A reconstrução das preposições das línguas Xokó-Natú, começando com a partícula que denota 'em, no, na', eu pensei no que poderia denotar esse conceito.
eu reconstruí *ny* 'em, no, na', mas também posso sugerir:
as raízes de água: na, ta ou ka com o desenvolvimento semântico para "mergulhar, adentrar" > "estar dentro, dentro" > "em, no, na"
Exemplo:
gandilla na / gandilla ta / gandilla ka
Para *ky* 'para, a' eu posso sugerir:
a raiz llua 'passar, entregar', composto de llu 'olho, frente, adiante, pro-' + a 'pegar' ou seja 'pegar pra frente' > 'passar, entregar'
o composto entre y-a ou s-a, que é o prefixo de terceira pessoa y-/s- + -a 'para', reconstruído a partir do Kariri.
O *ny* será o locativo "em, no, na". Para o dativo "para, a", como em para mim, para ti, preferemos ky .
Para "com" eu usei kyny, uma junção entre essas duas partículas, pois alguém está com algo, essa coisa está para ela ou na direção dela e nas mãos dela, portanto nela.
A partícula por como em por mim, por ti. Podemos derivar ela de ti "cabeça" com o sentido de "razão, motivo, por causa", portanto "por".
Assim criamos as preposições nas línguas Xokó-Natú:
a, para = ky
ante, perante = tu < (tullusô "olho")
após = kó < (kó "filho")
até = nu < (manusi "vento")
com = kyny
contra = rõ < (rõ "virar, tornar")
de = ni < demonstrativo proximal
desde = naí < demonstrativo distal
em = ny
entre = shi < (shi "nariz")
per = llu < (tullusô "olho")
por = ti < (ti "cabeça")
sem = pu < (pu "cuia, vazio")
sob = vê < (vêsire "pé")
sobre = ma < (manusi = vento)
trás = ba < (bara "costas").
Autor da matéria: Ari Loussant
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