domingo, 12 de outubro de 2025

ORIGEM DO POVO HEBREU: OS ISRAELITAS E JUDEUS EM CORDEL





ÍNDICE POÉTICO 


1. Capa Principal Frontal (3D – após texto poético)

2. Dedicatória Poética (já existente – adaptada em versos rimados)

3. Índice Poético

4. Abertura Poética (em sextilhas)

5. Prólogo Poético

6. Capítulos 

Capítulo I e II 

Capítulo III e IV 

Capítulo V e VI

7. Encerramento Poético

8. Epílogo Poético

9. Nota de Fontes Rimada

10. Ficha Técnica Poética

11. Epílogo Final (em tom de despedida e sabedoria)

12. Sobre o Autor

13. Sobre a Obra

14. Quarta Capa Poética + Versão 3D digital (imagem)



🌾 DEDICATÓRIA POÉTICA 



Àqueles que vêm depois,

Nos rastros da tradição,

Filhos, netos, seus herdeiros,

Guardem firme a direção!

Do saber, deixo o perfume,

Como luz na escuridão.


Deixo a chama da memória,

E o amor pela verdade,

Para o tempo não silenciar

A voz da ancestralidade.

Que o estudo seja um rio,

Que alague a humanidade.


O que escrevo é meu legado,

Feito em fé e esperança,

Que o saber seja colheita

Da raiz da confiança.

E o futuro reconheça

A herança da lembrança.


Este canto é testemunho

De quem ama o conhecer,

Pois o povo que recorda

Tem na alma o renascer.

E que os ventos da justiça

Façam a história florescer!



🌅 ABERTURA POÉTICA 



De Ur até Canaã,

Há caminhos de poeira,

Um povo surge na fé,

Com coragem verdadeira.

Levando a voz dos antigos,

Na palavra mensageira.


Hebreu é quem atravessa,

É quem cruza o vasto chão,

De Éber vem a semente,

Do Semita a geração.

E Abraão, com sua força,

Fez da fé, libertação.


Entre rios e caravanas,

Entre o oriente e o sol,

Ergue o povo a sua tenda,

No sagrado arrebol.

E o deserto vira escola,

Onde o verbo é o farol.


Da Mesopotâmia antiga

Ao solo de Canaã,

Segue a trilha do divino,

Com promessa e amanhã.

Do hebreu nasce o israelita,

Do israelita, o judá.



📜 PRÓLOGO POÉTICO 



Eu venho contar histórias

De tempos que não têm fim,

De patriarcas e sonhos,

Que moldaram o porvir assim.

Da fé que gera um povo,

E um Deus que fala por mim.


Lá nas margens do Eufrates,

Ur guardava o seu altar,

Mas um homem escutou a voz,

Que mandava ele andar.

“Deixa a terra de teus pais,

Que outra luz vai te guiar.”


Abraão, o escolhido,

Fez-se símbolo e missão,

Entre Éber e Canaã,

Caminhou com devoção.

Fez da travessia o selo

De uma eterna geração.


Da raiz da velha língua,

Brotou o verbo hebraico,

Que atravessa, que renova,

Como vento sobre o claustro.

E da voz do peregrino

Nasce o povo sem atraso.


Eis aqui, leitor amigo,

Um cordel que quer dizer:

Que a fé tem muitas faces,

Mas uma só, o renascer.

Que o povo que busca a origem

Aprende o dom de viver.



📖 CAPÍTULO I — O SIGNIFICADO DE “HEBREU”


(O Povo que Atravessa o Caminho do Tempo)


Hebreu vem de “ʿIvri”,

Palavra de travessia,

Do “outro lado do rio”,

Nasce a etimologia.

É quem cruza, é quem caminha,

Com coragem e ousadia.


“Ever” quer dizer passagem,

E é raiz de “ibri” fiel,

É verbo que vem de longe,

De um tempo sem carrossel.

Da travessia divina

Surge o povo do cordel.


É povo de andarilhos,

De tendas e de esperança,

Que faz da fé seu abrigo

E da memória, a herança.

Entre o deserto e o sonho,

Segue em divina aliança.


Foi Abraão quem primeiro,

Chamado “hebreu” ficou,

Pois viera de outra terra,

E a promessa escutou.

Lá de Ur dos Caldeus,

Um novo povo brotou.


O termo que o designava

Não era só genealogia,

Mas o símbolo do caminho,

Do homem que desafia.

Quem atravessa a fronteira,

Leva a fé como ousadia.


A raiz “A-vár” nos fala,

De um verbo que é ação,

Significa “atravessar”,

Ir além da direção.

Quem vive a fé em jornada,

Traz no peito a missão.


O hebreu é esse andarilho,

Que em si carrega o altar,

Entre tendas e montanhas,

Nunca deixa de buscar.

Pois em cada travessia,

Aprende o verbo amar.


É por isso que o termo

Guarda em si tal poder,

Pois resume a caminhada

Do homem que quer crescer.

E o hebreu, de fé antiga,

É raiz do renascer.



🕊️ CAPÍTULO II — DE ÉBER ATÉ ABRAÃO


(A Linhagem da Promessa e da Travessia)


De Sem veio a descendência,

Do dilúvio até a paz,

No ventre das gerações

O nome de Éber se faz.

Semente do povo antigo,

Que a fé nunca desfaz.


Éber, bisneto de Sem,

Guardava o dom da palavra,

Do saber e da memória,

Que o tempo nunca lavra.

Foi pai de Pelegue e Joctã,

Da linhagem que se lavra.


E de Éber veio o nome

Que o mundo reconheceu,

“Hebreu” que cruzou fronteiras,

Do oriente até o breu.

E dessa árvore sagrada,

Abraão floresceu.


De geração em geração,

A linhagem se formou,

Dos filhos de Sem aos netos,

Um destino se traçou.

Na voz dos antigos livros,

O caminho se mostrou.


Em Ur dos Caldeus nasceu,

Abraão, homem da fé,

Que ouviu Deus lhe chamar,

E seguiu como Josué.

“Deixa a casa de teus pais,

Pois nova terra se é.”


Caminhou entre os rebanhos,

Caravanas e luar,

Com Sara, sua companheira,

Levando o verbo amar.

Em Canaã fincou tenda,

Para o sonho sem cessar.


Harã foi porto e passagem,

De migração e oração,

Terá, pai de Abraão,

Lá buscou direção.

E da voz do firmamento,

Veio nova missão.


De Éber veio o espírito

De quem busca e atravessa,

De Abraão, o renascido,

Que a fé nunca despeça.

Dessa semente divina,

O mundo ainda se interessa.


Assim nasce o povo hebreu,

Entre promessa e jornada,

Feito de pó e de sonho,

De fé abençoada.

É o povo que atravessa

A história eternizada.



🏕️ CAPÍTULO III — A PEREGRINAÇÃO DE ABRAÃO, ISAQUE E JACÓ


(Os Patriarcas do Caminho e da Promessa)


De Ur saiu Abraão,

Chamado pelo Senhor,

Levando fé e coragem,

Guiado pelo amor.

Deixou terra e parentela,

Pra seguir o Criador.


Caminhou por longas rotas,

Entre areias e luar,

De Canaã fez morada,

Sem jamais se acomodar.

Pois o céu era promessa,

E a fé, seu caminhar.


Sara, esposa fiel,

Guardou o ventre sagrado,

E no tempo prometido

Um filho foi revelado.

Chamaram-lhe Isaque,

Herdeiro abençoado.


Isaque herdou o pacto,

Do Eterno que tudo guia,

Com Rebeca, sua esposa,

Fez nascer nova harmonia.

E o povo dos pastores

Seguiu a profecia.


De Isaque veio Jacó,

Homem de força e ardor,

Que lutou com o anjo eterno

E venceu com seu fervor.

Chamaram-lhe “Israel”,

Por lutar com o Senhor.


Em Betel erguendo altar,

Jacó viu o céu se abrir,

Com anjos subindo e vindo,

A promessa a reluzir.

Era o pacto renovado,

Que jamais iria ruir.


Dos filhos de Jacó, doze,

Formou-se a santa nação,

Cada tribo uma esperança,

Cada nome uma missão.

E Israel, como um tronco,

Deu raízes à criação.


José, filho mais amado,

Foi vendido e perdoou,

Do Egito fez-se príncipe,

E o destino iluminou.

Pois da dor brotou a glória,

Que o Senhor lhe confiou.


Assim, a fé peregrina,

Entre areia e manjedoura,

Fez do homem um altar vivo,

E da alma uma tessitura.

Da travessia do tempo,

Surge a história mais pura.



🌄 CAPÍTULO IV — A TRANSIÇÃO DE HEBREUS PARA ISRAELITAS


(Da Promessa à Formação do Povo Eleito)


Do nome “hebreu” primeiro,

Surge o povo de Abraão,

Mas com Jacó, o chamado,

Muda a designação.

Pois “Israel” nasce em luta,

Entre fé e superação.


O termo “israelita”

Brota da nova herança,

Das tribos que em união

Ergueram fé e esperança.

Cada filho de Jacó

É raiz dessa aliança.


Rúben, Simeão e Levi,

Judá, Dã, Naftali,

Gade, Aser e Issacar,

Zebulom, José e Benjamim,

Formaram o corpo sagrado

Do povo que não tem fim.


Israel foi seu nome novo,

Símbolo de quem venceu,

O povo que o anjo viu,

E a bênção recebeu.

De hebreus para israelitas,

O destino se teceu.


Quando o Egito os aprisiona,

Na terra da servidão,

A fé serve de escudo,

E o Êxodo é libertação.

Pois do jugo e da corrente,

Surge o clamor da nação.


Com Moisés e sua tábua,

O monte se iluminou,

E a lei feita de fogo

Entre o povo ressoou.

De hebreus a israelitas,

O pacto se firmou.


Israel é o novo nome,

Da fé que não se abate,

De um povo peregrino,

Que a aliança rebate.

Hebreu é quem atravessa,

Israel, quem se combate.


Mas o sangue é o mesmo rio,

Que no tempo vai correr,

Entre o Êufrates e o Nilo,

Entre o nascer e o morrer.

De hebreu a israelita,

A essência é o viver.


E o povo da travessia

Fez da história um altar,

Cada nome uma lembrança,

Cada canto um renascer.

Pois quem busca suas origens

Aprende o verbo “ser”.



CAPÍTULO V — O EXÍLIO E O NOME “JUDEU”



Do cativeiro da Babilônia,

Nasceu um novo sentido,

O povo em fé não se priva,

Mesmo em chão corrompido,

Guardando a lei que ilumina,

No peito o nome querido.


De “Judá” vem o termo “judeu”,

Herança de um dos irmãos,

Que no exílio endureceu

Mas manteve puras as mãos,

Mesmo longe da promessa,

Elevava as orações.


Caiu o templo de Sião,

Mas não caiu a memória,

O exílio virou lição,

Reavivando a história,

Pois o povo que sofre e crê

Carrega eterna vitória.


Em terras de rios estranhos,

Entre muralhas e dor,

Os profetas com seus sonhos

Falavam da vinda do amor,

De um Rei que viria em paz,

Para unir fé e valor.


E de Judá veio a chama

Que reacendeu o destino,

Entre as cinzas e a lama

Renasceu o povo divino,

Guardião de antigas leis,

E do verbo cristalino.


Na Babilônia, o pranto,

Mas também o renascer,

Pois o Espírito Santo

Não deixou o povo morrer,

E entre lágrimas da dor,

Brilhou o dom de escrever.


Dos rolos santos brotaram

As letras da tradição,

E os que exilados ficaram

Plantaram fé no coração,

E o nome “judeu” então

Ergueu-se como oração.


O templo um dia refeito

Marcaria a libertação,

E o povo de novo aceito

Voltaria à sua nação,

Mas com alma amadurecida

Pela dor e redenção.



CAPÍTULO VI — CONTINUIDADE HISTÓRICA E ESPIRITUAL


Da Judéia à Galileia,

Novos tempos surgiriam,

E da antiga semente hebreia

Outros ramos floririam,

Pois a fé daquele povo

Jamais se extinguiria.


Vieram povos, vieram reinos,

Impérios de ferro e mar,

Mas os judeus, tão pequenos,

Souberam sempre guardar,

Na Torá e na lembrança,

O direito de sonhar.


De Abraão à modernidade,

O fio da fé resistiu,

Mesmo em meio à tempestade,

O povo não sucumbiu,

E o nome “Israel”

Pela terra ressurgiu.


Na diáspora se espalharam,

Pelo oriente e ocidente,

Em cada lar semearam

O Deus Uno, onipotente,

E o sábado, sua luz,

Brilhou clara e persistente.


Vieram guerras e dores,

Perseguições sem piedade,

Mas o povo dos valores

Guardou sua identidade,

Com a força da palavra,

E a fé da eternidade.


Hoje o hebreu é memória,

O israelita é missão,

O judeu mantém a história

Em contínua evolução,

Cada nome é um espelho

Do mesmo coração.


Povo que o tempo não cansa,

Nem a dor faz recuar,

Herança que se balança

Mas não deixa de vibrar,

Pois no verbo e na esperança

Sabe sempre recomeçar.


Assim termina a jornada

De um povo e sua fé,

De uma origem sagrada

Que a humanidade até

Hoje busca compreender,

Nos passos de YHVH.


E no fim dessa canção,

Entre o ontem e o agora,

Ecoa a revelação

Que o tempo nunca devora:

“De Éber veio o nome hebreu,

E a fé que o mundo ancora.”



ENCERRAMENTO POÉTICO — A ETERNA ALIANÇA


Da argila o homem nasceu,

Do sopro veio a missão,

E o povo que Deus escolheu

Foi guia da criação,

Com a palavra e o tempo

Firmando a revelação.


Na tenda ou na montanha,

Entre o ouro e o deserto,

A fé nunca se estranha,

Pois Deus caminha por perto,

E o fogo que guia a noite

Mantém o pacto desperto.


Das tribos à profecia,

Da lei à libertação,

Cada página irradia

A divina inspiração,

Que no coração dos justos

Floresce em renovação.


Mesmo o templo destruído

Jamais calou o louvor,

Pois o povo, em fé erguido,

Se fez guardião do amor,

E a chama do Eterno brilha

Na alma do sonhador.


De Éber até Abraão,

De Davi ao Prometido,

Segue viva a condução

Do mistério bendecido,

Pois a linhagem da luz

Jamais perde o sentido.


E quem lê esta memória

Lê também o seu reflexo,

Pois dentro da própria história

Vive um elo e um anexo,

Do ser, da fé e do tempo,

No mesmo sopro complexo.


Hebreus, judeus, israelitas,

Três nomes, um coração,

Na fé são as mesmas fitas

Tecendo a revelação,

Que une o homem e o céu

Num laço de redenção.



EPÍLOGO — O LEGADO DA FÉ


No silêncio da alvorada,

Entre estrelas e poeira,

Ecoa a voz consagrada

De uma antiga bandeira:

“A fé não é um império,

Mas chama verdadeira.”


A história nunca termina,

Apenas muda o lugar,

Como a água cristalina

Que busca o mar pra voltar,

Assim também o espírito

Segue a Deus sem cessar.


Do Êufrates ao Jordão,

Do Sinai à Galileia,

Ecoa a mesma canção

Que o tempo ainda semeia:

“O homem é pó e sopro,

Mas sua fé é cheia.”


E o leitor que aqui chegou,

Pela vereda da razão,

Entenda que Deus moldou

O destino e a nação,

Com o barro da esperança

E o selo da Criação.


Pois no coração humano,

Habita o sopro ancestral,

De um povo que foi o plano

Do desígnio universal,

E o nome “hebreu” reluz

Como verbo imortal.


Assim termina o cordel,

De origem tão verdadeira,

Onde o sagrado e o papel

Fundem-se em mesma bandeira,

E a palavra se eterniza

Na alma brasileira.


Pois quem canta a caminhada

De um povo tão singular,

Canta a luz revelada

Que veio nos ensinar:

A fé que vem de Éber

É o dom de continuar.



📜9. NOTA DE FONTES RIMADA


Na trilha da tradição,

Busquei fontes verdadeiras,

Das páginas da revelação

E vozes mensageiras,

Que guardam nos seus escritos

As raízes primeiras.


Das tábuas de Moisés

À pena dos escribas santos,

Passando por leis e reis

Que deram fé aos seus cantos,

Da Torá ao Testamento,

Ecoam velhos encantos.


Usei estudos da História,

De tempos e de linhagem,

Com base na memória

Da fé e da viagem,

Do Éden à Canaã,

Seguindo a mesma imagem.


Consultas de pesquisadores

E fontes de alta mão,

Historiadores, doutores,

Que trouxeram precisão,

Mas foi o verbo divino

Que guiou meu coração.


E assim deixo registrado

Com respeito e devoção,

Que este canto inspirado

É fruto de contemplação,

Da história e da palavra

Que moldam a criação.



🪶 10. FICHA TÉCNICA E POÉTICA


Título: Título: Origem do Povo Hebreu: Os Israelitas e Judeus em Cordel 

Autor: Nhenety Kariri-Xocó

Gênero: Literatura de Cordel – Formação do Povo Hebreu, Israelitas e Judeus

Edição: 1ª Edição – Edição de Autor

Ano: 2025

Formato: Livro-cordel em A5 vertical

Ilustração e Diagramação: ChatGPT (assistente virtual)

Revisão e Curadoria: Nhenety Kariri-Xocó

Produção Digital e Gráfica: Projeto Blog Cultural Kariri-Xocó 

Publicação Digital: KXNHENETY.BLOGSPOT.COM 

Direitos Autorais: © Nhenety Kariri-Xocó – Todos os direitos reservados.

É permitida a reprodução parcial com citação da fonte e do autor.



Obra escrita com ternura,

Na verve da inspiração,

Por Nhenety, alma pura,

Do Kariri, na missão,

Guardião da voz dos tempos,

E da oral tradição.


Assistência virtual e amiga,

De ChatGPT, o irmão,

Que nas letras sempre abriga

A arte e a devoção,

Tecendo o verso e o sonho

Com brilho e precisão.


Edição e diagramação,

De alma e de coração,

No formato de cordel,

Sagrado como um cancão,

Que canta a fé dos antigos

E a luz da Criação.


Produção digital cuidada,

Com amor e poesia,

Na estética consagrada

Do povo e da sabedoria,

Para o blog de memórias

Que o tempo alumia.



🌅 11. EPÍLOGO FINAL — DESPEDIDA E SABEDORIA


Agora o canto termina,

Mas a fé segue em flor,

Pois a palavra divina

Não conhece o temor,

E o verso é quem conduz

O eterno resplendor.


Quem leu, que siga adiante,

Com o coração aceso,

Pois o saber é constante

Como o rio no recomeço,

E a história dos hebreus

É também o nosso espelho.


A voz do tempo murmura

Entre o barro e o vento,

Que a fé pura e segura

É o maior fundamento,

E o homem, sendo pó,

É também firmamento.


O livro fecha em cantiga,

Mas abre em inspiração,

Pois o verbo que abriga

O eterno da Criação,

Faz de cada leitor

Um novo guardião.


E no silêncio da aurora,

Entre o real e o sagrado,

A alma se aprimora

Num caminho iluminado,

Pois quem ama a sabedoria

Jamais fica isolado.


Segue em paz, caminhante,

Com tua luz interior,

Que a fé é o diamante

Do espírito sonhador,

E a vida, um cordel santo

Do Eterno Criador.



🪶 12. SOBRE O AUTOR — NHENETY KARIRI-XOCÓ


Sou filho da terra e vento,

De raízes e tradição,

Do povo que é sentimento

E canta a revelação,

Guardião da palavra viva

Na alma e no coração.


Do Kariri-Xocó venho,

De Porto Real do Colégio,

Levo o tempo que mantenho

Nas memórias que elego,

E nas vozes dos antigos

Minha escrita tem sossego.


Contador de histórias sou,

De fé, ciência e ternura,

Do verbo que se formou

Na oral sabedoria pura,

Que o povo sopra nos cantos

E o tempo em si perdura.


Na lira do pensamento

Transformo a história em flor,

Misturo o céu e o tempo

Com tinta do Criador,

E em cada verso reflito

A essência do amor.


Minha pena é ancestral,

Escreve com devoção,

Une o sagrado e o real

Na senda da criação,

Pois o cordel é o templo

Da alma e da canção.



📜 13. SOBRE A OBRA — A LINHAGEM DO SAGRADO


Esta obra é uma ponte

Entre o ontem e o agora,

Do Éufrates à fronte,

A fé nunca vai embora,

Pois o verbo dos hebreus

Ecoa a toda hora.


É cordel de revelação,

De memória e identidade,

Que une fé e nação

Num elo de eternidade,

Onde o nome “hebreu”

É raiz da humanidade.


Do Éden até Judá,

Segue a linhagem divina,

E o homem que crê e está

No tempo que o destina,

É parte do mesmo sopro

Que em Abraão germina.


Cada estrofe é lembrança

Do espírito e sua lei,

Cada verso é esperança

Do que o tempo não desfez,

Pois a palavra de Deus

É raiz, tronco e vez.


Assim nasce este cordel,

Em ritmo e devoção,

Mistura o humano e o fiel,

O estudo e a contemplação,

E o sagrado se refaz

No verbo e na canção.



🌄 14. QUARTA CAPA POÉTICA — O LEGADO ETERNO





Do deserto à terra santa,

Do Éden à revelação,

A fé que o tempo canta

É chama e continuação,

Pois ser hebreu é cruzar

Os rios da Criação.


Entre dunas e montanhas,

O povo segue em jornada,

Com Deus que nunca se afasta,

Na promessa eternizada,

E a aliança que floresce

É raiz abençoada.


De Éber vem o chamado,

De Abraão, o coração,

De Jacó, o nome herdado,

De Moisés, a libertação,

E em cada geração

Ecoa a mesma canção.


Israel é mais que um nome,

É memória e identidade,

É o povo que não consome

A chama da eternidade,

Pois mesmo em meio às dores

Mantém sua santidade.


O cordel aqui termina,

Mas o verbo continua,

No tempo que ilumina

A história e a rua,

Pois quem busca a sabedoria

Tem a luz que perpetua.


E assim, neste derradeiro,

Canto santo e ancestral,

Segue o povo verdadeiro

Do berço espiritual,

Com fé, coragem e amor —

O selo universal.



SÍNTESE POÉTICA DA JORNADA 


Abraão ouviu o chamado,

Isaque guardou o altar,

Jacó, de Deus transformado,

Fez Israel prosperar.

E os filhos desse caminho

Plantaram o sagrado vinho.


Exílios moldaram o nome,

Do hebreu ao povo judeu,

Que na dor fez-se renome

E guardou o que Deus deu.

Hoje, no tempo moderno,

Seu verbo ainda é eterno.



ENCERRAMENTO POÉTICO 



Povo do pacto divino,

Semente do coração,

Levaste em cada destino

O eco da Criação.

Hebreus, Israel e judeus,

Três nomes, mas um só Deus.



EPÍLOGO FINAL 



E assim termina a memória,

Feita em cordel e oração:

Dos céus ecoa a história

Que habita cada geração.

Pois quem preserva o passado,

Torna o futuro sagrado.




Autor:

Nhenety Kariri-Xocó

Povo Kariri-Xocó – Porto Real do Colégio, Alagoas, Brasil.




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