segunda-feira, 29 de setembro de 2025

AS FESTAS JUNINAS E A TRADIÇÃO CRISTÃ E LEGADO DE LUIZ GONZAGA EM CORDEL, Por Nhenety Kariri-Xocó





🌟 Capa do Cordel


(Imagem realista digital 3D com fogueira, balões, bandeirolas, quadrilha, sanfoneiro, elementos bíblicos sutis, título destacado e assinatura discreta de Nhenety Kariri-Xocó no canto inferior.)



Dedicatória 


Dedico este cordel

Ao povo do meu sertão,

Que mantém viva a memória

Na fé, cultura e canção.

E ao mestre Luiz Gonzaga,

Rei do baião, inspiração.


Abertura


Meu cordel aqui começa

Com fulgor de tradição,

De Santo Antônio festejo,

São Pedro e São João.

Nas toadas nordestinas

Rezo em rima e devoção.


Prólogo


As festas de junho brilham

Na alma do meu país,

Misturam fé e cultura,

O sertanejo é feliz.

Cristandade e alegria

São legados que refiz.


Capítulo 1 – Origens Bíblicas e Cristãs


No livro de Lucas está

Que João nasceu bendito,

O Batista do sertão

Com futuro muito bonito.

Sua mãe, Isabel sabia,

Que um sinal combinaria,

Fogueira como rito.


O sinal foi aceso alto,

Para avisar Maria,

Que o menino prometido

Chegaria à luz do dia.

É festa que vem de Deus,

Sinal de céu entre nós,

Que até hoje se celebra em alegria.


E Santo Antônio e Pedro

Também têm sua devoção,

Com milagres e orações

No coração do sertão.

Assim a fé se espalha,

E a tradição nunca falha,

Mantendo viva a religião.


Capítulo 2 – Do Solstício à Cristandade


Na Europa medieval

O povo já celebrava,

O solstício de verão

Com fogueira que queimava.

Mas a Igreja chegou,

O antigo rito transformou,

E São João se firmava.


Portugal trouxe a festa

Para o Brasil colonial,

Com dança, música e cor,

E cheiro de milho no quintal.

Misturou índio e africano,

Com o português humano,

Fazendo festa sem igual.


A tradição se enraizou

No chão nordestino quente,

E em cada arraial do sertão

Há cultura e fé presente.

É junina a celebração,

Com fogueira e devoção,

Que aquece o povo contente.


Capítulo 3 – A Festa no Brasil


No Brasil a festa ganhou

Cores, sabores, emoção,

Quadrilhas, fogueiras altas,

Muita comida na mão.

Pamonha, canjica, milho,

Balão sobe no brilho,

Com fé e animação.


O povo se alegra e dança,

No xote, baião a cantar,

São Pedro, Santo Antônio,

E São João a abençoar.

A tradição vai crescendo,

E a cada ano se estendendo,

Sempre pronto a renovar.


É festa de todo sertão,

Do litoral à caatinga,

Com sanfona e zabumba,

A alegria sempre finga.

Na noite junina se sente

O coração da gente,

Que ao céu em rimas se tinga.


Capítulo 4 – Quadrilhas e Cultura Popular


A quadrilha é coreografia,

No salão ou no terreiro,

Vestidos de festa, chapéus,

O par gira o ano inteiro.

O forró embala a noite,

O povo sente e se açoite,

Na alegria do terreiro.


As fogueiras iluminam

A rua, a praça e o chão,

O milho assa no fogareiro,

É festa e devoção.

As crianças cantam e dançam,

Os adultos juntos balançam,

É festa de tradição.


Com balão e bandeirola,

Tem pipoca, quentão e amendoim,

E a sanfona não se cala,

É ritmo que vem de mim.

O Nordeste inteiro festeja,

E o povo nunca fraqueja,

Festejando o santo assim.


Capítulo 5 – Luiz Gonzaga e o Forró


Luiz Gonzaga, o grande rei,

Cantou forte o sertão,

Levou o forró do Nordeste

A todo Brasil, mão a mão.

“Olha pro Céu”, “São João na Roça”,

Sucessos que a gente escuta à roça,

Fazendo festa no coração.


Com sanfona, triângulo e zabumba,

A voz ecoou sem igual,

E o povo dançou contente,

Em cada arraial natal.

O legado do mestre vive,

E toda vez que se revive,

O baião se torna imortal.


As crianças, jovens e adultos

Cantam ainda suas canções,

E em cada arraial nordestino

Ressoam suas emoções.

Luiz Gonzaga ensinou

Que o sertão não se apagou,

E o forró venceu gerações.


Capítulo 6 – O Forró em Evolução


Depois dele vieram outros,

Dominguinhos, Trio Nordestino,

Genival Lacerda também,

Com estilo bem genuíno.

Do pé-de-serra à cidade,

O ritmo segue na verdade,

Forró é sempre destino.


Nos anos 90 e 2000

O forró se modernizou,

Universitário, eletrônico,

Mas a raiz não mudou.

A festa continua viva,

Com música e dança ativa,

E o coração nunca parou.


Hoje São João, Antônio e Pedro

Brilham no sertão com vigor,

E cada fogueira acesa

Revela o calor do amor.

É cultura, fé e alegria,

É tradição que irradia,

Celebrando o Brasil maior.


Encerramento


São João, Santo Antônio,

São Pedro, santos de luz,

Iluminam nosso povo,

Com a chama de Jesus.

Na sanfona e na fogueira,

A fé se torna bandeira,

Que a tradição conduz.


Epílogo


Encerrando este cordel,

Deixo em verso a emoção:

Festa junina é cultura,

É também religião.

E Luiz Gonzaga, o mestre,

Deixou vivo o coração.


📖 Nota de Fontes


Para compor este escrito,

Busquei fontes de valor,

Da história e do folclore,

De cultura e de amor.

Câmara Cascudo é mestre,

Renato Almeida é cantor.


Carlos Brandão nos ensina,

O que é folclore real,

E também cultura popular,

Que se espalha pelo quintal.

José Honório Rodrigues,

Relata festa natal.


Hermilo Borba Filho,

As festas vêm no papel,

E Luís da Câmara Lima,

Registra tudo tão fiel.

Roberto Moura confirma,

O Gonzaga imortal.


No site oficial do mestre

Achei sua discografia,

Tesouro do sanfoneiro

Que embalou a poesia.

Do baião Luiz Gonzaga,

Ressoa em eterna harmonia.


🌟 Quarta Capa





(Imagem realista digital 3D, inovadora, com toque bíblico devocional: fogueira, balões, bandeirolas, quadrilha, sanfoneiro, céu estrelado, símbolos de São João, Santo Antônio e São Pedro, assinatura discreta de Nhenety Kariri-Xocó.)




Autor: Nhenety Kariri-Xocó 



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