quarta-feira, 1 de outubro de 2025

O MUNDO DAS MIL E UMA NOITES EM CORDEL, Por Nhenety Kariri-Xocó





🌹 DEDICATÓRIA POÉTICA


Ofereço ao povo irmão,

Das noites mil cintilantes,

Que guardaram tradição,

De contos emocionantes.

À Sherazade valente,

Com sua voz reluzente,

Dedico versos brilhantes.


📜 ÍNDICE POÉTICO


Dedicatória Poética


Abertura Encantada


Prólogo Poético


Capítulo I – O Universo Fabuloso


Capítulo II – Origens da Tarde e do Alvorecer


Capítulo III – A Geografia Simbólica


Capítulo IV – Sherazade e a Arte da Palavra


Capítulo V – O Oriente e o Ocidente


Capítulo VI – A Inspiração dos Poetas


Encerramento da Obra


Epílogo Poético


Nota de Fontes


Quarta Capa


🌙 ABERTURA ENCANTADA


Leitor, venha sem demora,

Que a viagem vai começar,

Nas Mil e Uma da aurora

Onde o sonho vem reinar.

São histórias encantadas,

De gerações celebradas,

No eterno dom de narrar.


✨ PRÓLOGO POÉTICO


Sherazade resistiu,

Com palavra verdadeira,

Sua voz nunca caiu,

Foi rainha altaneira.

Cada noite um universo,

Tecendo o mundo em verso,

Da cultura feiticeira.



🌟 ENCERRAMENTO DA OBRA


Assim finda a caminhada,

Nas mil noites sem ter fim,

Cada voz é celebrada,

Cada conto tem um jardim.

A palavra foi vitória,

Sherazade fez história,

E a esperança disse: "sim".


🌺 EPÍLOGO POÉTICO


O leitor que aqui chegou,

Guardará no coração,

Que a palavra que salvou

É força, vida e canção.

Quem narra sempre resiste,

E no encanto sempre existe

A chama da tradição.


📚 NOTA DE FONTES (Referências rimadas)


Borges, mestre sonhador,

Falou da eternidade,

Com Calvino o pensador,

Criou mil possibilidades.

Gauthier contou sem temores,

Histórias cheias de cores,

Do mundo da liberdade.


Farah Pinto registrou,

Com rigor e precisão,

O imaginário mostrou,

Do árabe em reflexão.

Rushdie em mar de memória,

Cantou mil noites de glória,

Guardadas na tradição.



Autor : Nhenety Kariri-Xocó 



📖 CAPÍTULO I – O UNIVERSO FABULOSO


1

As Noites são tesouro antigo,

De povos em comunhão,

Um tecido sem perigo

Que atravessa geração.

É símbolo e é memória,

É raiz de muita história.


2

Na Pérsia teve começo,

Entre livros de saber,

Mas foi além do endereço,

Pois cresceu pra florescer.

Na voz árabe encantada,

Ganhou forma celebrada.


3

São mil vozes em conjunto,

Que o tempo foi entrelaçar,

Do oriente o grande assunto,

De cultura a se abraçar.

De Bagdá até a Índia,

Toda a lenda se expandia.


4

O palco é sempre infinito,

De mesquitas e desertos,

De cidades que o mito

Vai mantendo sempre perto.

Um universo em expansão,

De magia e coração.


5

Sherazade é a centelha,

Que mantém a chama viva,

Pois no conto sempre espelha

A esperança que cativa.

Cada noite em emoção,

É vitória da razão.


6

Ali surgem mercadores,

Feiticeiros e ladinos,

Sultões de grandes valores,

Príncipes e peregrinos.

E no meio da jornada,

Há princesa encantada.


7

Gênios presos na garrafa,

Que o destino libertou,

A palavra sempre abafa

O perigo que rondou.

Entre o real e a ilusão,

Há encantos que são lição.


8

É tapete a deslizar,

Sobre mares e desertos,

É miragem a brilhar,

Com horizontes abertos.

É milagre que resiste,

É memória que persiste.


9

No seu tempo não se apaga,

Nem o vento faz calar,

Pois a voz sempre propaga

A beleza de contar.

É a fábula imortal,

Um tesouro sem igual.


10

Assim nasce esse universo,

De mistério e fantasia,

Que se desenha em cada verso,

Como aurora e poesia.

Eternidade proclamada,

Pela noite consagrada.



📖 CAPÍTULO II – ORIGENS DA TARDE E DO ALVORECER


1

No berço da velha Pérsia,

Chamava-se Afsanah,

Mil contos que eram cantados,

Na boca que não se cala.

Da Índia veio o tempero,

Do árabe o tom certeiro.


2

O livro foi se expandindo,

Entre séculos de memória,

O povo foi traduzindo,

Guardando pedaço e história.

Da China veio o encanto,

E o Egito deu seu manto.


3

Assim nasceu essa trama,

Que o árabe nomeou,

"Alf Laila wa-Laila" chama,

Mil e uma noites marcou.

Cada noite uma aventura,

Com magia e ternura.


4

Sherazade inteligente,

Na boca tinha a chave,

Contava sempre contente,

Para o rei bravo e grave.

E o fio da narração

Virava libertação.


5

Na moldura dos enredos,

Histórias dentro de histórias,

Suspensos eram os medos,

Guardados na própria glória.

Era a vida em camadas,

Sempre viva, sempre ornada.


6

Do oriente ao ocidente,

Esses fios foram tecendo,

Tradição sobrevivente

Que até hoje vai vivendo.

Um tecido de nações,

Mil bocas, mil corações.


7

Oito séculos guardaram,

As vozes desse tesouro,

Que os povos alimentaram,

Com palavra, canto e ouro.

E o alvorecer renascia,

Sempre que a noite caía.


8

Da tarde até a alvorada,

De geração a geração,

A palavra foi lançada

Como eterna salvação.

Nas Mil e Uma que brilham,

É o tempo que partilha.


📖 CAPÍTULO III – A GEOGRAFIA SIMBÓLICA


1

Bagdá, rainha da terra,

Nos contos sempre aparece,

Onde o califa governa

E a riqueza resplandece.

Cairo, Basra e Samarcanda,

Cada nome nos encanta.


2

Damasco traz seu jardim,

China traz o horizonte,

A Índia brilha sem fim,

Com mil pedras de um monte.

E nas ilhas do oceano,

Há milagres todo ano.


3

Mas não é mapa preciso,

Nem fronteira desenhada,

É o símbolo conciso

De uma rota encantada.

É cartografia sonhada,

E não régua limitada.


4

É geografia do mito,

É espaço do coração,

Onde o homem deposita

O sonho da criação.

São portos da fantasia,

Nos mares da poesia.


5

O tempo ali se dissolve,

Do passado ao porvir,

Pois a lenda sempre envolve

Um desejo de existir.

A cidade vira estrela,

Quem sonha corre pra vê-la.


6

No deserto e na mesquita,

Na rua e no palácio,

Cada conto solicita

O ouro do espaço.

Tudo vira encruzilhada,

De cultura entrelaçada.


7

As noites são território,

De encontro e de fusão,

Misturam-se mito e história

Com fé e imaginação.

O Oriente se reflete,

Na palavra que promete.


8

E o leitor ao viajar,

Nesse mapa sem fronteira,

Descobre o dom de sonhar

Que a memória alvorece inteira.

O espaço vira ponte,

Entre o vale e o horizonte.


📖 CAPÍTULO IV – SHERAZADE E A ARTE DA PALAVRA


1

Sherazade, a corajosa,

No silêncio se firmou,

Com sua voz poderosa,

O destino transformou.

Com astúcia feminina,

Fez da história sua sina.


2

Diante de Shahriyar,

Rei cruel e implacável,

Decidiu se arriscar

Com engenho admirável.

Cada noite um suspense,

Cada fábula convence.


3

A palavra foi seu escudo,

O conto, sua espada,

Num palácio tão sisudo

Fez da vida a jornada.

Com seu verbo cintilante,

Fez da morte algo distante.


4

Não lutou com a espada,

Nem venceu na violência,

Mas com voz encantada

Reescreveu a existência.

Sua pena foi caminho,

Sua boca foi seu ninho.


5

Cada pausa calculada,

Cada ponto suspensivo,

Foi rede bem preparada

Que o rei ficou cativo.

Pois no fio da emoção,

Renascera a compaixão.


6

Mil noites ela venceu,

Noite a noite resistindo,

Mil auroras ela ergueu,

Com palavra construindo.

Mostrou que narrar é luta,

E a memória nunca é bruta.


7

Sherazade, inspiração,

Da mulher que sabe e sente,

É símbolo de resistência,

De voz clara e consciente.

A palavra feminina,

É chama que se destina.


8

Assim a história ficou,

De Sherazade guardada,

Que o Oriente iluminou,

Com sua verve encantada.

Exemplo que a noite traz:

A palavra é sempre paz.



📖 CAPÍTULO V – O ORIENTE E O OCIDENTE


1

Foi na pena de Galland,

Francês de erudição,

Que o Ocidente demandou

As Noites em tradução.

Deu ao povo europeu,

O encanto que ele leu.


2

No ano de setecentos,

De quatro a dezessete,

Chegaram aos sentimentos

Histórias que eram diletas.

E personagens surgiram,

Que até os árabes não viram.


3

Aladim, com sua lâmpada,

Ali Babá, destemido,

E o Sinbad que desbrava

Mares longe do sentido.

Personagens encantados,

Na França foram criados.


4

Do Oriente para o mundo,

A obra se universaliza,

O Ocidente mais profundo

Com magia se batiza.

E as Mil Noites se tornaram

Um espelho que inspiraram.


5

Na Europa o romantismo

Fez do Oriente um jardim,

Idealizou sem juízo,

Mas com cores de cetim.

Era o mito oriental,

Um reflexo sem igual.


6

No teatro e na pintura,

Na ópera e na canção,

As Noites deram figura

À fantasia e emoção.

E na pena do escritor,

Viraram fonte de amor.


7

O cinema mais moderno

Recriou cada cenário,

Com lampejo quase eterno

De um encanto lendário.

Disney, filmes e seriados,

Mantiveram-nos lembrados.


8

Do Oriente ao Ocidente,

Foi ponte de tradição,

Cultura viva, presente,

Na memória e coração.

Mostrou que a arte é ponte,

Do passado ao horizonte.


📖 CAPÍTULO VI – A INSPIRAÇÃO DOS POETAS


1

Borges, mestre argentino,

Nas palavras se encantou,

Viu nas Noites o destino

Que seu verso iluminou.

Com Calvino italiano,

Fez-se o sonho soberano.


2

Machado, o nosso gênio,

No Brasil tão majestoso,

Viu no conto o desempenho

De um narrar fabuloso.

E Poe, com seu mistério,

Fez do enredo um império.


3

Rushdie, o indiano ousado,

No mar de histórias navegou,

Com Haroun sempre encantado,

Seu romance consagrou.

Fez da lenda uma bandeira,

Com palavra verdadeira.


4

As Noites foram espelho

De escritores sem fronteira,

Que viram no seu conselho

Uma luz sempre certeira.

Cada fábula ensinava,

Cada voz iluminava.


5

A técnica das camadas,

História dentro de história,

Deixou muitas almas marcadas,

Pela magia e memória.

Um labirinto sem fim,

Que conduz ao próprio sim.


6

O suspense foi herdado,

O fio do narrador,

Que mantém sempre o cuidado

De prender o leitor.

Esse engenho tão antigo

É lição que anda comigo.


7

Na cultura popular

Foi teatro e foi canção,

Virou ópera a encantar,

Foi desenho, inspiração.

E até nos jogos digitais,

Suas lendas vivem mais.


8

Assim o legado ficou,

No Ocidente e no Oriente,

A memória se firmou

Como chama permanente.

E a Sherazade altaneira

É voz eterna e certeira.


9

Do passado até o presente,

A obra segue a brilhar,

Mostra a força persistente

Do humano em narrar.

Pois quem conta sempre ensina,

E o futuro se ilumina.


10

O cordel que aqui declama

Celebra a mesma lição:

Que a palavra é chama

Que aquece o coração.

É milagre que não morre,

E da vida nunca corre.



🌟 ENCERRAMENTO DA OBRA


1

Chegamos ao fim da estrada,

Das Noites mil tão divinas,

Cada voz foi celebrada

Entre estrelas cristalinas.

O leitor que aqui seguiu,

Viu o encanto que floriu.


2

Sherazade foi mestra,

De coragem e ternura,

Mostrou que a palavra é festa,

É caminho e é ventura.

Na boca de quem resiste,

O futuro sempre existe.


3

Assim fica esta lição:

Que contar é resistir,

É plantar no coração

A semente de existir.

Pois quem narra em poesia,

Garante a eterna alegria.


🌺 EPÍLOGO POÉTICO


1

Eis o mundo encantador,

Das Noites mil sem fronteira,

Que nos deu sonho e valor,

Pela palavra certeira.

É herança universal,

É memória sem igual.


2

De Bagdá até o ocidente,

Da Índia ao vasto sertão,

Sherazade está presente

Na voz de cada nação.

O cordel que aqui se encerra

É ponte, é sonho, é terra.


3

Leitor, guarde esta lembrança,

Como ouro e como luz,

Pois a vida é esperança,

E a palavra é quem conduz.

Quem narra sempre liberta,

E mantém a alma desperta.


📚 NOTA DE FONTES (Referências em versos rimados)


1

Borges, gênio argentino,

Com “História da Eternidade”,

Fez do sonho peregrino

Um reflexo da verdade.

Sua pena iluminada

Foi memória celebrada.


2

Calvino, mestre italiano,

“Seis propostas” escreveu,

Com olhar sempre arcano,

Ao milênio concedeu

Imaginação brilhante,

De futuro cintilante.


3

Xavier Gauthier narrou,

No Brasil deu sua vez,

“As Mil e Uma” contou,

Com riqueza e altivez.

Histórias do mundo árabe,

Fez registro inesquecível.


4

Farah Pinto pesquisou

Com rigor e precisão,

Na Revista USP mostrou

O árabe em reflexão.

Da cultura fez ponte,

Do deserto até a fonte.


5

E Rushdie, voz tão ousada,

Cantou mares de memórias,

Sua pena encantada

Reviveu mil e uma histórias.

Com Haroun navegou,

E no mito se firmou.



📜 Texto da Quarta Capa





O MUNDO DAS MIL E UMA NOITES EM CORDEL

Por Nhenety Kariri-Xocó


Nas areias do deserto,

Um palácio resplandeceu,

E da voz de uma mulher

Todo o mundo renasceu.

Sherazade foi mestra,

Do tempo fez grande festa.


Cada noite é luminária,

É memória sem fronteira,

É palavra necessária,

É cultura verdadeira.

Do oriente à imensidão,

Ecoa em cada geração.


No cordel a tradição

Ganha novo caminhar,

Entre sonhos e emoção,

Entre o rir e o chorar.

Pois quem narra em poesia

Garante a eterna alegria.




Autor: Nhenety Kariri-Xocó 





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