Baseado no fato de que nos sobraram apenas o marcador de agente ativo -sá / -se e o prefixo a- / e-, decidi aqui providenciar sugestões para o marcador de agente passivo, o nominalizador de objetos/instrumentos e também adicionar à lista anterior o nominalizador de locais que foi registrado em duas palavras.
1) Nominalizador de agente passivo (Kt.: assê imakêssá sôwám / Nt.: eze makse suwen)
Este marcador deriva do verbo takarú 'estar', no Katuandí surge como o prefixo ta-, enquanto no Natú surge como tek-, aqui alguns exemplos:
Katuandí: pú 'soprar' > ta-pú 'soprado, flauta'
satô 'enviar' > ta-ssatô 'enviado, servo'
rêjê 'desejar, querer' > ta-rêjê 'desejado, querido'
Natú: sek 'plantar' > tek-sek 'plantação'
pezuk 'matar' > tek-pezuk 'morto'
mak 'fazer, agir, trabalhar' > tek-mak 'feito, ato, ação'
2) Nominalizador de objetos (Kt.: assê matíki / Nt.: eze metik)
Nesta marcação, as raízes sufixadas com este nominalizador tornam-se instrumentos ou objetos referentes a ação ou adjetivo, este marcador é -shá / -she, derivado da última sílaba de kônshá 'realizar' do Wakonã
Katuandí: bú 'vermelho' > bu-rê-shá 'vermelho-correr-NMLZ', portanto 'sangue'
Natú: pukep 'varrer' > pukep-she 'varrer-NMLZ', portanto 'vassoura'
3) Nominalizador de locais (Kt.: assê bá / Nt.: eze ba)
Esse nominalizador é o marcador de locais, ele especificamente denota que o objeto marcado agora é um local de tal objeto, como em Natuba, que seria Natu-ba 'lugar/aldeia dos Natú', surge no Kipeá como bae em nembae 'mudar-se de lugar'.
Katuandí: méré 'dinheiro, valor' > méré-makê-bá 'dinheiro-trabalhar-lugar', portanto 'mercado'
Natú: piso 'curar' > piso-mak-ba 'curar-trabalhar-lugar', portanto 'hospital'
Autor da matéria: Suã Ari Llusan
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