🌹 DEDICATÓRIA POÉTICA
Ofereço ao povo irmão,
Das noites mil cintilantes,
Que guardaram tradição,
De contos emocionantes.
À Sherazade valente,
Com sua voz reluzente,
Dedico versos brilhantes.
📜 ÍNDICE POÉTICO
Dedicatória Poética
Abertura Encantada
Prólogo Poético
Capítulo I – O Universo Fabuloso
Capítulo II – Origens da Tarde e do Alvorecer
Capítulo III – A Geografia Simbólica
Capítulo IV – Sherazade e a Arte da Palavra
Capítulo V – O Oriente e o Ocidente
Capítulo VI – A Inspiração dos Poetas
Encerramento da Obra
Epílogo Poético
Nota de Fontes
Quarta Capa
🌙 ABERTURA ENCANTADA
Leitor, venha sem demora,
Que a viagem vai começar,
Nas Mil e Uma da aurora
Onde o sonho vem reinar.
São histórias encantadas,
De gerações celebradas,
No eterno dom de narrar.
✨ PRÓLOGO POÉTICO
Sherazade resistiu,
Com palavra verdadeira,
Sua voz nunca caiu,
Foi rainha altaneira.
Cada noite um universo,
Tecendo o mundo em verso,
Da cultura feiticeira.
🌟 ENCERRAMENTO DA OBRA
Assim finda a caminhada,
Nas mil noites sem ter fim,
Cada voz é celebrada,
Cada conto tem um jardim.
A palavra foi vitória,
Sherazade fez história,
E a esperança disse: "sim".
🌺 EPÍLOGO POÉTICO
O leitor que aqui chegou,
Guardará no coração,
Que a palavra que salvou
É força, vida e canção.
Quem narra sempre resiste,
E no encanto sempre existe
A chama da tradição.
📚 NOTA DE FONTES (Referências rimadas)
Borges, mestre sonhador,
Falou da eternidade,
Com Calvino o pensador,
Criou mil possibilidades.
Gauthier contou sem temores,
Histórias cheias de cores,
Do mundo da liberdade.
Farah Pinto registrou,
Com rigor e precisão,
O imaginário mostrou,
Do árabe em reflexão.
Rushdie em mar de memória,
Cantou mil noites de glória,
Guardadas na tradição.
Autor : Nhenety Kariri-Xocó
📖 CAPÍTULO I – O UNIVERSO FABULOSO
1
As Noites são tesouro antigo,
De povos em comunhão,
Um tecido sem perigo
Que atravessa geração.
É símbolo e é memória,
É raiz de muita história.
2
Na Pérsia teve começo,
Entre livros de saber,
Mas foi além do endereço,
Pois cresceu pra florescer.
Na voz árabe encantada,
Ganhou forma celebrada.
3
São mil vozes em conjunto,
Que o tempo foi entrelaçar,
Do oriente o grande assunto,
De cultura a se abraçar.
De Bagdá até a Índia,
Toda a lenda se expandia.
4
O palco é sempre infinito,
De mesquitas e desertos,
De cidades que o mito
Vai mantendo sempre perto.
Um universo em expansão,
De magia e coração.
5
Sherazade é a centelha,
Que mantém a chama viva,
Pois no conto sempre espelha
A esperança que cativa.
Cada noite em emoção,
É vitória da razão.
6
Ali surgem mercadores,
Feiticeiros e ladinos,
Sultões de grandes valores,
Príncipes e peregrinos.
E no meio da jornada,
Há princesa encantada.
7
Gênios presos na garrafa,
Que o destino libertou,
A palavra sempre abafa
O perigo que rondou.
Entre o real e a ilusão,
Há encantos que são lição.
8
É tapete a deslizar,
Sobre mares e desertos,
É miragem a brilhar,
Com horizontes abertos.
É milagre que resiste,
É memória que persiste.
9
No seu tempo não se apaga,
Nem o vento faz calar,
Pois a voz sempre propaga
A beleza de contar.
É a fábula imortal,
Um tesouro sem igual.
10
Assim nasce esse universo,
De mistério e fantasia,
Que se desenha em cada verso,
Como aurora e poesia.
Eternidade proclamada,
Pela noite consagrada.
📖 CAPÍTULO II – ORIGENS DA TARDE E DO ALVORECER
1
No berço da velha Pérsia,
Chamava-se Afsanah,
Mil contos que eram cantados,
Na boca que não se cala.
Da Índia veio o tempero,
Do árabe o tom certeiro.
2
O livro foi se expandindo,
Entre séculos de memória,
O povo foi traduzindo,
Guardando pedaço e história.
Da China veio o encanto,
E o Egito deu seu manto.
3
Assim nasceu essa trama,
Que o árabe nomeou,
"Alf Laila wa-Laila" chama,
Mil e uma noites marcou.
Cada noite uma aventura,
Com magia e ternura.
4
Sherazade inteligente,
Na boca tinha a chave,
Contava sempre contente,
Para o rei bravo e grave.
E o fio da narração
Virava libertação.
5
Na moldura dos enredos,
Histórias dentro de histórias,
Suspensos eram os medos,
Guardados na própria glória.
Era a vida em camadas,
Sempre viva, sempre ornada.
6
Do oriente ao ocidente,
Esses fios foram tecendo,
Tradição sobrevivente
Que até hoje vai vivendo.
Um tecido de nações,
Mil bocas, mil corações.
7
Oito séculos guardaram,
As vozes desse tesouro,
Que os povos alimentaram,
Com palavra, canto e ouro.
E o alvorecer renascia,
Sempre que a noite caía.
8
Da tarde até a alvorada,
De geração a geração,
A palavra foi lançada
Como eterna salvação.
Nas Mil e Uma que brilham,
É o tempo que partilha.
📖 CAPÍTULO III – A GEOGRAFIA SIMBÓLICA
1
Bagdá, rainha da terra,
Nos contos sempre aparece,
Onde o califa governa
E a riqueza resplandece.
Cairo, Basra e Samarcanda,
Cada nome nos encanta.
2
Damasco traz seu jardim,
China traz o horizonte,
A Índia brilha sem fim,
Com mil pedras de um monte.
E nas ilhas do oceano,
Há milagres todo ano.
3
Mas não é mapa preciso,
Nem fronteira desenhada,
É o símbolo conciso
De uma rota encantada.
É cartografia sonhada,
E não régua limitada.
4
É geografia do mito,
É espaço do coração,
Onde o homem deposita
O sonho da criação.
São portos da fantasia,
Nos mares da poesia.
5
O tempo ali se dissolve,
Do passado ao porvir,
Pois a lenda sempre envolve
Um desejo de existir.
A cidade vira estrela,
Quem sonha corre pra vê-la.
6
No deserto e na mesquita,
Na rua e no palácio,
Cada conto solicita
O ouro do espaço.
Tudo vira encruzilhada,
De cultura entrelaçada.
7
As noites são território,
De encontro e de fusão,
Misturam-se mito e história
Com fé e imaginação.
O Oriente se reflete,
Na palavra que promete.
8
E o leitor ao viajar,
Nesse mapa sem fronteira,
Descobre o dom de sonhar
Que a memória alvorece inteira.
O espaço vira ponte,
Entre o vale e o horizonte.
📖 CAPÍTULO IV – SHERAZADE E A ARTE DA PALAVRA
1
Sherazade, a corajosa,
No silêncio se firmou,
Com sua voz poderosa,
O destino transformou.
Com astúcia feminina,
Fez da história sua sina.
2
Diante de Shahriyar,
Rei cruel e implacável,
Decidiu se arriscar
Com engenho admirável.
Cada noite um suspense,
Cada fábula convence.
3
A palavra foi seu escudo,
O conto, sua espada,
Num palácio tão sisudo
Fez da vida a jornada.
Com seu verbo cintilante,
Fez da morte algo distante.
4
Não lutou com a espada,
Nem venceu na violência,
Mas com voz encantada
Reescreveu a existência.
Sua pena foi caminho,
Sua boca foi seu ninho.
5
Cada pausa calculada,
Cada ponto suspensivo,
Foi rede bem preparada
Que o rei ficou cativo.
Pois no fio da emoção,
Renascera a compaixão.
6
Mil noites ela venceu,
Noite a noite resistindo,
Mil auroras ela ergueu,
Com palavra construindo.
Mostrou que narrar é luta,
E a memória nunca é bruta.
7
Sherazade, inspiração,
Da mulher que sabe e sente,
É símbolo de resistência,
De voz clara e consciente.
A palavra feminina,
É chama que se destina.
8
Assim a história ficou,
De Sherazade guardada,
Que o Oriente iluminou,
Com sua verve encantada.
Exemplo que a noite traz:
A palavra é sempre paz.
📖 CAPÍTULO V – O ORIENTE E O OCIDENTE
1
Foi na pena de Galland,
Francês de erudição,
Que o Ocidente demandou
As Noites em tradução.
Deu ao povo europeu,
O encanto que ele leu.
2
No ano de setecentos,
De quatro a dezessete,
Chegaram aos sentimentos
Histórias que eram diletas.
E personagens surgiram,
Que até os árabes não viram.
3
Aladim, com sua lâmpada,
Ali Babá, destemido,
E o Sinbad que desbrava
Mares longe do sentido.
Personagens encantados,
Na França foram criados.
4
Do Oriente para o mundo,
A obra se universaliza,
O Ocidente mais profundo
Com magia se batiza.
E as Mil Noites se tornaram
Um espelho que inspiraram.
5
Na Europa o romantismo
Fez do Oriente um jardim,
Idealizou sem juízo,
Mas com cores de cetim.
Era o mito oriental,
Um reflexo sem igual.
6
No teatro e na pintura,
Na ópera e na canção,
As Noites deram figura
À fantasia e emoção.
E na pena do escritor,
Viraram fonte de amor.
7
O cinema mais moderno
Recriou cada cenário,
Com lampejo quase eterno
De um encanto lendário.
Disney, filmes e seriados,
Mantiveram-nos lembrados.
8
Do Oriente ao Ocidente,
Foi ponte de tradição,
Cultura viva, presente,
Na memória e coração.
Mostrou que a arte é ponte,
Do passado ao horizonte.
📖 CAPÍTULO VI – A INSPIRAÇÃO DOS POETAS
1
Borges, mestre argentino,
Nas palavras se encantou,
Viu nas Noites o destino
Que seu verso iluminou.
Com Calvino italiano,
Fez-se o sonho soberano.
2
Machado, o nosso gênio,
No Brasil tão majestoso,
Viu no conto o desempenho
De um narrar fabuloso.
E Poe, com seu mistério,
Fez do enredo um império.
3
Rushdie, o indiano ousado,
No mar de histórias navegou,
Com Haroun sempre encantado,
Seu romance consagrou.
Fez da lenda uma bandeira,
Com palavra verdadeira.
4
As Noites foram espelho
De escritores sem fronteira,
Que viram no seu conselho
Uma luz sempre certeira.
Cada fábula ensinava,
Cada voz iluminava.
5
A técnica das camadas,
História dentro de história,
Deixou muitas almas marcadas,
Pela magia e memória.
Um labirinto sem fim,
Que conduz ao próprio sim.
6
O suspense foi herdado,
O fio do narrador,
Que mantém sempre o cuidado
De prender o leitor.
Esse engenho tão antigo
É lição que anda comigo.
7
Na cultura popular
Foi teatro e foi canção,
Virou ópera a encantar,
Foi desenho, inspiração.
E até nos jogos digitais,
Suas lendas vivem mais.
8
Assim o legado ficou,
No Ocidente e no Oriente,
A memória se firmou
Como chama permanente.
E a Sherazade altaneira
É voz eterna e certeira.
9
Do passado até o presente,
A obra segue a brilhar,
Mostra a força persistente
Do humano em narrar.
Pois quem conta sempre ensina,
E o futuro se ilumina.
10
O cordel que aqui declama
Celebra a mesma lição:
Que a palavra é chama
Que aquece o coração.
É milagre que não morre,
E da vida nunca corre.
🌟 ENCERRAMENTO DA OBRA
1
Chegamos ao fim da estrada,
Das Noites mil tão divinas,
Cada voz foi celebrada
Entre estrelas cristalinas.
O leitor que aqui seguiu,
Viu o encanto que floriu.
2
Sherazade foi mestra,
De coragem e ternura,
Mostrou que a palavra é festa,
É caminho e é ventura.
Na boca de quem resiste,
O futuro sempre existe.
3
Assim fica esta lição:
Que contar é resistir,
É plantar no coração
A semente de existir.
Pois quem narra em poesia,
Garante a eterna alegria.
🌺 EPÍLOGO POÉTICO
1
Eis o mundo encantador,
Das Noites mil sem fronteira,
Que nos deu sonho e valor,
Pela palavra certeira.
É herança universal,
É memória sem igual.
2
De Bagdá até o ocidente,
Da Índia ao vasto sertão,
Sherazade está presente
Na voz de cada nação.
O cordel que aqui se encerra
É ponte, é sonho, é terra.
3
Leitor, guarde esta lembrança,
Como ouro e como luz,
Pois a vida é esperança,
E a palavra é quem conduz.
Quem narra sempre liberta,
E mantém a alma desperta.
📚 NOTA DE FONTES (Referências em versos rimados)
1
Borges, gênio argentino,
Com “História da Eternidade”,
Fez do sonho peregrino
Um reflexo da verdade.
Sua pena iluminada
Foi memória celebrada.
2
Calvino, mestre italiano,
“Seis propostas” escreveu,
Com olhar sempre arcano,
Ao milênio concedeu
Imaginação brilhante,
De futuro cintilante.
3
Xavier Gauthier narrou,
No Brasil deu sua vez,
“As Mil e Uma” contou,
Com riqueza e altivez.
Histórias do mundo árabe,
Fez registro inesquecível.
4
Farah Pinto pesquisou
Com rigor e precisão,
Na Revista USP mostrou
O árabe em reflexão.
Da cultura fez ponte,
Do deserto até a fonte.
5
E Rushdie, voz tão ousada,
Cantou mares de memórias,
Sua pena encantada
Reviveu mil e uma histórias.
Com Haroun navegou,
E no mito se firmou.
📜 Texto da Quarta Capa
O MUNDO DAS MIL E UMA NOITES EM CORDEL
Por Nhenety Kariri-Xocó
Nas areias do deserto,
Um palácio resplandeceu,
E da voz de uma mulher
Todo o mundo renasceu.
Sherazade foi mestra,
Do tempo fez grande festa.
Cada noite é luminária,
É memória sem fronteira,
É palavra necessária,
É cultura verdadeira.
Do oriente à imensidão,
Ecoa em cada geração.
No cordel a tradição
Ganha novo caminhar,
Entre sonhos e emoção,
Entre o rir e o chorar.
Pois quem narra em poesia
Garante a eterna alegria.
Autor: Nhenety Kariri-Xocó
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