sábado, 18 de outubro de 2025

HERANÇA LINGUÍSTICA DOS POVOS BÍBLICOS EM CORDEL





📜CONTRA CAPA 





🌞 DEDICATÓRIA POÉTICA


Dedico esta escrita antiga,

Ao verbo, à voz e à canção,

Aos povos de fé e memória,

Que ergueram na história o chão.

Ao sopro que fez da fala

O templo da criação.


Aos sábios de cada era,

Que em letras deixaram luz,

Aos povos que, na palavra,

Guardaram a voz de Jesus.

A quem honra o dom da língua,

Que ao coração conduz.


Aos filhos da mesma origem,

De Sem, Cam e Jafé nascidos,

Que em fé, cultura e palavra

Mantêm os dons reunidos.

Pois cada voz é um rio

De tempos entretecidos.


📖 ÍNDICE POÉTICO


Abertura – As Vozes da Criação


Prólogo Poético – A Torre das Línguas Antigas


Capítulo I – Povos Semitas: Vozes da Palavra Sagrada


Capítulo II – Povos Camitas: Herdeiros da Terra e da Luz Ancestral


Capítulo III – Povos Jaféticos: Herdeiros do Pensamento e da Expansão (na próxima parte)


Encerramento – As Três Vozes do Mundo


Epílogo Poético – O Verbo Eterno nas Nações


Nota de Fontes Rimada


Ficha Técnica


Sobre o Autor


Sobre a Obra


Quarta Capa Poética


🌍 ABERTURA — As Vozes da Criação


Do sopro que fez o homem,

Nasceu o verbo primeiro,

O som que move o universo,

Mistério do Ser inteiro.

E o dom da fala divina

Deu forma ao mundo inteiro.


Das águas brotaram nomes,

Dos montes, antigas leis,

E as línguas — filhas da aurora —

Teceram o que já fez

Do barro, verbo e cultura,

Do tempo, o quanto se fez.


A língua é chama e caminho,

Que o espírito acende e guia,

É ponte entre o céu e a terra,

É eco da profecia.

No verbo mora o divino,

Na fala, a sabedoria.


🌿 PRÓLOGO POÉTICO — A Torre das Línguas Antigas


Contam velhas tradições

Que após o dilúvio imenso,

Os filhos de Noé saíram

Espalhando o amor e o senso.

E o mundo, de novo em fala,

Ganhou idioma e incenso.


De Sem nasceu o hebreu santo,

Que a fé monoteísta ergueu,

Cam foi força e resistência,

Que da África floresceu.

Jafé moldou pensamento

Que o mundo ocidental teceu.


E Babel, a torre alta,

Simbolizou confusão:

Muitos povos, mil culturas,

Mas um só coração.

Pois na origem das línguas,

Há um mesmo sopro e missão.


📜 CAPÍTULO I — Povos Semitas: Vozes da Palavra Sagrada


Do oriente ergue-se a voz,

Que o vento nunca apagou,

É a fala de um povo antigo

Que o verbo de Deus guardou.

Nas tábuas, rolos e versos,

A fé do mundo brotou.


O hebraico, língua da Torá,

Ecoou do Sinai sagrado,

Na arca do conhecimento

Guardou o verbo encantado.

E em Israel, na promessa,

O verbo tornou-se Estado.


O aramaico, terno e simples,

Na voz do Cristo soou,

Foi língua de pescadores

Por quem o amor se espalhou.

Nos salmos e nas parábolas,

A vida se traduziu em louvor.


O árabe, filho do deserto,

No Alcorão se revelou,

Falado por gerações

Que a fé de Abraão herdou.

Em suas letras dançantes,

A mística se formou.


O acádio, língua extinta,

Na Mesopotâmia reinou,

Guardou nas pedras da história

Os reinos que ali brotou.

E em suas tábuas cuneiformes,

O saber do mundo ficou.


Os povos de Sem nos deram

O dom da oração e da lei,

A ética e o monoteísmo

Que até hoje eu escutei.

São vozes que o tempo guarda,

Como herança que herdei.


🌍 CAPÍTULO II — Povos Camitas: Herdeiros da Terra e da Luz Ancestral


Do Nilo vieram os cantos,

Das areias, o ressoar,

Cam foi pai de reis antigos,

Que souberam o sol louvar.

Com símbolos e pirâmides,

Deus aprenderam a honrar.


Do Egito às terras bantas,

Soprou cultura imortal,

Que nas danças e tambores

Guardou o sentido ancestral.

E o verbo se fez tambor,

E a fala, força vital.


O copta, língua do Egito,

Nos ritos ainda é rezado,

É voz de santos antigos,

Por anjos abençoado.

E o berbere, nos desertos,

Mantém o nome sagrado.


Nos ritos dos povos negros,

O verbo é som, é canção,

É reza, é corpo que gira,

É alma, é comunhão.

E o orixá, pela fala,

Desperta a libertação.


Cam é pai da resistência,

Do canto e da tradição,

Das águas que o tempo leva,

Mas não apaga o irmão.

Pois a fala africana é

Eterna renovação.




⚔️ CAPÍTULO III — Povos Jaféticos: Herdeiros do Pensamento e da Expansão


De Jafé nasceram caminhos,

De vento e vastidão,

Das terras frias do norte,

Soprou outra tradição.

Línguas de reis e guerreiros,

Ergueram civilização.


O grego brilhou nas letras,

No verbo da filosofia,

Falou de alma e destino,

Do ser, da sabedoria.

E em suas rimas eternas,

Mora a essência da harmonia.


Do latim brotaram vozes,

Do Império e sua missão,

Fez do direito uma escola,

E do verbo — legislação.

Do templo romano à lei,

Surgiu a organização.


Romances e germanismos,

Forjaram o verbo moderno,

O inglês cruzou os mares,

Levando o sonho eterno.

E o português, doce língua,

É canto do céu e do inferno.


Os jaféticos deram ciência,

E o raciocínio profundo,

Do pensar nasceu o império,

Que expandiu-se sobre o mundo.

Mas a fé dos seus irmãos

Ecoa no mesmo segundo.


De suas mitologias ricas,

Do Olimpo à Terra fria,

Nasceu o teatro e o mito,

A música e a poesia.

E a chama do pensamento

Arde até hoje em sabedoria.


Em suas obras grandiosas,

De mármore e de razão,

Misturaram fé e ciência,

Forjaram a invenção.

Mas é no verbo divino

Que repousa a ligação.


Os jaféticos completaram

O círculo da criação,

Com o saber que ilumina

E o verbo da instrução.

Unindo fé, arte e ciência,

Cumpriram sua missão.



🌎 ENCERRAMENTO — As Três Vozes do Mundo


Três vozes o mundo guarda,

Num só coro universal,

Semita, Camita e Jafé,

Cada qual essencial.

São rios que juntos correm,

Num oceano ancestral.


Sem, pai da fé e da lei,

Cam, pai da força e do som,

Jafé, pai da mente clara,

Que ao pensar, fez-se dom.

E as três, na eternidade,

Cantam o mesmo tom.


O mundo é uma linguagem,

Com mil ecos a ressoar,

Cada povo uma sílaba,

Que o tempo vem pronunciar.

E Deus, o verbo supremo,

Em todos quer habitar.



✨ EPÍLOGO POÉTICO — O Verbo Eterno nas Nações


O verbo é semente viva

Que o espírito fez florir,

Nas bocas de cada povo,

Deus quis também se ouvir.

E cada língua que nasce

Faz o céu se expandir.


Da torre antiga de Babel

Ao templo do coração,

As línguas se entrelaçaram

Como fios da Criação.

O verbo é o mesmo sopro,

Mudam só a pronunciação.


E quando o homem reza,

Em qualquer língua que for,

O céu compreende o som,

O verbo sente o amor.

Pois Deus fala em silêncio,

Mas entende em cada flor.


📚 NOTA DE FONTES (RIMADA)


Este cordel tem raiz

Na Bíblia e na tradição,

Do livro de Gênesis parte

Toda esta inspiração.

E nas vozes dos estudiosos

Floresce a revelação.


De Walter Dietrich vem lume,

Sobre Israel e sua sorte,

De Wolfgang Held, a língua

Que o tempo faz mais forte.

E Robinson traz o Islã

Com saber e com suporte.


De Tarnas vem o Ocidente,

Com filosofia e cor,

E Severino da Silva

Revela o saber maior.

Em cada página brilha

O verbo do Criador.


Essas fontes são faróis

Que no tempo vão brilhar,

Guiando a rima e o verso,

Pra o leitor se orientar.

Pois quem honra a sabedoria,

Deve as fontes respeitar.


🕊️ FICHA TÉCNICA


Título: Herança Linguística dos Povos Bíblicos em Cordel

Autor: Nhenety Kariri-Xocó

Gênero: Cordel Histórico-Espiritual

Revisão e Curadoria: Nhenety Kariri-Xocó

Formato: Livro em verso, estilo A5 (edição poética e visual)

Ilustrações, Capas 3D e Diagramação: Nhenety Kariri-Xocó & ChatGPT Visual Studio

Edição e organização poética: ChatGPT – Assistente Virtual

Publicação Digital: KXNHENETY.BLOGSPOT.COM 

Local: Porto Real do Colégio – Alagoas, Brasil

Ano: 2025

Direitos autorais: © Nhenety Kariri-Xocó. Todos os direitos reservados.


🌺 SOBRE O AUTOR


Nhenety Kariri-Xocó é escritor, contador de histórias oral e escrita, pesquisador da ancestralidade indígena e da união espiritual entre os povos. Filho do povo Kariri-Xocó, de Porto Real do Colégio (AL), dedica sua obra à preservação da memória, da fé e das tradições.

Em seus cordéis, Nhenety transforma o conhecimento histórico em canto poético, mantendo viva a voz dos antepassados.


📖 SOBRE A OBRA


Este cordel é um cântico de sabedoria, onde história e espiritualidade se entrelaçam como fios de uma tapeçaria divina.

Inspirado nas antigas genealogias bíblicas, revela que as línguas e culturas dos povos semitas, camitas e jaféticos são expressões do mesmo verbo criador — o sopro da vida que atravessa o tempo e renasce em cada tradição.

Em verso e metáfora, o autor honra o elo sagrado entre as civilizações, mostrando que toda fala humana é uma centelha do eterno diálogo entre Deus e o homem.

Esta obra foi inspirada e fundamentada no artigo publicado no blog “Memória e Identidade – Nhenety Kariri-Xocó”, disponível em: https://kxnhenety.blogspot.com/2025/04/heranca-linguistica-dos-povos-biblicos.html?m=0 , 

seguindo uma estrutura acadêmica nos moldes da ABNT e respaldada em referenciais históricos e culturais que unem a tradição oral ao conhecimento erudito.


🌅 QUARTA CAPA POÉTICA





Três vozes tecem o mundo,

Três povos dão direção:

Sem, o verbo da fé viva,

Cam, o canto do chão.

Jafé, a mente do tempo,

Que pensa a Criação.


E o leitor, nesta jornada,

Entre versos vai sentir,

Que o verbo é chama divina

Que nunca deixa ruir.

Quem lê com alma aberta,

Deus faz dentro emergir.


Nesta obra, o tempo fala,

E o verbo volta a brilhar,

Pois cada língua é um templo

Que o eterno quis fundar.

E em cada povo e cultura,

Há um Deus a revelar.




Autor: Nhenety Kariri-Xocó 







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