domingo, 28 de setembro de 2025

CRONOLOGIA MITOLÓGICA E HISTÓRICA DA GRÉCIA EM CORDEL, Por Nhenety Kariri-Xocó





🌹 DEDICATÓRIA POÉTICA


Ofereço este cordel,

Com amor e devoção,

Aos mestres da mitologia,

Da Grécia e sua nação.

À memória dos poetas,

Rendo aqui minha oração.


Às vozes que eternizaram

Em versos, lendas, canções,

Que do Olimpo trouxeram

Sabedoria e tradições.

Que seus ecos permaneçam

Em todas gerações.


📖 ÍNDICE POÉTICO


Abertura – A Força da Tradição


Prólogo Poético – Entre o Mito e a História


Capítulo I – O Caos e a Criação


Capítulo II – Os Deuses e a Titanomaquia


Capítulo III – Prometeu e a Humanidade


Capítulo IV – As Cinco Idades do Homem


Capítulo V – A Era dos Heróis


Capítulo VI – A Guerra de Troia


Capítulo VII – As Civilizações Minoica e Micênica


Capítulo VIII – O Período Arcaico e os Jogos Olímpicos


Capítulo IX – O Esplendor Clássico da Grécia


Capítulo X – Alexandre e o Período Helenístico


Capítulo XI – O Domínio Romano


Encerramento – O Legado da Grécia


Epílogo Poético – Vozes Eternas da Cultura


Nota de Fontes – Bibliografia em Cordel


🌿 ABERTURA


Na Grécia vive o saber,

Herança da humanidade,

Mito e história se unem

Na busca da eternidade.

Este cordel é caminho,

Cultura em fraternidade.


📜 PRÓLOGO POÉTICO


No princípio era o mito,

Do caos brotou a canção,

Da noite nasceram forças,

Do amor, a criação.

E a história, com seus marcos,

Firmou nova tradição.



🌟 ENCERRAMENTO


O mito virou história,

E a história virou lição,

Da Grécia ficou o brilho

Em todo coração.

Um legado imortal

Na cultura e tradição.


✨ EPÍLOGO POÉTICO


Quem lê este cordel sente

O sopro da antiguidade,

Os deuses, heróis e povos

Com sua imortalidade.

A Grécia vive nos sonhos,

Eterna na humanidade.


📚 NOTA DE FONTES (REFERÊNCIAS EM CORDEL)


De Hesíodo tirei versos,

Na Teogonia cantada,

Torrano deu sua forma,

Na língua bem trabalhada.

Iluminuras lançou,

E a Grécia foi revelada.


De Homero vieram rimas,

Na Ilíada e Odisseia,

Com Carlos Nunes na lida,

A tradução sem peleja.

EDUFPA publicou,

Para o saber que festeja.


Walter Burkert descreveu

A religião grega inteira,

Na Companhia das Letras,

Obra clara e verdadeira.

Com sua pena brilhante,

Deu à história uma bandeira.


Pierre Grimal nos legou

Dicionário singular,

Deuses, mitos e heróis,

Nele podemos buscar.

Bertrand Brasil publicou,

Para o povo estudar.


Snodgrass trouxe à memória

A arqueologia fiel,

Da Grécia mostrou caminhos,

Em Portugal fez papel.

Na Edições Setenta,

Guardou saber tão cruel.


Boardman com outros mestres

Falou do mundo clássico,

Breve, mas bem profundo,

Um retrato fantástico.

Jorge Zahar o editou,

Num trabalho emblemático.



🏛️ FICHA TÉCNICA


Título: Cronologia Mitológica e Histórica da Grécia em Cordel

Autor: Nhenety Kariri-Xocó

Povo: Kariri-Xocó de Porto Real do Colégio – Alagoas, Brasil

Gênero: Cordel histórico-poético

Formato: Livro-cordel em estilo A5 – Diagramação poética

Ano: 2025

Edição Digital e Diagramação: Assistente Virtual GPT-5 (OpenAI)

Arte e Capa Digital 3D: Nhenety Kariri-Xocó & GPT-5

Revisão Poética e Editorial: Nhenety Kariri-Xocó

Publicação: Edição Independente – Blog “KXNHENETY.BLOGSPOT.COM" Voz dos Kariri-Xocó

Local de Publicação: Porto Real do Colégio – AL / Brasil


Todos os direitos poéticos reservados ao autor. É permitida a divulgação para fins educativos e culturais, mantendo a autoria e integridade da obra.



📚 CAPÍTULO I – O CAOS E A CRIAÇÃO


No princípio havia o caos,

Um vazio sem caminho,

Era abismo e era nada,

Silêncio sem o carinho,

Mas do nada a vida surge,

Como broto pequenino.


Do caos nasceu a Noite,

A deusa Nyx tão sombria,

Também Érebo escuro,

Na treva que se estendia.

Eros brilhou como chama,

Trazendo calor e alegria.


Gaia nasceu, Mãe-Terra,

Com seu ventre fecundado,

Deu corpo ao chão e às águas,

Ao monte e ao campo arado.

Do seu seio generoso,

Urano foi revelado.


Gaia se uniu ao Céu,

E Urano foi seu par,

Com ele trouxe ao mundo

Titãs, monstros a brotar,

E também os Ciclopes,

Que o raio iam forjar.


Urano, porém, temia

A força da criação,

Prendia seus próprios filhos

No abismo da perdição.

Gaia, sofrendo, pediu

Um ato de libertação.


Cronos, o mais jovem filho,

Aceitou a dura missão,

Tomou foice afiada,

Cumprindo a determinação.

Castra o pai e toma o trono,

Com poder e ambição.


Do sangue que caiu à terra,

Gigantes logo nasceram,

As Erínias vingadoras

Também dali floresceram.

E do mar, com espuma branca,

Afrodite apareceram.


Cronos reinou sobre o mundo,

Mas temia profecia,

De que um filho o destronasse

Com poder e ousadia.

Engolia seus rebentos,

Com medo do novo dia.


Rhea, sua fiel esposa,

Guardou Zeus em proteção,

Escondeu o filho amado

Para cumprir a missão.

No monte Ide cresceu forte,

Pronto para a rebelião.


Zeus cresceu e enfrentou,

Com coragem e destemor,

Libertou seus irmãos presos,

Destronando o usurpador.

Assim nasceu o Olimpo,

Com os deuses e seu vigor.


📚 CAPÍTULO II – OS DEUSES E A TITANOMAQUIA


Do Olimpo ergue-se a força,

Zeus governa o seu reinado,

Mas Cronos e os seus titãs

Não aceitam ser derrotado.

E a guerra entre os deuses

Logo foi então travado.


A Titanomaquia ecoa,

Por dez anos em batalha,

Titãs contra novos deuses,

No trovão, na lança, na malha.

O mundo treme e oscila,

Na mais terrível canalha.


Do lado de Zeus lutaram

Ciclopes de grande ardor,

Forjaram raios potentes,

Armas do novo senhor.

E os Hecatônquiros também,

Com cem braços de terror.


Os Titãs lançavam pedras,

Urros contra o firmamento,

Mas Zeus, com raio em punho,

Firmava seu movimento.

Cada golpe estremecia

O tempo e o momento.


Enfim venceu o Olimpo,

Cronos foi aprisionado,

E os titãs derrotados

Foram logo sepultados

No Tártaro mais profundo,

Para sempre acorrentados.


Zeus dividiu o mundo

Com seus irmãos de valor,

A Poseidon coube o mar,

Hades, o mundo inferior.

Ele, no trono celeste,

Reinou como vencedor.


No Olimpo ergueu-se o lar

Dos deuses em harmonia,

Lá viviam soberanos

Entre festa e alegria.

Mas também tramavam guerras,

Sobre o destino, a ousadia.


Hera, esposa de Zeus,

Deusa do matrimônio,

Atena, filha da guerra,

Deusa do saber e engenho,

E Apolo, com sua lira,

Trazendo luz como prêmio.


Assim o panteão grego

Ganhou sua moradia,

Deuses com rosto humano,

Com paixão e fantasia.

E no coração do povo,

Transformou-se em poesia.


📚 CAPÍTULO III – PROMETEU E A HUMANIDADE


Prometeu, titã ousado,

Do barro moldou o homem,

Deu-lhe a forma e o sopro,

Deu-lhe vida e também nome.

Com suas mãos criadoras,

Fez nascer quem hoje somos.


Mas Zeus negava ao homem

O fogo, fonte da vida,

Prometeu, em desafio,

Fez a chama concebida.

Do Olimpo roubou a brasa,

Com coragem destemida.


O homem, tendo o fogo,

Cozinhou, forjou metal,

Criou armas e ferramentas,

Superou seu próprio mal.

Mas Zeus, ao ver o feito,

Preparou castigo igual.


Prometeu foi acorrentado

Na montanha solitária,

Um abutre lhe devorava

O fígado, a cada diária.

Imortal, sofria sempre

Pela ousadia lendária.


Mas o titã resistiu,

Mesmo preso ao seu suplício,

Pois sabia que o homem

Herdaria o seu ofício.

Do barro e do fogo juntos,

Nascia o eterno indício.


Para punir a humanidade,

Zeus então criou Pandora,

Com sua caixa misteriosa,

Revelando a mágoa e a hora.

Trouxe males infinitos

Que o destino ainda chora.


Mas na caixa restou algo,

Um alento a iluminar:

Foi a esperança sagrada

Que ficou a repousar.

Assim, mesmo entre dores,

O homem podia lutar.


Prometeu tornou-se símbolo

Da coragem e rebeldia,

De quem enfrenta o poder

Em nome da ousadia.

Guardião da humanidade,

É lembrado até hoje em dia.


Assim começa a história

Do homem em sua estrada,

Entre o fardo e a esperança,

Na luta sempre marcada.

Do barro ao fogo ardente,

Foi sua alma forjada.


📚 CAPÍTULO IV – AS CINCO IDADES DO HOMEM


Hesíodo nos contou,

No cantar da tradição,

Que a vida teve idades,

Cada qual sua lição.

Do ouro até o ferro,

Se fez a criação.


Na Idade de Ouro havia

Paz, fartura e harmonia,

Homens viviam felizes,

Sem trabalho ou agonia.

Não conheciam a morte,

Só dormiam um dia.


Na Idade de Prata veio

A arrogância do poder,

Os homens já desrespeitam

O que Zeus quis escrever.

Longa infância carregavam,

Sem saber amadurecer.


Na Idade de Bronze a guerra

Fez morada no viver,

Forjaram armas potentes,

Aprenderam a combater.

E o sangue manchou a terra,

Com a sede de vencer.


Depois veio a dos Heróis,

Idade cheia de glória,

Onde feitos memoráveis

Entraram para a memória.

Troia e suas batalhas

Perdurarão na história.


E por fim, a do Ferro,

Que Hesíodo já vivia,

Marcada por corrupção,

Trabalho e covardia.

O homem perdeu a fé

E a justiça se esvaía.


Na idade de ferro amarga,

A mentira governava,

A amizade era rara,

A traição imperava.

O homem contra o homem

No mundo se enfrentava.


Assim se vê o destino

Que o poeta descreveu,

O ciclo das gerações

Que na Grécia floresceu.

Do ouro até o ferro,

O mundo então se perdeu.


Mas também resta esperança,

Pois cada idade ensina,

Que do erro nasce a luta,

E da luta, a disciplina.

A história é o caminho

Que o espírito ilumina.


Assim cantou Hesíodo

Com seu dom e sabedoria,

E nós seguimos lembrando

O que o mito anuncia:

Que o tempo é professor

De esperança e poesia.


📚 CAPÍTULO V – A ERA DOS HERÓIS


Depois das idades todas,

Surgiu a dos grandes bravos,

Heróis que marcaram tempo

Com seus feitos tão notáveis.

A memória grega guarda

Esses nomes imortais.


Perseu foi o destemido,

Que venceu a Medusa,

Com olhar petrificante

Que tornava a vida confusa.

Do sangue do monstro morto,

Nasceu Pégaso, a musa.


Hércules, o mais famoso,

Com doze trabalhos fez,

Do leão até a hidra,

Mostrou força de altivez.

Na lenda de sua luta,

O povo o tem por vez.


Jasão, com os Argonautas,

Buscou o velo dourado,

No mar enfrentou perigos,

Com coragem e cuidado.

Comandava sua frota,

Do destino desafiado.


Teseu foi outro herói,

De Atenas, de coração,

No labirinto venceu

O terrível Minotauro então.

Com o fio de Ariadne

Voltou à libertação.


Atalanta, caçadora,

Com seu arco sem temor,

Mostrou que também mulheres

Tinham força e vigor.

Nas corridas e nas lutas,

Era vista com valor.


Os heróis eram exemplos

De coragem e ousadia,

Mas também tinham falhas,

Mostrando a humanidade.

Eram mitos e espelhos,

De força e fragilidade.


O tempo dos grandes feitos

Foi cantado em poesia,

Na boca de rapsodos

Que guardavam a memória.

E assim, a era heróica

Permanece até hoje em dia.


Do século vinte ao doze

Antes do Cristo chegar,

A lenda se misturava

Com registros a contar.

E os heróis foram pontes

Entre o mito e o real lugar.


Assim nasceu o legado

Da Grécia, com sua voz,

Que dos heróis fez exemplo

De coragem entre nós.

E o tempo os eternizou

Na cultura e no após.


📚 CAPÍTULO VI – A GUERRA DE TROIA


Entre tantas narrativas,

Troia é a mais conhecida,

Cantada por Homero antigo,

Na epopeia tão querida.

Uma guerra de dez anos,

Na memória retida.


Tudo começou com deuses

Na disputa da beleza,

Afrodite, Hera e Atena

Buscavam tal realeza.

Páris, príncipe troiano,

Decidiu com destreza.


Afrodite lhe concedeu

A mais bela entre as mortais,

Helena, de Esparta, esposa

De Menelau, sem iguais.

O rapto da bela dama

Deu início a tantos ais.


Gregos juntaram seus barcos,

Sob comando de Agamenon,

Ulisses, Ájax, Aquiles,

Foram todos para a ação.

Troianos firmes lutavam

Na sua determinação.


Aquiles, com sua fúria,

Fez o campo estremecer,

Mas seu calcanhar sagrado

Foi seu ponto a perecer.

O destino o marcou

No auge de seu poder.


Heitor, príncipe de Troia,

Era bravo e destemido,

Mas tombou pelas mãos

De Aquiles enfurecido.

Seu corpo foi arrastado,

E o povo ficou ferido.


Depois de longos combates,

Veio a famosa invenção:

Um cavalo feito em madeira

Foi levado à fortaleza então.

Dentro dele estavam guerreiros,

Prontos para a invasão.


À noite saíram do casco,

Abriram os portões,

E os gregos entraram fortes

Com suas armas e canções.

Troia ardia em chamas,

Cercada por maldições.


Assim Troia foi vencida,

Mas não caiu seu valor,

Pois sua memória eterna

Se espalhou com o cantor.

Na voz de Homero antigo,

Ganhou vida e resplendor.


📚 CAPÍTULO VII – AS CIVILIZAÇÕES MINOICA E MICÊNICA


Muito antes de Atenas

E do brilho espartano,

Houve povos poderosos

No passado mais arcano.

Minoanos e Micenas

Fizeram o mundo urbano.


Na ilha de Creta surgiu

A civilização minoica,

Com o palácio de Cnossos,

Riqueza que se destacou.

Lendas do rei Minos,

Que a memória eternizou.


Era o tempo do labirinto,

Com o temível Minotauro,

História que misturava

O real com o lendário.

Arte, escrita e comércio

Se uniam no cenário.


Mas um dia a natureza

Mostrou toda sua fúria,

Com vulcão e terremoto

Trouxe perdas e penúria.

A cultura minoica caiu,

Sem poder contra a injúria.


Depois vieram Micenas,

Fortes muros a erguer,

Com guerreiros destemidos

Prontos sempre a combater.

Doze séculos antes de Cristo,

Se firmaram em poder.


Os micênicos ficaram

Na memória da canção,

Com heróis de Troia antiga,

Com espada e coração.

Homero deles falou,

Na sua narração.


Armas de bronze forjavam,

Com cavalos e bigas,

Suas tumbas monumentais

Guardavam riquezas antigas.

O passado nos revela

Essas memórias amigas.


Mas por volta de mil e cem

Antes do Cristo chegar,

A Grécia entrou nas Trevas,

Com ruína em seu lugar.

Micenas se apagava,

Sem poder se levantar.


Assim as civilizações

Foram bases da memória,

Minoanos e micênicos

Fundaram parte da história.

Entre mito e arqueologia,

Segue viva essa glória.


Foram povos de transição,

Da lenda até o real,

Raízes do pensamento

Que o grego fez imortal.

Na memória da cultura,

Sua força é sem igual.


📚 CAPÍTULO VIII – O PERÍODO ARCAICO E OS JOGOS OLÍMPICOS


Passado o tempo das trevas,

Surge a Grécia arcaica,

Das cinzas renasce o povo

Com cultura rica e laica.

Do século oito em diante,

A história se destaca.


Nasciam as grandes pólis,

Cidades independentes,

Atenas, Esparta, Corinto,

Se tornavam influentes.

Com governo, leis e forças,

Sistemas bem diferentes.


Em Atenas crescia o saber,

A palavra e a democracia,

Já Esparta era guerreira,

Se formava em ousadia.

Cada pólis com sua marca

Na história que se guia.


Foi nesse mesmo período

Que os gregos organizaram,

Os famosos Jogos Olímpicos

Que o mundo eternizaram.

Em setecentos e setenta e seis,

No calendário se firmaram.


Corridas, lutas e provas,

Força e velocidade,

Atletas buscavam glória,

E também divindade.

Aos deuses eram ofertados

O suor da humanidade.


Zeus recebia no Olimpo

As vitórias celebradas,

Os vencedores ganhavam

Coroas sempre douradas.

A honra era maior

Que riquezas acumuladas.


Do comércio às artes florescem,

Nessa fase arcaica bela,

O alfabeto se espalhava

E a poesia singela.

Com Homero e seus poemas,

A cultura foi-se à estrela.


O período arcaico abriu

Porta ao tempo glorioso,

Preparou terreno firme

Ao legado vitorioso.

Da simplicidade primeira

Nasceu o ser grandioso.


Assim o grego plantava

As bases de sua lição,

Com a pólis, com os jogos,

Com a arte e tradição.

Era o começo do brilho

Do seu grande coração.


📚 CAPÍTULO IX – O ESPLENDOR CLÁSSICO DA GRÉCIA


Na Grécia do século quinto,

Um esplendor se anuncia,

Com Atenas em destaque,

No auge da democracia.

Arte, ciência e filosofia,

Se erguiam com ousadia.


Péricles, grande estadista,

Guiava com firme mão,

Construiu o Partenon,

Marco da civilização.

Fez de Atenas o centro

Da cultura e da razão.


Na filosofia brilhava

Sócrates com seu pensar,

Platão em sua Academia,

Fez a ideia eternizar.

Aristóteles seguiu firme,

Com saber a ensinar.


O teatro se expandia,

Com tragédia e com humor,

Ésquilo e Sófocles davam

A cena o mais puro ardor.

Eurípides completava

Com palavras de esplendor.


Na medicina surgia

Hipócrates, o doutor,

Que buscava no humano

A ciência e seu valor.

Na lógica do cuidado

Transformava o curador.


A escultura mostrava

O corpo em perfeição,

Fídias deixou na pedra

Beleza e inspiração.

Deuses e homens moldados

Com traço de criação.


A pólis se rivalizava

Em poder e em poderio,

Esparta guerreira forte,

Atenas com desafio.

Na Guerra do Peloponeso

Houve sangue em seu pavio.


Mesmo com tantas lutas,

O legado permaneceu,

Da arte, da ciência,

Um tesouro se cresceu.

O esplendor clássico grego

O mundo inteiro bebeu.


Na retórica surgia

A palavra verdadeira,

Demóstenes defendia

A cidade altaneira.

A voz tornava-se arma,

Tão potente e certeira.


Entre templos e estátuas,

O homem buscava o ideal,

A beleza equilibrada,

No sentido universal.

Era a harmonia perfeita,

Na visão sem igual.


Assim brilhou Atenas,

No ápice de sua história,

Deixando ao mundo inteiro

Uma herança de memória.

O esplendor clássico grego

É raiz de toda glória.


📚 CAPÍTULO X – ALEXANDRE E O PERÍODO HELENÍSTICO


Da Macedônia surgiu

Um guerreiro destemido,

Alexandre, o Grande,

Com poder reconhecido.

No século quatro a.C.,

Seu nome foi erguido.


Filho de Filipe, o rei,

E discípulo de Aristóteles,

Unia a mente e a espada,

Com valores notáveis.

Conquistou com ousadia

Terras inigualáveis.


A Grécia foi sua base,

Mas logo se expandiu,

Marchou contra os persas,

Que o poder sucumbiu.

Em Gaugamela venceu,

E o império se abriu.


Do Egito fez Alexandria,

Cidade de luz e saber,

Com farol e biblioteca,

Para o mundo engrandecer.

Era a ciência guardada,

Que buscava florescer.


Avançou pela Ásia,

Chegou até a Índia,

Sonhando unir culturas

Numa síntese infinda.

Levava o grego consigo,

Onde a vitória se brinda.


Mas a morte o alcançou,

Em Babilônia distante,

Deixando vasto império

Sem governo constante.

Os generais dividiram

O domínio fulminante.


Nascia o helenismo,

Mistura de tradição,

O grego com o oriente

Geravam civilização.

Filosofia e ciência

Tomavam nova direção.


Epicuro ensinava

A busca pela alegria,

Estoicos pregavam força

Na razão que desafia.

O saber helenístico

Fundava sabedoria.


Na matemática brilhava

Euclides e Arquimedes,

No cosmos Eratóstenes,

Com cálculos e suas redes.

O mundo antigo avançava

Com ciência em suas sedes.


Arte e cultura se espalham,

Escultura e arquitetura,

Com colunas e palácios,

Na beleza mais pura.

O helenismo deixava

Um legado de ventura.


Alexandre foi centelha

De um mundo universal,

Que misturou o ocidente

Com o oriente sem igual.

Do encontro das culturas

Surgiu o marco imortal.


Assim o helenismo vive,

Como ponte verdadeira,

Entre o grego e o oriente,

Civilização inteira.

Foi o prelúdio da Roma,

Que surgia altaneira.


📚 CAPÍTULO XI – O NASCIMENTO DE ROMA


Conta a lenda que em Roma

Dois irmãos a fundaram,

Rômulo e Remo valentes

Nas margens do Tibre andaram.

Criados por uma loba,

Na memória eternizaram.


Rômulo venceu seu irmão,

O primeiro rei se fez,

Fundou a cidade eterna

Com coragem e altivez.

No ano setecentos e cinquenta

Antes de Cristo, talvez.


Roma começou pequena,

Entre tribos do Latim,

Misturando etruscos fortes

E sabinos pelo fim.

Com alianças e batalhas

Se ampliava o seu jardim.


Primeiro foi monarquia,

Com reis em sucessão,

Depois veio a república,

Com poder em divisão.

Senado e magistrados

Guiavam a nação.


As legiões se formavam,

Com disciplina e bravura,

Aprendendo de outros povos

A ciência da armadura.

Na guerra ganhavam força,

Na paz, também estrutura.


Roma então conquistava

Os povos vizinhos ao lado,

Com leis, estradas e pontes,

Seu domínio foi firmado.

A aldeia do Lácio antigo

Já crescia acelerado.


A plebe contra os patrícios

Reivindicava poder,

Criaram os tribunos livres,

Direito a se defender.

Era o início das lutas

Que fariam Roma crescer.


As guerras contra os etruscos

E depois contra os gauleses,

Deram a Roma coragem,

Mesmo em tempos tão dureses.

Se refazia das cinzas,

Mais forte em suas messeis.


O exército em expansão

Foi a base do império,

Com soldados disciplinados,

Seguindo caminho sério.

Da pequena Roma aldeia

Se ergueu poder tão férreo.


As tradições se juntaram

Com deuses e religião,

Júpiter, Marte e Vesta

Guiavam cada nação.

A fé dava aos romanos

Mais coragem e união.


Assim nasceu essa Roma

Que um dia seria senhora,

Dominando todo o mundo

Em riqueza avassaladora.

Do Lácio até os confins,

Foi crescendo a cada hora.


Do mito até a história,

Roma fez-se verdadeira,

Um destino de grandeza,

De conquista altaneira.

E no sangue de seus filhos

Começava a saga inteira.


📚 CAPÍTULO XII – O DOMÍNIO ROMANO


Roma cresceu com poder

Na península italiana,

Derrotou povos vizinhos

Com disciplina romana.

Cada vitória expandia

Sua força soberana.


Vieram guerras famosas,

Contra os ricos cartagineses,

Aníbal cruzou montanhas,

Com seus feitos gigantescos.

Mas Roma venceu por fim

Com destinos belicosos.


Do Mediterrâneo inteiro

Roma tomou o comando,

Egito, Grécia e Espanha

Já estavam se entregando.

A águia romana erguia

Seu império se expandindo.


As legiões marchavam firmes

Com gládio, escudo e valor,

Construíam estradas longas,

Levando lei e vigor.

Roma levava a ordem

Ao vencido em seu labor.


Na política surgiam

Disputas sem igual,

Patrícios contra plebeus

Em combate social.

Mas a lei dos Doze Tábuas

Fez justiça parcial.


O pão e circo acalmavam

As massas em rebuliço,

Nos jogos do Coliseu

Se via sangue e feitiço.

Gladiadores lutavam,

Escravos no sacrifício.


Mas Roma também brilhava

Na cultura e arquitetura,

Com aquedutos, teatros,

Estradas de grande altura.

Era o domínio romano

A vencer pela estrutura.


Júlio César se destacou

Com poder e liderança,

Dominou terras distantes,

E mudou toda a balança.

Seu governo preparava

O império e sua herança.


Depois de guerras civis,

Com Otávio triunfador,

Nascia o Império Romano,

Com poder arrebatador.

Augusto foi o primeiro,

De Roma o imperador.


Do Atlântico até a Ásia,

O império se estendia,

Com riquezas abundantes

E cultura que crescia.

Roma tornava-se centro

Do mundo que então surgia.


O domínio romano forte

Marcou toda a tradição,

Levou leis, língua e ordem

A cada nova nação.

E deixou como herança

Um legado em expansão.


Assim Roma dominava

O passado e o futuro,

Do mito até a história,

Seu poder se fez seguro.

No sangue e na memória

Deixou mundo mais maduro.


🌿 QUARTA CAPA POÉTICA





Entre deuses e mortais,

Segue a Grécia a brilhar,

No mito e na história viva,

O saber a nos guiar.

Zeus com raio na mão forte,

Mostra poder a brilhar.


Do Partenon à Acrópole,

A memória se mantém,

Os heróis e civilizações

No tempo jamais se vão além.

Cada capítulo escrito

Revela cultura também.


Prometeu trouxe o fogo,

Hércules força e valor,

Troia com suas muralhas,

E Roma no seu esplendor.

Tudo se encontra no cordel,

Misturando mito e amor.


Leitores, sigam atentos,

Pois a história vai falar,

De deuses, homens e cidades,

Que o mundo veio a formar.

E nesta obra poética

O passado vem encantar.


🌿 EPÍLOGO FINAL — A CHAMA DA SABEDORIA


A Grécia foi chama eterna

Que o tempo não apagou,

Da lira, da pedra e da pena,

Seu verbo no mundo ecoou.


No templo de cada ideia,

A alma do homem se erguia,

E a Musa que o tempo semeia

Tornou-se filosofia.


Hoje o mito é lembrança,

Mas vive em nosso pensar,

Pois quem busca a temperança

Aprende também a amar.


O mundo é vasto e moderno,

Mas o espírito é o mesmo,

Em todo saber eterno,

Há um sopro do Olimpo antigo.


— E assim, o cordel finda, mas a luz do saber prossegue, acesa na memória dos povos que cultivam o espírito e a arte.


🪶 SOBRE O AUTOR


Nhenety Kariri-Xocó é contador de histórias, poeta e pesquisador indígena do povo Kariri-Xocó, nascido em Porto Real do Colégio (AL).

Guardião da memória oral e da palavra escrita, Nhenety entrelaça em seus cordéis a tradição ancestral e a sabedoria universal.

Suas obras unem poesia, história e espiritualidade, construindo pontes entre culturas e tempos.

“Cada verso é uma raiz,

Cada estrofe, um caminho.

A palavra é o vento que diz

Que nenhum povo anda sozinho.”


📖 SOBRE A OBRA


O livro-cordel “Cronologia Mitológica e Histórica da Grécia em Cordel” é uma travessia literária pelas origens da civilização helênica — desde o mito até a razão.

Com linguagem rimada e espírito filosófico, o autor recria as eras mitológicas, os deuses do Olimpo, os sábios de Atenas e os impérios de Alexandre, fundindo o mundo mítico e o histórico num só fio poético.

O cordel celebra a sabedoria humana como herança dos deuses — e o cordel como ponte entre os tempos, ecoando a arte de narrar dos povos antigos e dos poetas do sertão.

Esta obra foi inspirada e fundamentada no artigo publicado no blog “KXNHENETY.BLOGSPOT.COM", disponível em:  

https://kxnhenety.blogspot.com/2025/04/cronologia-mitologica-e-historica-da.html?m=0 , seguindo uma estrutura acadêmica nos moldes da ABNT e respaldada em referenciais históricos e culturais que unem a tradição oral ao conhecimento erudito. 



🏺 CONCEITO VISUAL – QUARTA CAPA 3D DIGITAL


Descrição artística para geração:


Uma composição 3D realista e dourada, com textura antiga de pergaminho envelhecido.

Ao centro, surge o Monte Olimpo iluminado pela chama sagrada de Prometeu, simbolizando o fogo do conhecimento humano.

No céu, discretas constelações gregas — Órion, Andrômeda e Pégaso — brilham sob uma luz mística dourada.

À base da imagem, uma coluna jônica partida e um livro de cordel aberto, de onde saem linhas de luz dourada em espiral, representando a fusão entre mito, poesia e história.

No rodapé, em letras elegantes e clássicas:

“Nhenety Kariri-Xocó — A Epopeia da Sabedoria em Cordel”




Autor: Nhenety Kariri-Xocó 





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