terça-feira, 7 de outubro de 2025

NAS ORIGENS DOS REINOS EM CORDEL, Por Nhenety Kariri-Xocó, Capítulos I - IV





📜 Dedicatória Poética


Ao povo da minha aldeia,

Kariri-Xocó, raiz e chão,

Que faz da palavra ponte

Do ontem à revelação.

Dedico a cada memória

Guardada em nossa história,

Que pulsa em meu coração.


Aos mestres do pensamento,

Aos sábios da tradição,

Aos reis e reinos antigos

Que ergueram civilização,

Deixo meu verso rendido,

Pelo tempo conduzido,

No cordel da inspiração.


🌾 Índice Poético



Dedicatória Poética 


Capítulo  I – Dos Povos Primitivos às Primeiras Civilizações Iberas 


Capítulo  II – A Era Romana e o Nascimento de Portucale 


Capítulo  III – Os Reinos Bárbaros e a Herança Visigótica 


Capítulo  IV – O Domínio Bizantino e a Chegada do Islã 


Capítulo  V – Dos Reinos Asturianos ao Condado de Portucale 


Capítulo  VI – Entre as Taifas e os Reinos Cristãos 


Capítulo  VII – Lutas Pelo Condado de Portugal 


Capítulo  VIII – O Surgimento do Reino Português 


Capítulo  IX – Da Independência às Grandes Navegações 


Abertura  


Encerramento 


Prólogo Poético 


Nota de Fontes 



🌅 Abertura


De um tempo envolto em neblina,

Surgiu a voz do trovador,

Trazendo em verso e memória

A linhagem do conquistador.

Na pena do cronista errante,

Desenhou-se o firmamento,

Dos reinos de Portugal e Espanha

Em cordel e sentimento.


O passado aqui renasce,

Com fé, cultura e emoção,

Mistura-se ao sangue indígena,

E à voz da tradição.

É canto que vem do tempo,

E ecoa na imensidão,

Das terras, mares e reinos,

Da antiga Ibéria e do sertão.


🔱 Prólogo Poético


Nos pergaminhos do tempo

Li lendas e reis a lutar,

Ouvi nas torres de Lisboa

O vento do mar soprar.

Do Douro ao Tejo distante,

Da Galiza ao coração,

Portugal nascia altivo,

De espada, cruz e canção.


Foi longa a trilha da História,

Entre a fé e o estandarte,

Onde mouros e cristãos

Travaram seu duro embate.

Mas o povo, o verdadeiro,

Com suor fez seu legado,

E o condado virou reino,

Por Afonso abençoado.



Autor: Nhenety Kariri-Xocó 



CAPÍTULO I – DOS POVOS PRIMITIVOS ÀS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES IBERAS


No mundo belo da realeza

Dos castelos maravilhosos

Permeia vida das pessoas

Príncipes e reis orgulhosos

Conquistadores insaciáveis

Que tornaram imperiosos.


Na cultura de povos iberos

A origem período megalítico

Atravessando VI milênio a.C.

Que formam no reino mítico

Outros povos lá chegaram

Num processo geopolítico.


Os Estrímnios primeiro povo

Nativo ibérico proto-histórico

Foi chegando o ano 4300 a.C.

No lado ocidental diaspórico

Na Galiza e norte de Portugal

O Algarve atlântico metafórico.


Nas tribos iberas para oeste

Reino Tartessos o fundaram

Os Bastetanos na península

Muito logo se consolidaram

Primeira civilização 1000 a.C.

Que os gregos corroboraram.


Seria Celtas Indo-Europeus

Com os iberos coexistiram

Habitando regiões distintas

Nas culturas retransmitiram

Celtizando todo povo nativo

Os Celtibéricos que surgiram.


Zona do centro de Portugal

Por Lusis então era habitada

Deram origem os Lusitanos

Com a sua história aceitada

Já nos séculos VIII e VII a.C.

Povo numa cultura inusitada.


Lusitanos povo celtibérico

Antepassados portugueses

Entre rios Douro ou no Tejo

Juntamente com gauleses

Pelo centro sul do Guadiana

Até território dos franceses.


Galaicos povos dos castros

As tribos celtas castrenses

A Aldeia Castreja da Galécia

Vistos por gregos atenienses

Acontece esse século VI a.C.

Na parceria dos cartagineses.


Numa Roma Antiga 218 a.C.

Da Península denominação

Sobre Portugal e a Hispânia

Ordem latina determinação

A Espanha ao sul da França

Provoca uma miscigenação.


Província Hispânia Ulterior

Lusitânia era parte Romana

Durou longos anos 197 a.C.

Os castrenses em choupana

Com ibéricos todos divididos

Na administração provinciana.


CAPÍTULO II – A ERA ROMANA E O NASCIMENTO DE PORTUCALE


Augusto dividiu a Hispânia

Lusitânia Província Imperial

Desestruturando a Ulterior

No lado a Bética Senatorial

Isso foi o período de 27 a.C.

Uma direção romana vetorial.


Lusitânia a Hispânia Ulterior

Emerita Augusta conhecidas

Cuja capital na atual Mérida

Galécia e Astúrias excluídas

Para tornar-se outra província

Numa nova a serem incluídas.


Inclui Galécia e as Astúrias

Anexação da Cantábria atual

O Basco na Hispânia Citerior

Divisa Administrativa pactual

A Lusitânia abrange tudo isso

Roma seria o Império cultual.


Seria origem o nome Galiza

Calécia, Galécia oficialmente

Contendo cognome galaicos

O radical Cale possivelmente

Sua principal raiz etimológica

Pronunciação principalmente.


Essa Galécia ano de 29 a.C.

Na Hispânia Tarraconense

Fronteira sul com Lusitânia

Na estremadura lisbonense

A Província Galécia 284 d.C.

Limite nordeste aragonense.


Cale seria então rebatizada

Como Portus Cale originou

Portucale a Galécia romana

Que na tradição determinou

Cidade portuguesa do Porto

O norte o povo cognominou.


Invasões bárbaras ano 409

Todas províncias romanas

Alanos fixaram na península

Grandes ocupações insanas

Lusitânia até a Cartaginense

Perdeu-se as vidas humanas.


Toda Província da Lusitânia

Roma teve o fim do vínculo

O Imperador Flávio Honório

Enfraquecido seria o ridículo

Concede aos Alanos em 411

Mas parecia um espetáculo.


Chegou vândalos e suevos

Alanos partilham o território

Vieram do nordeste europeu

A presença na região notório

Dividindo-o pequenos reinos

No Porto com mais empório.


Com Reino Suevo da Galécia

Para o latim fora denominado

Gallaecia/Galliciense Regnum

Foi o ano 411 seria dominado

No noroeste ibérico peninsular

Do Império Romano separado.


CAPÍTULO III – OS REINOS BÁRBAROS E A HERANÇA VISIGÓTICA


Enquanto nação independente

Suevos mantiveram diplomacia

O Império Romano do Ocidente

Buscando no espaço a primacia

Vândalos, visigodos, os francos

Para depois terem a supremacia.


Como Suevos teria ocupado

Região da costa inicialmente

Província romanas a Galécia

Dentre povos e diversamente

Por todo o norte da Lusitânia

Jeito bárbaro selvaticamente.


Um outro grupo germânico

Suevos terem acompanhado

Instalaram a parte na Galécia

Nessa península embrenhado

Nos rios do Cávado e Homem

Do território teria abocanhado.


Alanos fundaram um reino

Lusitânia Pax Júlia sediado

A atualidade cidade de Beja

Líder bárbaro Átax chefiado

Mas seguiu a norte da África

Pelo rei visigótico obrigado.


Imperador Romano Honório

Gratifica visigodos federados

Ano 418 Vália doou as terras

Por ter havidos corroborados

Vale do Garona na Aquitânia

Para serem todos assentados.


Reino Visigótico ou Visigodo

O Estado germânico fundado

Latim: Regnum Visigothorum

Pela fúria bárbara abrandado

Ocupando o sudoeste da Gália

Na atual França 418 ali datado.


Capital Tolosa independente

Começaram logo se expandir

Território romano detrimento

O Império Ocidental vai erodir

Neste lado mar mediterrâneo

Com os bárbaros para deludir.


Com Eurico rei dos visigodos

Na Hispânia reino consolidar

Começando Gália a expandir

Numa série de guerras o lidar

Suevos influentes na Lusitânia

Outro estado vizinho intimidar.


O Reino Visigótico na Tolosa

Ano 500 toda Gália controlava

Aquitânia e parte Narbonense

Hispânia terras que englobava

Exceto o Reino Suevo a Galiza

Pelas conquistas não abalava.


Domina parte da Península

Visigodos inicia campanhas

Ano 576 passa toda Galécia

Nos vales e nas montanhas

A Lusitânia deixou de existir

Os bárbaros suas façanhas.


CAPÍTULO IV – O DOMÍNIO BIZANTINO E A CHEGADA DO ISLÃ


O rei visigótico Leovigildo

A Península Ibérica unificou

Incluindo todo Reino Suevo

Muitas cidades ele edificou

Em 585 tudo no seu domínio

Como o território conquistou.


Imperador bizantino Justiniano

Todo sul o território conquistou

Formou a Província da Hispânia

Até a Península Ibérica recostou

Vem do latim: Provincia Spaniae

No século VI por lá despontou.


Aproximadamente ano 625

Bizantinos foram derrotados

Por Suíntila rei dos visigodos

As batalhas eles enfrentados

Capturando mais possessões

Com territórios acrescentados.


Emirado do Califado Omíada

Península Ibérica faz invasão

Em 711 por berberes e árabes

Visigodos no medo faz evasão

Com líder mulçumano Tárique

No Gibraltar entra numa vasão.


Após derrotar os visigodos

Califado Omíada começou

A se expandir na península

Toda a resistência rechaçou

Ao território virou a província

Como Alandalus o alicerçou.


Cristãos da Península Ibérica

A libertar-se do julgo mouros

Fundaram Reino das Astúrias

Com povo numa monarquista

Pelágio o primeiro rei ano 718

Nas batalhas era especialista.


Dos romanos aos visigodos

Povos cantábricos resistindo

Na invasão o Império Omíada

Altas montanhas subsistindo

Sem submeter-se tal governo

Por uma liberdade persistindo.


Ano 726 território português

Mouros tornou-se o Emirado

Em Damasco longe o oriente

Do Califado Omíada centrado

Durou até seu colapso em 750

Divisões internas teria causado.


Abderramão I no ano de 756

Ao domínio abássida resistiu

Influente Emirado de Córdova

O estado mulçumano consistiu

Criado na Península Alandalus

Até 929 muito tempo persistiu.


A partir dos povos asturianos

Reinos ibérios foram formados

Leão, Castela grande expansão

Mouros terem os subestimados

Durante período da Reconquista

Os territórios seriam retomados.



Autor: Nhenety Kariri-Xocó 




Nenhum comentário: