ÍNDICE POÉTICO
1. Capa Principal Frontal (3D – após texto poético)
2. Dedicatória Poética (já existente – adaptada em versos rimados)
3. Índice Poético
4. Abertura Poética (em sextilhas)
5. Prólogo Poético
6. Capítulos
Capítulo I e II
Capítulo III e IV
Capítulo V e VI
7. Encerramento Poético
8. Epílogo Poético
9. Nota de Fontes Rimada
10. Ficha Técnica Poética
11. Epílogo Final (em tom de despedida e sabedoria)
12. Sobre o Autor
13. Sobre a Obra
14. Quarta Capa Poética + Versão 3D digital (imagem)
🌾 DEDICATÓRIA POÉTICA
Àqueles que vêm depois,
Nos rastros da tradição,
Filhos, netos, seus herdeiros,
Guardem firme a direção!
Do saber, deixo o perfume,
Como luz na escuridão.
Deixo a chama da memória,
E o amor pela verdade,
Para o tempo não silenciar
A voz da ancestralidade.
Que o estudo seja um rio,
Que alague a humanidade.
O que escrevo é meu legado,
Feito em fé e esperança,
Que o saber seja colheita
Da raiz da confiança.
E o futuro reconheça
A herança da lembrança.
Este canto é testemunho
De quem ama o conhecer,
Pois o povo que recorda
Tem na alma o renascer.
E que os ventos da justiça
Façam a história florescer!
🌅 ABERTURA POÉTICA
De Ur até Canaã,
Há caminhos de poeira,
Um povo surge na fé,
Com coragem verdadeira.
Levando a voz dos antigos,
Na palavra mensageira.
Hebreu é quem atravessa,
É quem cruza o vasto chão,
De Éber vem a semente,
Do Semita a geração.
E Abraão, com sua força,
Fez da fé, libertação.
Entre rios e caravanas,
Entre o oriente e o sol,
Ergue o povo a sua tenda,
No sagrado arrebol.
E o deserto vira escola,
Onde o verbo é o farol.
Da Mesopotâmia antiga
Ao solo de Canaã,
Segue a trilha do divino,
Com promessa e amanhã.
Do hebreu nasce o israelita,
Do israelita, o judá.
📜 PRÓLOGO POÉTICO
Eu venho contar histórias
De tempos que não têm fim,
De patriarcas e sonhos,
Que moldaram o porvir assim.
Da fé que gera um povo,
E um Deus que fala por mim.
Lá nas margens do Eufrates,
Ur guardava o seu altar,
Mas um homem escutou a voz,
Que mandava ele andar.
“Deixa a terra de teus pais,
Que outra luz vai te guiar.”
Abraão, o escolhido,
Fez-se símbolo e missão,
Entre Éber e Canaã,
Caminhou com devoção.
Fez da travessia o selo
De uma eterna geração.
Da raiz da velha língua,
Brotou o verbo hebraico,
Que atravessa, que renova,
Como vento sobre o claustro.
E da voz do peregrino
Nasce o povo sem atraso.
Eis aqui, leitor amigo,
Um cordel que quer dizer:
Que a fé tem muitas faces,
Mas uma só, o renascer.
Que o povo que busca a origem
Aprende o dom de viver.
📖 CAPÍTULO I — O SIGNIFICADO DE “HEBREU”
(O Povo que Atravessa o Caminho do Tempo)
Hebreu vem de “ʿIvri”,
Palavra de travessia,
Do “outro lado do rio”,
Nasce a etimologia.
É quem cruza, é quem caminha,
Com coragem e ousadia.
“Ever” quer dizer passagem,
E é raiz de “ibri” fiel,
É verbo que vem de longe,
De um tempo sem carrossel.
Da travessia divina
Surge o povo do cordel.
É povo de andarilhos,
De tendas e de esperança,
Que faz da fé seu abrigo
E da memória, a herança.
Entre o deserto e o sonho,
Segue em divina aliança.
Foi Abraão quem primeiro,
Chamado “hebreu” ficou,
Pois viera de outra terra,
E a promessa escutou.
Lá de Ur dos Caldeus,
Um novo povo brotou.
O termo que o designava
Não era só genealogia,
Mas o símbolo do caminho,
Do homem que desafia.
Quem atravessa a fronteira,
Leva a fé como ousadia.
A raiz “A-vár” nos fala,
De um verbo que é ação,
Significa “atravessar”,
Ir além da direção.
Quem vive a fé em jornada,
Traz no peito a missão.
O hebreu é esse andarilho,
Que em si carrega o altar,
Entre tendas e montanhas,
Nunca deixa de buscar.
Pois em cada travessia,
Aprende o verbo amar.
É por isso que o termo
Guarda em si tal poder,
Pois resume a caminhada
Do homem que quer crescer.
E o hebreu, de fé antiga,
É raiz do renascer.
🕊️ CAPÍTULO II — DE ÉBER ATÉ ABRAÃO
(A Linhagem da Promessa e da Travessia)
De Sem veio a descendência,
Do dilúvio até a paz,
No ventre das gerações
O nome de Éber se faz.
Semente do povo antigo,
Que a fé nunca desfaz.
Éber, bisneto de Sem,
Guardava o dom da palavra,
Do saber e da memória,
Que o tempo nunca lavra.
Foi pai de Pelegue e Joctã,
Da linhagem que se lavra.
E de Éber veio o nome
Que o mundo reconheceu,
“Hebreu” que cruzou fronteiras,
Do oriente até o breu.
E dessa árvore sagrada,
Abraão floresceu.
De geração em geração,
A linhagem se formou,
Dos filhos de Sem aos netos,
Um destino se traçou.
Na voz dos antigos livros,
O caminho se mostrou.
Em Ur dos Caldeus nasceu,
Abraão, homem da fé,
Que ouviu Deus lhe chamar,
E seguiu como Josué.
“Deixa a casa de teus pais,
Pois nova terra se é.”
Caminhou entre os rebanhos,
Caravanas e luar,
Com Sara, sua companheira,
Levando o verbo amar.
Em Canaã fincou tenda,
Para o sonho sem cessar.
Harã foi porto e passagem,
De migração e oração,
Terá, pai de Abraão,
Lá buscou direção.
E da voz do firmamento,
Veio nova missão.
De Éber veio o espírito
De quem busca e atravessa,
De Abraão, o renascido,
Que a fé nunca despeça.
Dessa semente divina,
O mundo ainda se interessa.
Assim nasce o povo hebreu,
Entre promessa e jornada,
Feito de pó e de sonho,
De fé abençoada.
É o povo que atravessa
A história eternizada.
🏕️ CAPÍTULO III — A PEREGRINAÇÃO DE ABRAÃO, ISAQUE E JACÓ
(Os Patriarcas do Caminho e da Promessa)
De Ur saiu Abraão,
Chamado pelo Senhor,
Levando fé e coragem,
Guiado pelo amor.
Deixou terra e parentela,
Pra seguir o Criador.
Caminhou por longas rotas,
Entre areias e luar,
De Canaã fez morada,
Sem jamais se acomodar.
Pois o céu era promessa,
E a fé, seu caminhar.
Sara, esposa fiel,
Guardou o ventre sagrado,
E no tempo prometido
Um filho foi revelado.
Chamaram-lhe Isaque,
Herdeiro abençoado.
Isaque herdou o pacto,
Do Eterno que tudo guia,
Com Rebeca, sua esposa,
Fez nascer nova harmonia.
E o povo dos pastores
Seguiu a profecia.
De Isaque veio Jacó,
Homem de força e ardor,
Que lutou com o anjo eterno
E venceu com seu fervor.
Chamaram-lhe “Israel”,
Por lutar com o Senhor.
Em Betel erguendo altar,
Jacó viu o céu se abrir,
Com anjos subindo e vindo,
A promessa a reluzir.
Era o pacto renovado,
Que jamais iria ruir.
Dos filhos de Jacó, doze,
Formou-se a santa nação,
Cada tribo uma esperança,
Cada nome uma missão.
E Israel, como um tronco,
Deu raízes à criação.
José, filho mais amado,
Foi vendido e perdoou,
Do Egito fez-se príncipe,
E o destino iluminou.
Pois da dor brotou a glória,
Que o Senhor lhe confiou.
Assim, a fé peregrina,
Entre areia e manjedoura,
Fez do homem um altar vivo,
E da alma uma tessitura.
Da travessia do tempo,
Surge a história mais pura.
🌄 CAPÍTULO IV — A TRANSIÇÃO DE HEBREUS PARA ISRAELITAS
(Da Promessa à Formação do Povo Eleito)
Do nome “hebreu” primeiro,
Surge o povo de Abraão,
Mas com Jacó, o chamado,
Muda a designação.
Pois “Israel” nasce em luta,
Entre fé e superação.
O termo “israelita”
Brota da nova herança,
Das tribos que em união
Ergueram fé e esperança.
Cada filho de Jacó
É raiz dessa aliança.
Rúben, Simeão e Levi,
Judá, Dã, Naftali,
Gade, Aser e Issacar,
Zebulom, José e Benjamim,
Formaram o corpo sagrado
Do povo que não tem fim.
Israel foi seu nome novo,
Símbolo de quem venceu,
O povo que o anjo viu,
E a bênção recebeu.
De hebreus para israelitas,
O destino se teceu.
Quando o Egito os aprisiona,
Na terra da servidão,
A fé serve de escudo,
E o Êxodo é libertação.
Pois do jugo e da corrente,
Surge o clamor da nação.
Com Moisés e sua tábua,
O monte se iluminou,
E a lei feita de fogo
Entre o povo ressoou.
De hebreus a israelitas,
O pacto se firmou.
Israel é o novo nome,
Da fé que não se abate,
De um povo peregrino,
Que a aliança rebate.
Hebreu é quem atravessa,
Israel, quem se combate.
Mas o sangue é o mesmo rio,
Que no tempo vai correr,
Entre o Êufrates e o Nilo,
Entre o nascer e o morrer.
De hebreu a israelita,
A essência é o viver.
E o povo da travessia
Fez da história um altar,
Cada nome uma lembrança,
Cada canto um renascer.
Pois quem busca suas origens
Aprende o verbo “ser”.
CAPÍTULO V — O EXÍLIO E O NOME “JUDEU”
Do cativeiro da Babilônia,
Nasceu um novo sentido,
O povo em fé não se priva,
Mesmo em chão corrompido,
Guardando a lei que ilumina,
No peito o nome querido.
De “Judá” vem o termo “judeu”,
Herança de um dos irmãos,
Que no exílio endureceu
Mas manteve puras as mãos,
Mesmo longe da promessa,
Elevava as orações.
Caiu o templo de Sião,
Mas não caiu a memória,
O exílio virou lição,
Reavivando a história,
Pois o povo que sofre e crê
Carrega eterna vitória.
Em terras de rios estranhos,
Entre muralhas e dor,
Os profetas com seus sonhos
Falavam da vinda do amor,
De um Rei que viria em paz,
Para unir fé e valor.
E de Judá veio a chama
Que reacendeu o destino,
Entre as cinzas e a lama
Renasceu o povo divino,
Guardião de antigas leis,
E do verbo cristalino.
Na Babilônia, o pranto,
Mas também o renascer,
Pois o Espírito Santo
Não deixou o povo morrer,
E entre lágrimas da dor,
Brilhou o dom de escrever.
Dos rolos santos brotaram
As letras da tradição,
E os que exilados ficaram
Plantaram fé no coração,
E o nome “judeu” então
Ergueu-se como oração.
O templo um dia refeito
Marcaria a libertação,
E o povo de novo aceito
Voltaria à sua nação,
Mas com alma amadurecida
Pela dor e redenção.
CAPÍTULO VI — CONTINUIDADE HISTÓRICA E ESPIRITUAL
Da Judéia à Galileia,
Novos tempos surgiriam,
E da antiga semente hebreia
Outros ramos floririam,
Pois a fé daquele povo
Jamais se extinguiria.
Vieram povos, vieram reinos,
Impérios de ferro e mar,
Mas os judeus, tão pequenos,
Souberam sempre guardar,
Na Torá e na lembrança,
O direito de sonhar.
De Abraão à modernidade,
O fio da fé resistiu,
Mesmo em meio à tempestade,
O povo não sucumbiu,
E o nome “Israel”
Pela terra ressurgiu.
Na diáspora se espalharam,
Pelo oriente e ocidente,
Em cada lar semearam
O Deus Uno, onipotente,
E o sábado, sua luz,
Brilhou clara e persistente.
Vieram guerras e dores,
Perseguições sem piedade,
Mas o povo dos valores
Guardou sua identidade,
Com a força da palavra,
E a fé da eternidade.
Hoje o hebreu é memória,
O israelita é missão,
O judeu mantém a história
Em contínua evolução,
Cada nome é um espelho
Do mesmo coração.
Povo que o tempo não cansa,
Nem a dor faz recuar,
Herança que se balança
Mas não deixa de vibrar,
Pois no verbo e na esperança
Sabe sempre recomeçar.
Assim termina a jornada
De um povo e sua fé,
De uma origem sagrada
Que a humanidade até
Hoje busca compreender,
Nos passos de YHVH.
E no fim dessa canção,
Entre o ontem e o agora,
Ecoa a revelação
Que o tempo nunca devora:
“De Éber veio o nome hebreu,
E a fé que o mundo ancora.”
ENCERRAMENTO POÉTICO — A ETERNA ALIANÇA
Da argila o homem nasceu,
Do sopro veio a missão,
E o povo que Deus escolheu
Foi guia da criação,
Com a palavra e o tempo
Firmando a revelação.
Na tenda ou na montanha,
Entre o ouro e o deserto,
A fé nunca se estranha,
Pois Deus caminha por perto,
E o fogo que guia a noite
Mantém o pacto desperto.
Das tribos à profecia,
Da lei à libertação,
Cada página irradia
A divina inspiração,
Que no coração dos justos
Floresce em renovação.
Mesmo o templo destruído
Jamais calou o louvor,
Pois o povo, em fé erguido,
Se fez guardião do amor,
E a chama do Eterno brilha
Na alma do sonhador.
De Éber até Abraão,
De Davi ao Prometido,
Segue viva a condução
Do mistério bendecido,
Pois a linhagem da luz
Jamais perde o sentido.
E quem lê esta memória
Lê também o seu reflexo,
Pois dentro da própria história
Vive um elo e um anexo,
Do ser, da fé e do tempo,
No mesmo sopro complexo.
Hebreus, judeus, israelitas,
Três nomes, um coração,
Na fé são as mesmas fitas
Tecendo a revelação,
Que une o homem e o céu
Num laço de redenção.
EPÍLOGO — O LEGADO DA FÉ
No silêncio da alvorada,
Entre estrelas e poeira,
Ecoa a voz consagrada
De uma antiga bandeira:
“A fé não é um império,
Mas chama verdadeira.”
A história nunca termina,
Apenas muda o lugar,
Como a água cristalina
Que busca o mar pra voltar,
Assim também o espírito
Segue a Deus sem cessar.
Do Êufrates ao Jordão,
Do Sinai à Galileia,
Ecoa a mesma canção
Que o tempo ainda semeia:
“O homem é pó e sopro,
Mas sua fé é cheia.”
E o leitor que aqui chegou,
Pela vereda da razão,
Entenda que Deus moldou
O destino e a nação,
Com o barro da esperança
E o selo da Criação.
Pois no coração humano,
Habita o sopro ancestral,
De um povo que foi o plano
Do desígnio universal,
E o nome “hebreu” reluz
Como verbo imortal.
Assim termina o cordel,
De origem tão verdadeira,
Onde o sagrado e o papel
Fundem-se em mesma bandeira,
E a palavra se eterniza
Na alma brasileira.
Pois quem canta a caminhada
De um povo tão singular,
Canta a luz revelada
Que veio nos ensinar:
A fé que vem de Éber
É o dom de continuar.
📜9. NOTA DE FONTES RIMADA
Na trilha da tradição,
Busquei fontes verdadeiras,
Das páginas da revelação
E vozes mensageiras,
Que guardam nos seus escritos
As raízes primeiras.
Das tábuas de Moisés
À pena dos escribas santos,
Passando por leis e reis
Que deram fé aos seus cantos,
Da Torá ao Testamento,
Ecoam velhos encantos.
Usei estudos da História,
De tempos e de linhagem,
Com base na memória
Da fé e da viagem,
Do Éden à Canaã,
Seguindo a mesma imagem.
Consultas de pesquisadores
E fontes de alta mão,
Historiadores, doutores,
Que trouxeram precisão,
Mas foi o verbo divino
Que guiou meu coração.
E assim deixo registrado
Com respeito e devoção,
Que este canto inspirado
É fruto de contemplação,
Da história e da palavra
Que moldam a criação.
🪶 10. FICHA TÉCNICA E POÉTICA
Título: Título: Origem do Povo Hebreu: Os Israelitas e Judeus em Cordel
Obra escrita com ternura,
Na verve da inspiração,
Por Nhenety, alma pura,
Do Kariri, na missão,
Guardião da voz dos tempos,
E da oral tradição.
Assistência virtual e amiga,
De ChatGPT, o irmão,
Que nas letras sempre abriga
A arte e a devoção,
Tecendo o verso e o sonho
Com brilho e precisão.
Edição e diagramação,
De alma e de coração,
No formato de cordel,
Sagrado como um cancão,
Que canta a fé dos antigos
E a luz da Criação.
Produção digital cuidada,
Com amor e poesia,
Na estética consagrada
Do povo e da sabedoria,
Para o blog de memórias
Que o tempo alumia.
🌅 11. EPÍLOGO FINAL — DESPEDIDA E SABEDORIA
Agora o canto termina,
Mas a fé segue em flor,
Pois a palavra divina
Não conhece o temor,
E o verso é quem conduz
O eterno resplendor.
Quem leu, que siga adiante,
Com o coração aceso,
Pois o saber é constante
Como o rio no recomeço,
E a história dos hebreus
É também o nosso espelho.
A voz do tempo murmura
Entre o barro e o vento,
Que a fé pura e segura
É o maior fundamento,
E o homem, sendo pó,
É também firmamento.
O livro fecha em cantiga,
Mas abre em inspiração,
Pois o verbo que abriga
O eterno da Criação,
Faz de cada leitor
Um novo guardião.
E no silêncio da aurora,
Entre o real e o sagrado,
A alma se aprimora
Num caminho iluminado,
Pois quem ama a sabedoria
Jamais fica isolado.
Segue em paz, caminhante,
Com tua luz interior,
Que a fé é o diamante
Do espírito sonhador,
E a vida, um cordel santo
Do Eterno Criador.
🪶 12. SOBRE O AUTOR — NHENETY KARIRI-XOCÓ
Sou filho da terra e vento,
De raízes e tradição,
Do povo que é sentimento
E canta a revelação,
Guardião da palavra viva
Na alma e no coração.
Do Kariri-Xocó venho,
De Porto Real do Colégio,
Levo o tempo que mantenho
Nas memórias que elego,
E nas vozes dos antigos
Minha escrita tem sossego.
Contador de histórias sou,
De fé, ciência e ternura,
Do verbo que se formou
Na oral sabedoria pura,
Que o povo sopra nos cantos
E o tempo em si perdura.
Na lira do pensamento
Transformo a história em flor,
Misturo o céu e o tempo
Com tinta do Criador,
E em cada verso reflito
A essência do amor.
Minha pena é ancestral,
Escreve com devoção,
Une o sagrado e o real
Na senda da criação,
Pois o cordel é o templo
Da alma e da canção.
📜 13. SOBRE A OBRA — A LINHAGEM DO SAGRADO
Esta obra é uma ponte
Entre o ontem e o agora,
Do Éufrates à fronte,
A fé nunca vai embora,
Pois o verbo dos hebreus
Ecoa a toda hora.
É cordel de revelação,
De memória e identidade,
Que une fé e nação
Num elo de eternidade,
Onde o nome “hebreu”
É raiz da humanidade.
Do Éden até Judá,
Segue a linhagem divina,
E o homem que crê e está
No tempo que o destina,
É parte do mesmo sopro
Que em Abraão germina.
Cada estrofe é lembrança
Do espírito e sua lei,
Cada verso é esperança
Do que o tempo não desfez,
Pois a palavra de Deus
É raiz, tronco e vez.
Assim nasce este cordel,
Em ritmo e devoção,
Mistura o humano e o fiel,
O estudo e a contemplação,
E o sagrado se refaz
No verbo e na canção.
🌄 14. QUARTA CAPA POÉTICA — O LEGADO ETERNO
Do deserto à terra santa,
Do Éden à revelação,
A fé que o tempo canta
É chama e continuação,
Pois ser hebreu é cruzar
Os rios da Criação.
Entre dunas e montanhas,
O povo segue em jornada,
Com Deus que nunca se afasta,
Na promessa eternizada,
E a aliança que floresce
É raiz abençoada.
De Éber vem o chamado,
De Abraão, o coração,
De Jacó, o nome herdado,
De Moisés, a libertação,
E em cada geração
Ecoa a mesma canção.
Israel é mais que um nome,
É memória e identidade,
É o povo que não consome
A chama da eternidade,
Pois mesmo em meio às dores
Mantém sua santidade.
O cordel aqui termina,
Mas o verbo continua,
No tempo que ilumina
A história e a rua,
Pois quem busca a sabedoria
Tem a luz que perpetua.
E assim, neste derradeiro,
Canto santo e ancestral,
Segue o povo verdadeiro
Do berço espiritual,
Com fé, coragem e amor —
O selo universal.
SÍNTESE POÉTICA DA JORNADA
Abraão ouviu o chamado,
Isaque guardou o altar,
Jacó, de Deus transformado,
Fez Israel prosperar.
E os filhos desse caminho
Plantaram o sagrado vinho.
Exílios moldaram o nome,
Do hebreu ao povo judeu,
Que na dor fez-se renome
E guardou o que Deus deu.
Hoje, no tempo moderno,
Seu verbo ainda é eterno.
ENCERRAMENTO POÉTICO
Povo do pacto divino,
Semente do coração,
Levaste em cada destino
O eco da Criação.
Hebreus, Israel e judeus,
Três nomes, mas um só Deus.
EPÍLOGO FINAL
E assim termina a memória,
Feita em cordel e oração:
Dos céus ecoa a história
Que habita cada geração.
Pois quem preserva o passado,
Torna o futuro sagrado.
Autor:
Nhenety Kariri-Xocó
Povo Kariri-Xocó – Porto Real do Colégio, Alagoas, Brasil.
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