A palavra Pankararú já 'água' e a palavra Kariri dzu/tzu 'água' são ambas cognatas primas uma da outra, distantemente relativas do Kaliña jà-ty 'combustível', a partir de uma linguagem figurada sobre a água ser o combustível do ser vivo.
A partir desses dados e pela afirmação em documentos que associam os Pankararu e Atikum aos Woyana, podemos inferir que os Woyana do Ceará, de Camocim até Maranguape e Baturité, de Banabuiú e o Rio Jaguaribe, teriam em comum a pronúncia do proto-fonema /j/ como /s/, portanto água nessas línguas era *sa*.
Como a palavra é monossilábica, refiro-me de volta aos classificadores Woyana que citei em uma publicação recente e sugiro que a palavra seja wok sa 'água, rio', que é wok 'beber' + sa 'água, combustível', para distinguir de dak sa 'combustível', que é dak 'lenha' + sa 'água, combustível'.
Autor da matéria: Suã Ari Llusan
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