🌹 DEDICATÓRIA POÉTICA
Dedico este meu cordel
Aos mestres da tradição,
Que lutaram com coragem
Pela vida e educação.
Aos que fazem do combate
Arte e contemplação,
Deixo aqui minha homenagem
E sincera gratidão.
Dedico também ao povo
Que no ringue ou no terreiro,
Transformou a sua luta
Num legado verdadeiro.
Pois a luta é resistência,
É cultura e é celeiro
De memórias imortais
Guardadas no mundo inteiro.
📜 ÍNDICE POÉTICO
Dedicatória Poética
Abertura
Prólogo Poético
Capítulo I – A Luta na Grécia Antiga
Capítulo II – Gladiadores e Roma Antiga
Capítulo III – As Justas e Torneios Medievais
Capítulo IV – O Oriente e as Artes Marciais
Capítulo V – Jogos Olímpicos Modernos
Capítulo VI – O MMA e a Contemporaneidade
Encerramento
Epílogo Poético
Nota de Fontes
🌟 ABERTURA
Aqui começa o cordel,
Prepare-se o coração,
Pois viajaremos no tempo
Na trilha da tradição.
Da luta que vem da Grécia
Às artes do Japão,
Do Coliseu romano
Ao ringue da multidão.
A luta é mais que combate,
É cultura, é resistência,
É reflexo da humanidade
Em sua própria essência.
É filosofia e treino,
É memória e consciência,
É suor que atravessa séculos
Guardando sua presença.
🎭 PRÓLOGO POÉTICO
Se a vida é luta constante,
O esporte é seu espelho,
Reflete o esforço e o sonho,
A coragem e o conselho.
Cada golpe traz história,
Cada queda traz ensejo,
E a vitória é sempre fruto
Do suor e do desejo.
Da Pále da Grécia Antiga,
Ao octógono moderno,
A luta sempre revela
Um legado quase eterno.
É sangue, força e beleza,
É vitória contra o inferno,
É símbolo da cultura
Do humano no universo.
🥋 CAPÍTULOS EXPANDIDOS
📖 CAPÍTULO I – A LUTA NA GRÉCIA ANTIGA
Na Grécia dos tempos idos,
Surgia a competição,
Não só pela glória eterna,
Mas por honra e tradição.
No estádio ecoava forte
O grito da multidão,
E os deuses eram chamados
Para abençoar a ação.
A Pále, luta sagrada,
No Pentatlo se mostrou,
Desde setecentos e oito
Antes de Cristo brilhou.
O atleta tinha o dever
De mostrar força e vigor,
E no pó da arena quente
Seu corpo se levantou.
Três quedas eram a vitória,
Não havia tempo marcado,
Era o corpo contra o corpo,
Na areia o chão sagrado.
E quem vencia ganhava
Respeito consagrado,
Pois lutava com coragem
E espírito elevado.
Logo depois veio o Boxe,
Com tiras de couro cru,
Punhos firmes e potentes
Marcavam o tom do tabu.
Muitos saíam feridos,
Outros iam à tumba nu,
Mas a honra do combate
Era símbolo da virtude.
Ali o esporte ensinava
A coragem e o valor,
Era treino para a guerra
E também para o amor.
O atleta era exemplo
De moral e de vigor,
Guardado pela cidade
Como símbolo de louvor.
Na Grécia, a luta ergueu-se
Como escola universal,
Do corpo que se disciplina
E do espírito imortal.
Foi berço das Olimpíadas,
Memória fundamental,
Que até hoje nos inspira
No combate atual.
📖 CAPÍTULO II – GLADIADORES E ROMA ANTIGA
Quando Roma se ergueu forte,
O combate se transformou,
Já não era filosofia,
Era sangue que brotou.
A arena se fez teatro,
E o povo se encantou,
Com a vida dos gladiadores
Que ali a morte afrontou.
Os combates, funerários,
Tinham fundo ritual,
Mas depressa se tornaram
Espetáculo sem igual.
O Coliseu foi erguido,
Monumento colossal,
Onde o povo celebrava
Um poder imperial.
O gladiador era escravo,
Prisioneiro ou condenado,
Mas na arena ganhava
Um respeito inesperado.
Se vencia com coragem,
Era até idolatrado,
Mas se tombava ferido
Ficava no chão gelado.
Os senhores e imperadores
Usavam a luta, então,
Como forma de controlar
E acalmar a população.
O povo vibrava e aplaudia
Com gritos de emoção,
Mas por trás era estratégia
De poder e dominação.
Com o tempo veio a proibição,
No século quinto chegou,
Pois o sangue derramado
A moral já ultrapassou.
Mas Roma deixou no mundo
O legado que marcou,
Da luta feita espetáculo
Que o tempo eternizou.
📖 CAPÍTULO III – AS JUSTAS E TORNEIOS MEDIEVAIS
Na Idade Média surgiu
Outra forma de combater,
Eram cavaleiros nobres
Que buscavam se vencer.
Montados em seus cavalos,
Com lanças a se bater,
Tentavam a honra ganhar
Ou o título perder.
As justas eram tornei-os
De cavaleiro e bravura,
Que mostravam sua força
E também sua postura.
A lança batia forte,
Marcava a aventura,
E quem caía do cavalo
Perdia a luta segura.
Entre o século doze
E o dezesseis foi comum,
Esses torneios na Europa
Fizeram história em um.
Cultura de cavalheiros
Com armadura e escudo algum,
Que marcava a hierarquia
De uma nobreza em jejum.
Era mais do que combate,
Era festa e diversão,
O povo se reunia
Para ver tal ocasião.
E o cavaleiro que vencia
Ganhava admiração,
Sendo visto como símbolo
De honra e tradição.
Mas também houve perigo,
Pois muitos se feriram lá,
E os reis começaram a ver
Que era arriscado lutar.
Com o tempo foi caindo,
Deixando de se firmar,
Mas nas lendas e romances
Continuou a brilhar.
📖 CAPÍTULO IV – O ORIENTE E AS ARTES MARCIAIS
Do outro lado do mundo,
O Oriente despertou,
Com artes marciais antigas
Que o espírito educou.
Ali a luta não era
Só combate que cansou,
Era também disciplina
Que a alma iluminou.
Na China nasceu o Kung Fu,
De tradição milenar,
Técnicas do corpo e mente
Aprenderam a casar.
Mais tarde virou Wushu,
Regulamento exemplar,
Que fez da luta um caminho
De cultura popular.
No Japão surgiu o Judô,
Por Jigoro foi criado,
Em mil oitocentos e oitenta
E dois ficou registrado.
Não era só competição,
Mas respeito consagrado,
Filosofia de vida
Que o mestre tinha ensinado.
O Karatê de Okinawa
Traz sua raiz também,
Com golpes retos e firmes
Mostrando o que o corpo tem.
Demorou pra ser olímpico,
Mas em Tóquio fez o bem,
Marcando a luta no mundo
Com disciplina e refém.
Assim no Oriente a luta
Não é apenas bater,
É controle da respiração,
É o corpo a obedecer.
É a mente que comanda,
É o coração a valer,
É o combate que ensina
A viver e a crescer.
📖 CAPÍTULO V – JOGOS OLÍMPICOS MODERNOS
No século dezenove,
Coubertin sonhou trazer,
De volta os jogos antigos
Para o mundo reviver.
Em Atenas começou
A chama a resplandecer,
E a luta logo voltou
Com vigor a florescer.
A luta Greco-Romana
Foi logo institucional,
Depois o Boxe e a Livre
Entraram no ritual.
E a esgrima com sua arte
De duelo medieval,
Mostrava no esporte novo
Um combate cultural.
Mais adiante o Judô
Foi olímpico em sessenta e quatro,
Em Tóquio ele brilhou
Com respeito e grande trato.
Mostrou ao mundo inteiro
Que lutar não é um ato,
Mas sim filosofia viva
Que educa no contato.
Aos poucos vieram mais lutas,
Se firmando no papel,
O Karatê, o Taekwondo,
E até mesmo o Boxe fiel.
O ringue e o tatame agora
Mostravam o mesmo cordel,
Da luta que une os povos
Numa paz quase angelical.
📖 CAPÍTULO VI – O MMA E A CONTEMPORANEIDADE
Já no tempo moderno,
Um novo estilo nasceu,
Era mistura de lutas
Que o vale-tudo trouxe seu.
Em noventa e três surgiu,
O UFC apareceu,
E o mundo viu no octógono
Um combate que cresceu.
O MMA se formou
De mistura e tradição,
Judô, Boxe e Muay Thai,
Jiu-jitsu e Chão no chão.
Cada golpe era um traço
De antiga recordação,
Mas unido em um só corpo
Criava revolução.
Gracie foi nome marcante,
Danaher também citou,
Que nenhuma arte sozinha
Ao atleta sustentou.
Era preciso juntar todas
Para que se completou,
E assim o MMA forte
No planeta se firmou.
Hoje é esporte global,
Com audiência sem igual,
Octógonos reluzentes,
Transmissão mundial.
É o símbolo do presente,
É fenômeno cultural,
Mostrando que a luta vive
Num cenário universal.
🕊️ ENCERRAMENTO
Das arenas ancestrais,
Aos ringues da atualidade,
A luta sempre contou
A história da humanidade.
É cultura que persiste,
É memória e identidade,
É suor que atravessa séculos
Com coragem e lealdade.
🌌 EPÍLOGO POÉTICO
Assim fecho esta jornada
De combate e tradição,
A luta é mais que violência,
É cultura e superação.
É herança que resiste
Na memória da nação,
E que vive para sempre
No esporte e na paixão.
📚 NOTA DE FONTES (em Cordel)
Deixo em versos rimados
A memória das lições,
De autores que registraram
As lutas e tradições.
Sem eles este cordel
Não teria as dimensões,
Por isso trago seus nomes
Com poéticas citações.
Miller contou da Grécia,
Do esporte original,
Mostrando a Pále e o Boxe
No cenário universal.
Seu livro nos ensina
O valor essencial
Da luta como virtude
E prática imortal.
Hopkins e Beard mostraram
De Roma a cruel arena,
Onde sangue e gladiadores
Marcavam a dura cena.
Com o Coliseu imenso,
De memória tão plena,
Trouxeram em sua obra
A história que condena.
Genty falou do combate,
Do Boxe em sua essência,
Das mãos presas em couro
Na luta de resistência.
Mostrou como o esporte antigo
Tinha força e presença,
E marcou a humanidade
Com sangue e violência.
Gracie e Danaher, mestres,
Do MMA pioneiro,
Contaram da junção forte
De estilos por inteiro.
Ensinaram ao planeta
Que lutar é verdadeiro,
Quando une várias artes
Num combate por inteiro.
Nakamura nos lembrou
Do Judô e filosofia,
Que educa corpo e mente
Com disciplina e harmonia.
Sua obra é fundamento
De respeito e maestria,
E mostra que a luta é
Também luz e sabedoria.
Autor: Nhenety Kariri-Xocó
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