🌟 Capa do Cordel
(Imagem realista digital 3D com fogueira, balões, bandeirolas, quadrilha, sanfoneiro, elementos bíblicos sutis, título destacado e assinatura discreta de Nhenety Kariri-Xocó no canto inferior.)
Dedicatória
Dedico este cordel
Ao povo do meu sertão,
Que mantém viva a memória
Na fé, cultura e canção.
E ao mestre Luiz Gonzaga,
Rei do baião, inspiração.
Abertura
Meu cordel aqui começa
Com fulgor de tradição,
De Santo Antônio festejo,
São Pedro e São João.
Nas toadas nordestinas
Rezo em rima e devoção.
Prólogo
As festas de junho brilham
Na alma do meu país,
Misturam fé e cultura,
O sertanejo é feliz.
Cristandade e alegria
São legados que refiz.
Capítulo 1 – Origens Bíblicas e Cristãs
No livro de Lucas está
Que João nasceu bendito,
O Batista do sertão
Com futuro muito bonito.
Sua mãe, Isabel sabia,
Que um sinal combinaria,
Fogueira como rito.
O sinal foi aceso alto,
Para avisar Maria,
Que o menino prometido
Chegaria à luz do dia.
É festa que vem de Deus,
Sinal de céu entre nós,
Que até hoje se celebra em alegria.
E Santo Antônio e Pedro
Também têm sua devoção,
Com milagres e orações
No coração do sertão.
Assim a fé se espalha,
E a tradição nunca falha,
Mantendo viva a religião.
Capítulo 2 – Do Solstício à Cristandade
Na Europa medieval
O povo já celebrava,
O solstício de verão
Com fogueira que queimava.
Mas a Igreja chegou,
O antigo rito transformou,
E São João se firmava.
Portugal trouxe a festa
Para o Brasil colonial,
Com dança, música e cor,
E cheiro de milho no quintal.
Misturou índio e africano,
Com o português humano,
Fazendo festa sem igual.
A tradição se enraizou
No chão nordestino quente,
E em cada arraial do sertão
Há cultura e fé presente.
É junina a celebração,
Com fogueira e devoção,
Que aquece o povo contente.
Capítulo 3 – A Festa no Brasil
No Brasil a festa ganhou
Cores, sabores, emoção,
Quadrilhas, fogueiras altas,
Muita comida na mão.
Pamonha, canjica, milho,
Balão sobe no brilho,
Com fé e animação.
O povo se alegra e dança,
No xote, baião a cantar,
São Pedro, Santo Antônio,
E São João a abençoar.
A tradição vai crescendo,
E a cada ano se estendendo,
Sempre pronto a renovar.
É festa de todo sertão,
Do litoral à caatinga,
Com sanfona e zabumba,
A alegria sempre finga.
Na noite junina se sente
O coração da gente,
Que ao céu em rimas se tinga.
Capítulo 4 – Quadrilhas e Cultura Popular
A quadrilha é coreografia,
No salão ou no terreiro,
Vestidos de festa, chapéus,
O par gira o ano inteiro.
O forró embala a noite,
O povo sente e se açoite,
Na alegria do terreiro.
As fogueiras iluminam
A rua, a praça e o chão,
O milho assa no fogareiro,
É festa e devoção.
As crianças cantam e dançam,
Os adultos juntos balançam,
É festa de tradição.
Com balão e bandeirola,
Tem pipoca, quentão e amendoim,
E a sanfona não se cala,
É ritmo que vem de mim.
O Nordeste inteiro festeja,
E o povo nunca fraqueja,
Festejando o santo assim.
Capítulo 5 – Luiz Gonzaga e o Forró
Luiz Gonzaga, o grande rei,
Cantou forte o sertão,
Levou o forró do Nordeste
A todo Brasil, mão a mão.
“Olha pro Céu”, “São João na Roça”,
Sucessos que a gente escuta à roça,
Fazendo festa no coração.
Com sanfona, triângulo e zabumba,
A voz ecoou sem igual,
E o povo dançou contente,
Em cada arraial natal.
O legado do mestre vive,
E toda vez que se revive,
O baião se torna imortal.
As crianças, jovens e adultos
Cantam ainda suas canções,
E em cada arraial nordestino
Ressoam suas emoções.
Luiz Gonzaga ensinou
Que o sertão não se apagou,
E o forró venceu gerações.
Capítulo 6 – O Forró em Evolução
Depois dele vieram outros,
Dominguinhos, Trio Nordestino,
Genival Lacerda também,
Com estilo bem genuíno.
Do pé-de-serra à cidade,
O ritmo segue na verdade,
Forró é sempre destino.
Nos anos 90 e 2000
O forró se modernizou,
Universitário, eletrônico,
Mas a raiz não mudou.
A festa continua viva,
Com música e dança ativa,
E o coração nunca parou.
Hoje São João, Antônio e Pedro
Brilham no sertão com vigor,
E cada fogueira acesa
Revela o calor do amor.
É cultura, fé e alegria,
É tradição que irradia,
Celebrando o Brasil maior.
Encerramento
São João, Santo Antônio,
São Pedro, santos de luz,
Iluminam nosso povo,
Com a chama de Jesus.
Na sanfona e na fogueira,
A fé se torna bandeira,
Que a tradição conduz.
Epílogo
Encerrando este cordel,
Deixo em verso a emoção:
Festa junina é cultura,
É também religião.
E Luiz Gonzaga, o mestre,
Deixou vivo o coração.
📖 Nota de Fontes
Para compor este escrito,
Busquei fontes de valor,
Da história e do folclore,
De cultura e de amor.
Câmara Cascudo é mestre,
Renato Almeida é cantor.
Carlos Brandão nos ensina,
O que é folclore real,
E também cultura popular,
Que se espalha pelo quintal.
José Honório Rodrigues,
Relata festa natal.
Hermilo Borba Filho,
As festas vêm no papel,
E Luís da Câmara Lima,
Registra tudo tão fiel.
Roberto Moura confirma,
O Gonzaga imortal.
No site oficial do mestre
Achei sua discografia,
Tesouro do sanfoneiro
Que embalou a poesia.
Do baião Luiz Gonzaga,
Ressoa em eterna harmonia.
🌟 Quarta Capa
(Imagem realista digital 3D, inovadora, com toque bíblico devocional: fogueira, balões, bandeirolas, quadrilha, sanfoneiro, céu estrelado, símbolos de São João, Santo Antônio e São Pedro, assinatura discreta de Nhenety Kariri-Xocó.)
Autor: Nhenety Kariri-Xocó
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