quinta-feira, 9 de outubro de 2025

SANSÃO FILHO DE DEUS E HÉRCULES FILHO DE ZEUS, Literatura de Cordel, Por Nhenety Kariri-Xocó, Capítulos XIII - XVI






CAPÍTULO XIII – O SONHO PROFÉTICO E O ANJO GABRIEL



121

Chegam em Ashkelon a tarde

Acham ideal o acampamento

O lugar tanto seguro afastado

Não ficarem no pleno relento

Veio bela noite tão de repente

Já levaram eles o provimento.


122

Sansão tendo profundo sono

Foi logo após terem chegado

Em sonho veio o anjo Gabriel

Ordenando ao certo cuidado

Entre gigantes um poderoso

Existe desde o antepassado.


123

Seria o anjo caído Azazyel

Com poder da imortalidade

Não preocupasse com ele

Mikhael virá com brevidade

O arcanjo lutador invencível

Virá ajudar na necessidade.


124

Mas Sansão indaga o Gabriel

Com a tamanha preocupação

Quem seria esse tal Azazyel

Quero saber por antecipação

Mikhael ou Miguel já conheço

Vem para nossa cooperação.


125

Gabriel fala do anjo decaído

O Azazyel tem arte da arma

Espadas, facas e armadura

Em luta ao inimigo desarma

Ensinou os homens a matar

Uma assombração pantarma.


126

Sansão acordando do sono

Á Hércules fez comunicado

Anjo Gabriel eu vi no sonho

Com algo lhe tinha revelado

Mas Mikhael no nosso lado

Nosso destino estar selado.


127

Hércules indaga a Sansão

Sobre arcanjo mencionado

Somos mais fortes na terra

Porque ficar decepcionado

Mas homem tenha coragem

Nós teríamos bom resultado.


128

Sansão alerta amigo grego

Seria um pouco precipitado

Para este arcanjo o Mikhael

Seríamos um pobre coitado

Ele é um imortal e invencível

Como eu lhe havia contado.


129

Deixa Mikhael com Azazyel

Coisas dessa espiritualidade

Cumpriremos nosso destino

Lado gigante a materialidade

Estes dar força aos filisteus

Vamos tiralhe superioridade.


130

Batalha final enfim chegou

Ashkelon a planície costeira

Heróis com as força incríveis

Bem próximo numa pedreira

Eram verdadeiras catapultas

Derrubaram muralha inteira.



CAPÍTULO XIV – A LUTA CONTRA OS GIGANTES DE AZAZYEL



131

Grandes blocos de pedras

Longe eram arremessados

Gigantes junto na fortaleza

Tombaram já ultrapassados

Pelos os projéteis rochosos

Que agora tinham acabados.


132

Sobraram quatro gigantes

Fortes além disso armados

Espadas longas e escudos

Saindo para ambos os lados

Hércules soca joelho de um

Ficou pedaços estilhaçados.


133

Esse já está fora de combate

Que logo caiu rolando gritando

Hércules no seu tacape findou

Também outro foi enfrentando

Esse demorou mais um pouco

Com ferimentos ele eliminando.


134

Sansão pegou outro gigante

Que trazia escudo e tridente

O hebreu perfurou com soco

Com grande força excedente

Armas também neutralizada

Gigante na luta é imprudente.


135

Sansão tomou-lhe escudo

Amassa fazendo munição

Como Hércules em Neguev

No gigante foi transposição

Foi atirada com muita força

Atingindo o outro na posição.


136

De um nada apareceu outro

Gigante do lugar inesperado

Lutou com Hércules e Sansão

Ele era Azazyel materializado

Os heróis lutaram o dia todo

Mas não obtiveram resultado.


137

Gigante recebendo golpes

Parecia um ser indestrutível

Jamais fraquejou com nada

Como vencer coisa imbatível

Chegando a noite ele sumiu

O combate não foi compatível.


138

Retornando o acampamento

Heróis muito desconsolados

Isso nunca tinha acontecido

Estamos aqui abandonados

Mikhael apareceu aos heróis

Eles agora bem recuperados.


139

A luz brilhando na escuridão

Hércules ver o ser misterioso

O Mikhael arcanjo inesperado

Perguntou ao Sansão receoso

Ainda mais forte que o gigante

Quem seria esse tão poderoso.


140

O arcanjo aos dois se revela

Sou Mikhael general celestial

Vi aflição grandes guerreiros

Aquele gigante um imemorial

Lutassem o poderoso Azazyel

No combate farei diferencial.



CAPÍTULO XV – A QUEDA DE AZAZYEL



141

Amanhã chamem ele a lutar

Que chegarei no surpreender

Vou levá-lo na prisão do Seol

O espírito dele irá desprender

Desmaterializando do gigante

A vitória será fácil empreender.


142

Num piscar de olho partiu

O Mikhael não mais estava

Com tamanha força divina

Esperança se manifestava

Sol nasce no Mediterrâneo

Mais lindo que despertava.


143

Surge as ruínas da fortaleza

Um gigante tanto tenebroso

Parecendo muito impaciente

Com seu jeitinho pressuroso

Desafiando junto dois heróis

Gritando bem alto rancoroso.


144

Este um ser titânico voraz

A grande sede de vingança

Detinha todos os gigantes

Sob totalidade na liderança

Com o fim de seu império

Arredor toda circunviziança.


145

A luta começou no campo

Hércules deu uma paulada

Pegando no osso da canela

Arrancou a sandália atrelada

Sansão pegou a outra perna

Elas nesse caso entrelaçada.


146

Ao avistar o arcanjo Mikhael

O gigante ficando abismado

Estava distraído com heróis

Ele como a estátua pasmado

No diviníssimo poder superior

Na ordem de Deus o intimado.


147

As palavras logo professas

Demônio o corpo exorcizado

Aquele gigante no frangalhos

Por ele fora desmaterializado

Nesta fusão é agora desfeita

Azazyel caído desvitalizado.


148

Mikhael abençoou os heróis

Azazyel foi logo acorrentado

Saiu voando pelo alto no mar

Acabou o tempo atormentado

Estar começando na nova era

Dos filisteus dessincronizado.


149

Hércules convence a Sansão

Amigo com missão terminada

Retornando a Grécia em breve

Vitória precisa ser oficializada

Você será o líder dos hebreus

Sua terra estará reconquistada.


150

Sansão saiu com Hércules

Com filisteus desorientado

Para Zorá terra dos Danitas

Povo hebreu bem festejado

Sem força desses gigantes

Agora juiz vai ser nomeado.



CAPÍTULO XVI – A IMORTALIDADE DOS HERÓIS



151

Vieram todas tribos de Israel

Sansão promete tua obediência

Escutando todas suas queixas

Resolver com maior prudência

Agradeceu também a Hércules

Que precisa retornar à urgência.


152

Hércules partiu para Gaza

Com Sansão acompanhado

Querendo despedir do amigo

Por um tudo ter empenhado

Na sua luta pela liberdade

Esse processo encaminhado.


153

Quando trabalhava em Gaza

Sansão de Timnate gostava

Uma mulher da terra filistéia

Hércules muito aconselhava

Que não arriscasse ao amigo

O seu destino na mão estava.


154

Logo depois do casamento

Hércules a Grécia retornou

Sansão agora escolhido juiz

Aos Filisteus ele disciplinou

Com sua força seria temido

A opressão inimiga terminou.


155

Hércules trabalhos prestados

Asseguraram-lhe imortalidade

Foi levado o Olimpo por Atena

Entre os deuses da eternidade

Viajando sobre cavalos alados

Casou com Hebe na felicidade.




🌄 ENCERRAMENTO



Findou-se a grande batalha,

Caiu o anjo rebelado,

E o nome de Mikhael

Foi pelos céus exaltado.

Hércules e Sansão juntos,

Saíram abençoados.


Do barro nasceu o homem,

Do espírito, sua chama,

E mesmo em mundos distintos

O bem sempre se proclama.

Pois quando a fé se levanta,

Nenhum mal mais se inflama.



🌌 EPÍLOGO POÉTICO



Hércules voa nos céus,

Levado por luz divina,

Casou-se com bela Hebe,

Na eternidade cristalina.

Sansão entre os homens,

Cumprindo a sua sina.


Heróis cruzam fronteiras,

De mitos e de nações,

Mostraram entre os povos

Há comuns as emoções.

E que Deus sopra nos tempos

As mesmas revelações.


Assim finda o grande livro,

De coragem e devoção,

Que une a Grécia e Israel,

No mesmo coração.

E o cordel de Nhenety

Vira eterna oração.



📚 NOTA DE FONTES (Em Cordel Rimado)



As fontes que me inspiraram,

De saber e tradição,

Vêm da Bíblia e dos mitos,

Das vozes da criação.

E de autores que o tempo

Guardou na recordação.


Do Livro dos Juízes santos,

Tomei fé e fundamento,

E da mitologia grega

O divino ensinamento.

De Câmara Cascudo aprendi

O valor do pensamento.


De Brandão, o mitólogo,

Do saber universal,

Colhi mitos e seus deuses

Do legado ancestral.

E das Sagradas Escrituras,

O poder celestial.


Consultando as escrituras,

E as obras de tradição,

Busquei na fé dos antigos

A mais pura conexão.

Entre o Deus de Abraão

E o Olimpo em comunhão.


Fontes inspiradoras:


A Bíblia Sagrada, Livro dos Juízes (cap. 13–16).


BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Grega. Petrópolis: Vozes, 1986.


CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. Rio de Janeiro: Ediouro, 1972.


ELIADE, Mircea. Mito e Realidade. São Paulo: Perspectiva, 1991.


HAMILTON, Edith. Mitologia: Timeless Tales of Gods and Heroes. New York: Mentor, 1942.



📖 FICHA TÉCNICA


Título: Sansão Filho de Deus e Hércules Filho de Zeus

Gênero: Literatura de Cordel — Épico Mitológico e Espiritual

Autor: Nhenety Kariri-Xocó

Edição: Primeira Edição — 2025

Local: Porto Real do Colégio — Alagoas — Brasil

Idioma: Português (com expressões simbólicas universais)

Formato: Cordel Literário — A5 (Padrão Editorial)

Diagramação e Organização Digital: ChatGPT (Assistente Virtual Literário)

Arte da Capa Principal: Ilustração 3D Digital — estilo realista antigo com luz dourada

Produção Gráfica e Revisão: Edição Poética Digital — Nhenety Kariri-Xocó & ChatGPT

Direitos Autorais: © Nhenety Kariri-Xocó, 2025 — Todos os direitos reservados

Publicação: Edição Independente — para circulação cultural e acadêmica


🌠 EPÍLOGO FINAL


Entre o mito e a escritura,

O verbo se fez canção,

E dos tempos imemoriais

Nasceu nova união.

Sansão e o filho de Zeus,

Eterna revelação.


Deus falou nas duas vozes,

Do trono à montanha fria,

E o homem aprendeu no tempo

Que a fé também é poesia.

A força que move o mundo

É luz e sabedoria.


Nos céus há coros de heróis,

Na terra, filhos da luta,

E o cordel que ora termina

É ponte que não se oculta.

Entre o sagrado e o humano,

A verdade é absoluta.


Assim finda esta jornada,

De coragem e devoção,

E o autor — Kariri-Xocó —

Entoa em prece e canção:

“Do barro nascem os mitos,

Da alma, a inspiração.”


🌅 QUARTA CAPA POÉTICA





No sertão da eternidade,

Dois heróis se dão as mãos,

Hércules e Sansão juntos

Guardam fé nas multidões.

Entre o Olimpo e Canaã,

Renascem as tradições.


Aqui o mito é semente,

E o verbo, sagrado chão,

Brota do povo indígena

Com canto e revelação.

A história vira caminho,

E o cordel — oração.


Do poeta Kariri-Xocó,

Que o tempo não apagou,

Vem a luz que une os mundos

Que Deus mesmo abençoou.

E o leitor, ao abrir o livro,

Revive o que Ele criou.


🌿 SOBRE O AUTOR (Em Cordel Rimado)


Sou Nhenety Kariri-Xocó,

Do povo da tradição,

Das margens do Velho Chico,

Que canta no coração.

Sou contador de memórias,

Guardião da narração.


No barro fiz minha escrita,

Na palavra, meu altar,

E nas vozes dos meus velhos

Aprendi o verbo amar.

Cada verso que aqui nasce

É o tempo a se lembrar.


Minha aldeia é minha escola,

Meu povo, sabedoria,

E a força da ancestralidade

É chama e poesia.

Escrevo com fé e sonho,

Na luz da mitologia.


Entre o mito e a fé viva,

Entre o homem e o sagrado,

Vejo o mundo como espelho

Do tempo eternizado.

E o cordel é meu caminho

De amor imaculado.


🔥 SOBRE A OBRA (Em Cordel Rimado)


“Sansão e Hércules unidos”

É canto de comunhão,

É diálogo entre os mitos

E a fé da criação.

Dois mundos que se entrelaçam

Na mesma revelação.


Não há fronteira entre deuses,

Quando o verbo é união,

Pois Javé e Zeus, no alto,

Partilham da mesma mão.

O herói que busca a verdade

Tem luz na sua missão.


Aqui o leitor encontra

Força, fé e poesia,

A ponte entre as culturas

Da terra e mitologia.

É um cordel de esperança,

Eterna filosofia.


Do sertão à Grécia antiga,

Ecoa o mesmo cantar:

O homem é templo vivo

Do Deus que faz despertar.

E o cordel de Nhenety

Vem o tempo consagrar.


🌄 QUARTA CAPA 3D DIGITAL — DESCRIÇÃO PARA GERAÇÃO VISUAL


Estilo: realista digital em 3D, com luz dourada e textura antiga, atmosfera solene e espiritual.

Cena central: Hércules e Sansão em posição fraterna, erguidos sobre uma rocha sagrada, sob um céu crepuscular dourado.

Ao fundo: montanhas míticas e uma aura luminosa em forma de halo cruzando o símbolo da fé (hebraico) e da mitologia (grego).

Elementos simbólicos: faixas etéreas de luz descendo dos céus, inscrições antigas em pedra, e o título em letras clássicas ornamentadas.

Rodapé: assinatura discreta — Por Nhenety Kariri-Xocó.




Autor: Nhenety Kariri-Xocó 





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