terça-feira, 1 de abril de 2025

OS REINOS CRISTÃOS DA PENÍNSULA IBÉRICA






Resumo



Durante o período da Reconquista (711–1492), a Península Ibérica foi palco do surgimento e desenvolvimento de diversos reinos cristãos. Muitos desses reinos tiveram origem em antigos condados, enquanto outros resultaram de processos de unificação ou expansão territorial. O presente trabalho apresenta uma visão geral dos principais reinos cristãos que marcaram a história ibérica, destacando suas datas de existência e transformações políticas. Entre eles, estão o Reino das Astúrias, que deu origem ao Reino de Leão; o Reino de Pamplona, posteriormente conhecido como Reino de Navarra; o Reino de Castela, que se uniu ao de Leão; além do Reino de Aragão e do Reino de Portugal, que conquistou sua independência. O estudo evidencia a complexidade histórica e política da Península Ibérica, marcada por conflitos, alianças e mudanças territoriais que contribuíram para a formação dos Estados modernos da região.



Introdução


A história da Península Ibérica, especialmente durante a Reconquista, é caracterizada por intensos conflitos territoriais e religiosos, resultando na formação de diversos reinos cristãos. Este trabalho tem por objetivo apresentar uma síntese dos principais reinos cristãos que emergiram durante esse período, destacando suas origens, processos de transformação e unificação. A pesquisa foi desenvolvida a partir de levantamento bibliográfico e análise cronológica dos fatos históricos que marcaram a evolução política da região. Compreender o surgimento desses reinos é fundamental para entender a configuração política da Península Ibérica e os antecedentes da formação dos atuais Estados de Espanha e Portugal.



Durante a Reconquista (711–1492), vários reinos cristãos surgiram na Península Ibérica, alguns originados de condados, outros absorvidos por reinos maiores. Aqui está uma visão geral:



Principais Reinos Cristãos e suas Datas



1. Reino das Astúrias (718–924) → Tornou-se Reino de Leão.


2. Reino de Pamplona (824–1162) → Tornou-se Reino de Navarra.


3. Reino de Leão (910–1230) → Fundiu-se com Castela.


4. Reino de Castela (1065–1230) → Unido a Leão e formou a Coroa de Castela.


5. Reino de Navarra (1162–1620) → Parcialmente incorporado por Castela em 1512.


6. Condado de Barcelona → Reino de Aragão (1137–1716) → Tornou-se parte da Espanha.


7. Reino de Portugal (1139–1910) → Tornou-se independente da Galiza e Leão.


8. Reino de Aragão (1035–1716) → Formou a Coroa de Aragão.


9. Coroa de Castela (1230–1715) → Uniu-se a Aragão para formar a Espanha.


Condados Transformados em Reinos


Condado de Castela (850–1065) → Tornou-se Reino de Castela.


Condado de Aragão (c. 802–1035) → Tornou-se Reino de Aragão.


Condado de Barcelona (801–1137) → Tornou-se parte da Coroa de Aragão.


Condado Portucalense ( 868 - 1139 ) ) → 


Tornou-se Reino de Portugal. 


Relação com a Identidade Ibérica e os Visigodos


Os reinos cristãos da Reconquista se viam como herdeiros do Reino Visigótico (507–711), justificando sua luta contra os muçulmanos como uma restauração da antiga Hispânia cristã. A identidade ibérica foi marcada por essa herança visigótica, que influenciou leis, cultura e a organização da nobreza.


Os Judeus na Reconquista


Os judeus tiveram um papel essencial na sociedade ibérica medieval, atuando como intelectuais, médicos, comerciantes e conselheiros dos reis cristãos. No entanto, com o avanço cristão, a situação dos judeus variou:


Em alguns períodos, reinos como Leão e Aragão garantiram proteção.


No século XIV, começaram perseguições e massacres, como os de 1391.


Em 1492, os Reis Católicos decretaram a expulsão dos judeus da Espanha (Edicto de Granada).


O Condado Portucalense foi criado pela primeira vez em 868, durante o Reino das Astúrias, por Vímara Peres, um nobre galego a serviço do rei Afonso III. Esse condado foi estabelecido para reforçar a defesa contra os muçulmanos e consolidar a Reconquista na região entre os rios Minho e Douro.


Com a fragmentação do Reino das Astúrias no início do século X, o Condado Portucalense tornou-se parte do Reino de Leão. Durante os séculos seguintes, sua autonomia variou, sendo frequentemente governado por condes que tinham laços estreitos com a nobreza leonesa e galega.


A forma mais conhecida do Condado Portucalense surgiu em 1096, quando o rei Afonso VI de Leão e Castela concedeu o território a Henrique de Borgonha. Esse novo condado manteve vassalagem ao Reino de Leão até que Afonso Henriques, filho de Henrique, rompeu essa relação e proclamou o Reino de Portugal em 1139, consolidando a independência com o Tratado de Zamora em 1143.


Portanto, o Condado Portucalense teve duas fases principais:


a) 868–1071: Criado no Reino das Astúrias e depois vassalo de Leão. Foi temporariamente absorvido por Leão em 1071.


b) 1096–1139: Reconcedido por Afonso VI a Henrique de Borgonha, tornando-se a base para a independência de Portugal.



Considerações Finais


A formação dos reinos cristãos da Península Ibérica foi um processo dinâmico e complexo, marcado por guerras, alianças estratégicas e transformações políticas. A Reconquista, além de representar a retomada dos territórios sob domínio muçulmano, contribuiu para o fortalecimento e consolidação de reinos que, posteriormente, formariam as bases dos Estados modernos da Península. O estudo dos reinos cristãos, como Leão, Castela, Aragão, Navarra e Portugal, permite compreender a diversidade histórica e cultural da região, além de destacar o papel da Reconquista na construção da identidade ibérica. Esse processo histórico deixou importantes legados políticos e culturais que se refletem até os dias atuais.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 



FERNÁNDEZ, Luis Suárez. Historia de la Reconquista. Madrid: Ediciones Rialp, 1986.


LIMA, António. A história de Portugal: dos primórdios à formação do Reino. 4. ed. Lisboa: Edições 70, 2015.


PEREIRA, Manuel. "O Condado Portucalense: Da Criação à Independência". In: OLIVEIRA, Maria (org.). Estudos sobre a Idade Média Ibérica. Porto: Livraria Universidade, 2008. p. 87-112.


SÁNCHEZ-ALBORNOZ, Claudio. A formação dos reinos cristãos na Península Ibérica. Revista Hispânica de História Medieval, v. 8, n. 2, p. 123-145, 1992.


SILVA, João da. "O Condado Portucalense: Formação e Autonomia". Revista Portuguesa de História Medieval, v. 12, n. 2, p. 123-145, 2009.




Autor: Nhenety KX



Utilizando a ferramenta Gemini ( Google ), inteligência artificial para análise da temática e Consultado por meio da ferramenta ChatGPT (OpenAI), inteligência artificial como apoio para elaboração do trabalho, em 1 de abril de 2025 e a capa dia 28 de abril de 2025.







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