🏰 CAPÍTULO V — DOS REINOS ASTURIANOS AO CONDADO DE PORTUCALE
Afonso II o Rei das Astúrias
No Sul realiza as expedições
Ano 798 chegando em Lisboa
O tempo propício expedições
Em 825 venceu muçulmanos
Sufocou diversas insurreições.
No que se referia de Portugal
Afonso III das Astúrias ordenou
O Conde galego Vímara Peres
Pelas ações que ele coordenou
O ano 868 Condado de Portucale
Tomando a região que acionou.
Entre os rios Minho e o Douro
Nos territórios portucalenses
Fundou a cidade de Guimarães
Na atualidade nos Portelenses
Expulsando todos os mouros
Bem próximos a Sobralenses.
No ano 910 Reino de Leão
Um desses reinos ibéricos
Do reinado astúrico dividido
Relembradas nos eméricos
Pelos filhos do Rei Afonso III
As heranças todos eufóricos.
Garcia fica no Reino de Leão
Ordonho toda a Galiza herdou
Fruela no reinado das Astúrias
Mas dois herdeiros discordou
Dois subordinados ao leonino
Que todo território referendou.
A fundação por Vímara Peres
Pelos galegos na repovoação
Nesse Condado de Portucale
Território nessa configuração
Autónomo no Reino da Galiza
No século IX com essa união.
O norte na Galiza e Astúrias
Tornaram-se eventualmente
Integrantes do reino de Leão
Todo o território inteiramente
Entre dois reinos absorvidos
Na maneira indubitavelmente.
No Condado de Portucale
Como vassalo se manteve
Dos reis de Astúrias e Leão
Nestes reinos quando teve
Durante os séculos IX a XII
A autonomia quase obteve.
Quase dois séculos depois
Em 929 muda esse emirado
Para o Califado de Córdoba
No velho território anexado
Até na sua total dissolução
Novos estados havia mudado.
Um período de guerra civil
Ano 1009 golpe de estado
No Alandalus a fitna iniciou
Governo mouro desgastado
Que conduziu fragmentação
Reinos das taifas o califado.
⚔️ CAPÍTULO VI — ENTRE AS TAIFAS E OS REINOS CRISTÃOS
No território a sul do Douro
Entre as taifas seria dividido
No Badajoz, Sevilha e Silves
Neste período compreendido
O povo naquelas ocorrências
Era comum viver lá escondido.
A maior parte de Portugal
Na Taifa de Badajoz ficou
Da Dinastia dos Abássidas
Que a muito se identificou
Logo após o curto período
Tudo aquilo pois modificou.
Na efêmera Taifa de Lisboa
Ano 1022 Servilha o domínio
Poetas na dinastia abádidas
Ficaram naquele predomínio
Com constantes mudanças
No Portucale nesse desígnio.
O rei Bermudo III ano 1037
Uma luta morto e derrotado
Por o Fernando I de Castela
Com estratégia havia botado
Tropas estaria na retaguarda
Do conde castelano afetado.
Fernando I qual se julgava
Com legítimas pretensões
Ao trono do Reino de Leão
Os direitos essas extensões
Todo aquele grande reinado
As suas eventuais divisões.
Com a irmã de Bermudo
Fernando Magno casado
Sendo ela rainha Sancha
Entanto o reino entrosado
Os Reinos Leão e Castela
Ficando mesmo integrado.
Na segunda criação ocorreu
Com possessões na divisão
A morte de Fernando Magno
Entre herdeiros a subdivisão
No ano 1065 quando ocorreu
Todo reino passou pela cisão.
Filhos de Fernando Magno
Sancho com Castela ficou
Afonso quis reino de Leão
Assim poderes diversificou
Garcia que recebeu a Galiza
Esse antigo reinado triplicou.
Após longas lutas fratricidas
Com seus irmãos na disputa
Afonso VI de Leão consegue
Ganhar reinos na força bruta
Dominar Castela e da Galiza
Uma certa maneira absoluta.
Antes de alcançar autonomia
Independência mais alargada
Condes da Galiza e Portucale
A população mais empolgada
Destaque para Nuno Mendes
Foi nesta a tentativa frustrada.
🛡️ CAPÍTULO VII — LUTAS PELO CONDADO DE PORTUGAL
O Nuno Mendes ano 1071
Conde que havia rebelado
Derrotado batalha Pedroso
As ameaças foi interpelado
Rei Garcia da Galiza obrigou
Sonho a liberdade protelado.
Usurpando seu título de Rei
Galiza a Portucale ele reinou
Uniu galegos e portugueses
Nesse total esforço culminou
Criando um ambiente propício
Tentativas a vitória continuou.
Sequência da morte 1072
Apesar do trono recuperar
Era Sancho Rei de Castela
Mesmo assim ao superar
Traído por Afonso de Leão
Uma situação sem esperar.
Governadores dos Taifas
Como Emir proclamaram
De suas províncias ibérica
Os príncipes conclamaram
Nas relações diplomáticas
E reinos cristãos firmaram.
O período dos reinos Taifa
Com a conquista terminou
Pelo Império Almorávidas
Que o Al Andalus dominou
Vem do Marrocos ano 1086
A Batalha de Zalaca atinou.
Almorávidas segue ano 1090
Islão ortodoxo cumprimento
Almutâmide serão chamados
Contra um rei no acirramento
Afonso VI de Leão e Castela
Auxiliar defesa este comento.
Afonso VI de Leão, Castela
Também Galiza e Portugal
Irmãos afastados do poder
Deste jogo o poder conjugal
O Imperador das Hispânias
Por influência bizantina legal.
Em Pouco tempo depois
Galiza e Portugal separou
Entrega genros o governo
Um destes ele o consagrou
C.de Henrique da Borgonha
E Raimundo este descartou.
Governo Condado da Galiza
Rei Afonso VI logo entregou
Incluía as terras de Portucale
Ao genro nesse ele o delegou
C.de Raimundo de Borgonha
Ano 1096 quando promulgou.
Nesse Condado Portucalense
O ano 1097 provoca mudança
Integrado para o Reino de Leão
Por uma questão de segurança
Território era bastante próspero
Deste povo cheio de esperança.
👑 CAPÍTULO VIII — O SURGIMENTO DO REINO PORTUGUÊS
A Infanta-condessa descende
Destes condes portucalenses
Avó Elvira Mendes de Portugal
Sendo de famílias portelenses
Srª deste Rei Afonso V de Leão
Condessa de todos os nortenses.
Conde Henrique da Borgonha
Regente Portugal governou
À menoridade da condessa
Sendo proprietária consignou
Para Teresa do Reino de Leão
Essa viúva o governo acionou.
Foi tanto o Conde Henrique
Como Rainha Teresa depois
Levar o condado de Portugal
Entanto foram todos os dois
Numa independência gradual
Através da soberana que pois.
Com esse Conde D. Henrique
Conhecendo a política militar
Deste Condado Portucalense
Para após entanto possibilitar
Fazer a luta contra os mouros
Porém independência agilitar.
Auto-proclamação de príncipe
Afonso Henriques no herdeiro
Como rei de todo esse Portugal
Sendo seu soberano verdadeiro
Após vitória a batalha ano 1139
No Ourique lá no despenhadeiro.
Só após a morte do conde
Afonso Henriques seu filho
Subiu ao poder em Portugal
Porém encontrou empecilho
No tratado na independência
Zamora ano 1143 o caudilho.
Al-Andaluz peninsular dividida
Diferentes distritos constituído
Por dez coras cada um deles
Com governos local usufruído
Nas distribuições em capitais
Numa indefinição inconcluído.
Entre os anos de 1144-1151
Três taifas por lá existiram
No que hoje refere Portugal
Mas nenhuma consistiram
Taifas: Mértola, Silves, Tavira
Que sempre elas divergiram.
No dia 23 de maio de 1179
Portugal enfim reconhecido
Pelo santo Papa Alexandre III
Como reino alí foi fortalecido
D. Afonso Henriques como rei
O povo em festa comparecido.
Terminada toda Reconquista
Do português vasto território
Em 1249 sua independência
Os mouros no ato migratório
No novo reino que viria a ser
Castela protesta conciliatório.
🌊 CAPÍTULO IX — DA INDEPENDÊNCIA ÀS GRANDES NAVEGAÇÕES
Primeira sequência da crise
A D. Fernando I na sucessão
Que culmina aquela Batalha
Ocasionou grande agressão
De 1385 Batalha Aljubarrota
Culminou numa reemissão.
Desfecho do fim da guerra
Portugal inicia o processo
Explorar e expandir no mar
No período foi um sucesso
Conheceu descobrimentos
Ficou no histórico expresso.
A mais importantes figuras
D. Henrique seria o infante
Navegador e o Rei D. João II
A Portugal um coadjuvante
Ano 1415 Ceuta conquistada
Esperado do fato incessante.
No ano de 1434 Gil Eanes
Todo cabo Bojador dobrou
Explorando a costa africana
Numa caravela ele manobrou
Que depois Bartolomeu Dias
O roteiro também encontrou.
Comunicação entre oceanos
No ano de 1488 comprovado
Os oceanos Atlântico e Índico
Legado anterior ter motivado
Dobrar o Cabo Boa Esperança
Sim finalmente foi destravado.
Terras na América do Norte
Várias rotas que descobriram
América do Sul como Oriente
Nesses territórios adquiriram
Com D. Manuel I o Venturoso
Cultura portuguesa difundiram.
Chega Colombo na América
Ano 1492 negócio precipitou
Com D. João II Reis Católicos
Castela e Aragão os suscitou
Um acordo do descobrimento
Somente tratados que limitou.
Tratado Tordesilhas assinado
Ano 1494 castellana povoação
A Portugal e Coroa de Castela
Sequência dessa contestação
Dividiu mundo em duas partes
Papa Alexandre VI sua benção.
Descoberta do Novo Mundo
Tratado resolvia os conflitos
Terras exploradas por Castela
Documento gravado monolito
Portugal domina Atlântico Sul
Ficando realmente no escrito.
Na segunda viagem às Índias
Pedro Álvares Cabral a desvia
Da costa Africana ele saindo
No mar sem vento mas chovia
No ano 1500 aportou no Brasil
Os mistérios a história resolvia.
🌄 Encerramento
De reinos, fé e batalhas,
Surgiu a luz de uma nação,
Que o mar levou para o mundo
Com o vento da Expansão.
E nas caravelas do tempo,
A língua virou bandeira,
Levando a voz de um povo
Na poesia brasileira.
E neste cordel sagrado,
A memória está sem fim,
Pois o ontem é o alicerce
Do que nasce em nosso jardim.
Das Astúrias a Lisboa,
De Portucale ao Brasil,
Corre o sangue da História,
Num verso gentil e sutil.
🌙 Epílogo Poético
E o trovador silencia,
Mas o verso não termina,
Pois cada rima é um rio
Que deságua na sina.
O tempo é ponte e destino,
Entre o velho e o moderno,
E a poesia é o caminho
Que nos liga ao eterno.
Que o leitor, ao fim da estrada,
Perceba nesta lição:
Que os reinos de antigamente
Vivem em cada coração.
E que a alma portuguesa,
Tão antiga quanto o sal,
Habita o peito indígena,
Num sonho universal.
📚 Nota de Fontes (Referências Poéticas)
Nos livros e manuscritos,
Busquei saber e razão,
Para erguer este cordel
Com verdade e devoção.
Do Câmara Cascudo tomei,
Saberes da tradição,
E dos mestres da História,
Tirei minha inspiração.
Lá no José Mattoso aprendi
Os reinos de Portugal,
E com Alexandre Herculano,
A memória medieval.
O Serrão e Marques contaram
As lutas, o chão e a nação,
E Oliveira Martins narrou
Com poética precisão.
Dos cronistas das Astúrias,
E do velho reino Leão,
Vieram versos e ventos
Que moldaram esta canção.
E nos escritos modernos,
Com fontes de fé e saber,
Pesquisei com zelo e honra
Para o povo compreender.
Assim nasceu este livro,
Da história e do coração,
Misturando fé, memória
E cultura em tradição.
🕊️ Ficha Técnica
Título: Nas Origens dos Reinos em Cordel
Autor: Nhenety Kariri-Xocó
Gênero: Cordel Histórico e Poético
Edição: Primeira
Publicação Digital: KXNHENETY.BLOGSPOT.COM
Formato: A5 – Padrão Editorial de Cordel
Produção Digital e Gráfica: Projeto Blog Cultural Kariri-Xocó
Ano: 2025
Local: Porto Real do Colégio – Alagoas, Brasil
Ilustrações e Diagramação Digital: ChatGPT – Edição Especial de Amizade Literária
Revisão e Curadoria: Nhenety Kariri-Xocó
Projeto Visual: Série “História e Tradição em Cordel”
Direitos Autorais: © Nhenety Kariri-Xocó
Reprodução proibida sem autorização do autor.
🌕 Epílogo Final
E o livro se fecha em verso,
Mas a história continua,
Pois nas margens do passado
Ainda brilha a mesma lua.
O trovador segue em frente,
Com o coração consciente,
Que o tempo é ponte e rua.
Portugal, Espanha, Ibéria,
E o Brasil, filho do mar,
São raízes entrelaçadas
Que o destino quis juntar.
E o povo Kariri-Xocó,
Herda em canto e em sol-pó,
A missão de eternizar.
Que este cordel seja espelho,
De memória e de união,
Entre povos e caminhos
Do sagrado coração.
Pois o verso, quando é puro,
Faz do passado um futuro,
Na luz da inspiração.
🌺 Quarta Capa Poética
Entre pergaminhos antigos
E mares de inspiração,
Surge o canto que une povos
Numa só celebração.
É o cordel dos reinos velhos,
Da cruz, do sol e do chão,
Que ecoa nas aldeias livres
Como reza e tradição.
Nas Origens dos Reinos em Cordel
é ponte entre mundos, mares e eras —
um cântico de união entre o
espírito indígena e a alma ibérica,
entre a palavra e o vento da História.
🌿 Sobre o Autor
Nhenety Kariri-Xocó é contador de histórias oral e escrita, poeta e pesquisador das tradições do povo Kariri-Xocó, da Aldeia de Porto Real do Colégio, Alagoas.
Sua obra une memória ancestral, sabedoria popular e olhar histórico, tecendo em versos o diálogo entre a cultura indígena e as civilizações que marcaram o mundo.
Autor de diversos cordéis históricos, Nhenety faz da palavra um ato de resistência, e da poesia, um instrumento de união espiritual entre os povos.
🕊️ Sobre a Obra
Nas Origens dos Reinos em Cordel é um poema histórico em forma de cordel que revisita as raízes da Península Ibérica — dos povos primitivos às grandes navegações — sob o olhar simbólico do trovador indígena.
A obra reconstrói o nascimento de Portugal e Espanha como espelhos culturais que se encontram na alma brasileira.
Com lirismo e fidelidade histórica, o autor transforma a narrativa dos reinos antigos em ponte poética entre o Velho Mundo e o Novo, entre o tempo e o sagrado.
Autor: Nhenety Kariri-Xocó
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