quinta-feira, 2 de outubro de 2025

AS LUTAS ESPORTIVAS, DA ANTIGUIDADE À CONTEMPORANEIDADE EM CORDEL, Por Nhenety Kariri-Xocó





🌹 DEDICATÓRIA POÉTICA


Dedico este meu cordel

Aos mestres da tradição,

Que lutaram com coragem

Pela vida e educação.

Aos que fazem do combate

Arte e contemplação,

Deixo aqui minha homenagem

E sincera gratidão.


Dedico também ao povo

Que no ringue ou no terreiro,

Transformou a sua luta

Num legado verdadeiro.

Pois a luta é resistência,

É cultura e é celeiro

De memórias imortais

Guardadas no mundo inteiro.


📜 ÍNDICE POÉTICO


Dedicatória Poética


Abertura


Prólogo Poético


Capítulo I – A Luta na Grécia Antiga


Capítulo II – Gladiadores e Roma Antiga


Capítulo III – As Justas e Torneios Medievais


Capítulo IV – O Oriente e as Artes Marciais


Capítulo V – Jogos Olímpicos Modernos


Capítulo VI – O MMA e a Contemporaneidade


Encerramento


Epílogo Poético


Nota de Fontes


🌟 ABERTURA


Aqui começa o cordel,

Prepare-se o coração,

Pois viajaremos no tempo

Na trilha da tradição.

Da luta que vem da Grécia

Às artes do Japão,

Do Coliseu romano

Ao ringue da multidão.


A luta é mais que combate,

É cultura, é resistência,

É reflexo da humanidade

Em sua própria essência.

É filosofia e treino,

É memória e consciência,

É suor que atravessa séculos

Guardando sua presença.


🎭 PRÓLOGO POÉTICO


Se a vida é luta constante,

O esporte é seu espelho,

Reflete o esforço e o sonho,

A coragem e o conselho.

Cada golpe traz história,

Cada queda traz ensejo,

E a vitória é sempre fruto

Do suor e do desejo.


Da Pále da Grécia Antiga,

Ao octógono moderno,

A luta sempre revela

Um legado quase eterno.

É sangue, força e beleza,

É vitória contra o inferno,

É símbolo da cultura

Do humano no universo.


🥋 CAPÍTULOS EXPANDIDOS


📖 CAPÍTULO I – A LUTA NA GRÉCIA ANTIGA


Na Grécia dos tempos idos,

Surgia a competição,

Não só pela glória eterna,

Mas por honra e tradição.

No estádio ecoava forte

O grito da multidão,

E os deuses eram chamados

Para abençoar a ação.


A Pále, luta sagrada,

No Pentatlo se mostrou,

Desde setecentos e oito

Antes de Cristo brilhou.

O atleta tinha o dever

De mostrar força e vigor,

E no pó da arena quente

Seu corpo se levantou.


Três quedas eram a vitória,

Não havia tempo marcado,

Era o corpo contra o corpo,

Na areia o chão sagrado.

E quem vencia ganhava

Respeito consagrado,

Pois lutava com coragem

E espírito elevado.


Logo depois veio o Boxe,

Com tiras de couro cru,

Punhos firmes e potentes

Marcavam o tom do tabu.

Muitos saíam feridos,

Outros iam à tumba nu,

Mas a honra do combate

Era símbolo da virtude.


Ali o esporte ensinava

A coragem e o valor,

Era treino para a guerra

E também para o amor.

O atleta era exemplo

De moral e de vigor,

Guardado pela cidade

Como símbolo de louvor.


Na Grécia, a luta ergueu-se

Como escola universal,

Do corpo que se disciplina

E do espírito imortal.

Foi berço das Olimpíadas,

Memória fundamental,

Que até hoje nos inspira

No combate atual.


📖 CAPÍTULO II – GLADIADORES E ROMA ANTIGA


Quando Roma se ergueu forte,

O combate se transformou,

Já não era filosofia,

Era sangue que brotou.

A arena se fez teatro,

E o povo se encantou,

Com a vida dos gladiadores

Que ali a morte afrontou.


Os combates, funerários,

Tinham fundo ritual,

Mas depressa se tornaram

Espetáculo sem igual.

O Coliseu foi erguido,

Monumento colossal,

Onde o povo celebrava

Um poder imperial.


O gladiador era escravo,

Prisioneiro ou condenado,

Mas na arena ganhava

Um respeito inesperado.

Se vencia com coragem,

Era até idolatrado,

Mas se tombava ferido

Ficava no chão gelado.


Os senhores e imperadores

Usavam a luta, então,

Como forma de controlar

E acalmar a população.

O povo vibrava e aplaudia

Com gritos de emoção,

Mas por trás era estratégia

De poder e dominação.


Com o tempo veio a proibição,

No século quinto chegou,

Pois o sangue derramado

A moral já ultrapassou.

Mas Roma deixou no mundo

O legado que marcou,

Da luta feita espetáculo

Que o tempo eternizou.


📖 CAPÍTULO III – AS JUSTAS E TORNEIOS MEDIEVAIS


Na Idade Média surgiu

Outra forma de combater,

Eram cavaleiros nobres

Que buscavam se vencer.

Montados em seus cavalos,

Com lanças a se bater,

Tentavam a honra ganhar

Ou o título perder.


As justas eram tornei-os

De cavaleiro e bravura,

Que mostravam sua força

E também sua postura.

A lança batia forte,

Marcava a aventura,

E quem caía do cavalo

Perdia a luta segura.


Entre o século doze

E o dezesseis foi comum,

Esses torneios na Europa

Fizeram história em um.

Cultura de cavalheiros

Com armadura e escudo algum,

Que marcava a hierarquia

De uma nobreza em jejum.


Era mais do que combate,

Era festa e diversão,

O povo se reunia

Para ver tal ocasião.

E o cavaleiro que vencia

Ganhava admiração,

Sendo visto como símbolo

De honra e tradição.


Mas também houve perigo,

Pois muitos se feriram lá,

E os reis começaram a ver

Que era arriscado lutar.

Com o tempo foi caindo,

Deixando de se firmar,

Mas nas lendas e romances

Continuou a brilhar.


📖 CAPÍTULO IV – O ORIENTE E AS ARTES MARCIAIS


Do outro lado do mundo,

O Oriente despertou,

Com artes marciais antigas

Que o espírito educou.

Ali a luta não era

Só combate que cansou,

Era também disciplina

Que a alma iluminou.


Na China nasceu o Kung Fu,

De tradição milenar,

Técnicas do corpo e mente

Aprenderam a casar.

Mais tarde virou Wushu,

Regulamento exemplar,

Que fez da luta um caminho

De cultura popular.


No Japão surgiu o Judô,

Por Jigoro foi criado,

Em mil oitocentos e oitenta

E dois ficou registrado.

Não era só competição,

Mas respeito consagrado,

Filosofia de vida

Que o mestre tinha ensinado.


O Karatê de Okinawa

Traz sua raiz também,

Com golpes retos e firmes

Mostrando o que o corpo tem.

Demorou pra ser olímpico,

Mas em Tóquio fez o bem,

Marcando a luta no mundo

Com disciplina e refém.


Assim no Oriente a luta

Não é apenas bater,

É controle da respiração,

É o corpo a obedecer.

É a mente que comanda,

É o coração a valer,

É o combate que ensina

A viver e a crescer.


📖 CAPÍTULO V – JOGOS OLÍMPICOS MODERNOS


No século dezenove,

Coubertin sonhou trazer,

De volta os jogos antigos

Para o mundo reviver.

Em Atenas começou

A chama a resplandecer,

E a luta logo voltou

Com vigor a florescer.


A luta Greco-Romana

Foi logo institucional,

Depois o Boxe e a Livre

Entraram no ritual.

E a esgrima com sua arte

De duelo medieval,

Mostrava no esporte novo

Um combate cultural.


Mais adiante o Judô

Foi olímpico em sessenta e quatro,

Em Tóquio ele brilhou

Com respeito e grande trato.

Mostrou ao mundo inteiro

Que lutar não é um ato,

Mas sim filosofia viva

Que educa no contato.


Aos poucos vieram mais lutas,

Se firmando no papel,

O Karatê, o Taekwondo,

E até mesmo o Boxe fiel.

O ringue e o tatame agora

Mostravam o mesmo cordel,

Da luta que une os povos

Numa paz quase angelical.


📖 CAPÍTULO VI – O MMA E A CONTEMPORANEIDADE


Já no tempo moderno,

Um novo estilo nasceu,

Era mistura de lutas

Que o vale-tudo trouxe seu.

Em noventa e três surgiu,

O UFC apareceu,

E o mundo viu no octógono

Um combate que cresceu.


O MMA se formou

De mistura e tradição,

Judô, Boxe e Muay Thai,

Jiu-jitsu e Chão no chão.

Cada golpe era um traço

De antiga recordação,

Mas unido em um só corpo

Criava revolução.


Gracie foi nome marcante,

Danaher também citou,

Que nenhuma arte sozinha

Ao atleta sustentou.

Era preciso juntar todas

Para que se completou,

E assim o MMA forte

No planeta se firmou.


Hoje é esporte global,

Com audiência sem igual,

Octógonos reluzentes,

Transmissão mundial.

É o símbolo do presente,

É fenômeno cultural,

Mostrando que a luta vive

Num cenário universal.


🕊️ ENCERRAMENTO


Das arenas ancestrais,

Aos ringues da atualidade,

A luta sempre contou

A história da humanidade.

É cultura que persiste,

É memória e identidade,

É suor que atravessa séculos

Com coragem e lealdade.


🌌 EPÍLOGO POÉTICO


Assim fecho esta jornada

De combate e tradição,

A luta é mais que violência,

É cultura e superação.

É herança que resiste

Na memória da nação,

E que vive para sempre

No esporte e na paixão.


📚 NOTA DE FONTES (em Cordel)


Deixo em versos rimados

A memória das lições,

De autores que registraram

As lutas e tradições.

Sem eles este cordel

Não teria as dimensões,

Por isso trago seus nomes

Com poéticas citações.


Miller contou da Grécia,

Do esporte original,

Mostrando a Pále e o Boxe

No cenário universal.

Seu livro nos ensina

O valor essencial

Da luta como virtude

E prática imortal.


Hopkins e Beard mostraram

De Roma a cruel arena,

Onde sangue e gladiadores

Marcavam a dura cena.

Com o Coliseu imenso,

De memória tão plena,

Trouxeram em sua obra

A história que condena.


Genty falou do combate,

Do Boxe em sua essência,

Das mãos presas em couro

Na luta de resistência.

Mostrou como o esporte antigo

Tinha força e presença,

E marcou a humanidade

Com sangue e violência.


Gracie e Danaher, mestres,

Do MMA pioneiro,

Contaram da junção forte

De estilos por inteiro.

Ensinaram ao planeta

Que lutar é verdadeiro,

Quando une várias artes

Num combate por inteiro.


Nakamura nos lembrou

Do Judô e filosofia,

Que educa corpo e mente

Com disciplina e harmonia.

Sua obra é fundamento

De respeito e maestria,

E mostra que a luta é

Também luz e sabedoria.



Autor: Nhenety Kariri-Xocó 





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