🌹 DEDICATÓRIA POÉTICA
Dedico este meu cordel
À memória milenar,
Dos povos que pela terra
Souberam sempre andar.
Raízes que se espalharam,
Na floresta e pelo mar.
Dedico também aos mestres
Que guardaram tradição,
Aos avós que nos contaram
Histórias de geração,
E aos que hoje resistem
Com firmeza e coração.
📜 ÍNDICE POÉTICO
Abertura e Prólogo Poético
Capítulo I – Povos Yeniseianos e a Origem Siberiana
Capítulo II – A Travessia da Beríngia
Capítulo III – Cultura Clovis e a Caça Milenar
Capítulo IV – Povos Regionais e Agricultura
Capítulo V – Primeiras Civilizações Formativas
Capítulo VI – O Período Clássico e os Povos do Saber
Capítulo VII – Os Impérios Pré-Colombianos
Encerramento: A Jornada da Memória
Epílogo Poético
Nota de Fontes (Referências em Cordel)
🌄 ABERTURA
No princípio dessa história,
Do gelo se fez caminho,
Na Sibéria, povos fortes
Seguiram seu desatino,
Buscando terras distantes
Com futuro peregrino.
✒️ PRÓLOGO POÉTICO
Do Yenisei veio a chama
De culturas ancestrais,
Que cruzaram a Beríngia
Nos tempos glaciais.
Plantaram vida nas Américas
Com saberes imortais.
📖 CAPÍTULO I – Povos Yeniseianos e a Origem Siberiana
Na Sibéria tão distante,
Lá no tempo glaciar,
Surgiram povos valentes
Que sabiam caminhar,
Entre o frio e a neve dura,
A cultura a se firmar.
Os Kets foram descendentes,
Povo de língua especial,
Guardaram sons ancestrais
De memória imortal.
Na ciência, sua presença
Revela elo cultural.
Do Yenisei até os montes,
Viveram com resistência,
Forjando saber da caça
E também da convivência.
Da tundra ao gelo profundo,
Guardavam sua ciência.
O arqueólogo registra
Com vigor e precisão,
Que a genética confirma
Essa forte conexão:
Da Sibéria até as Américas
Segue a mesma direção.
No gelo deixaram traços
Que o tempo não apagou,
A ciência, com paciência,
Cada marca revelou.
Assim se fez a ponte
Que a história consagrou.
Eram povos caçadores,
Amigos da natureza,
Resistiram às geadas
Com coragem e destreza,
Guardando no coração
Um legado de grandeza.
E assim começa a jornada
De migração sem igual,
Que traria às Américas
Uma herança cultural.
No sangue dos povos vivos
Está o elo ancestral.
📖 CAPÍTULO II – A Travessia da Beríngia
Havia uma grande ponte
De gelo e de terra fria,
Que ligava dois mundos
Naquele tempo e dia.
Era a Beríngia imensa
Que a natureza erguia.
Por ela vieram os povos
Seguindo a caça em manada,
O mamute e o bisão
De presença respeitada.
Na longa travessia
A coragem foi chamada.
Não foi passo repentino,
Mas sim marcha demorada,
Foram séculos inteiros
Nessa rota caminhada,
Com famílias, tradições,
E esperança renovada.
Cada grupo que passava
Deixava sua semente,
Um canto, uma ferramenta,
Um traço de sua gente,
Que o arqueólogo descobre
No presente persistente.
Da Sibéria até as planícies
Da América do Norte,
Seguiram firmes no rumo
Guiados pela própria sorte,
Com as estrelas no céu
E o sol servindo de norte.
Com o derreter das geleiras
A ponte se desfez,
Mas a jornada cumprida
Já marcava sua vez:
As Américas eram lar
Da cultura outra vez.
Assim a Beríngia guardou
Memória em seu coração,
De povos que nela passaram
Com firme determinação,
Deixando herança viva
Na nossa recordação.
📖 CAPÍTULO III – Cultura Clovis e a Caça Milenar
Na América do Norte erguia
A cultura de grande valor,
Chamada pelos estudiosos
De Clovis, povo caçador,
Que deixou pontas de flecha
Como traço revelador.
Com pedras bem talhadas
Forjaram armas precisas,
Lâminas fortes e belas
Com pontas leves, concisas,
Que venciam a megafauna
Em batalhas decisivas.
Caçavam o mastodonte,
O bisão e o mamute,
Vivendo da grande caça
Com coragem e virtude,
Ensinando às gerações
O valor da juventude.
Mas o mundo foi mudando,
E a fauna desapareceu,
O clima ficou diverso,
O gelo enfim se rompeu,
E a cultura se expandiu
Com novos rumos que nasceu.
Cada grupo então seguiu
Por terras mais distantes,
Adaptando-se ao cerrado,
À floresta e aos gigantes,
Criando novos costumes
Com saberes marcantes.
E a cultura Clovis deixou
Seu legado universal,
Ferramentas bem talhadas
De memória sem igual,
Raiz da grande presença
Do povo continental.
📖 CAPÍTULO IV – Povos Regionais e Agricultura
Com o tempo se formaram
Culturas mais regionais,
Cada povo em sua terra
Criou modos diferentes,
Da caatinga à selva densa,
Das montanhas aos cristais.
A agricultura surgiu
Como fonte de sustento,
Milho, feijão e abóbora
Foram logo alimento,
Com técnicas inovadoras
De engenho e pensamento.
Na Amazônia já se via
Sistemas de grande valor,
Terra preta fértil e rica,
Feita com tino e amor,
Assentamentos complexos
De saber cultivador.
Nos Andes, grandes terraços
Esculpidos no montão,
Canaletas de irrigar
Ajudavam a produção,
E o milho foi alimento
Pra sustentar a nação.
Na América do Norte o trigo,
A caça e a plantação
Misturaram-se no tempo
Gerando organização,
Com vilas e povoações
De forte determinação.
Assim os povos regionais
Deram passo decisivo,
Do nomadismo à aldeia,
Do caçador ao produtivo,
E a cultura floresceu
Num caminho coletivo.
📖 CAPÍTULO V – Primeiras Civilizações Formativas
Na Mesoamérica erguia
Um povo de grande luz,
Chamados pelos estudos
De Olmecas – sua cruz,
Que ergueram cabeças de pedra
De tamanho que seduz.
Foram mestres em cerâmica,
Na escrita e religião,
Criaram centros sagrados
De poder e devoção,
E deixaram como herança
Grande inspiração.
Nos Andes, povos antigos
Eram donos de saber,
Cultivavam a batata
Com ciência de viver,
E criaram novos modos
De plantar e florescer.
Na Amazônia se mostrava
Outro quadro cultural,
Sociedades complexas,
Com urbanismo real,
Que a arqueologia hoje
Revela no geral.
Assim no período formativo
Se semeou a grandeza,
Que depois daria frutos
De civilização e beleza,
Com ciência, fé e poder
Misturados na certeza.
📖 CAPÍTULO VI – O Período Clássico e os Povos do Saber
Entre os séculos do milênio
Surgiu cultura maior,
Na Mesoamérica os Maias
Brilharam com seu labor,
Calendário e matemática
Mostraram seu fulgor.
Na escrita hieroglífica
Registrar era saber,
Das estrelas e do tempo
Sabiam bem compreender,
E os templos elevados
Chamavam o povo a crer.
Nos Andes floresceram
Tiwanaku e Moche também,
Com arte, cerâmica, ouro
E saber que sempre vem,
Deixar marcas nas montanhas
Que hoje ainda se têm.
E no Brasil pré-colonial
Sociedades se formaram,
Com aldeias interligadas
E cultura que deixaram,
Que a arqueologia escava
E as provas revelaram.
O período clássico mostrou
Que o saber era imenso,
De engenharia e arte
Um legado tão denso,
Que a história reconhece
Com respeito e consenso.
📖 CAPÍTULO VII – Os Impérios Pré-Colombianos
E por fim floresceram
Os grandes impérios da vez,
Astecas e Incas fortes
No poder de sua altivez,
Que nos séculos doze a quinze
Reinaram com altivez.
No México, os Astecas
Criaram capital brilhante,
Tenochtitlán imensa,
Com mercado pulsante,
Um lago cheio de vida
De poder tão fascinante.
Nos Andes os Incas fortes
Fizeram estrada e canal,
Administraram o povo
Com governo sem igual,
Construíram Machu Picchu
De beleza imortal.
Na Amazônia outras gentes
Também brilharam no chão,
Com cidades interligadas
Por caminhos de união,
Que revelam hoje a força
Da ancestral tradição.
Na América do Norte havia
Sociedades bem formadas,
Cidades como Cahokia
Altamente estruturadas,
Mostrando que os povos todos
Tinham rotas planejadas.
Esses impérios deixaram
Legado monumental,
De arquitetura e saber
De grandeza universal,
Que resiste até hoje
Com memória cultural.
🌅 ENCERRAMENTO: A Jornada da Memória
Da Sibéria até o sul
Foi longa a travessia,
Mas plantou no chão sagrado
Cultura, força e harmonia.
Na memória dos povos vivos
Resiste essa poesia.
🌌 EPÍLOGO POÉTICO
Que o cordel seja caminho,
Memorial e resistência,
Ecoando a voz dos povos
Na história e na ciência,
Guardando o brilho das raças
Na mais plena consciência.
📚 NOTA DE FONTES (Referências em Cordel)
Do saber de muitos mestres
Minha pena se formou,
De Diamond e suas armas
Muito claro se mostrou,
“Armas, germes e o aço”
Sua lição me guiou.
Charles Mann também contou
“1491”, a lição,
Revelando as Américas
Antes mesmo da invasão,
Trazendo novas verdades
Com pesquisa e atenção.
De Radlov veio o registro
Dos Yenisei ancestrais,
E Franz Roesler narrou
Os indígenas gerais,
História viva e presente
Nos sertões e nos capitais.
Maria Lúcia da Silva
Contou povos do passado,
“Os Primeiros Americanos”
Seguem sempre lado a lado,
Na memória e na cultura
O seu eco está guardado.
Eduardo Zorzal lembrou
Com arqueologia forte,
Os povos pré-colombianos
Do sul até o norte,
Mostrando que a grande história
Nunca teve simples corte.
🪶 FICHA TÉCNICA
Título: A Migração dos Povos Ameríndios da Sibéria para as Américas – Em Cordel
Autor: Nhenety Kariri-Xocó
Edição: 1ª Edição Digital – 2025
Gênero: Cordel Histórico e Poético
Formato: A5 – Padrão Editorial Cordel
Local: Porto Real do Colégio – Alagoas – Brasil
Design e Diagramação: Nhenety Kariri-Xocó & ChatGPT (Assistente Virtual)
Arte de Capa e Quarta Capa 3D: Produção Digital Realista por ChatGPT – Estilo Dourado e Textura Antiga
Revisão Poética: Nhenety Kariri-Xocó
Publicação: Edição para o Blog “KXNHENETY.BLOGSPOT.COM – Tradição e Palavra”
Ano: 2025
Direitos Autorais: © Nhenety Kariri-Xocó – Todos os direitos reservados.
Reprodução permitida mediante citação do autor.
📖 Autor: Nhenety Kariri-Xocó



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