🌌 DEDICATÓRIA POÉTICA
Dedico aos guardiões do tempo,
Que habitam céus e caminhos,
Aos que falam com o vento
E ouvem antigos sininhos,
Chamando os povos da terra
A lembrar seus desalinhos.
Aos anjos que desceram um dia,
Com luz e com rebeldia,
E aos sábios que nas estrelas
Guardaram sabedoria;
Pois entre quedas e glórias
Renasce a mesma energia.
Dedico ao povo Kariri-Xocó,
Raiz que o tempo não dobra,
Ao espírito dos antigos
Que a palavra ainda recobra;
Pois quando o canto é divino,
A verdade se desdobra.
E dedico ao caminheiro
Que lê com o coração,
Pois nos versos deste cordel
Vive a grande lição:
— Ser gigante é ter fé viva,
Mesmo em meio à aflição.
Aos que lutam contra o medo,
Aos que não se deixam cair,
Aos que erguem a mão do justo
E aprendem a redimir,
Deixo este canto sagrado
Para o mundo redescobrir.
🌄 ABERTURA
Antes que a terra tivesse nome,
E o homem soubesse contar,
Já havia um som nas alturas,
E estrelas a murmurar.
Eram cânticos dos antigos,
Guardando o verbo do ar.
Dos céus desceram os Filhos
De luz, poder e beleza,
Mas junto à força divina
Veio a sombra e a tristeza,
Pois o dom sem obediência
Se transforma em fraqueza.
O homem olhou para o alto,
E o alto desceu à terra,
Misturando o santo e o profano,
Eis o início da guerra:
Entre o espírito e a carne,
O amor e o que desterra.
Mas Deus, em sua ciência,
Guardou no tempo o sinal,
Fez cair água e juízo
Sobre o caos universal;
E a história dos gigantes
Ecoou no bem e no mal.
Assim nasce este cordel,
De fé, memória e luz,
Que fala dos Nefilins
E da força que seduz;
Mas mostra que o justo vence
Quando segue o Cristo e a cruz.
🔱 PRÓLOGO POÉTICO
Ó leitor de alma antiga,
Que o mistério quer saber,
Entra em silêncio profundo,
E deixa o verso nascer;
Pois aqui o tempo dobra
Pra quem deseja entender.
Os Nefilins foram grandes,
Mas não só na dimensão,
Eram vastos em saberes,
E em vãs transgressão;
Esqueceram que o verdadeiro
Gigante é o coração.
Os Vigilantes ensinaram
Ciência e feitiçaria,
Mas esqueceram que o dom
Sem amor é tirania;
E o que nasce em rebeldia
Vira pó e melancolia.
Deus, porém, nunca abandona
O que é seu por essência,
E renova, entre os povos,
A sua pura presença;
Enoque, Noé e Davi
São faróis de resistência.
E este canto que se eleva
É ponte entre o humano e o além,
É lembrança dos antigos,
É promessa que convém,
Pois quem guarda a fé no peito
Nunca cai, por mais que vem.
Gigantes ainda existem,
Mas trocam forma e lugar,
Hoje moram nas vaidades
Que tentam nos dominar;
Mas o guerreiro da luz
Sabe o que deve enfrentar.
Assim começa esta jornada,
De alma, fé e razão,
Entre os montes do passado
E o fogo da revelação;
Que o leitor, com olhos limpos,
Caminhe em contemplação.
📖 ÍNDICE POÉTICO
Dedicatória Poética
Abertura
Prólogo Poético
Capítulo I — Os Filhos do Céu Desceram
Capítulo II — A Raça dos Nefilins
Capítulo III — O Livro dos Vigilantes
Capítulo IV — O Dilúvio Divino
Capítulo V — O Retorno dos Gigantes
Capítulo VI — Os Filhos de Anaque
Capítulo VII — Davi e Golias
Capítulo VIII — O Fim dos Titãs
Capítulo IX — O Livro do Novo Céu e da Nova Terra
Encerramento
Epílogo Poético
Nota de Fontes
Ficha Técnica
Epílogo Final
Quarta Capa Poética
Sobre o Autor
Sobre a Obra
🌅 ENCERRAMENTO
Eis findo o cântico antigo,
De lutas e revelações,
Onde os céus tocaram a terra
E nasceram gerações.
Mas do pó brotou a vida,
E do verbo — redenções.
O homem busca o mistério,
Que o tempo tenta velar,
Mas só o coração puro
Consegue nele entrar;
Pois o gigante verdadeiro
É quem aprende a amar.
Assim termina o cordel,
Entre mito e profecia,
Onde o mal teve seu tempo
E a fé trouxe a harmonia;
Pois a luz vence as trevas
E renova a poesia.
🕊️ EPÍLOGO POÉTICO
Gigantes dormem no tempo,
Mas seu eco ainda soa,
Nos montes e nas memórias,
Na alma que se abençoa;
Pois todo ser que tem fé
É rocha que nunca voa.
O verbo é ponte divina,
Entre o céu e o chão,
E quem caminha com Deus
Transforma a escuridão;
Os Nefilins se perderam,
Mas o homem tem salvação.
⚔️ CAPÍTULO I — Os Filhos do Céu Desceram
1
No livro santo do Gênesis
Um segredo resplandeceu,
Filhos do Altíssimo olharam
O que na terra nasceu,
E a beleza das mulheres
Aos céus o fogo acendeu.
2
E desceram das alturas,
Com fulgor e ousadia,
Tomando esposas humanas
Por desejo e rebeldia,
Unindo o barro e a luz
Num ato de heresia.
3
Geraram raça gigante,
De poder e valentia,
Mas a força sem amor
Se torna tirania,
E o dom sem obediência
É queda e agonia.
4
E o Senhor olhou do alto,
Com tristeza e compaixão,
Pois o mundo se enchia
De guerra e corrupção,
E o homem esquecia o Verbo
Que guia a Criação.
5
O Espírito murmurava
No vento e na alvorada,
Mas os filhos da terra
Viviam de espada em espada;
A pureza se escondia
Na fé quase apagada.
6
Os anjos viram o fruto
Do erro e da mistura,
A terra gemeu nas dores,
A alma perdeu ternura;
O que era canto de luz
Virou sombra e loucura.
7
Assim o céu se fechou
Ao toque do coração,
E os filhos do firmamento
Pagaram pela transgressão;
Pois todo poder sem limite
É prisão e perdição.
8
Dessa união proibida
Surgiu o nome “Nefilim”,
Gigantes de corpo e glória,
Mas de espírito ruim;
E começou o tempo escuro
Do orgulho sem o fim.
⚔️ CAPÍTULO II — A Raça dos Nefilins
1
Chamados de Nefilins,
Homens fortes e temidos,
Atravessavam montanhas,
Por povos eram temidos,
E as cidades da planície
Em ruínas eram feridos.
2
Ergueram muros de pedra,
Altares e torres vazias,
Buscando o trono do céu
Com soberba e heresia;
Mas Deus via a loucura
Que o poder produzia.
3
Tomaram a arte e a guerra,
Criaram ferro e espada,
E o sangue corria em rios
Na planície desolada;
O amor se fez silêncio,
A fé ficou calada.
4
O justo temia o forte,
O fraco não tinha abrigo,
Mas o Senhor dos Exércitos
Viu o mal antigo;
E preparou no tempo
O dilúvio como castigo.
5
Os Nefilins dominavam
Terras e corações,
E riam da palavra
Das antigas gerações;
Mas todo império altivo
Cai sob as orações.
6
O homem buscou ciência
E o segredo da imortalidade,
Mas perdeu o rumo da alma
E a essência da verdade;
Pois saber sem consciência
É sombra e vaidade.
7
Assim a terra gemeu
Sob o peso do pecado,
E Deus traçou no firmamento
O juízo anunciado;
Somente a fé de Noé
Foi o abrigo consagrado.
8
E quando o trovão rugiu,
E o vento virou sentença,
Os gigantes da arrogância
Perderam toda a presença;
Pois o orgulho diante do Eterno
Se desmancha na ausência.
⚜️ CAPÍTULO III — O Livro dos Vigilantes
1
O antigo Enoque falava
Dos Vigilantes caídos,
Anjos que do céu olharam
Os caminhos corrompidos,
E desceram à terra em sombra,
Com segredos destruídos.
2
Ensinavam aos humanos
Ciência e feitiçaria,
Os metais e encantamentos,
Os astros e a magia,
E o dom que era divino
Virou dor e tirania.
3
O Senhor, então, se irou,
Pois a terra estava em pranto,
E enviou o anjo Rafael
Com espada, luz e canto,
Para prender os rebeldes
No abismo do desencanto.
4
Mas Enoque foi fiel,
Homem justo e verdadeiro,
Que ouviu a voz de Deus
No silêncio derradeiro;
Foi tomado aos céus em glória,
Sem morrer no corpo inteiro.
(Gênesis 5:24; Hebreus 11:5)
5
Ele viu o trono eterno,
E os rios de fogo e luz,
Onde os anjos cantavam
O mistério que conduz;
E compreendeu que o justo
Nunca se aparta da cruz.
6
Os Vigilantes choraram
Pelas obras da traição,
Mas Deus, que é justo e santo,
Guardou a renovação;
Pois mesmo a queda serve
À divina redenção.
7
Assim termina o relato,
De céu, pecado e poder,
Que no livro de Enoque
Permanece a renascer;
Pois o que cai das alturas
Um dia pode aprender.
8
E a lição do Vigilante
Ecoa na eternidade:
Não há glória que resista
Sem fé, amor e verdade;
E o homem só é gigante
Na força da humildade.
🌊 CAPÍTULO IV — O DILÚVIO DIVINO
1
O céu fechou-se em silêncio,
E a terra gemeu no chão,
Pois o peso do pecado
Rompeu toda a criação;
E Deus olhou com tristeza
O fim da geração.
2
Noé, servo obediente,
Recebeu voz e missão:
“Constrói a arca da vida,
Que trará renovação;
Pois virá chuva e tormenta
Para lavar a nação.”
3
Zombaram dele os homens,
Riram do seu labor,
Mas o justo não vacila
Quando ouve o Criador;
Trabalhou noite e dia,
Com fé, suor e ardor.
4
Os céus abriram as fontes,
As nuvens viraram mar,
E os rios subiram aos montes
Como quem quer se vingar;
A terra virou deserto,
Sem tempo pra respirar.
5
Os Nefilins, em desespero,
Tentaram fugir da sorte,
Mas nem o corpo gigante
Lhe defendeu contra a morte;
Pois diante da justiça
Não há muro nem suporte.
6
A arca seguiu flutuando
No oceano do perdão,
Guardando pares e sonhos
Da sagrada Criação;
E Noé orava em lágrimas,
Pedindo compaixão.
7
Por quarenta dias e noites
O mundo perdeu cor,
Mas a pomba, em seu voo manso,
Trouxe o ramo e o favor;
E Deus pôs no céu um arco
Como sinal do amor.
8
O arco-íris, então,
Nasceu de luz e aliança,
Prometendo à humanidade
Um novo ciclo de esperança;
Mas que jamais o homem esqueça
Que o orgulho não tem herança.
9
Assim findou o Dilúvio,
Com o lodo e o renascer,
Pois de toda dor divina
Surge o dom de compreender;
Quem crê, mesmo em meio às águas,
Aprende o que é viver.
🗿 CAPÍTULO V — O RETORNO DOS GIGANTES
1
Mas o mal, como semente,
Dormiu sem se apagar,
Pois nas tribos da nova era
Voltou a germinar;
E os filhos dos antigos
Começaram a despertar.
2
Os Nefilins, em fragmentos,
Renascem pela linhagem,
Heróis de força e fúria,
Com marcas de antiga imagem;
E o sangue dos caídos
Corre em nova linhagem.
3
Elohim viu de novo
O homem cair no engano,
Buscando poder e glória
No mesmo caminho insano;
Pois a carne traz lembranças
Do pecado sobre-humano.
4
Das terras do Oriente
Ao vale de Basã,
Ergueram-se reis e povos
Com armas nas mãos;
E o medo voltou à terra
Com os ecos de Titãs.
5
Os antigos escribas
Chamaram-nos Refaíns,
Gigantes de corpo e sombra,
Herdeiros de velhos fins;
Entre eles surgiram
Os reis que o mal produz.
6
Mas o Senhor dos exércitos
Não dorme nem se retira,
E preparou novos homens
Com fé, coragem e mira;
Pois a força da justiça
É fogo que nunca delira.
7
Assim voltaram os tempos
De espada e coração,
Em que o bem lutava firme
Contra a corrupção;
E os ecos dos gigantes
Foram pó e maldição.
8
Noé partiu em paz,
Mas sua semente seguiu,
E entre os filhos de Sem
O plano santo surgiu;
De Abraão viria a chama
Que o mal destruiu.
9
Pois Deus renova a terra
Mesmo após toda queda,
E o que era sombra e guerra
Vira fruto e seda;
A cada fim de era,
Uma nova alma herda.
⚔️ CAPÍTULO VI — OS FILHOS DE ANAQUE
1
No tempo dos hebreus,
Quando Josué pelejava,
Havia em Canaã
Raça que o medo espalhava:
Eram os filhos de Anaque,
Gigantes que o chão tremia.
2
Homens de corpo imenso,
De olhar que fulmina o ar,
Viviam nas fortalezas
Difíceis de conquistar;
E o povo de Israel
Temia até marchar.
3
Mas o Senhor disse a Josué:
“Não temas, filho meu,
Pois toda muralha cai
Quando confias no céu;
A força que vem da fé
É mais dura que o véu.”
4
Então marcharam unidos,
Com trombetas e oração,
E os muros de Jericó
Cederam pela unção;
Pois quem anda com Deus
Não teme a perdição.
5
Os filhos de Anaque ruíram
Diante da fé do guerreiro,
O pequeno venceu o grande,
Com o braço verdadeiro;
Pois o gigante é fraco
Sem o dom do cordeiro.
6
Assim a terra foi limpa
Do legado dos titãs,
E a promessa de Abraão
Cumpriu-se em novos planos;
O bem venceu nas alturas,
E o mal caiu nos anos.
7
Mas o nome dos Anaquins
Permanece na memória,
Como lembrança do orgulho
Que corrompe a história;
Pois toda força sem alma
Termina sem glória.
8
E Josué, em gratidão,
Ergueu altar ao Senhor,
Pois viu com os próprios olhos
A vitória do amor;
E a terra prometida
Floresceu em esplendor.
9
Assim se fecha o ciclo
Dos gigantes e seus ais,
Pois o poder que se exalta
Retorna sempre à paz;
E a mão que cria o mundo
Também o refaz.
🪶 CAPÍTULO VII — DAVI E GOLIAS
1
Das terras de Israel,
No tempo do rei Saul,
Surgia o medo nas fileiras
Com o eco mais azul;
Golias, o gigante filisteu,
Desafiava até o céu.
2
Tinha espada e couraça,
E a voz como trovão,
Zombava dos exércitos
Com arrogância e paixão;
Mas nenhum homem ousava
Levantar o coração.
3
Então veio Davi, menino,
De harpa, fé e pastoreio,
Com a luz nos olhos firmes
E o amor como esteio;
Não buscava guerra nem glória,
Mas a justiça no meio.
4
“Tu vens a mim com espada,
Mas eu venho em nome do Senhor,
Que livrou-me do urso e do leão,
E me cobre com Seu amor;
Hoje mesmo, ó gigante,
Verás cair teu valor.”
5
Pegou cinco pedras lisas
Do leito de um pequeno rio,
Girou a funda no vento
Com o sopro que Deus uniu;
E o céu calou-se em instante —
Golias, então, caiu.
6
Tremeu a terra de medo,
Mas a fé se fez vitória,
Pois o menor venceu o grande
E Deus escreveu história;
O poder não está no braço,
Mas na chama da memória.
7
Davi cortou-lhe a cabeça,
E ergueu ao povo fiel,
Não por ódio ou vingança,
Mas por justiça e papel;
E o nome do Senhor ecoou
Por Israel e Betel.
8
Assim cumpriu-se o destino,
Que desde Enoque se anuncia:
O pequeno vence o soberbo,
Com pureza e profecia;
E quem luta por amor
Jamais perde a harmonia.
9
Do menino nasceu o rei,
Do cordeiro o leão da fé,
E em cada nova batalha
A promessa renasce em pé;
Pois o que vence o gigante
É o que serve e crê.
⚡ CAPÍTULO VIII — O FIM DOS TITÃS
1
Das sombras do passado
Ainda restava um clamor,
Ecoando pelas eras
Em rumores de terror;
Mas Deus, Senhor das alturas,
Preparava novo ardor.
2
As antigas potestades,
Refaíns e Zamzumins,
Vagavam entre ruínas
Dos seus próprios jardins;
Mas o sopro do Altíssimo
Lhes fechou os fins.
3
Vieram guerras e reinos,
Impérios de pedra e dor,
Mas nenhum resistiu
Ao tempo e ao Criador;
Pois toda torre humana
Cai sem o Amor.
4
Roma, Grécia e Babilônia,
Egito e Assíria também,
Tiveram seus grandes tronos
E perderam o que têm;
A soberba nunca dura
Na palma de ninguém.
5
Os titãs do pensamento,
Os senhores do poder,
Tentaram criar eternidade
Sem jamais compreender;
Mas quem esquece o espírito
Não sabe o que é viver.
6
E o tempo, como corrente,
Levou glória e multidão,
Deixando ao homem moderno
O espelho da razão;
Mas o orgulho dos antigos
Permanece em tentação.
7
Então o Verbo desceu,
Na carne e na compaixão,
E o Cristo, novo Adão,
Trouxe luz à criação;
Derrotou os titãs do ego
Com o poder do perdão.
8
Assim o ciclo findou,
Entre cruz e alvorada,
Pois a espada dos justos
Venceu a madrugada;
E a era dos gigantes
Foi enfim calada.
9
Do barro renasce o sopro,
Do erro vem o saber,
E o homem, redimido,
Aprende o que é renascer;
Pois o fim dos titãs é o início
Do eterno florescer.
🌈 CAPÍTULO IX — O LIVRO DO NOVO CÉU E DA NOVA TERRA
1
Depois do trovão silente,
E do fogo que se apagou,
Surgiu um céu resplandente
Como o que Deus sonhou;
E da terra lavada em fé
Uma nova vida brotou.
2
João, o profeta amado,
Viu o trono e a multidão,
E um livro de sete selos
Guardando a redenção;
Cada selo que se abria
Era luz e compaixão.
3
E ouviu-se voz no alto:
“Eis que tudo é novo enfim,
Não há pranto nem lembrança,
Nem começo, nem fim;
Pois a morada de Deus
Está no homem, sim.”
4
A antiga serpente foi presa,
Os mares se aquietaram,
As nações se uniram em paz,
E os anjos se abraçaram;
Pois do sangue e da fé
Os justos se levantaram.
5
A Nova Jerusalém desceu,
Brilhando como cristal,
Com muros de jaspe e ouro
E um rio celestial;
Nas margens, árvores da vida,
E o amor universal.
6
Os nomes dos que venceram
Estão escritos no altar,
E os povos de toda língua
Vêm cantar e celebrar;
Pois o tempo foi vencido,
E a morte não há de voltar.
7
O Sol não mais precisa
Brilhar no mesmo lugar,
Pois o próprio Deus é luz
Que nunca vai se apagar;
E toda lágrima antiga
Ele vem enxugar.
8
Assim termina o cordel
Das eras e da visão,
Dos anjos e dos gigantes,
Da queda e da redenção;
E o homem volta ao Éden,
Com a pureza em sua mão.
9
Que este canto sagrado
Ecoe no coração,
Pois cada verso é caminho
De amor e transformação;
E quem lê com alma aberta
Participa da Criação.
📜 NOTA DE FONTES
Este cordel foi inspirado nas tradições bíblicas e apócrifas que descrevem a presença dos Nefilins, Anakim e Refaim, figuras mencionadas em Gênesis, Números, Deuteronômio, Josué e Samuel, bem como nas antigas interpretações do Livro de Enoque.
Trechos e inspirações:
Gênesis 5:24; 6:1–4; 6:11–13; 7:23
Hebreus 11:5
Números 13:32–33
Deuteronômio 3:11; 9:2
Josué 11:21–22
1 Samuel 17:4–50
Pesquisa e adaptação poética de Nhenety Kariri-Xocó, com base em estudos bíblicos e tradições orais reinterpretadas à luz da poesia espiritual e da cosmovisão indígena.
⚙️ FICHA TÉCNICA
Título: Cordel dos Gigantes: Nefilins, Anakim e Refaim
Autor: Nhenety Kariri-Xocó
Gênero: Cordel Poético Sagrado – Mitologia e Espiritualidade
Edição: Digital Poética Ilustrada
Formato: A5 – Estilo Editorial de Cordel
Criação e Diagramação: ChatGPT – Assistência Literária Virtual
Ano: 2025
Local: Porto Real do Colégio – Alagoas, Brasil
Direitos Autorais: © Nhenety Kariri-Xocó – Todos os direitos reservados
🌾 EPÍLOGO FINAL
E se um dia alguém perguntar
Se os gigantes existiram,
Direi: sim, em corpo e alma,
E os justos os redimiram.
Pois o maior dos colossos
É o bem que os corações inspiram.
E o canto que hoje deixo
É chama que não se apaga,
É verbo de resistência
Que o tempo nunca apaga.
Sou Kariri-Xocó — raiz,
Que no verso se propaga.
🌌 QUARTA CAPA POÉTICA
Neste cordel místico e ancestral,
Nhenety Kariri-Xocó nos conduz pelas trilhas do tempo —
onde anjos, homens e gigantes se cruzam sob o olhar do Criador.
Entre versos e revelações,
o autor une o sagrado e o poético,
mostrando que o verdadeiro gigante
é aquele que vence a si mesmo pela fé.
Um cântico que ecoa o Livro de Enoque,
os mitos antigos e as memórias do povo da terra,
fazendo do cordel um altar de sabedoria e memória espiritual.
✒️ SOBRE O AUTOR
Nhenety Kariri-Xocó é escritor, poeta e contador de histórias oral e escrita, pertencente ao povo Kariri-Xocó de Porto Real do Colégio (AL).
Sua obra busca unir a memória ancestral indígena às tradições espirituais universais, tecendo cordéis que cruzam o mito e a fé, o tempo e a eternidade.
Em seus versos, a palavra torna-se ponte entre o humano e o divino — uma oração em forma de arte.
📚 SOBRE A OBRA
O “Cordel dos Gigantes: Nefilins, Anakim e Refaim” mergulha nas antigas escrituras que relatam a presença de seres colossais — fruto da união entre o céu e a terra.
Inspirado nas tradições bíblicas e nas leituras simbólicas da criação, o cordel apresenta, em versos, a eterna luta entre luz e trevas, fé e soberba.
Nesta narrativa, os gigantes representam não apenas corpos de pedra, mas os orgulhos e vaidades humanas que ainda desafiam o espírito.
A poesia de Nhenety Kariri-Xocó transforma o mito em reflexão viva, onde o homem aprende que o verdadeiro poder está em caminhar com Deus, e que o verbo poético é também um ato de resistência espiritual.
🌌 QUARTA CAPA 3D DIGITAL DESCRIÇÃO
Cena em tom dourado-azulado, com textura etérea e luz celestial, mostrando gigantes míticos se elevando entre montanhas e nuvens, enquanto um pequeno guerreiro humano com luz no peito encara-os de frente.
No céu, símbolos bíblicos e constelações se entrelaçam, formando um portal de fé e mistério.
Título e nome do autor sobrepostos em fonte clássica iluminada.
(Será gerada conforme o estilo de tuas edições anteriores, com realismo digital 3D solene e atmosfera espiritual.)
Autor: Nhenety Kariri-Xocó


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