quinta-feira, 9 de outubro de 2025

SANSÃO FILHO DE DEUS E HÉRCULES FILHO DE ZEUS, Literatura de Cordel, Por Nhenety Kariri-Xocó, Capítulos IX - XII

 




CAPÍTULO IX – A CAVERNA E OS PLANOS DOS GIGANTES



81

Ficam dois dias na caverna

Logo após seguiram viagem

Rumaram a cidade de Gate

Mais distante na vantagem

Passaram em Eglon a noite

Também fazendo a triagem.


82

Onde objetivo não seria esse

Mas continuaram a caminhar

Chegando cedo lá em Libnah

Logo após tanto passarinhar

A região farta em codornizes

Para assar a caça ou cozinhar.


83

Terras dos gigantes de Gate

Nesse momento logo avistar

Por ser muito perto de um rio

O clima tinha certo despistar

Procuraram um lugar habitat

Diante desse enfado reabilitar.


84

O lugar de muitos rochedos

Construíram o sólido abrigo

Tipo dólmen casa de pedra

Se protegendo desse perigo

Havia paredes retangulares

Ficaram Sansão e seu amigo.


85

Depois de tudo concretizado

Agora arrumar a alimentação

Na região existia bela floresta

Os animais na movimentação

Frutos nativas havia de sobra

Vários sabores à degustação.


86

Os Três dias se passaram

Seria prudente se previnir

Por alí moravam gigantes

Formar o plano para definir

Acabar seres monstruosos

Os heróis melhor discernir.


87

Hércules não saber o local

Fala amigo vamos procurar

Onde mora seres gigantes

A cidade para desestruturar

Em campo aberto perigoso

Deixando eles se emoldurar.


88

Não amigo pode ficar aí

Deixe que vou procurar

Conheço melhor a região

Irei então a caça capturar

Aproveitando essa tarefa

Gigantes porém aventurar.


89

Caminhando pelas colinas

Sansão ver a casa somente

Bem fortificada mas murada

Gigantes seriam muita gente

A grande planície ficou cheia

Como poderia ser abrangente.


90

Retornando ao seu abrigo

À Hércules Sansão relatou

Todos gigantes numa casa

Não caberia tantos delatou

Muitos no espaço pequeno

Compreender impossibilitou.



CAPÍTULO X – O MUNDO SUBTERRÂNEO DOS GIGANTES



91

Mas Hércules como sempre

De tudo que o teria escutado

Pois imaginando como seria

Aquele problema apresentado

Encontrando solução do caso

Dizendo a Sansão o resultado.


92

Condiz mundo subterrâneo

A casa um portão camuflado

Embaixo havendo escadarias

Com os ares ameno circulado

Existindo galerias habitáveis

Este povo vive lá aquartelado.


93

Onde estará o ponto fraco

Diante nesse tanto rechaço

Precisamos um bom plano

A Fortaleza para um ameaço

Não adianta a desvantagem

Nem fazendo o estardalhaço.


94

Com rio estar acima do nível

A fortaleza em parte inferior

Para desviarmos suas águas

Daquele vale mais do superior

Entrando na porta subterrânea

Veremos tal resultado ulterior.


95

Sansão seguindo cauteloso

Estar fazendo a observação

Olhar condições do terreno

Nesse projeto de elaboração

Tão logo haver na viabilidade

Referendar nessa aprovação.


96

Foram juntos ao rio a tarde

Bem além nesse outro lado

Pela triagem numa floresta

Atravessando águas a nado

Distantes daqueles gigantes

O lugar era bastante isolado.


97

Existindo aquele belo canyon

Por rio muito antigo escavado

Vale profundo longo rochoso

Altitude do morro tão elevado

Remover bem todos rochedos

O plano terá êxito no efetivado.


98

Ao voltarem na casa de pedra

Aperfeiçoaram o planejamento

Vamos abrir todos os rochedos

As águas tomando escoamento

Com pedra derrubando o portão

No subterrâneo haverá lamento.


99

Este horário seria o mesmo

Nos gigantes da luta anterior

Aconteceu amanhecer do dia

Numa data marcada posterior

Quando derrubaram o portão

Não saiu ninguém do interior.


100

Os gigantes ficaram presos

As galerias todas inundadas

Alguns foram tentando sair

Eram impedidos a bordoadas

Depois de tudo estava pronto

As lutas estavam encerradas.



CAPÍTULO XI – O DESERTO DO TREINAMENTO



101

Retornando a normalidade

O vale foi todo recuperado

Fecharam buraco da rocha

Que a água tinha escoado

Lacram portão da fortaleza

Gigantes aqui foi passado.


102

Seguiram ao litoral filisteu

Numa planície já ondulada

Terra dos últimos gigantes

Uma civilização modulada

Porém não se enganemos

Estrada bastante veiculada.


103

Nessas colinas de Ashkelon

A cidadela titânica perigosa

Campo aberto devemos lutar

Ser mais difícil tanto gostosa

Vitória fácil parece monótona

Na dificuldade porém gloriosa.


104

Hércules aconselha Sansão

Temos que bater em retirada

Procurar outro local distante

Para a batalha ser preparada

Vou deixar você um guerreiro

De enfrentar qualquer parada.


105

Gostaria de exercitar mais

Treinar nossas habilidades

Longe de habitantes frágeis

Teremos responsabilidades

Com o nosso poder de força

A nós e eles há disparidades.


106

Sim amigo ao sul de Israel

Deserto Neguev desabitado

Sansão a resposta imediata

Por lá ficar sem ser visitado

Bater forte nas montanhas

Ficarmos lá compenetrado.


107

Saindo imediatamente dali

Nesse objetivo preparatório

Foram ao deserto desolado

Aprender no compensatório

Condições ideais do terreno

Com o resultado satisfatório.


108

Na Região um clima hostil

Mas no oásis deslumbrante

Nascentes com água doce

Com vegetação exuberante

Perto da Caverna Malcham

Haver estalactite cintilante.


109

No dia quente no sol a pino

Cheia de surpresas variadas

Aparece as aves migratórias

Dessas noites muito geladas

De leões e raposas famintas

Que foram logo desalojadas.


110 

No seguinte dia desértico

Numa a caçada tradicional

Presas gazelas e perdizes

Almoço a culinária regional

Romã, uva doce como mel

Nesse desejo proporcional.



CAPÍTULO XII – O RETORNO DOS HERÓIS



111

Estavam dois reabastecidos

Vamos começar treinamento

Ainda Sansão ter muita força

Mas lutar falta conhecimento

Hércules venceu os inimigos

Sabia estratégia seguimento.


112

Ensinou a Sansão no lutar

Agilidade a pura superação

Derrubar fileiras do inimigo

O rodopio de desintegração

Até um legião se preciso for

Centúrias uma descontração.


113

Pegou o escudo de bronze

Hércules deu demonstração

O amassou como um papel

Fazendo bola de assolação

Tendo essa força disponível

Causará a grande desolação.


114

Atirou com pouco de força

Numa árvore bem distante

Quebrando ficando o tronco 

Se fosse em algum gigante

Ficaria somente alpargatas

Ser estrago desconcertante.


115

Sansão diz que entendeu

Isso a força da propulsão

Utilizada sempre de frente

Causando toda a repulsão

Destruir quanto o repelindo

Mas funciona na impulsão.


116

Força sendo nossa vocação 

Tudo que pegar vira potência 

Pedra, madeira, ferro ou osso 

Ninguém terás na resistência 

Havendo algo contra nós dois 

O inimigo terás sucumbência.


117

Aprendemos tudo direitinho 

Não haveria muito o mistério 

Hércules falando ao Sansão 

Treinar aqui sendo prospério 

Num interim estamos prontos 

Mas os gigantes tira do sério.


118

Vamos lutar em Ashkelon 

Porque hora estar chegada 

O tempo passa depressa 

A cidade será desagregada 

De grego aqui somente eu 

Sigo a ordem promulgada.


119

Hércules referiu aos filisteus 

Traindo a Grécia com troianos 

Agora seguir outras criaturas 

Seres estranhos dragonianos 

Maltratar quem não merecem 

Sucumbirão os antediluvianos.


120

Partiram do deserto isolado 

Hércules sempre disfarçado 

Para outra direção ao litoral 

Num ritmo quase esforçado 

Para chegar horário da noite 

Antes do dia ter começado.




Autor: Nhenety Kariri-Xocó 




Nenhum comentário: