terça-feira, 7 de outubro de 2025

INDÍGENAS VERSUS MORGADO EM CORDEL, Capítulos III - VI, Por Nhenety Kariri-Xocó





CAPÍTULO III – REVOLTAS, MISSÕES E CAMINHOS DOS XOCÓS


Margens rios Ipanema, Pajeú

Existia Xocó os aldeamentos

Pertencente à Vila de Penedo

Religiosos seus atendimentos

Grupo dominador dos sertões

Evangelizar os procedimentos.


Vale do rio Ipanema de 1688

Pernambuco Xocó aldeados

O capuchinho Frei de Bluerne

Eles revoltosos desesperados

Enquanto Sergipe a Comarca

Territórios colonial zoneados.


Governador ordena as aldeias

Combater os Kariris revoltados

Retirando delas uns 300 índios

Entre Aramuru implementados

Partiram o Rio Grande do Norte

Região de “Bárbaros” rebelados.


Na Capitania de Pernambuco

Zumbi a Palmares manobrava

Quilombos Alagoas rebeliões

Jorge Velho 1694 concentrava

Convoca Xocós o líder Niraubi

Do bandeirante onde superava.


Quilombo a Ilha do Ouro 1698

Velho Chico negros refugiados

Fazenda de Sergipe atacavam

Território Aramuru extraviados

Acabando suas fontes de caça

Índios mocambos esvaziados.


Região do Baixo São Francisco

Romaris ora estão localizados

Na Ilha do Ouro, ou em Propriá

Nos arredores com civilizados

Perto Serras do Pão de Açúcar

Entre 1698 a 1746 já balizados.


Romaris condiz aos Aramurus

Deste princípio provavelmente

Enquanto Ceocoses os Xocós

A certa realidade estritamente

Como habitando várias aldeias

Quando conquista obviamente.


Atribui Aramurú para Romarí

Grupos externos à influência

Mudança gráfica o etnônimo

Por algum autor divergência

Citando o roumirís ano 1698

Concluindo sua conveniência.


Literatura bastante consultada

Século XVII Xokó não achados

Ilha de São Pedro os Aramurus

Numa evangelização batizados

Os primeiros com Pernambuco

Segundo Bahia reestabilizados.


Devido Alvará Régio de 1700

Chocós do Panema migraram

Aldeias Jaciobá e Urubumirim

Pão de Açúcar, Colégio ocam

Vila de Penedo o novo destino

Nessas missões encontraram.


CAPÍTULO IV – OS CHOCÓS, O DIRETÓRIO E A ERA DAS TRANSFORMAÇÕES


Na Capitania de Pernambuco

Ano 1717 Xocós referenciais

Buscando ajuda missionários

Margens de rios e mananciais

Chegou o Baixo São Francisco

Procura missões preferenciais.


A Missão Colégio dos Kariris

Outros indígenas juntamente

Carapotió, Aconã, Prakió e os

Xocó ano 1728 fica veemente

De 7 léguas da Vila do Penedo

Vários fatores drasticamente.


O ano 1739 a Aldeia Jaciobá

Xocó Língua Geral chamados

Uma Nação do Pão de Açúcar

E índios Romaris aproximados

Esta localiza a Vila de Penedo

Cobrindo território extremados.


O Morgado de Porto da Folha

Dos índios parte pertencente

Estava entre Fazenda Caiçara

Por um direito remanescente

Nos autos tombamento 1745

Defronte a ilha circunjacente.


Corre o ano de 1749 por diante

Xocós não estão mencionados

Aldeia Panema a Pernambuco

Alagoas ficam proporcionados

Mas Pão de Açúcar no Penedo

Outra a Colégio jurisdicionados.


Mas Estêvão Pinto menciona

Os Carnijós e Xocós na relação

Essa fundação de Águas Belas

Confirmada uma fala revelação

“Chocôz” do “Panema” e Shocó

Panema o Ipanema correlação.


Segundo estudioso Hohenthal

Índios e vale São Franciscano

Após 1759, localiza os Romarís

À margem direita no sergipano

Propriá e Missão de São Pedro

Direção o religioso dominicano.


Alexandre Gomes F. C. Branco,

Com engenho por decadência

Filho de Pedro Gomes morreu

Ano 1762 dívida na pendência

Terras sob venda desfacelando

Descuido houve na negligência.


Diretório dos Índios ano 1798

As vilas coloniais sua criação

Marquês de Pombal decretou

Terra do índio a transformação

Após expulsão destes jesuítas

Aldeias e cidades consignação.


A Aldeia dos índios Aramurus

Missão de São Pedro descrita

Numa jurisdição sob Vila Nova

Será a ordem colonial prescrita

Em 1802 passada para Propriá

Elevada na outra vila reinscrita.


CAPÍTULO V – DECADÊNCIA DAS MISSÕES E OS CONFLITOS DA ILHA DE SÃO PEDRO


Missões sergipanas referidas

Pacíficas, bastante civilizadas

Ordens 1803 as vilas coloniais

Nas aldeias descaracterizadas

Ruas na alvenaria teia e tijolos

Com tradições desvalorizadas.


Antônio Gomes F. C. Branco

Todos títulos 1807 registrou

Junto na Câmara de Propriá

De 30 léguas terras mostrou

O Morgado de Porto da Folha

Imenso latifúndio que reiterou.


O Ferrão de Castelo Branco

História certas divergências

Ser mesmo dono das terras?

Excluí índios nas evidências

Direitos origens e históricos

Desde o princípio referências.


Capitão Luiz da Silva Tavares

Morgado como o seu herdeiro

Negocia parte das terras 1807

Até outro poderoso fazendeiro

O Francisco C. de Britto Chaves

Por 500 mil réis muito dinheiro.


D. Marcos Antônio de Souza

Missão foi logo descrevendo

Chamando índios indolentes

Ilha de São Pedro intervendo

De uma tática discriminatória

Ano 1808 estava abrangendo.


A Missão Ilha de São Pedro

Capuchinhos sob a regência

Imigração dos portugueses

Religiosos com prepotência

Em 1810 invasão intensifica

Arrendamentos competência.


Seria o Padre Antônio Simões

Ilha de São Pedro no ocusado

O índio José Serafim de Souza

Recurso vigário teria desviado

Arrendando terra no benefício

Ano de 1815 não ter repassado.


Padre Manuel Aires do Casal

A Ilha de São Pedro encontrou

Em 1817 Romaris e Ceocoses

Que o Xocó religioso chamou

Migração foi de Pão de Açúcar

Aos poucos missão aproximou.


O Xocó a partir do século XIX

Seriam mesmo mencionados

Com denominação em Sergipe

Ilha de São Pedro adicionados

Destacam perante tais etnias

Nesse Morgado pressionados.


Incentivo ato discriminatório

Índios a São Pedro acusados

Preguiçosos ocorrido de 1818

Autoridades oficiais avisados

Caracterizações de indígenas

Usurpar nos direitos passados.


CAPÍTULO VI – DA FREGUESIA À EXTINÇÃO DO MORGADO


São Pedro do Porto da Folha

Ano 1821 da Freguesia criada

Ilha de São Pedro como sede

Na civilidade Xokó apropriada

O Padre Gaspar Farias Bulcão

Cuida da missão referenciada.


Outro Gaspar de Paula Bulcão

Ser padre de São Pedro diretor

Avisa 60 índios de Águas Belas

Estes aceitos pelo seu benfeitor

Chegou para visitar os parentes

Na parte de seu povo progenitor.


Foi a 1828 nesse grande golpe

Freguesia já surge novamente

O São Pedro de Porto da Folha

Enquanto durará interinamente

A Vila Propriá perdeu 26 léguas

Restando 14 da terra veemente.


Ano 1829 a Ilha de São Pedro

Índios de várias procedências:

Curral dos Bois, Rudela, Águas

Belas, Colégio nas influências

Pacatuba, Traipu como Pambu

Vai e vêm suas contingências.


O São Pedro do Porto da Folha

Na vila criada da sua povoação

Ofício de 7 de fevereiro de 1834

Aldeia freguesia a miscigenação

Todos lados vindo portugueses

A ilha um distrito da aculturação.


A Lei 6 de outubro o ano 1835

Morgadios do Brasil a extinção

Do Morgado de Porto da Folha

O Império confirma contenção

Sua influência sobre os índios

Mudando tática da reinvenção.


Biólogo inglês George Gardner

No São Francisco a sua viagem

Ano 1838 na Ilha de São Pedro

Estudando plantas e paisagem

Vendo índios a extrema penúria

A aldeia na fome sem coragem.


Em 1841 a sede da Freguesia

São Pedro ao Buraco mudada

Na atualidade o Porto da Folha

Portugueses numa debandada

Foi uma decadência tremenda

A tribo estar bem consolidada.


Governo Provincial de Sergipe

Reino Imperial vai informando

Aldeias 1846 está o abandono

Caboclos vêm transformando

Forma de acelerar na extinção

Com alguns cidade miserando.


Aldeia de São Pedro ano 1849

João F. da Silva Tavares diretor

Frei Doroteu de Loreto na casa

Da Fazenda Araticum consultor

Para saber a situação indígena

Nos informes do administrador.



Autor: Nhenety Kariri-Xocó 



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