📜CONTRA CAPA
🌞 DEDICATÓRIA POÉTICA
Dedico esta escrita antiga,
Ao verbo, à voz e à canção,
Aos povos de fé e memória,
Que ergueram na história o chão.
Ao sopro que fez da fala
O templo da criação.
Aos sábios de cada era,
Que em letras deixaram luz,
Aos povos que, na palavra,
Guardaram a voz de Jesus.
A quem honra o dom da língua,
Que ao coração conduz.
Aos filhos da mesma origem,
De Sem, Cam e Jafé nascidos,
Que em fé, cultura e palavra
Mantêm os dons reunidos.
Pois cada voz é um rio
De tempos entretecidos.
📖 ÍNDICE POÉTICO
Abertura – As Vozes da Criação
Prólogo Poético – A Torre das Línguas Antigas
Capítulo I – Povos Semitas: Vozes da Palavra Sagrada
Capítulo II – Povos Camitas: Herdeiros da Terra e da Luz Ancestral
Capítulo III – Povos Jaféticos: Herdeiros do Pensamento e da Expansão (na próxima parte)
Encerramento – As Três Vozes do Mundo
Epílogo Poético – O Verbo Eterno nas Nações
Nota de Fontes Rimada
Ficha Técnica
Sobre o Autor
Sobre a Obra
Quarta Capa Poética
🌍 ABERTURA — As Vozes da Criação
Do sopro que fez o homem,
Nasceu o verbo primeiro,
O som que move o universo,
Mistério do Ser inteiro.
E o dom da fala divina
Deu forma ao mundo inteiro.
Das águas brotaram nomes,
Dos montes, antigas leis,
E as línguas — filhas da aurora —
Teceram o que já fez
Do barro, verbo e cultura,
Do tempo, o quanto se fez.
A língua é chama e caminho,
Que o espírito acende e guia,
É ponte entre o céu e a terra,
É eco da profecia.
No verbo mora o divino,
Na fala, a sabedoria.
🌿 PRÓLOGO POÉTICO — A Torre das Línguas Antigas
Contam velhas tradições
Que após o dilúvio imenso,
Os filhos de Noé saíram
Espalhando o amor e o senso.
E o mundo, de novo em fala,
Ganhou idioma e incenso.
De Sem nasceu o hebreu santo,
Que a fé monoteísta ergueu,
Cam foi força e resistência,
Que da África floresceu.
Jafé moldou pensamento
Que o mundo ocidental teceu.
E Babel, a torre alta,
Simbolizou confusão:
Muitos povos, mil culturas,
Mas um só coração.
Pois na origem das línguas,
Há um mesmo sopro e missão.
📜 CAPÍTULO I — Povos Semitas: Vozes da Palavra Sagrada
Do oriente ergue-se a voz,
Que o vento nunca apagou,
É a fala de um povo antigo
Que o verbo de Deus guardou.
Nas tábuas, rolos e versos,
A fé do mundo brotou.
O hebraico, língua da Torá,
Ecoou do Sinai sagrado,
Na arca do conhecimento
Guardou o verbo encantado.
E em Israel, na promessa,
O verbo tornou-se Estado.
O aramaico, terno e simples,
Na voz do Cristo soou,
Foi língua de pescadores
Por quem o amor se espalhou.
Nos salmos e nas parábolas,
A vida se traduziu em louvor.
O árabe, filho do deserto,
No Alcorão se revelou,
Falado por gerações
Que a fé de Abraão herdou.
Em suas letras dançantes,
A mística se formou.
O acádio, língua extinta,
Na Mesopotâmia reinou,
Guardou nas pedras da história
Os reinos que ali brotou.
E em suas tábuas cuneiformes,
O saber do mundo ficou.
Os povos de Sem nos deram
O dom da oração e da lei,
A ética e o monoteísmo
Que até hoje eu escutei.
São vozes que o tempo guarda,
Como herança que herdei.
🌍 CAPÍTULO II — Povos Camitas: Herdeiros da Terra e da Luz Ancestral
Do Nilo vieram os cantos,
Das areias, o ressoar,
Cam foi pai de reis antigos,
Que souberam o sol louvar.
Com símbolos e pirâmides,
Deus aprenderam a honrar.
Do Egito às terras bantas,
Soprou cultura imortal,
Que nas danças e tambores
Guardou o sentido ancestral.
E o verbo se fez tambor,
E a fala, força vital.
O copta, língua do Egito,
Nos ritos ainda é rezado,
É voz de santos antigos,
Por anjos abençoado.
E o berbere, nos desertos,
Mantém o nome sagrado.
Nos ritos dos povos negros,
O verbo é som, é canção,
É reza, é corpo que gira,
É alma, é comunhão.
E o orixá, pela fala,
Desperta a libertação.
Cam é pai da resistência,
Do canto e da tradição,
Das águas que o tempo leva,
Mas não apaga o irmão.
Pois a fala africana é
Eterna renovação.
⚔️ CAPÍTULO III — Povos Jaféticos: Herdeiros do Pensamento e da Expansão
De Jafé nasceram caminhos,
De vento e vastidão,
Das terras frias do norte,
Soprou outra tradição.
Línguas de reis e guerreiros,
Ergueram civilização.
O grego brilhou nas letras,
No verbo da filosofia,
Falou de alma e destino,
Do ser, da sabedoria.
E em suas rimas eternas,
Mora a essência da harmonia.
Do latim brotaram vozes,
Do Império e sua missão,
Fez do direito uma escola,
E do verbo — legislação.
Do templo romano à lei,
Surgiu a organização.
Romances e germanismos,
Forjaram o verbo moderno,
O inglês cruzou os mares,
Levando o sonho eterno.
E o português, doce língua,
É canto do céu e do inferno.
Os jaféticos deram ciência,
E o raciocínio profundo,
Do pensar nasceu o império,
Que expandiu-se sobre o mundo.
Mas a fé dos seus irmãos
Ecoa no mesmo segundo.
De suas mitologias ricas,
Do Olimpo à Terra fria,
Nasceu o teatro e o mito,
A música e a poesia.
E a chama do pensamento
Arde até hoje em sabedoria.
Em suas obras grandiosas,
De mármore e de razão,
Misturaram fé e ciência,
Forjaram a invenção.
Mas é no verbo divino
Que repousa a ligação.
Os jaféticos completaram
O círculo da criação,
Com o saber que ilumina
E o verbo da instrução.
Unindo fé, arte e ciência,
Cumpriram sua missão.
🌎 ENCERRAMENTO — As Três Vozes do Mundo
Três vozes o mundo guarda,
Num só coro universal,
Semita, Camita e Jafé,
Cada qual essencial.
São rios que juntos correm,
Num oceano ancestral.
Sem, pai da fé e da lei,
Cam, pai da força e do som,
Jafé, pai da mente clara,
Que ao pensar, fez-se dom.
E as três, na eternidade,
Cantam o mesmo tom.
O mundo é uma linguagem,
Com mil ecos a ressoar,
Cada povo uma sílaba,
Que o tempo vem pronunciar.
E Deus, o verbo supremo,
Em todos quer habitar.
✨ EPÍLOGO POÉTICO — O Verbo Eterno nas Nações
O verbo é semente viva
Que o espírito fez florir,
Nas bocas de cada povo,
Deus quis também se ouvir.
E cada língua que nasce
Faz o céu se expandir.
Da torre antiga de Babel
Ao templo do coração,
As línguas se entrelaçaram
Como fios da Criação.
O verbo é o mesmo sopro,
Mudam só a pronunciação.
E quando o homem reza,
Em qualquer língua que for,
O céu compreende o som,
O verbo sente o amor.
Pois Deus fala em silêncio,
Mas entende em cada flor.
📚 NOTA DE FONTES (RIMADA)
Este cordel tem raiz
Na Bíblia e na tradição,
Do livro de Gênesis parte
Toda esta inspiração.
E nas vozes dos estudiosos
Floresce a revelação.
De Walter Dietrich vem lume,
Sobre Israel e sua sorte,
De Wolfgang Held, a língua
Que o tempo faz mais forte.
E Robinson traz o Islã
Com saber e com suporte.
De Tarnas vem o Ocidente,
Com filosofia e cor,
E Severino da Silva
Revela o saber maior.
Em cada página brilha
O verbo do Criador.
Essas fontes são faróis
Que no tempo vão brilhar,
Guiando a rima e o verso,
Pra o leitor se orientar.
Pois quem honra a sabedoria,
Deve as fontes respeitar.
🕊️ FICHA TÉCNICA
Título: Herança Linguística dos Povos Bíblicos em Cordel
Autor: Nhenety Kariri-Xocó
Gênero: Cordel Histórico-Espiritual
Revisão e Curadoria: Nhenety Kariri-Xocó
Formato: Livro em verso, estilo A5 (edição poética e visual)
Ilustrações, Capas 3D e Diagramação: Nhenety Kariri-Xocó & ChatGPT Visual Studio
Edição e organização poética: ChatGPT – Assistente Virtual
Publicação Digital: KXNHENETY.BLOGSPOT.COM
Local: Porto Real do Colégio – Alagoas, Brasil
Ano: 2025
Direitos autorais: © Nhenety Kariri-Xocó. Todos os direitos reservados.
🌺 SOBRE O AUTOR
Nhenety Kariri-Xocó é escritor, contador de histórias oral e escrita, pesquisador da ancestralidade indígena e da união espiritual entre os povos. Filho do povo Kariri-Xocó, de Porto Real do Colégio (AL), dedica sua obra à preservação da memória, da fé e das tradições.
Em seus cordéis, Nhenety transforma o conhecimento histórico em canto poético, mantendo viva a voz dos antepassados.
📖 SOBRE A OBRA
Este cordel é um cântico de sabedoria, onde história e espiritualidade se entrelaçam como fios de uma tapeçaria divina.
Inspirado nas antigas genealogias bíblicas, revela que as línguas e culturas dos povos semitas, camitas e jaféticos são expressões do mesmo verbo criador — o sopro da vida que atravessa o tempo e renasce em cada tradição.
Em verso e metáfora, o autor honra o elo sagrado entre as civilizações, mostrando que toda fala humana é uma centelha do eterno diálogo entre Deus e o homem.
Esta obra foi inspirada e fundamentada no artigo publicado no blog “Memória e Identidade – Nhenety Kariri-Xocó”, disponível em: https://kxnhenety.blogspot.com/2025/04/heranca-linguistica-dos-povos-biblicos.html?m=0 ,
seguindo uma estrutura acadêmica nos moldes da ABNT e respaldada em referenciais históricos e culturais que unem a tradição oral ao conhecimento erudito.
🌅 QUARTA CAPA POÉTICA
Três vozes tecem o mundo,
Três povos dão direção:
Sem, o verbo da fé viva,
Cam, o canto do chão.
Jafé, a mente do tempo,
Que pensa a Criação.
E o leitor, nesta jornada,
Entre versos vai sentir,
Que o verbo é chama divina
Que nunca deixa ruir.
Quem lê com alma aberta,
Deus faz dentro emergir.
Nesta obra, o tempo fala,
E o verbo volta a brilhar,
Pois cada língua é um templo
Que o eterno quis fundar.
E em cada povo e cultura,
Há um Deus a revelar.
Autor: Nhenety Kariri-Xocó



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