terça-feira, 30 de setembro de 2025

O MUNDO MARAVILHOSO DO NATAL EM CORDEL, Por Nhenety Kariri-Xocó"

 




🌟 DEDICATÓRIA POÉTICA


Dedico este meu cordel,

Com ternura e emoção,

À infância que ainda brilha

No calor do coração.

Aos velhos que, com memória,

Guardam no peito a história

Da mais linda tradição.


Dedico a cada criança

Que no Natal faz oração,

Ao povo que, na esperança,

Sonha com paz e união.

Ao índio, ao negro, ao branco,

Que erguem o mesmo canto

De fé, justiça e perdão.


Dedico ao povo distante,

Que sofre em meio à dor,

Mas guarda no peito o lume

De esperança e de amor.

Que este cordel se irradie,

E na alma, como poesia,

Seja um presente ao leitor.



📜 ÍNDICE POÉTICO


Neste cordel reluzente

De mensagem tão natal,

Trago em versos os caminhos

De um encanto sem igual.

No correr de cada etapa,

A poesia se destaca

Com brilho universal.


Capítulo Um apresenta

As origens do Natal,

Do presépio tão humilde,

Do sentido espiritual.

Fala da data escolhida,

Da fé que dá mais guarida

À memória imortal.


Capítulo Dois já nos leva

Ao bondoso São Nicolau,

Que a cultura transformou

Em Papai Noel jovial.

Do bispo à fantasia,

Renas, trenó, alegria,

Doce símbolo natal.


Capítulo Três descreve

Costumes da tradição:

Presentes, ceia, canções,

Guirlandas de enfeitação.

O pinheirinho brilhante,

As luzes em todo instante,

Florescem no coração.


Capítulo Quatro nos fala

Do sentido universal:

A paz que une os humanos,

A esperança fraternal.

Seja em templo ou em rua,

Que a solidariedade atua

Com mensagem sem igual.


Depois virá o Encerramento

Com palavras de calor,

E um Epílogo Poético

Que sela tudo em louvor.

Por fim, as fontes rimadas,

Notas fiéis registradas,

Na cadência do cantor.



🎄 ABERTURA


Entre estrelas e cantigas,

Nasce a luz do coração,

O Natal vem com ternura,

Esperança e comunhão.

É tempo de fé e abraço,

De partilha em cada passo,

De amizade e gratidão.


O mundo se ilumina inteiro

Na força da tradição,

Entre o presépio e a festa,

Renas, ceia e oração.

O sagrado e o popular,

Se encontram para ensinar

Os caminhos da união.


Cordel é ponte que canta,

História feita de flor,

Que mistura fé e riso,

Generosidade e amor.

E em versos faço o convite:

Entre, leitor, sem limite,

Neste livro encantador.


Aqui começa a jornada

De memória e de Natal,

Que nasceu em tempos idos

E cresceu no mundo atual.

Que os versos sejam presente,

Um farol resplandecente

De alegria universal.



✨ PRÓLOGO POÉTICO


No silêncio de uma gruta,

Um menino ali nasceu,

E da manjedoura humilde

Nova luz resplandeceu.

Era Cristo, o Salvador,

Que pregava paz e amor,

E à humanidade acolheu.


Desde então, o tempo avança

E a memória se refaz,

A mensagem de ternura

Viaja de trás pra trás.

Entre povos e fronteiras,

O Natal, nas muitas maneiras,

Sem fronteiras vive em paz.


Do presépio à árvore bela,

Do culto à canção popular,

Tudo mostra que o Natal

Se destina a iluminar.

Pois se une o que é divino

Com o humano e seu destino,

Num só gesto de abraçar.


O Papai Noel bondoso,

Que das lendas vai surgindo,

É São Nicolau antigo,

Com mil gestos repartindo.

Sua imagem se transformou,

De cultura em cultura voou,

E no coração foi vindo.


Assim, neste meu cordel,

Revelo com emoção,

O mundo maravilhoso

Que pulsa na tradição.

Entre origens e costumes,

Entre fé, sonhos e lumes,

Floresce a mesma canção.



📖 CAPÍTULO UM — AS ORIGENS RELIGIOSAS DO NATAL


I

Na cidade de Belém,

Sob o brilho da Estrela,

Nasceu menino divino,

Com pureza tão singela.

Era Cristo prometido,

Em presépio acolhido,

Luz maior que se revela.


II

José e a doce Maria

Guardavam com devoção,

O filho que veio ao mundo

Trazendo a salvação.

E os anjos, em harmonia,

Cantavam que aquele dia

Marcaria a criação.


III

Os pastores foram juntos

Adorar o Redentor,

E os Reis Magos, com presentes,

Demonstraram seu amor.

Ouro, mirra e incenso dado,

Cada gesto consagrado

Pelo nascimento em flor.


IV

No quarto século da era,

A Igreja então decidiu,

Que o dia vinte e cinco

De dezembro se perfil.

E, com festa solene,

O Natal ganhou regime

Que no mundo se expandiu.


V

Mas havia antigamente

Festas do sol triunfal,

Saturnália dos romanos,

Com banquete e ritual.

O cristão, em sabedoria,

Transformou a idolatria

No sentido espiritual.


VI

Assim nasce a grande data

Que ressoa até hoje em dia,

Unindo o sagrado antigo

À fé que se irradia.

Entre rezas e louvores,

Entre símbolos e amores,

Vive a santa liturgia.


VII

O presépio se tornou

O maior dos símbolos belos,

Com Maria, José e o Cristo,

E os animais ao redor deles.

É lembrança verdadeira,

Do amor que a vida inteira

Une a terra aos céus eternos.


VIII

E cada vela acesa brilha

No altar de cada cristão,

Relembrando o nascimento

Que acende no coração.

Pois Jesus, sendo menino,

Mostrou ao mundo o destino

De paz, fé e compaixão.


IX

Assim, a raiz sagrada

Do Natal se eternizou,

E no seio da cultura

Com ternura se firmou.

Entre fé e tradição,

Segue a mesma procissão

Que a humanidade abraçou.



🎅 CAPÍTULO DOIS — A TRADIÇÃO DE PAPAI NOEL


I

Lá no século bem distante,

Na cidade de Mira existiu,

Um bispo de fé bondosa

Que a muitos já socorreu.

Chamava-se Nicolau,

De coração tão leal,

Que a todos sempre ajudou.


II

Dava pão a quem sofria,

Protegia os pequeninos,

Socorria as famílias

E acolhia os peregrinos.

De tão nobre caridade,

Sua vida, na verdade,

Foi exemplo cristalino.


III

Conta a lenda que ele dava

Presentinhos às crianças,

Sempre em noites silenciosas,

Como fruto da esperança.

Assim cresceu sua fama,

Que do altar fez-se chama,

Repartindo confiança.


IV

Com o tempo a tradição

Foi cruzando o continente,

E da Europa até a América

Cresceu firme e reluzente.

Mudou roupas, mudou cores,

Mas guardou nos corações

O sentido permanente.


V

Do século dezenove,

Vem a forma que hoje vemos:

De barba longa e branca,

Com trenó e renas temos.

Um velhinho generoso,

De semblante carinhoso,

Que alegra até nos extremos.


VI

Sua roupa vermelhinha,

O gorro sempre enfeitado,

O sorriso estampado

E o olhar tão animado.

De Nicolau ele herdou

O gesto que se firmou:

Dar presente ao necessitado.


VII

Na véspera de Natal,

Ele chega tão ligeiro,

Passa o mundo num segundo

Com seu trenó aventureiro.

Trazendo paz e alegria,

Doces, sonhos, fantasia,

Ao menino verdadeiro.


VIII

Mas não é só fantasia,

Nem só riso passageiro:

É memória de bondade

Que se torna o dia inteiro.

Pois Papai Noel ensina

Que a vida se ilumina

Se o gesto for verdadeiro.


IX

Assim ficou consagrado

Na cultura universal,

O velhinho caridoso

Que simboliza o Natal.

Entre mito e devoção,

Ele guarda no coração

A mensagem fraternal.



🎶 CAPÍTULO TRÊS — OS COSTUMES POPULARES DO NATAL


I

Com o tempo o santo dia

Ganhou nova dimensão,

Entre povos e culturas

Floresceu na tradição.

Misturou-se fé e festa,

O Natal virou floresta

De esperança e comunhão.


II

A troca de bons presentes

É costume bem antigo,

Que reflete a grande oferta

Dos Magos ao Deus amigo.

Cada caixa embrulhadinha

É sinal da luz divina

Que caminha ao nosso abrigo.


III

O cartão com sua frase

De carinho singular,

Viaja de mão em mão

E faz o afeto pulsar.

Pois um simples pedacinho

Traz no verso o caminho

De ternura popular.


IV

Na ceia de fim de ano

Se reúne a família inteira,

Com o pão sobre a mesa

E a união verdadeira.

Entre risos e abraços,

São selados novos laços

Numa noite hospitaleira.


V

Cantam hinos e canções

De alegria e devoção,

Coros, vozes afinadas

Que elevam o coração.

De “Noite Feliz” ao presépio,

Cada canto é um mistério

Que renova a tradição.


VI

Enfeitam-se as moradias

Com pinheiros reluzentes,

Com guirlandas e estrelas,

Pisca-piscas sorridentes.

Cada luzinha acesa

É lembrança de pureza

A brilhar para os viventes.


VII

O presépio pequenino

É montado em cada lar,

Com a cena de Belém

Que nos inspira a lembrar.

Menino, pais e pastores,

São símbolos de valores

Que nos fazem celebrar.


VIII

No templo, na madrugada,

Celebra-se a missa santa,

Que relembra o nascimento

E o coração levanta.

Entre velas e oração,

Reacende a devoção

Que na fé jamais se espanta.


IX

Assim, cada povo cria

Sua forma de expressar,

Mas em todos vive a chama

Do espírito natal.

Entre festas e cultuar,

Tudo vem pra confirmar

O desejo de amar mais.



🕊️ CAPÍTULO QUATRO — O SENTIDO UNIVERSAL: PAZ E FRATERNIDADE


I

O Natal é mais que festa,

É chamado à reflexão,

É um tempo de esperança

Que renova o coração.

Mesmo em meio à tempestade,

Planta a flor da caridade

Nos caminhos da nação.


II

Não importa a crença ou raça,

Nem fronteira ou cor da pele,

Pois a chama que ele traz

Não se apaga nem se espele.

É mensagem que se lança,

Convocando a esperança

De que o amor sempre vele.


III

É o gesto solidário

De estender a própria mão,

É doar sem esperar,

É cuidar do seu irmão.

São campanhas de ternura,

Onde a fé se faz mais pura

E renova a compaixão.


IV

É a paz que se deseja

Em um mundo tão ferido,

Onde guerras ainda gritam

E o ódio não faz sentido.

Mas no Natal resplandece

A vontade que engrandece

De viver no bem erguido.


V

É momento de perdão,

De acertar velhas feridas,

De abraçar quem se afastou

E de unir as divididas.

É lembrar que a vida inteira

Fica mais verdadeira

Quando as almas são unidas.


VI

É olhar pra quem não tem

O pão certo todo dia,

É levar um pouco de afeto,

Um sorriso, uma alegria.

Pois Natal não é só festa,

É justiça manifesta

Na partilha que irradia.


VII

É a fé universal

Que em mil línguas se traduz,

É a estrela que conduz

Cada povo à mesma luz.

Pois ainda que distante,

Cada homem caminhante

Ao Natal sempre reluz.


VIII

No oriente ou no ocidente,

No sertão ou capital,

Todos sentem o chamado

Desse tempo sem igual.

Pois Natal, de todo jeito,

Nasce dentro do peito

Com ternura fraternal.


IX

Assim o Natal ensina

Que a humanidade é capaz

De viver em harmonia,

Sem fronteira, em plena paz.

É lição de eternidade,

De justiça e de bondade,

Que ninguém esquece jamais.



🌟 ENCERRAMENTO


Chegando ao fim da estrada,

Da jornada em poesia,

Revemos no coração

Tudo o que o Natal irradia.

Da origem tão sagrada,

À cultura misturada,

Ecoa fé e alegria.


Do presépio de Belém

À imagem do bom velhinho,

Do altar até a ceia,

Do abraço ao presentinho,

O Natal se fez canção,

Fez-se luz, fez-se união,

No mais humano caminho.


Seja em templo ou na rua,

Em família ou multidão,

O Natal brilha certeiro

Como estrela em procissão.

É convite universal

Que proclama o ideal

Da mais pura comunhão.


E que os versos deste livro,

Com cadência de cordel,

Sejam ponte luminosa,

Como o brilho de um pincel.

Pintem sonhos, fortaleçam,

Nas memórias enriqueçam

O Natal doce e fiel.



✨ EPÍLOGO POÉTICO


E assim termina este cordel,

Mas a história não se finda,

Pois o Natal é chama viva

Que a cada ano se ainda.

Nos corações ele mora,

Em cada gesto aflora

E a esperança nos brinda.


Não é só festa ou presente,

Nem só luz que a noite acende,

É lembrança do menino

Que a paz aos homens entende.

É amor que se propaga,

É união que se afaga,

É sentimento que surpreende.


Que cada laço de ternura,

Cada abraço e canção,

Seja semente plantada

No jardim do coração.

Pois Natal, em todo instante,

É cuidado constante,

É a vida em comunhão.


E quando a estrela surgir

No céu claro a brilhar,

Que possamos todos juntos

O espírito abraçar.

Pois entre fé, lenda e festa,

O que a vida mais nos resta

É no amor sempre caminhar.



📚 NOTA DE FONTES (REFERÊNCIAS EM CORDEL)


Para este cordel sagrado

Que o Natal veio ensinar,

Usei livros de estudo

Que ajudaram a me guiar.


CARDOSO e VAINFAS, mestres,

Na História a me ensinar,

Ensaios e metodologia

Que me fizeram meditar.


ELIAS com “Processo Civilizador”

Revelou ao meu olhar

Como a humanidade cresce

E se aprende a caminhar.


FRAZER, com “O Ramo de Ouro”,

Mostrou lendas a brilhar,

Rituais e antigos costumes

Que nos ensinam a amar.


HOBSBAWM, com “Invenção das Tradições”,

Explica bem o ritual,

Como festas e celebrações

Viraram cultura universal.


MARTINHO, em “História do Natal”,

De Lisboa veio nos dar

As origens e tradições

Que hoje o mundo quer celebrar.


A esses mestres e escritores

Meu cordel vem homenagear,

Pois sem seus saberes ricos

Não poderia se rimar.

Que suas palavras ecoem,

E que este cordel ensine,

A memória do Natal honrar.




Autor: Nhenety Kariri-Xocó 














Nenhum comentário: