quarta-feira, 17 de julho de 2024

POSIÇÃO CANÔNICA DOS TEMPO-ASPECTO-MODO


Wakonã: wê/wêci ‘vir’


REALIS


Presente: sú wê ‘vem’

Pretérito Perfeito: to wê ‘veio’

Gerúndio: wêci ‘vindo’


IRREALIS


Futuro: ce wê ‘virá’

Imperativo/Optativo: ka li ce wê ‘venhas!’ ou “que venhas!”

Condicional: na ce wê ‘se vem’

Pretérito Imperfeito: ce wêci ‘viria’


 Agora que compreendo os conceitos de realis-irrealis e finitude-não-finitude melhor, posso aplicar de forma mais concisa a gramática da língua com seus marcadores nativos. Sabe-se que wê ‘vir, chegar’ tinha a forma não-finita wêci, que surge em dois locais: Quando o verbo está marcando uma ação não concluída, portanto wêci marca sozinho o gerúndio da língua, como em wa wêci ‘eu estou vindo, eu estou chegando’.


 Com isso em mente, lembro aqui que o conceito de pretérito imperfeito é marcado no seu próprio nome, *imperfeito*, que indica uma ação não-concluída, como em: “eu fazia ballet, não faço mais.”, aqui sugiro que a marcação prévia que sugeri seja substituída pela forma não-finita (wêci nesse exemplo) com o marcador de irrealis (cê no Wakonã).


 Também estou modificando a ordem para imitar melhor a gramática do Wakonã, a ordem canônica indicada por essa língua é seguinte:


agente - tempo/aspecto - modo (realis/irrealis) – verbo – objeto


Ex.:


ka – li – ce – bêlêtsie – baskíô

tu – IMP – IRR – falar – comigo

“fales comigo”.




Autor da matéria: Suã Ari Llusan 



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