segunda-feira, 27 de outubro de 2025

CORDEL DOS GIGANTES: Nefilins, Anakim e Refaim, Por Nhenety Kariri-Xocó






🌌 DEDICATÓRIA POÉTICA


Dedico aos guardiões do tempo,

Que habitam céus e caminhos,

Aos que falam com o vento

E ouvem antigos sininhos,

Chamando os povos da terra

A lembrar seus desalinhos.


Aos anjos que desceram um dia,

Com luz e com rebeldia,

E aos sábios que nas estrelas

Guardaram sabedoria;

Pois entre quedas e glórias

Renasce a mesma energia.


Dedico ao povo Kariri-Xocó,

Raiz que o tempo não dobra,

Ao espírito dos antigos

Que a palavra ainda recobra;

Pois quando o canto é divino,

A verdade se desdobra.


E dedico ao caminheiro

Que lê com o coração,

Pois nos versos deste cordel

Vive a grande lição:

— Ser gigante é ter fé viva,

Mesmo em meio à aflição.


Aos que lutam contra o medo,

Aos que não se deixam cair,

Aos que erguem a mão do justo

E aprendem a redimir,

Deixo este canto sagrado

Para o mundo redescobrir.


🌄 ABERTURA


Antes que a terra tivesse nome,

E o homem soubesse contar,

Já havia um som nas alturas,

E estrelas a murmurar.

Eram cânticos dos antigos,

Guardando o verbo do ar.


Dos céus desceram os Filhos

De luz, poder e beleza,

Mas junto à força divina

Veio a sombra e a tristeza,

Pois o dom sem obediência

Se transforma em fraqueza.


O homem olhou para o alto,

E o alto desceu à terra,

Misturando o santo e o profano,

Eis o início da guerra:

Entre o espírito e a carne,

O amor e o que desterra.


Mas Deus, em sua ciência,

Guardou no tempo o sinal,

Fez cair água e juízo

Sobre o caos universal;

E a história dos gigantes

Ecoou no bem e no mal.


Assim nasce este cordel,

De fé, memória e luz,

Que fala dos Nefilins

E da força que seduz;

Mas mostra que o justo vence

Quando segue o Cristo e a cruz.


🔱 PRÓLOGO POÉTICO


Ó leitor de alma antiga,

Que o mistério quer saber,

Entra em silêncio profundo,

E deixa o verso nascer;

Pois aqui o tempo dobra

Pra quem deseja entender.


Os Nefilins foram grandes,

Mas não só na dimensão,

Eram vastos em saberes,

E em vãs transgressão;

Esqueceram que o verdadeiro

Gigante é o coração.


Os Vigilantes ensinaram

Ciência e feitiçaria,

Mas esqueceram que o dom

Sem amor é tirania;

E o que nasce em rebeldia

Vira pó e melancolia.


Deus, porém, nunca abandona

O que é seu por essência,

E renova, entre os povos,

A sua pura presença;

Enoque, Noé e Davi

São faróis de resistência.


E este canto que se eleva

É ponte entre o humano e o além,

É lembrança dos antigos,

É promessa que convém,

Pois quem guarda a fé no peito

Nunca cai, por mais que vem.


Gigantes ainda existem,

Mas trocam forma e lugar,

Hoje moram nas vaidades

Que tentam nos dominar;

Mas o guerreiro da luz

Sabe o que deve enfrentar.


Assim começa esta jornada,

De alma, fé e razão,

Entre os montes do passado

E o fogo da revelação;

Que o leitor, com olhos limpos,

Caminhe em contemplação.


📖 ÍNDICE POÉTICO


Dedicatória Poética 


Abertura 


Prólogo Poético 


Capítulo I — Os Filhos do Céu Desceram

Capítulo II — A Raça dos Nefilins

Capítulo III — O Livro dos Vigilantes 

Capítulo IV — O Dilúvio Divino 

Capítulo V — O Retorno dos Gigantes 

Capítulo VI — Os Filhos de Anaque 

Capítulo VII — Davi e Golias 

Capítulo VIII — O Fim dos Titãs 

Capítulo  IX — O Livro do Novo Céu e da Nova Terra 


Encerramento 


Epílogo Poético 


Nota de Fontes 


Ficha Técnica 


Epílogo Final 


Quarta Capa Poética 


Sobre o Autor 


Sobre a Obra 


🌅 ENCERRAMENTO


Eis findo o cântico antigo,

De lutas e revelações,

Onde os céus tocaram a terra

E nasceram gerações.

Mas do pó brotou a vida,

E do verbo — redenções.


O homem busca o mistério,

Que o tempo tenta velar,

Mas só o coração puro

Consegue nele entrar;

Pois o gigante verdadeiro

É quem aprende a amar.


Assim termina o cordel,

Entre mito e profecia,

Onde o mal teve seu tempo

E a fé trouxe a harmonia;

Pois a luz vence as trevas

E renova a poesia.


🕊️ EPÍLOGO POÉTICO


Gigantes dormem no tempo,

Mas seu eco ainda soa,

Nos montes e nas memórias,

Na alma que se abençoa;

Pois todo ser que tem fé

É rocha que nunca voa.


O verbo é ponte divina,

Entre o céu e o chão,

E quem caminha com Deus

Transforma a escuridão;

Os Nefilins se perderam,

Mas o homem tem salvação.


⚔️ CAPÍTULO I — Os Filhos do Céu Desceram


1

No livro santo do Gênesis

Um segredo resplandeceu,

Filhos do Altíssimo olharam

O que na terra nasceu,

E a beleza das mulheres

Aos céus o fogo acendeu.


2

E desceram das alturas,

Com fulgor e ousadia,

Tomando esposas humanas

Por desejo e rebeldia,

Unindo o barro e a luz

Num ato de heresia.


3

Geraram raça gigante,

De poder e valentia,

Mas a força sem amor

Se torna tirania,

E o dom sem obediência

É queda e agonia.


4

E o Senhor olhou do alto,

Com tristeza e compaixão,

Pois o mundo se enchia

De guerra e corrupção,

E o homem esquecia o Verbo

Que guia a Criação.


5

O Espírito murmurava

No vento e na alvorada,

Mas os filhos da terra

Viviam de espada em espada;

A pureza se escondia

Na fé quase apagada.


6

Os anjos viram o fruto

Do erro e da mistura,

A terra gemeu nas dores,

A alma perdeu ternura;

O que era canto de luz

Virou sombra e loucura.


7

Assim o céu se fechou

Ao toque do coração,

E os filhos do firmamento

Pagaram pela transgressão;

Pois todo poder sem limite

É prisão e perdição.


8

Dessa união proibida

Surgiu o nome “Nefilim”,

Gigantes de corpo e glória,

Mas de espírito ruim;

E começou o tempo escuro

Do orgulho sem o fim.


⚔️ CAPÍTULO II — A Raça dos Nefilins


1

Chamados de Nefilins,

Homens fortes e temidos,

Atravessavam montanhas,

Por povos eram temidos,

E as cidades da planície

Em ruínas eram feridos.


2

Ergueram muros de pedra,

Altares e torres vazias,

Buscando o trono do céu

Com soberba e heresia;

Mas Deus via a loucura

Que o poder produzia.


3

Tomaram a arte e a guerra,

Criaram ferro e espada,

E o sangue corria em rios

Na planície desolada;

O amor se fez silêncio,

A fé ficou calada.


4

O justo temia o forte,

O fraco não tinha abrigo,

Mas o Senhor dos Exércitos

Viu o mal antigo;

E preparou no tempo

O dilúvio como castigo.


5

Os Nefilins dominavam

Terras e corações,

E riam da palavra

Das antigas gerações;

Mas todo império altivo

Cai sob as orações.


6

O homem buscou ciência

E o segredo da imortalidade,

Mas perdeu o rumo da alma

E a essência da verdade;

Pois saber sem consciência

É sombra e vaidade.


7

Assim a terra gemeu

Sob o peso do pecado,

E Deus traçou no firmamento

O juízo anunciado;

Somente a fé de Noé

Foi o abrigo consagrado.


8

E quando o trovão rugiu,

E o vento virou sentença,

Os gigantes da arrogância

Perderam toda a presença;

Pois o orgulho diante do Eterno

Se desmancha na ausência.


⚜️ CAPÍTULO III — O Livro dos Vigilantes


1

O antigo Enoque falava

Dos Vigilantes caídos,

Anjos que do céu olharam

Os caminhos corrompidos,

E desceram à terra em sombra,

Com segredos destruídos.


2

Ensinavam aos humanos

Ciência e feitiçaria,

Os metais e encantamentos,

Os astros e a magia,

E o dom que era divino

Virou dor e tirania.


3

O Senhor, então, se irou,

Pois a terra estava em pranto,

E enviou o anjo Rafael

Com espada, luz e canto,

Para prender os rebeldes

No abismo do desencanto.


4

Mas Enoque foi fiel,

Homem justo e verdadeiro,

Que ouviu a voz de Deus

No silêncio derradeiro;

Foi tomado aos céus em glória,

Sem morrer no corpo inteiro.

(Gênesis 5:24; Hebreus 11:5)


5

Ele viu o trono eterno,

E os rios de fogo e luz,

Onde os anjos cantavam

O mistério que conduz;

E compreendeu que o justo

Nunca se aparta da cruz.


6

Os Vigilantes choraram

Pelas obras da traição,

Mas Deus, que é justo e santo,

Guardou a renovação;

Pois mesmo a queda serve

À divina redenção.


7

Assim termina o relato,

De céu, pecado e poder,

Que no livro de Enoque

Permanece a renascer;

Pois o que cai das alturas

Um dia pode aprender.


8

E a lição do Vigilante

Ecoa na eternidade:

Não há glória que resista

Sem fé, amor e verdade;

E o homem só é gigante

Na força da humildade.



🌊 CAPÍTULO IV — O DILÚVIO DIVINO


1

O céu fechou-se em silêncio,

E a terra gemeu no chão,

Pois o peso do pecado

Rompeu toda a criação;

E Deus olhou com tristeza

O fim da geração.


2

Noé, servo obediente,

Recebeu voz e missão:

“Constrói a arca da vida,

Que trará renovação;

Pois virá chuva e tormenta

Para lavar a nação.”


3

Zombaram dele os homens,

Riram do seu labor,

Mas o justo não vacila

Quando ouve o Criador;

Trabalhou noite e dia,

Com fé, suor e ardor.


4

Os céus abriram as fontes,

As nuvens viraram mar,

E os rios subiram aos montes

Como quem quer se vingar;

A terra virou deserto,

Sem tempo pra respirar.


5

Os Nefilins, em desespero,

Tentaram fugir da sorte,

Mas nem o corpo gigante

Lhe defendeu contra a morte;

Pois diante da justiça

Não há muro nem suporte.


6

A arca seguiu flutuando

No oceano do perdão,

Guardando pares e sonhos

Da sagrada Criação;

E Noé orava em lágrimas,

Pedindo compaixão.


7

Por quarenta dias e noites

O mundo perdeu cor,

Mas a pomba, em seu voo manso,

Trouxe o ramo e o favor;

E Deus pôs no céu um arco

Como sinal do amor.


8

O arco-íris, então,

Nasceu de luz e aliança,

Prometendo à humanidade

Um novo ciclo de esperança;

Mas que jamais o homem esqueça

Que o orgulho não tem herança.


9

Assim findou o Dilúvio,

Com o lodo e o renascer,

Pois de toda dor divina

Surge o dom de compreender;

Quem crê, mesmo em meio às águas,

Aprende o que é viver.


🗿 CAPÍTULO V — O RETORNO DOS GIGANTES


1

Mas o mal, como semente,

Dormiu sem se apagar,

Pois nas tribos da nova era

Voltou a germinar;

E os filhos dos antigos

Começaram a despertar.


2

Os Nefilins, em fragmentos,

Renascem pela linhagem,

Heróis de força e fúria,

Com marcas de antiga imagem;

E o sangue dos caídos

Corre em nova linhagem.


3

Elohim viu de novo

O homem cair no engano,

Buscando poder e glória

No mesmo caminho insano;

Pois a carne traz lembranças

Do pecado sobre-humano.


4

Das terras do Oriente

Ao vale de Basã,

Ergueram-se reis e povos

Com armas nas mãos;

E o medo voltou à terra

Com os ecos de Titãs.


5

Os antigos escribas

Chamaram-nos Refaíns,

Gigantes de corpo e sombra,

Herdeiros de velhos fins;

Entre eles surgiram

Os reis que o mal produz.


6

Mas o Senhor dos exércitos

Não dorme nem se retira,

E preparou novos homens

Com fé, coragem e mira;

Pois a força da justiça

É fogo que nunca delira.


7

Assim voltaram os tempos

De espada e coração,

Em que o bem lutava firme

Contra a corrupção;

E os ecos dos gigantes

Foram pó e maldição.


8

Noé partiu em paz,

Mas sua semente seguiu,

E entre os filhos de Sem

O plano santo surgiu;

De Abraão viria a chama

Que o mal destruiu.


9

Pois Deus renova a terra

Mesmo após toda queda,

E o que era sombra e guerra

Vira fruto e seda;

A cada fim de era,

Uma nova alma herda.


⚔️ CAPÍTULO VI — OS FILHOS DE ANAQUE


1

No tempo dos hebreus,

Quando Josué pelejava,

Havia em Canaã

Raça que o medo espalhava:

Eram os filhos de Anaque,

Gigantes que o chão tremia.


2

Homens de corpo imenso,

De olhar que fulmina o ar,

Viviam nas fortalezas

Difíceis de conquistar;

E o povo de Israel

Temia até marchar.


3

Mas o Senhor disse a Josué:

“Não temas, filho meu,

Pois toda muralha cai

Quando confias no céu;

A força que vem da fé

É mais dura que o véu.”


4

Então marcharam unidos,

Com trombetas e oração,

E os muros de Jericó

Cederam pela unção;

Pois quem anda com Deus

Não teme a perdição.


5

Os filhos de Anaque ruíram

Diante da fé do guerreiro,

O pequeno venceu o grande,

Com o braço verdadeiro;

Pois o gigante é fraco

Sem o dom do cordeiro.


6

Assim a terra foi limpa

Do legado dos titãs,

E a promessa de Abraão

Cumpriu-se em novos planos;

O bem venceu nas alturas,

E o mal caiu nos anos.


7

Mas o nome dos Anaquins

Permanece na memória,

Como lembrança do orgulho

Que corrompe a história;

Pois toda força sem alma

Termina sem glória.


8

E Josué, em gratidão,

Ergueu altar ao Senhor,

Pois viu com os próprios olhos

A vitória do amor;

E a terra prometida

Floresceu em esplendor.


9

Assim se fecha o ciclo

Dos gigantes e seus ais,

Pois o poder que se exalta

Retorna sempre à paz;

E a mão que cria o mundo

Também o refaz.


🪶 CAPÍTULO VII — DAVI E GOLIAS


1

Das terras de Israel,

No tempo do rei Saul,

Surgia o medo nas fileiras

Com o eco mais azul;

Golias, o gigante filisteu,

Desafiava até o céu.


2

Tinha espada e couraça,

E a voz como trovão,

Zombava dos exércitos

Com arrogância e paixão;

Mas nenhum homem ousava

Levantar o coração.


3

Então veio Davi, menino,

De harpa, fé e pastoreio,

Com a luz nos olhos firmes

E o amor como esteio;

Não buscava guerra nem glória,

Mas a justiça no meio.


4

“Tu vens a mim com espada,

Mas eu venho em nome do Senhor,

Que livrou-me do urso e do leão,

E me cobre com Seu amor;

Hoje mesmo, ó gigante,

Verás cair teu valor.”


5

Pegou cinco pedras lisas

Do leito de um pequeno rio,

Girou a funda no vento

Com o sopro que Deus uniu;

E o céu calou-se em instante —

Golias, então, caiu.


6

Tremeu a terra de medo,

Mas a fé se fez vitória,

Pois o menor venceu o grande

E Deus escreveu história;

O poder não está no braço,

Mas na chama da memória.


7

Davi cortou-lhe a cabeça,

E ergueu ao povo fiel,

Não por ódio ou vingança,

Mas por justiça e papel;

E o nome do Senhor ecoou

Por Israel e Betel.


8

Assim cumpriu-se o destino,

Que desde Enoque se anuncia:

O pequeno vence o soberbo,

Com pureza e profecia;

E quem luta por amor

Jamais perde a harmonia.


9

Do menino nasceu o rei,

Do cordeiro o leão da fé,

E em cada nova batalha

A promessa renasce em pé;

Pois o que vence o gigante

É o que serve e crê.


⚡ CAPÍTULO VIII — O FIM DOS TITÃS


1

Das sombras do passado

Ainda restava um clamor,

Ecoando pelas eras

Em rumores de terror;

Mas Deus, Senhor das alturas,

Preparava novo ardor.


2

As antigas potestades,

Refaíns e Zamzumins,

Vagavam entre ruínas

Dos seus próprios jardins;

Mas o sopro do Altíssimo

Lhes fechou os fins.


3

Vieram guerras e reinos,

Impérios de pedra e dor,

Mas nenhum resistiu

Ao tempo e ao Criador;

Pois toda torre humana

Cai sem o Amor.


4

Roma, Grécia e Babilônia,

Egito e Assíria também,

Tiveram seus grandes tronos

E perderam o que têm;

A soberba nunca dura

Na palma de ninguém.


5

Os titãs do pensamento,

Os senhores do poder,

Tentaram criar eternidade

Sem jamais compreender;

Mas quem esquece o espírito

Não sabe o que é viver.


6

E o tempo, como corrente,

Levou glória e multidão,

Deixando ao homem moderno

O espelho da razão;

Mas o orgulho dos antigos

Permanece em tentação.


7

Então o Verbo desceu,

Na carne e na compaixão,

E o Cristo, novo Adão,

Trouxe luz à criação;

Derrotou os titãs do ego

Com o poder do perdão.


8

Assim o ciclo findou,

Entre cruz e alvorada,

Pois a espada dos justos

Venceu a madrugada;

E a era dos gigantes

Foi enfim calada.


9

Do barro renasce o sopro,

Do erro vem o saber,

E o homem, redimido,

Aprende o que é renascer;

Pois o fim dos titãs é o início

Do eterno florescer.


🌈 CAPÍTULO IX — O LIVRO DO NOVO CÉU E DA NOVA TERRA


1

Depois do trovão silente,

E do fogo que se apagou,

Surgiu um céu resplandente

Como o que Deus sonhou;

E da terra lavada em fé

Uma nova vida brotou.


2

João, o profeta amado,

Viu o trono e a multidão,

E um livro de sete selos

Guardando a redenção;

Cada selo que se abria

Era luz e compaixão.


3

E ouviu-se voz no alto:

“Eis que tudo é novo enfim,

Não há pranto nem lembrança,

Nem começo, nem fim;

Pois a morada de Deus

Está no homem, sim.”


4

A antiga serpente foi presa,

Os mares se aquietaram,

As nações se uniram em paz,

E os anjos se abraçaram;

Pois do sangue e da fé

Os justos se levantaram.


5

A Nova Jerusalém desceu,

Brilhando como cristal,

Com muros de jaspe e ouro

E um rio celestial;

Nas margens, árvores da vida,

E o amor universal.


6

Os nomes dos que venceram

Estão escritos no altar,

E os povos de toda língua

Vêm cantar e celebrar;

Pois o tempo foi vencido,

E a morte não há de voltar.


7

O Sol não mais precisa

Brilhar no mesmo lugar,

Pois o próprio Deus é luz

Que nunca vai se apagar;

E toda lágrima antiga

Ele vem enxugar.


8

Assim termina o cordel

Das eras e da visão,

Dos anjos e dos gigantes,

Da queda e da redenção;

E o homem volta ao Éden,

Com a pureza em sua mão.


9

Que este canto sagrado

Ecoe no coração,

Pois cada verso é caminho

De amor e transformação;

E quem lê com alma aberta

Participa da Criação.


📜 NOTA DE FONTES


Este cordel foi inspirado nas tradições bíblicas e apócrifas que descrevem a presença dos Nefilins, Anakim e Refaim, figuras mencionadas em Gênesis, Números, Deuteronômio, Josué e Samuel, bem como nas antigas interpretações do Livro de Enoque.


Trechos e inspirações:


Gênesis 5:24; 6:1–4; 6:11–13; 7:23


Hebreus 11:5


Números 13:32–33


Deuteronômio 3:11; 9:2


Josué 11:21–22


1 Samuel 17:4–50


Pesquisa e adaptação poética de Nhenety Kariri-Xocó, com base em estudos bíblicos e tradições orais reinterpretadas à luz da poesia espiritual e da cosmovisão indígena.


⚙️ FICHA TÉCNICA


Título: Cordel dos Gigantes: Nefilins, Anakim e Refaim

Autor: Nhenety Kariri-Xocó

Gênero: Cordel Poético Sagrado – Mitologia e Espiritualidade

Edição: Digital Poética Ilustrada

Formato: A5 – Estilo Editorial de Cordel

Criação e Diagramação: ChatGPT – Assistência Literária Virtual

Ano: 2025

Local: Porto Real do Colégio – Alagoas, Brasil

Direitos Autorais: © Nhenety Kariri-Xocó – Todos os direitos reservados


🌾 EPÍLOGO FINAL


E se um dia alguém perguntar

Se os gigantes existiram,

Direi: sim, em corpo e alma,

E os justos os redimiram.

Pois o maior dos colossos

É o bem que os corações inspiram.


E o canto que hoje deixo

É chama que não se apaga,

É verbo de resistência

Que o tempo nunca apaga.

Sou Kariri-Xocó — raiz,

Que no verso se propaga.


🌌 QUARTA CAPA POÉTICA


Neste cordel místico e ancestral,

Nhenety Kariri-Xocó nos conduz pelas trilhas do tempo —

onde anjos, homens e gigantes se cruzam sob o olhar do Criador.

Entre versos e revelações,

o autor une o sagrado e o poético,

mostrando que o verdadeiro gigante

é aquele que vence a si mesmo pela fé.

Um cântico que ecoa o Livro de Enoque,

os mitos antigos e as memórias do povo da terra,

fazendo do cordel um altar de sabedoria e memória espiritual.


✒️ SOBRE O AUTOR


Nhenety Kariri-Xocó é escritor, poeta e contador de histórias oral e escrita, pertencente ao povo Kariri-Xocó de Porto Real do Colégio (AL).

Sua obra busca unir a memória ancestral indígena às tradições espirituais universais, tecendo cordéis que cruzam o mito e a fé, o tempo e a eternidade.

Em seus versos, a palavra torna-se ponte entre o humano e o divino — uma oração em forma de arte.


📚 SOBRE A OBRA


O “Cordel dos Gigantes: Nefilins, Anakim e Refaim” mergulha nas antigas escrituras que relatam a presença de seres colossais — fruto da união entre o céu e a terra.

Inspirado nas tradições bíblicas e nas leituras simbólicas da criação, o cordel apresenta, em versos, a eterna luta entre luz e trevas, fé e soberba.

Nesta narrativa, os gigantes representam não apenas corpos de pedra, mas os orgulhos e vaidades humanas que ainda desafiam o espírito.

A poesia de Nhenety Kariri-Xocó transforma o mito em reflexão viva, onde o homem aprende que o verdadeiro poder está em caminhar com Deus, e que o verbo poético é também um ato de resistência espiritual.


🌌 QUARTA CAPA 3D DIGITAL DESCRIÇÃO 





Cena em tom dourado-azulado, com textura etérea e luz celestial, mostrando gigantes míticos se elevando entre montanhas e nuvens, enquanto um pequeno guerreiro humano com luz no peito encara-os de frente.

No céu, símbolos bíblicos e constelações se entrelaçam, formando um portal de fé e mistério.

Título e nome do autor sobrepostos em fonte clássica iluminada.

(Será gerada conforme o estilo de tuas edições anteriores, com realismo digital 3D solene e atmosfera espiritual.)




Autor: Nhenety Kariri-Xocó 


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