direito a se defender.
Era o início das lutas
Que fariam Roma crescer.
As guerras contra os etruscos
E depois contra os gauleses,
Deram a Roma coragem,
Mesmo em tempos tão dureses.
Se refazia das cinzas,
Mais forte em suas messeis.
O exército em expansão
Foi a base do império,
Com soldados disciplinados,
Seguindo caminho sério.
Da pequena Roma aldeia
Se ergueu poder tão férreo.
As tradições se juntaram
Com deuses e religião,
Júpiter, Marte e Vesta
Guiavam cada nação.
A fé dava aos romanos
Mais coragem e união.
Assim nasceu essa Roma
Que um dia seria senhora,
Dominando todo o mundo
Em riqueza avassaladora.
Do Lácio até os confins,
Foi crescendo a cada hora.
Do mito até a história,
Roma fez-se verdadeira,
Um destino de grandeza,
De conquista altaneira.
E no sangue de seus filhos
Começava a saga inteira.
📚 CAPÍTULO XII – O DOMÍNIO ROMANO
Roma cresceu com poder
Na península italiana,
Derrotou povos vizinhos
Com disciplina romana.
Cada vitória expandia
Sua força soberana.
Vieram guerras famosas,
Contra os ricos cartagineses,
Aníbal cruzou montanhas,
Com seus feitos gigantescos.
Mas Roma venceu por fim
Com destinos belicosos.
Do Mediterrâneo inteiro
Roma tomou o comando,
Egito, Grécia e Espanha
Já estavam se entregando.
A águia romana erguia
Seu império se expandindo.
As legiões marchavam firmes
Com gládio, escudo e valor,
Construíam estradas longas,
Levando lei e vigor.
Roma levava a ordem
Ao vencido em seu labor.
Na política surgiam
Disputas sem igual,
Patrícios contra plebeus
Em combate social.
Mas a lei dos Doze Tábuas
Fez justiça parcial.
O pão e circo acalmavam
As massas em rebuliço,
Nos jogos do Coliseu
Se via sangue e feitiço.
Gladiadores lutavam,
Escravos no sacrifício.
Mas Roma também brilhava
Na cultura e arquitetura,
Com aquedutos, teatros,
Estradas de grande altura.
Era o domínio romano
A vencer pela estrutura.
Júlio César se destacou
Com poder e liderança,
Dominou terras distantes,
E mudou toda a balança.
Seu governo preparava
O império e sua herança.
Depois de guerras civis,
Com Otávio triunfador,
Nascia o Império Romano,
Com poder arrebatador.
Augusto foi o primeiro,
De Roma o imperador.
Do Atlântico até a Ásia,
O império se estendia,
Com riquezas abundantes
E cultura que crescia.
Roma tornava-se centro
Do mundo que então surgia.
O domínio romano forte
Marcou toda a tradição,
Levou leis, língua e ordem
A cada nova nação.
E deixou como herança
Um legado em expansão.
Assim Roma dominava
O passado e o futuro,
Do mito até a história,
Seu poder se fez seguro.
No sangue e na memória
Deixou mundo mais maduro.
🌿 QUARTA CAPA POÉTICA
Entre deuses e mortais,
Segue a Grécia a brilhar,
No mito e na história viva,
O saber a nos guiar.
Zeus com raio na mão forte,
Mostra poder a brilhar.
Do Partenon à Acrópole,
A memória se mantém,
Os heróis e civilizações
No tempo jamais se vão além.
Cada capítulo escrito
Revela cultura também.
Prometeu trouxe o fogo,
Hércules força e valor,
Troia com suas muralhas,
E Roma no seu esplendor.
Tudo se encontra no cordel,
Misturando mito e amor.
Leitores, sigam atentos,
Pois a história vai falar,
De deuses, homens e cidades,
Que o mundo veio a formar.
E nesta obra poética
O passado vem encantar.
🌿 EPÍLOGO FINAL — A CHAMA DA SABEDORIA
A Grécia foi chama eterna
Que o tempo não apagou,
Da lira, da pedra e da pena,
Seu verbo no mundo ecoou.
No templo de cada ideia,
A alma do homem se erguia,
E a Musa que o tempo semeia
Tornou-se filosofia.
Hoje o mito é lembrança,
Mas vive em nosso pensar,
Pois quem busca a temperança
Aprende também a amar.
O mundo é vasto e moderno,
Mas o espírito é o mesmo,
Em todo saber eterno,
Há um sopro do Olimpo antigo.
— E assim, o cordel finda, mas a luz do saber prossegue, acesa na memória dos povos que cultivam o espírito e a arte.
🪶 SOBRE O AUTOR
Nhenety Kariri-Xocó é contador de histórias, poeta e pesquisador indígena do povo Kariri-Xocó, nascido em Porto Real do Colégio (AL).
Guardião da memória oral e da palavra escrita, Nhenety entrelaça em seus cordéis a tradição ancestral e a sabedoria universal.
Suas obras unem poesia, história e espiritualidade, construindo pontes entre culturas e tempos.
“Cada verso é uma raiz,
Cada estrofe, um caminho.
A palavra é o vento que diz
Que nenhum povo anda sozinho.”
📖 SOBRE A OBRA
O livro-cordel “Cronologia Mitológica e Histórica da Grécia em Cordel” é uma travessia literária pelas origens da civilização helênica — desde o mito até a razão.
Com linguagem rimada e espírito filosófico, o autor recria as eras mitológicas, os deuses do Olimpo, os sábios de Atenas e os impérios de Alexandre, fundindo o mundo mítico e o histórico num só fio poético.
O cordel celebra a sabedoria humana como herança dos deuses — e o cordel como ponte entre os tempos, ecoando a arte de narrar dos povos antigos e dos poetas do sertão.
Esta obra foi inspirada e fundamentada no artigo publicado no blog “KXNHENETY.BLOGSPOT.COM", disponível em:
https://kxnhenety.blogspot.com/2025/04/cronologia-mitologica-e-historica-da.html?m=0 , seguindo uma estrutura acadêmica nos moldes da ABNT e respaldada em referenciais históricos e culturais que unem a tradição oral ao conhecimento erudito.
🏺 CONCEITO VISUAL – QUARTA CAPA 3D DIGITAL
Descrição artística para geração:
Uma composição 3D realista e dourada, com textura antiga de pergaminho envelhecido.
Ao centro, surge o Monte Olimpo iluminado pela chama sagrada de Prometeu, simbolizando o fogo do conhecimento humano.
No céu, discretas constelações gregas — Órion, Andrômeda e Pégaso — brilham sob uma luz mística dourada.
À base da imagem, uma coluna jônica partida e um livro de cordel aberto, de onde saem linhas de luz dourada em espiral, representando a fusão entre mito, poesia e história.
No rodapé, em letras elegantes e clássicas:
“Nhenety Kariri-Xocó — A Epopeia da Sabedoria em Cordel”
Autor: Nhenety Kariri-Xocó


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